Tópico: Conte sua experiência com as drogas!

[Luis Dantas]

Ele começou a beber e se sentir bem, bebia cada vez mais e demorava cada vez mais para ficar no estado que procurava. Com o tempo, já não conseguia alcançar mais esse estado de bem estar - então foi experimentando outras substâncias que passaram, uma a uma, pelo memo processo. Chegou num ponto que tremia tanto quando acordadava pela manhã (reações químicas do organismo) que só conseguia fazer o nó da gravata se tomasse um copo de cachaça antes.

Eu fico pensando nesse processo e acho que ele merece mais atenção.  Por convicção pessoal eu sou muito avesso a consumo de substâncias, PRINCIPALMENTE para "fazer funcionar".  Minha sensação é que muitas vezes se usa um cigarro, uma aspirina ou um sedativo para compensar as consequências de algum excesso (ou deficiência) comportamental e com isso se acaba abrindo caminho para que esse abuso seja repetido.  Acho que é por isso que o vício é algo tão fácil de acontecer.

Talvez uma das consequências seja que o VERDADEIRO tratamento do vício (por álcool, tabaco ou o que seja) seja mudar o estilo de vida de uma forma mais abrangente.  Anorexia e alcoolismo, pelo menos, eu sei que costumam ser doenças que envolvem a família inteira.  Na minha opinião isso geralmente acontece não por algum triste acidente da doença, mas porque a causa da doença É a falta de adequação da própria situação de convívio familiar.  A importância dos bons convívios tende a ser negligenciada, e por isso ficamos nos entupindo de Valiuns e Aspirinas.

[Alegra]

Coitadinho? Não!
Doente? Sim!

Longe de querer dar uma resposta simplista, mas não vejo o viciado em drogas como um doente comum, igual àqueles que têm uma patologia clínica.

Não entrando no mérito da questão social ( uma vez que o uso de droga não distingueclasse econômica ), considero que usar drogas é uma opção consciente do indivíduo, que sabe muito bem das consequências à saúde, à harmonia familiar e principalmente sabe da ilegalidade disto. E ciente de tudo isto, aceita correr o risco em troca do prazer momentâneo da droga.

Para mim não é nem um coitadinho nem um pobre doente. É alguém que precisa de ajuda, sim. Mas é alguém que precisa arcar com o preço dos seus atos e dos estragos que causa à sociedade. Não acho justo um viciado consumir verbas de um hospital público enquanto um outro cidadão morre na fila de um transplante por falta de leito, por exemplo.

Resumindo…não acho que é preciso tratar o cara como bicho nem passar a mãozinha na cabeça dele como se fosse um cachorrinho perdido. Deve ser tratado com o rigor da Lei e o julgado pelo seu comportamento anti-social, como qualquer outro delinquente.

Não entendi essa de viciado coitadinho…

Antes de se viciar ele não sabia que era ilegal?Não sabia que viciava?Se não sabia é deficiente mental e deve ser internado junto com os demais.

Se sabia fez uma escolha e tem que arcar com as consequências dela.

Se tiver um parente viciado eu quero que ele seja tratado do mesmo jeito que um parente ladrão, um parente contrabandista,um parente corinthiano…

Ai meu pai!!!!!!Mais outro!!!! Cabeça dura, não!?
Coitadinho? Não!
Doente? Sim!

Mas Alegra, ele só torna doente após decidir tomar a primeira dose, se ele se viciou foi por uma escolha que ele tomou.

Ele sabia que era contra a lei.

Ele sabia que corria o risco de se viciar.

E mesmo assim ele fez.Tem que arcar com as consequencias.

Quanto piores forem as consequências menor a quantidade de pessoas dispostas a corre-lo.

Claro que deve existir a certeza de punição e não essa bagunça que existe ai.

Vamos por partes:
-Em momento algum eu disse que tinha que passar a mão na cabeça do drogado.
-Acho também que ele tem que arcar com as conseguencias, claro!
-Quanto a "é uma opção consciente do indivíduo, que sabe muito bem das consequências à saúde,(será que sabe mesmo?), à harmonia familiar (ele que ele tem consciência plena disso?), principalmente sabe da ilegalidade disto (só concordo com essa). E ciente de tudo isto (?), aceita correr o risco em troca do prazer momentâneo da droga."
Mas supondo que ele tenha consciência destes riscos todos eu respondo: Depende do tamanho do sofrimento dele...talvez seja tanto, que ele arrisca isso tudo por uns momentos de prazer que lhe traz paz. Uma falsa paz é claro, mas é a que ele tem e encontra....Já pensou que nem todo mundo é forte o suficiente para aguentar o tranco da vida?? 
-Sou a favor de punição sim, mas não a mesma punição que se dá aos traficantes!

