Apenas considerando este tão discreto espectro das Infinitas e Inabordáveis Maravilhas da Criação, que, mui precariamente, acabamos de apresentar, como reduzidíssima amostra das Grandezas Imensuráveis do Universo – limitamo-nos, neste particular, tão só a um âmbito do conhecimento humano: a Física Quântica, basicamente –, ser-nos-ia dispensável argumentar algo mais de molde a explicitar a estultícia redonda, ululante, sacrílega, do materialismo-ateísmo que, lamentavelmente, pervaga na cultura hodierna, sobremodo entre os que se apegam à aparência das coisas, enceguecidos para os fundamentos de todos os seres: o Princípio Inteligente, a Consciência, o Espírito – como queiramos chamar –, ainda que em potencial ou em seus rudimentos, qual se apresenta nos reinos mineral, vegetal e animal (pré-hominal).
A “matéria” existe como epifenômeno (fenômeno secundário) da Consciência, jamais o contrário – tudo é produto de ideação do ser pensante, fruto de sua atividade emocional-psíquico-espiritual, em diversos níveis de manifestação. A roda surgiu antes como uma ideia na mente de seu inventor, para só depois tomar a forma física e função no mundo. As aves migratórias repetem seus itinerários periódicos à perfeição, seguindo sua inteligência elementar, ou instinto. O próprio átomo se mantém coeso e cumpridor de seu papel no universo microcósmico, com a perfeita dinâmica de suas partículas componentes, graças à centelha inteligente em gérmen, ínsita em sua sistemática axial.
A Consciência ou Espírito é o agente unificador e modelador da “matéria”. E isso é um truísmo (ainda que intuitivo) para todas as inteligências ao menos medianamente desenvolvidas em suas aspirações espirituais: as já capazes de perceber, nas pequenas como nas grandes coisas, a presença do Incognoscível. Efeitos inteligentes, consoante nos preconizou o ínclito pensador-benemérito Allan Kardec, em seu didatismo, discernimento, lógica e lucidez ímpares, decorrem de uma causa inteligente. “Acaso”, “forças aleatórias, intrínsecas à matéria”, “imperativos genéticos de autoperpetuação da espécie”, entre outras concepções forçadas e insuficientes a abarcar a vastidão dos fenômenos inteligentes e prenhes de significado e propósito, relacionados à existência e atuação do Espírito, apenas revelam a sanha suicida e assassina dos que tentam em vão negar a realidade espiritual, por meio de codinomes blasfemos e desatinadamente reducionistas do Ser Sempiterno, como também lhes patenteiam o baixo grau de maturidade intelecto-moral conjugado ao intuito malsão de encaixotar as Excelsitudes da Criação em seu cérebro de criatura humana, partícula insignificante num Universo de Conglomerados Galácticos sem-fim, em todos os sentidos, regido pela Consciência Divina, a prover e sustentar a Totalidade Harmonia do Cosmos.
Afirmativas infelizes e apriorísticas de negação da preexistência do Espírito aos efeitos materiais, tais quais: “só acredito no que vejo ou toco”, “essas coisas não existem”, “tudo acaba com a morte do corpo”, representam um atestado expresso de ignorância crassa de quantos se prestam a veiculá-las, levianamente – e faremos, mais adiante, a indicação de meios de estudo, ampliação e aprofundamento do que aqui defendemos, através de diversos segmentos da ação e do conhecimento humanos relativos à temática.
