Embora eu esteja num período em que não possa disponibilizar tempo e atenção extras, responderei o mais rápido pois achei seu caso de dar dó. Típico integrante da 4ª categoria de Kong Tsé, extremamente limitado por seus parquíssimos conhecimentos e, principalmente, por sua pífia casuística (sua lógica). E o pior: plenamente *inconsciente* disso. Eu sou 'o cara que faz', não 'o cara que ensina' mas, vez ou outra, em momentos de loucura como este, estendo minha mão. Você "decide" (se for capaz) se aproveita ou não.
Não é a física de Einstein uma responsável pioneira pela "constantização" da velocidade da luz, que pode suscitar dois sentidos que podem gerar confusão: a constância universal e a invariância relativa. Quanto à constância universal, já com Maxwell (talvez antes), isso se encaminhara para um paradigma. Quanto à invariância relativa, a relatividade é uma ponte construída sobre o fosso *empiricamente* aberto entre as teorias mecânica newtoniana e eletromagnética maxwelliana. Não é uma fantasia criada por uma mente filosófica (mágica) como a sua.
Que ciência é esta que afirma que a velocidade da luz - 300.000 km/s - é uma "verdade universal" e atemporal, estando presa neste planetinha?
(Esta ciência sim é "brincadeira" meus amigos! Mais exatamente, charlatanismo!)
PQP!!!!!!!!!!!!!! Uma coisa tenho que reconhecer: o magistério é uma profissão que pode ser muito sofrida.
Por favor, explique como a velocidade da luz - 300.000 km/s - é uma "verdade universal" e atemporal?
Primeiro, minha exclamação não foi exatamente direcionada a este seu absurdo. Fiquei mais penalizado com o "Mais exatamente, charlatanismo!" com que você acusa "esta ciência". Muito embora ciência não afirme nada; quem pode afirmar alguma coisa são os cientistas; ciência não é uma entidade, uma pessoa, uma coisa. Muito embora cientista algum afirme que c = 300.000 km/s seja uma "*verdade* universal" como sua capciosidade (espero não sordidamente desonesta) sugere. Cientistas não declaram verdades; fazem afirmações sem medo ou vergonha de errar. Mas isto não significa que qualquer um possa fazer o mesmo. É preciso ser cientista para isso. E você não é.
Então, como você já deve(ria) saber, propagação eletromagnética igual ou semelhante a 300.000 km/s não é uma (declarada cientificamente) "verdade universal". É uma *constante* *considerada*, para todos os fins científicos e práticos, universal. Portanto, sua "pergunta" não é pergunta alguma. Você precisa descobrir o que é fazer uma pergunta de fato ou jamais saberá o que é entender alguma coisa. Ainda assim, vou tentar dizer algo para você, não para respondê-lo, pois que, óbvio, não fez pergunta alguma, mas para tentar salvá-lo do abismo em que estás (ainda que eu não ache possível) e ajudá-lo a formular uma pergunta real.
Antes, vou te dizer que sinto o "cheiro" de uma mente científica a quilômetros de distância e o "fedor" de uma não científica a mais que isso pois que fede muito. Igual a sua. Ou você é um exemplar dos famigerados 'trolles' ou é digno de dó. Os disparates que você diz me fazem rir muito e me despertaram vontade de te "surrar" um pouco. Só que... prepare-se, não sou tão bonzinho quanto os outros.
Como você demonstrou, cabalmente, não conhecer nada de física, vou procurar ser bem simplório para descer o máximo que eu puder e chegar perto do seu nível. Não vou chegar até aí, mas, "berrando", talvez você possa me escutar. Vamos lá (ao que você me... "perguntou"):
Quanto ao "atemporal", é visto que você não se deu conta, mas é justamente da atemporalidade da constância (da propagação) que trata o Magueijo, motivo deste tópico. O Magueijo aponta que a constante não é, ou pode não ser, atemporal. E isso não é nenhuma novidade; o Magueijo não é pioneiro nisso. Qualquer cientista considera as coisas, fundamentalmente, assim. A questão é, sempre, que necessidade ou que motivos temos para levar uma dúvida sistemática a termo (dúvida que é sempre sistemática, para o *real* cientista, não por questões filosóficas mas, apenas, pela necessidade que ele tem do empirismo constante, o que significa que, enquanto uma técnica empírica melhor não demonstrar diferente, o que ele sabe é o que ele sabe e assunto encerrado). As mudanças vêm em ciência porque descobrimos coisas novas no caminho, tenhamos esperado ou procurado por elas ou, principalmente, não. As coisas não mudam em ciência simplesmente porque duvidamos delas e queremos que mudem.