[Alegra]

Então a solução passa pela mudança da MENTALIDADE da sociedade.  É preciso parar de tratar usuários eventuais como criminosos perigosos… mas ao mesmo tempo é preciso parar de tratá-los como inocentes também.  Eles ESTÃO contribuindo para alimentar problemas sérios.

Exatamente!

[Alegra]

Consumidor de pedofilia infantil é um criminoso perigoso?

Vamos ser claros aqui.  Consumir pedofilia (ou maconha) é perigoso sim, porque estimula uma indústria violenta. Não seria significativamente diferente se algum dos dois vícios fosse legalizado.  Mas também não significa que todo e cada um dos consumidores é pessoalmente perigoso.

Pedófilo sim! São todos altamente perigosos (e doente também). Bem diferente do consumidor de droga, por favor!

[Barata Tenno]

Consumidor de pedofilia infantil é um criminoso perigoso?

Vamos ser claros aqui.  Consumir pedofilia (ou maconha) é perigoso sim, porque estimula uma indústria violenta. Não seria significativamente diferente se algum dos dois vícios fosse legalizado.  Mas também não significa que todo e cada um dos consumidores é pessoalmente perigoso.

Pedófilo sim! São todos altamente perigosos (e doente também). Bem diferente do consumidor de droga, por favor!

Qual a diferença?

[Luis Dantas]

Pedófilo sim! São todos altamente perigosos (e doente também). Bem diferente do consumidor de droga, por favor!

Eu relutei um pouco em fazer a comparação.  Mas a mantenho.  Há pedófilos que ficam só no consumo de pornografia, e eu não vejo em que isso seja nocivo para outras pessoas.  E há alcoólatras e consumidores de maconha que prejudicam a outras pessoas por estar intoxicados.

[Alegra]

Complicado isso Fred. Meu pai é alcóolatra, mas não bebe há trinta e tantos anos. A bebida é permitida e é geralmente a porta de entrada para o dependente químico. Geralmente não se sabe que é dependente até experimentar a substância e passar a sentir necessidade dela.

Ele começou a beber e se sentir bem, bebia cada vez mais e demorava cada vez mais para ficar no estado que procurava. Com o tempo, já não conseguia alcançar mais esse estado de bem estar - então foi experimentando outras substâncias que passaram, uma a uma, pelo memo processo. Chegou num ponto que tremia tanto quando acordadava pela manhã (reações químicas do organismo) que só conseguia fazer o nó da gravata se tomasse um copo de cachaça antes.

Ele descreve a necessidade como muito semelhante à fome. É como sentir fome, muita fome, de frente para seu prato preferido, mas decidir não comer - você não consegue. E por causa disso a maioria dos dependentes vai até o fundo do poço e muitos não saem de lá, porque a doença não tem cura e exige uma brutal força de vontade. É a necessidade lutando contra a necessidade.

Ele frequenta o Alcóolicos Anônimos até hoje. Já sente seguro, mas quer poder fazer por outros o que fizeram por ele. Eu fui há muitas reuniões cada vez que ele ia receber um ficha de tempo e é uma coisa impressionante. Eu não convivi com a doença dele, mas tenho consciência que o negócio é feio.

As razões que levam uma pessoa a se drogar ao ponto de se viciarem e viverem pra aquilo são muito mais complexas do que possa imaginar a nossa vã filosofia. E num grande número dos casos são ótimas pessoas, sensíveis ao extremo, inteligentíssimas, mas que se sentem deslocadas neste mundo e com um "vazio" enorme que nem elas próprias sabem explicar.
Ainda bem que seu pai conseguiu sair dessa e não teve um fim trágico que todos nós sabemos.

E não é bordoada e convívio na cadeia com todo tipo de marginal que vai ajudar.

[Fred]

-Quanto a "é uma opção consciente do indivíduo, que sabe muito bem das consequências à saúde,(será que sabe mesmo?), à harmonia familiar (ele que ele tem consciência plena disso?)...E ciente de tudo isto (?)...
…Já pensou que nem todo mundo é forte o suficiente para aguentar o tranco da vida?? 