Segundo as descobertas da própria Ciência do plano físico de vida, o que entendemos como matéria constitui, em essência, uma forma de energia condensada, que, num nível mais profundo de compreensão, é intangível e invisível, ou seja: não pode ser “tocada”, muito menos “vista”. O que supomos ser toque ou contato entre dois corpos considerados consiste, em verdade, tão somente em uma aproximação entre os elétrons de sua superfície, que, por portarem cargas elétricas idênticas, se repelem mutuamente, jamais se atingindo de fato – caso contrário, teríamos explosões atômicas a cada passo. E o que percebemos como imagem das coisas não passa da forma como nossos órgãos da visão captam o resultado da reflexão da luz (tanto que nada vemos à escuridão) sobre as superaglomerações de átomos que as compõem – os quais, reprisamos a ideia (já expendida acima) um tanto difícil de assimilar, são praticamente “vazios”, se avaliados em sua estrutura “material”: 99,97% de sua massa se encerra no núcleo atômico, que, por sua vez, pasmemos(!), é 10.000 a 100.000 vezes menor que a eletrosfera que o circunda e lhe confere “volume”. Permitamo-nos o desafio cognitivo e o deleite espiritual perante a Assinatura Divina em toda parte!…
Ainda dentro desta última linha de raciocínios e atendo-nos a fenômenos mais objetivos para os sentidos humanos, lançaríamos a pergunta: alguém consegue tocar e ver o magnetismo, a força da gravidade, a eletricidade?… E indagaríamos também, adentrando campos mais subjetivos, mas igualmente seguros, “realíssimos”: há quem possa ver ou tocar a economia, a amizade, o amor pelos filhos?… A despeito dos relativismos exacerbados de todas as ordens, como um efeito colateral negativo das abstrações cada vez mais amplas, profundas e complexas de nossa Era, ninguém questiona a realidade do sistema econômico, com valores financeiros circulando virtualmente em todas as direções; ou o senso de lealdade a um amigo do coração; ou o sentimento sublime que nos liga a um ente amado, em benefício de quem seríamos mesmo capazes de arriscar a própria vida, sem pestanejar.
Perseverando em nossos esforços por tornar óbvia uma verdade autoevidente, consideremos uma particularidade curiosíssima dos corpos materiais, tomando como exemplo nossos próprios organismos biológicos: em um ano, 98% dos átomos que compõem a estrutura fisiológica que utilizamos são substituídos… Se o corpo que tínhamos há doze meses aproximados não mais existe, em nível atômico, tendo sido inteiramente (poderíamos dizer) permutado por outro, há Algo mais que permanece e gerencia este incrível processo de autorreconstrução contínua… Algo mais sobrevive a manter a integridade homeostática de nossa constituição orgânica, regendo todos os mecanismos de conservação da vida: o funcionamento das organelas, das células, dos tecidos, dos órgãos, dos sistemas, numa orquestração miraculosa, em diversos sentidos, para o nosso pasmo e arroubo, a nos apontarem a tão parca ainda compreensão humana sobre tais Fenômenos… O que prossegue então, mantendo viva, harmônica, operante, a máquina biológica?… E ainda: a que estão subordinados os átomos, as moléculas, as células, os órgãos, perfeita e sistemicamente integrados em suas funções para a manutenção da existência no corpo físico?
Inevitável a inferência: subsiste o Espírito humano, a Consciência, exercendo Sua plena ascendência sobre a matéria, quanto também sobre a substância quintessenciada que, após o decesso carnal, Lhe continua servindo como envoltório e instrumento de manifestação, na esfera extrafísica de vida (ou espiritual) e além dela, em Suas infinitas experiências reencarnatórias rumo à perfeição angelical. Negar a existência e a imortalidade da alma, muito mais do que soar desarrazoado e leviano (porque há evidências bastantes desta obviedade, a quantos se debrucem sobre o tema), equivale a matar a vida já de agora, enquanto nos julgamos “vivos”, pois que o vaso de carne, apesar de ser um veículo magnífico ao Ente espiritual, está fatalmente destinado e se dirige, peremptoriamente, à ruína, à desagregação, ao desaparecimento.
A falta de conexão ou alinhamento com este Núcleo divino, o Si-mesmo, é que gera no plano das formas densas (o em que nos encontramos encapsulados em organismos biológicos) toda ordem de injustiça, violência, miséria, dor. Aqueles que supõem acreditar apenas no que lhes acusa a visão ou a tatilidade do corpo jazem vítimas de uma espécie de fanatismo idolátrico ao império dos sentidos materiais, engendrado por sua própria insensibilidade, preguiça, medo, ignorância, sem se darem conta, amiúde, de que vivem manietados por forças nefastas autodestrutivas, a carcomerem progressivamente seu mundo íntimo, já tomado de vazio e morte. Tais cânceres espirituais, todavia, produtos das ilusões materialonas que subjugam esses desesperados inconscientes, desfar-se-ão a pouco e pouco, inelutavelmente, aos golpes da terapêutica dor da desilução-frustração que, cedo ou tarde, lhes despertará os corações entorpecidos, denunciando-lhes os patógenos invisíveis em cujos sinistros tentáculos se permitem enlear. As justificativas e racionalizações de autoludíbrio, construídas pela desinformação acerca da realidade espiritual última do ser humano, encontrarão ensejo, então, de se mostrarem como realmente são: frágeis, inconsistentes, fugazes, quais brumas ao vento, muito embora ostentem, aos iludidos incautos, a vã aparência de comodidade e satisfação, mal lhes ocultando, contudo, a angústia do vazio existencial insuportável a lhes dilacerar as fibras mais figadais d’alma.
