Skinner é um comportamentalista radical que busca excluir o subjetivo, determinando que nosso comportamento é sempre influenciado e reforçado pelo ambiente. Cada ação humana seria fruto destas constantes ambientais e sociais, não existindo, por exemplo, "causas internas" para os problemas humanos. Ele compara o homem a uma máquina, em vários aspectos. Embora eu seja fã de muitas idéias deste sujeito, há algo de contraditório que li certa vez nas obras dele, ele afirma que embora não tenhamos livre-arbítrio ou controle sobre nosso destino, já que nosso comportamento é sempre condicionado, temos controle sobre aquilo que nos condiciona, ou seja nosso ambiente. Ora, se controlamos aquilo que nos controla, significa que nós nos controlamos. É contraditório.
Skinner jamais explicaria por que um indivíduo X, normal, pacato, rotineiro, que jamais fala nada e sempre aparenta estar conivente com tudo, derepente, revolta-se e muda radicalmente, como é comum ocorrer por aí. Nossa cosnciência não pode ser medida matematicamente, prevenndo nossas ações. Este é o aspecto subjetivo que Skinner ignora e não aceita, mas eu não, como muitos outros.
Mesmo em uma regime como você descreveu Eriol, sempre existirá alguém que irá se recusar a trabalhar em benefício coletivo, que irá querer educar com as próprias idéias seus filhos, e que pregará mundo afora que os indivíduos devem valorizar a liberdade de expressão, ação e opinião.
Por mais que o ambiente reforce este comportamento coletivo, que nos induza e condicione, nunca estas variáveis serão decisivas a fazer todos agirem de uma forma X ou Y, sempre haverá quem não concorde e; é aí que o comportamentalismo radical de Skinner cai por terra. Não dá para querer igualar a força aquilo que é desigual. Nenhum ser humano é igual ao outro, e é esta diversidade que deve ser protegida e esmagá-la, como você propõe.