Percebo a boa fé da tua argumentação, Alegra. Mas sinceramente não acredito em tanta inocência e pureza do viciado. Dá a impressão que antes de tomar a decisão, o cara é um inválido mental incapaz de julgar a gravidade dos seus atos. Talvez no caso das crianças do tráfico, mas acho eles são a exceção no universo dos viciados.

Se problemas pessoais e fraqueza diante das adversidades fosse sinônimo de drogas...então a maioria da sociedade seria consumidora, o que não é verdade.

Mas entendo que o problema é muito complexo para ser resolvido assim na lata. Se fosse, já teria sido resolvido.

Luz, lamento pelo seu pai. Nem faço idéia do quanto isto deve ser duro de enfrentar. Eu não saberia o que fazer. Espero sinceramente que ele saia dessa.
 

[n/a]

Complicado isso Fred. Meu pai é alcóolatra, mas não bebe há trinta e tantos anos. A bebida é permitida e é geralmente a porta de entrada para o dependente químico. Geralmente não se sabe que é dependente até experimentar a substância e passar a sentir necessidade dela.

Ele começou a beber e se sentir bem, bebia cada vez mais e demorava cada vez mais para ficar no estado que procurava. Com o tempo, já não conseguia alcançar mais esse estado de bem estar - então foi experimentando outras substâncias que passaram, uma a uma, pelo memo processo. Chegou num ponto que tremia tanto quando acordadava pela manhã (reações químicas do organismo) que só conseguia fazer o nó da gravata se tomasse um copo de cachaça antes.

Ele descreve a necessidade como muito semelhante à fome. É como sentir fome, muita fome, de frente para seu prato preferido, mas decidir não comer - você não consegue. E por causa disso a maioria dos dependentes vai até o fundo do poço e muitos não saem de lá, porque a doença não tem cura e exige uma brutal força de vontade. É a necessidade lutando contra a necessidade.

Ele frequenta o Alcóolicos Anônimos até hoje. Já sente seguro, mas quer poder fazer por outros o que fizeram por ele. Eu fui há muitas reuniões cada vez que ele ia receber um ficha de tempo e é uma coisa impressionante. Eu não convivi com a doença dele, mas tenho consciência que o negócio é feio.

Ainda bem que tudo melhorou. 

[Alegra]

Se problemas pessoais e fraqueza diante das adversidades fosse sinônimo de drogas…então a maioria da sociedade seria consumidora, o que não é verdade.

Fred, a fraqueza  é uma coisa que não dá para medir e comparar, assim como os problemas. Cada um tem os seus limites.

Luz, lamento pelo seu pai. Nem faço idéia do quanto isto deve ser duro de enfrentar. Eu não saberia o que fazer. Espero sinceramente que ele saia dessa.

Pelo o que entendi o pai da Luz já saiu dessa. Apesar do vício continuar lá ele não o alimenta. Normalmente as pessoas que vão ao "inferno" e conseguem voltar ficam mais fortes. Eu o admiro porque não é fácil.É uma luta diária para o resto da vida.

[Alegra]

Pedófilo sim! São todos altamente perigosos (e doente também). Bem diferente do consumidor de droga, por favor!

Eu relutei um pouco em fazer a comparação.  Mas a mantenho.  Há pedófilos que ficam só no consumo de pornografia, e eu não vejo em que isso seja nocivo para outras pessoas.  E há alcoólatras e consumidores de maconha que prejudicam a outras pessoas por estar intoxicados.

Eu não tinha conhecimento de pedófilos que ficam só no consumo de pornografia infantil... Será? Não sei. Não vou opinar sem procurar saber primeiro.

[Alegra]

Consumidor de pedofilia infantil é um criminoso perigoso?

Vamos ser claros aqui.  Consumir pedofilia (ou maconha) é perigoso sim, porque estimula uma indústria violenta. Não seria significativamente diferente se algum dos dois vícios fosse legalizado.  Mas também não significa que todo e cada um dos consumidores é pessoalmente perigoso.

Pedófilo sim! São todos altamente perigosos (e doente também). Bem diferente do consumidor de droga, por favor!

Qual a diferença?

Você acha que não tem diferença entre prejudicar uma criança e prejudicar a si próprio?

[n/a]

Este é o ponto, o drogado não prejudica só a si próprio. Prejudica a sociedade inteira quando financia o crime organizado.