Neste ponto, contamos com a compreensão dos prezados leitores, por trazermos a lume um veio mais poético, afastando-nos um tanto do discurso restritamente argumentativo, malgrado o conteúdo do que afirmamos se fundamente em autores respeitabilíssimos e seus estudos-pesquisas amplamente reveladores dos fatos espirituais, disponíveis a todos, em literatura vasta, de alta qualidade e irretorquível fidedignidade, sobre o assunto.
Aos que quiserem assentar suas convicções quanto à sobrevivência do espírito à morte física, recomendamos, tão só, reflexões mais acuradas em torno da temática, com a indicação de alguns campos do saber que, consolidando um lastro idôneo, isento e abalizado, trazem evidências sobejas a este respeito:
– Obra de Allan Kardec, a começar por “O Livro dos Espíritos”: sabedoria, vanguardismo, racionalidade, abrangência, profundidade, didatismo e simplicidade de todo inconcebíveis para meados do século XIX, em que foi lançado, e que ainda hoje provoca fascínio, assinalando-Lhe a Autoria sobre-humana inconteste;
– Vida e Obra de Chico Xavier: destaque, entre tantas singularidades extraordinárias, para as inúmeras psicografias apresentando a caligrafia do Espírito desencarnado, atestada por grafotécnicos competentes (importa frisar que memória motora é algo inquestionavelmente pessoal e, portanto, intransmissível por telepatia ou outros meios-teses mirabolantes);
– Vida e Obra do médium contemporâneo Benjamin de Aguiar, fundador e líder do Instituto Salto Quântico, Escola Espiritual-Cristã de divulgação de ideais de espiritualidade, sabedoria e felicidade: prodígios de curas e salvamentos espetaculares, testemunhados e documentados semana a semana, além de comunicados mediúnicos pessoais praticamente diários, em grande cópia, concedidos pelos Espíritos Guias da Instituição, contendo questões íntimas dos destinatários, totalmente desconhecidas do porta-voz interdimensões – já aconteceu, por exemplo, de uma única mensagem apresentar mais de 50(!) dados confirmados como exatos (sugerimos, com veemência, os fenômenos registrados nas postagens dos seis primeiros ícones da coluna direita do site
www.saltoquantico.com.br); – Relatos de EQMs – Experiências de Quase Morte: em especial, as de pacientes que voltam da semimorte e descrevem, com detalhes, acontecimentos que, de fato, se deram a quilômetros de distância do leito de hospital em que se encontravam, exatamente enquanto o eletroencefalograma lhes demonstrava total ausência de atividade no cérebro;
– Estudos sobre reencarnação: mormente, os inúmeros casos em que o reencarnado traz marcas de nascença no corpo, associadas ao tipo de morte que sofreu (e de que se recorda vividamente), como também se lembra com clareza de dados objetivos de sua vida pregressa, quais datas, nomes, lugares, circunstâncias do óbito etc., tudo comprovado a posteriori, por pesquisadores seriíssimos e imparciais em suas buscas perquiridoras, não raro por meio de investigações laboriosas, até mesmo em cartórios de registro civil pertinentes, no intuito de chegarem à confirmação de algumas dessas lembranças do passado de seus estudados;
– Transcomunicação Instrumental (TCI): comunicação dos espíritos mediante aparelhos eletrônicos (como recusar tal evidência?!);
– Neuroteologia: ênfase para as descobertas atinentes ao lóbulo temporal direito do cérebro humano, especificamente destinado a vivências místico-espirituais, chamado “The God’s Spot” (a existência da função implica a existência do objeto a que ela se relaciona, da mesma maneira que o sentido do tato indica que algo há, no mundo exterior, para ser tocado, tanto quanto o da visão pressupõe alguma coisa a ser vista – a não ser isso, precisaríamos nos entregar ao despautério de concluir que tal lóbulo seria inútil!);
– Tanatologia;
– Psicologia Transpessoal;
– TRVP (Terapia de Regressão a Vivências Passadas)…