"Seu filho não está no céu aguardando para se reencontrar com você senhora, não; tudo que ele era eram fantásticos padrões de disparos sinapticos que cessaram completamente alguns minutos após o disparo (aliás, me lembre depois de te explicar o porque do buraco de saída da bala ser maior que o de entrada, é uma explicação bem curiosa). Nesse momento ele está apodrecendo no caixão, e toda informação sobre o que ele era como pessoa, não existe além de registros cognitivos naquelas pessoas que conviveram com ele. A decomposição celular de seu cérebro (me lembre de comentar sobre os decompositores, serezinhos fantásticos) não preserva a informação de qualquer maneira que sugira a mais ínfima possibilidade daquilo que você tem como "seu filho", ser de alguma forma preservado, para "ir" para algum lugar, ou "reencarnar" (em seguida me aprofundarei sobre essas impossibildades ingênuas) -- e no entanto, a informação física, propriamente dita, é conservada! Não é fantástico?"