[Luis Dantas]

Eu não tinha conhecimento de pedófilos que ficam só no consumo de pornografia infantil… Será? Não sei. Não vou opinar sem procurar saber primeiro.

Tá, foi chute meu.  Acredito que haja, só que por motivos óbvios não costumam ser tão visíveis.

[Luz]

Luz, lamento pelo seu pai. Nem faço idéia do quanto isto deve ser duro de enfrentar. Eu não saberia o que fazer. Espero sinceramente que ele saia dessa.
 

Não lamente! Ele está ótimo - há 37 anos.  

Segundo tudo que já li a esse respeito, não se trata de uma questão "psicológica", mas "física". A dependência química é uma doença orgânica, assim como a depressão pós-parto - mas é geralmente vista como uma fraqueza ou falta de caráter e por isso marginalizada.

Tanto os dependentes químicos, quanto os que o cercam e a própria sociedade vêem a coisa como uma questão comportamental - mas o comportamento é consequência de uma disfunção orgânica.

Até a intervenção medicamentosa é perigosa, porque é química e pode viciar. O culpado é o cérebro e não o raciocínio.

[Fred]

Não lamente! Ele está ótimo - há 37 anos.  

Ah, que bom ! Fico feliz por isso ! Não li direito o texto, me desculpe...

[Diegojaf]

Eu não tinha conhecimento de pedófilos que ficam só no consumo de pornografia infantil… Será? Não sei. Não vou opinar sem procurar saber primeiro.

Tá, foi chute meu.  Acredito que haja, só que por motivos óbvios não costumam ser tão visíveis.

Na verdade são a maioria. Um estudo na Europa uma vez concluiu algo como "enquanto eles conseguem na net, não buscam na vida real..."

Este é o ponto, o drogado não prejudica só a si próprio. Prejudica a sociedade inteira quando financia o crime organizado.

Juuuustamente...

[Diegojaf]

Espero ter recuperado ao menos alguns pontos contigo, Diego.
E a propósito…você ainda não me disse o que significa a sua frase "Pega fogo e morre…"
Depois da nossa discussão, cada viatura que vejo na rua me dá um arrepio…

[rizk]

Não é fascista não, o anti-tabagista é defensor de direitos fundamentais previstos constitucionalmente, como a saúde e a vida. Não é dificil um exercício simples de hermenêutica para demonstrar que a colisão entre os direitos à saúde, à vida e a um meio ambiente saudável de uma coletividade têm preponderância sobre o direito individual a liberdade de fumar onde bem entende, sobretudo em propriedade privada alheia ou em propriedade pública, de uso da comunidade. Resumindo, os anti-tabagistas são defensores do Estado Democrático de Direito , bem diferente dos fascistas.

Yeah, eu sei. Mas não deixa de me incomodar deveras ser tratada como cidadã de segunda categoria e ter que ir fumar na chuva. Dá um desconto pra mim, não é fácil essa vida.

Mas sabe, Fred, todo mundo é viciado em alguma coisa. Papo de junkie esse, eu sei. Mas digo ainda que "junkie" é só a pessoa que consome substâncias sem receita: a pessoa que se entope de antidepressivo, anfetamina é uma menina normal passando por uma fase difícil, coitada; mas quem bebe, quem fuma, quem cheira é tudo "viciado".

E aí? Só é MAU e desagregador do tecido social quem não compra na farmácia com receita médica?

[Luz]

Por falar em excessos, meu sobrinho mandou isso http://paginas.terra.com.br/arte/nokiahits/backup/mamute.html e a musiquinha não sai da minha cebça. 

[Fred]

Yeah, eu sei. Mas não deixa de me incomodar deveras ser tratada como cidadã de segunda categoria e ter que ir fumar na chuva. Dá um desconto pra mim, não é fácil essa vida.

Mas sabe, Fred, todo mundo é viciado em alguma coisa. Papo de junkie esse, eu sei. Mas digo ainda que "junkie" é só a pessoa que consome substâncias sem receita: a pessoa que se entope de antidepressivo, anfetamina é uma menina normal passando por uma fase difícil, coitada; mas quem bebe, quem fuma, quem cheira é tudo "viciado".

E aí? Só é MAU e desagregador do tecido social quem não compra na farmácia com receita médica?

Mimi, a questão é muito mais pelo dano social do que pelo individual.
Quem quiser fumar, usar anfetaminas, entidepressivos ou o que for dentro da sua casa...por mim tudo bem. Que mal isto causa à sociedade ? O cara apenas vai acabar com a sua vida ( e da família por tabela ).

