Fabulous, já passei por isto também. Fui muito crente, desses q prega pros outros no meio da rua. Também tinha este medo de talvez estar errado e futuramente ser punido por deus, assim como a Bíblia promete que ocorrerá nos últimos dias com os incrédulos... fim do mundo, essas coisas.
Não me tornei ateu assim de uma hora pra outra. Primeiramente abandonei as denominações religiões, por desilusão, por ver como todas são hipócritas e exploradoras da fé alheia. Depois abandonei a bíblia, depois o teísmo, me tornando agnóstico. Só de uns dois anos pra cá é q me considero ateu realmente. No começo também tinha muito medo de ser punido pelo deus judaico-cristão, mas com o tempo fui vendo como esta é uma idéia ridícula, inventada para impor-se como verdade através do medo. Para q não seja questionada e possamos ver como é sem fundamento e ridícula. De vez em quando ainda me questiono sobre pq de ser ateu, porém continuo firmemente ateu por não ver onde se encaixa um deus num contexto aparentemente tão aleatório como é o universo e a vida:
../forum/topic=7287.0.htmlMas, afirmando-se que exista um deus (extrapolando todos os conceitos lógicos e racionais), você pode ter certeza que não é este deus "popular", cristão, judeu, islâmico... seria, no máximo, um ser totalmente indiferente a nós, que talvez nem saiba de nossa existência ou que já tenha até deixado de existir, q certamente não o punirá por não acreditar nele. O estudo histórico e arqueológico da bíblia e demais livros religiosos, demonstram q eles não passam de contos mitológicos com idéias e objetivos totalmente relacionados com a época e local em que foram escritos.
Mas, se vc mesmo assim ainda tiver medo do inferno de fogo, eu posso te provar, usando a própria bíblia que inferno não existe e que deus não tortura suas criaturas, se quiser. Assim como posso, também, provar o contrário disto (que inferno existe e q deus pune severamente suas criaturas), usando a mesma bíblia. Isto só é mais uma prova de q ela é um livro contraditório, ambíguo e incoerente:
Se não foi traduzida e editada apropriadamente, e está cheia de erros e contradições, em que grau a Bíblia pode ser considerada um guia?
A Bíblia padece de quatro problemas nesse ponto. Em primeiro lugar, não temos como saber o verdadeiro significado que os escritores originais queriam dar a seus textos, porque os mesmos foram perdidos há muito tempo, e o que sobrou foi o escrito gerações após a morte de seus autores. Esse problema tem sido o foco central desse ensaio, e a essa altura deve ter se tornado claro que depois de milhares de revisões, traduções e editorações feitas por pelo menos 150 pessoas que produziram o que agora chamamos de Bíblia, que é impossível dizer que a Bíblia é isenta de erros.
O segundo problema da Bíblia é o conteúdo doutrinário contido na mesma. Como disse Shakespeare, a Bíblia pode ser usada para defender qualquer idéia. Se você quiser um deus irado, espalhafatoso, vingativo, destruindo todos que lhe servem de tropeço, exigindo genocídio, infanticídio e até mesmo escravidão, então o Êxodo é seu livro. Você quer um código de vida duro, rígido, inexorável, inflexível, sem misericórdia? Então seu livro é o Levítico. Quer um deus discreto, sutil, insondável que raramente interfere, mas que só pode ser conhecido através de orações sinceras e suplicas do fundo da alma, e que seja gentil e misericordioso? Leia as epistolas de Paulo. Tudo no mesmo livro.
O terceiro problema é que a Bíblia contem muitas contradições e erros, não somente de fatos óbvios, mas também de doutrina. Por isso Shakespeare estava absolutamente certo ao afirmar o que afirmou. Se você quiser justificar o ato de estourar cabeças de bebes até o cérebro cair fora da cabeça, a Bíblia é uma boa justificativa. Se você quiser justificar a sua oposição ao aborto, vai achar algo lá também. É óbvio que tudo é uma questão de interpretação pessoal, e qualquer fundamentalista que diga o contrário não está lendo a Bíblia. Temos que interpretar a doutrina por nós mesmos porque a Bíblia é contraditória.
O quarto problema é a interpretação. A mesma passagem do mesmo livro da mesma tradução da Bíblia pode significar coisas inteiramente diferentes para pessoas de formação religiosa diferente. Ela pode significar uma coisa para mórmons, outra para testemunhas de Jeová, outra para adventistas do Sétimo Dia, etc. Quem está certo? Alguém está certo? Quem sabe? Quem pode resolver tais conflitos?www.str.com.br/Atheos/biblia2.htmQuanto às pessoas preconceituosas, ignore-as. Nem todos possuem grandeza de pensamento, ainda existe muita mediocridade infelizmente.
Nisto concordo totalmente com o Leafar:
Busque sempre o bem nos seus objetivos e você estará seguro como teísta ou como ateísta.