Espere: de que probabilidades conclusivas você está falando?
Exemplo: não há evidência, logo é improvável Deus existir.
O ateísmo conclui isso. Ao que entendi, o agnosticismo não implica nesse assunto, não nega nem afirma.
E exatamente o que existe de probabilidade conclusiva nisso?
"É improvável Deus existir"
é a conclusão agnóstica! É tudo o que se pode - filosófica e ontologicamente - afirmar, pelo menos por enquanto. Pela enésima vez, Tails, isso
não é a mesma coisa que dizer que "talvez Deus exista", ou que "pode ser que exista uma super-civilização com poderes divinos" e certamente
não significa estar em cima do muro.
Significa, ao menos para mim, duas coisas:
1) Que
não faz a menor diferença para nossa vida e para a Ciência que Deus exista ou deixe de existir, porque Ele não as influencia de nenhuma maneira detectável.
2) Que mesmo que uma super-civilização exista ou venha a existir no futuro,
nenhuma está nos influenciando agora de maneira detectável, logo tampouco fazem qualquer diferença.
Em outras palavras, como não faz sentido propor um Deus que não interfira nas nossas vidas, também não faz sentido se dar ao trabalho de negá-lo. Por isso invoquei o exemplo da experiência de Michelson-Morley sobre o Éter Luminífero (você leu o link?): o Éter, diferente de Deus, teria propriedades que poderiam ser mensuradas. Deus é o supremo dragão invisível na garagem, tão fugaz que sequer merece o trabalho de negá-lo!
E ironicamente, estou aqui há várias páginas tendo um trabalhão para explicar por que sou agnóstico...