O problema ocorre quando o "junkie" fumado, cheirado ou bêbado pega seu carro e sai pra rua causar acidentes, vai assaltar para manter seu vício ou consome o verbas do Estado para se tratar em uma clínica pública.

Portanto, só é mau e desagregador aquele que põe o seu pezinho na rua enquanto está "bem louco" ou joga a fumaça do seu cigarro para dentro do meu pobre pulmão.

De resto, sou a favor da livre opção de cada um pelo suicídio...seja à vista ou à prestação.

[Alegra]

Por falar em excessos, meu sobrinho mandou isso http://paginas.terra.com.br/arte/nokiahits/backup/mamute.html e a musiquinha não sai da minha cebça. 

  o mamute se fud.....!!! 

[Tabacof]

"Actual happiness always looks pretty squalid in comparison with the overcompensations for misery. And, of course, stability isn't nearly so spectacular as instability. And being contented has none of the glamour of a good fight against misfortune, none of the picturesqueness of a struggle with temptation, or a fatal overthrow by passion or doubt. Happiness is never grand."

"There's always soma (nota: soma eh uma droga) to calm your anger, to reconcile you to your enemies, to make you patient and long-suffering. In the past you could only accomplish these things by making a great effort and after years of hard moral training. Now, you swallow two or three half-gramme tablets, and there you are. Anybody can be virtuous now. You can carry at least half your morality about in a bottle. Christianity without tears-that's what soma is."
Aldous Huxley, Brave New World.

Esses trechos foram retirados de um dialogo entre um dos controladores de uma sociedade "perfeita" e um selvagem. O selvagem defende a arte, emocao, espiritualidade, sofrimento, enquanto o controlador explica a sociedade perfeita dele. Uma sociedade em que uma droga sem quase nenhum efeitos colaterais (ela so diminui a expectativa de vida) cura qualquer infelicidade.

E eh essa felicidade que nos estamos buscando? Uma felicidade artificial e produzida em laboratorios?

Minha resposta pessoal eh "Sim". Eu me contentaria com essa droga perfeita. Felicidade eh uma questao biologica/psicologica, nada metafisico. Se pudessemos atingi-la facilmente com uma droga como essa, seria apenas mais um avanco tecnologico, assim como foi a roda, o telefone…

Eu particularmente nao uso drogas pelos efeitos colaterais e pelo vicio, mas alcool de vez em quando vai muito bem!

[Luis Dantas]

Já eu não me satisfaria com satisfação química.  Não diria metafísica, mas para mim felicidade tem de envolver algum tipo de conquista pessoal e interação com o meio.

[Lint]

Mas supostamente a idéia dessa droga perfeita é exatamente te dar a satisfação e a conquista que você procura (caso contrário ela não seria perfeita)
A satisfação, o prazer que você tem/sente é serotonina e/ou outros neurotransmissores em ação, ou seja, química

Sim, sempre existem pontos delicados em relação a drogas em mãos de pessoas erradas, eu mesmo vicio muito fácil, portanto passo longe de tudo e qualquer coisa que me possa deixar viciado (sou obsessivo, se jogar video game, fodeu!), mas pra isso teremos que cuidar dos nossos impulsos, pessoas viciam em sexo também (muitas vezes com crianças, animais ou mortos...), internet, comida, video-games, qualquer coisa que desperte uma reação boa/interessante na gente é potencialmente viciável, logo, podemos viver eternamente apáticos ou podemos aceitar que pra qualquer prazer existe uma responsabilidade diretamente proporcional e tentar conviver com essa responsabilidade

Outra coisa, conheço uma pessoa que vivia correndo com o carro, coisa de mais de 200km/h na estrada, essa mesma pessoa passou um dia a fumar maconha, e desde então, por causa da redução de ansiedade proporcionada, ela religiosamente TODA vez que pega a estrada fuma maconha pra não exceder o limite de velocidade (e ela não só não excede como fica abaixo do limite máximo na maioria das vezes)
Se vocês tivessem que pegar um dos dois problemas pra conviver, qual vocês pegariam?

Respostas como "eu iria numa clínica pedir ajuda pela compulsividade por velocidade" são inúteis/pouco-relacionadas à questão... É como partir do princípio que todo ser humano é perfeito e pronto, fácil..