Vamos, agora, ao "universal". Já está esclarecido que não é o que os cientistas dizem (verdade universal); que você está pondo palavras nas bocas deles. Você é o típico caso dramático que nos faz pôr as mãos na cabeça e perguntar: por onde começar?! Diante destas sua palavras:
"Luz são partículas (fótons) emitidas em alta velocidade por corpos maiores. Como qualquer arma de fogo, a velocidade máxima ocorre no momento da emissão (na boca do cano, ou logo depois). Submissa a campos gravitacionais, a partícula diminui sua velocidade na medida em que se afasta da massa emissora. Não pode ser constante nunca, nem em pensamento!"
a coisa (te salvar) se mostra difícil. Você bateu o recorde de disparates por sentença. E não só aí em cima...
Não há comparabilidade entre fótons e projéteis balísticos.
Luz não são partículas; nem mesmo são dualidades onda-partícula, neste caso, porque as entidades onda-partícula não são a luz; compõem a luz. Fótons, como qualquer partícula em que a natureza quântica "sobressaia-se", são entidades duais não simplesmente por que são descritas for funções de onda da equação de Schroedinger mas porque são verificadas, experimentalmente, assim, já desde o tempo de Newton, que abordou mais a natureza corpuscular, e Huygens, que abordou mais a natureza ondulatória (até antes, com trabalhos de outros investigadores de menor envergadura, como Descartes e Hooke).
Os fótons são "emitidos" mas não são impulsionados, como você sinonimiza, "em alta velocidade". A velocidade da luz nem mesmo é uma velocidade clássica porque ondas eletromagnéticas não se deslocam; propagam-se. E sua velocidade está mais (ou totalmente) relacionada à sua natureza ondulatória que à corpuscular ainda que não se deva, estritamente, confundir a "onda" descrita pelas funções de onda com onda eletromagnética. A natureza ondulatória de partículas quânticas é entendida como tão preponderante que, até mesmo, sua característica corpuscular é descrita como 'pacote-de-onda'.
Não são fótons, são ondas eletromagnéticas que se propagam pelo espaço-tempo numa "velocidade" que não é, nem mesmo, propriedade da onda eletromagnética, mas do espaço-tempo em que ela se propaga. Não podem se propagar em velocidade diferente. Não haveria um meio de se "impulsionar" um fóton com "menos força" e/ou por menos tempo e fazê-lo "deslocar-se" a, por exemplo, 150.000 km/s. Ou com mais força e/ou por mais tempo e fazê-lo "deslocar-se" a mais de 300.000 km/s como você, neste caso, deve(ria) saber. Aqui está uma das dificuldades que muitas pessoas têm em entender boa parte das questões relativísticas.
E, aqui, você se desvia da realidade antipodalmente porque a constante universal mais fundamental, neste caso, não é uma propriedade da "luz" (onda eletromagnética), ou seja, sua "velocidade". A constante, na verdade, as constantes universais mais fundamentais são propriedades do espaço-tempo, nomeadamente 'vácuo', neste caso. Só por aqui, entende-se (espero que você já esteja entendendo), que sua pergunta deveria ser, pelo menos, se o espaço-tempo tem as mesmas propriedades em qualquer localidade do universo. Qualquer físico (que seja cientista) tem, fundamentalmente, a consciência de que pode não ter. Mas... e daí? É preciso saber para se afirmar, e só se pode afirmar o que se sabe. E o que se sabe é que a permeabilidade do vácuo é 4Xpi X 10^-7 henry/m e a permissividade do vácuo é 8.854 X 10^-12 farad/m. Estas são constantes universais mais fundamentais que c.
Você pode perguntar se estas constantes são universais mesmo; se elas apresentam o mesmo valor em qualquer lugar (ou "tempo", se acha que tempo não é, também, um "lugar"), em qualquer parte do "vácuo universal", ou "espaço livre", ou "nada absoluto", ou "éter", ou... como preferir chamar. Mas, a partir daí, terá um problema novo: você não poderá mais "ver" o espaço-tempo como o seu "nada absoluto" pessoal. Porque o seu nada absoluto tem propriedades intrínsecas como qualquer outra "alguma coisa".
Se você conhecêsse o trabalho de Maxwell, saberia que suas equações do eletromagnetismo, simplificadas para 4 (duas delas) apontam para a propagação eletromagnética, unicamente pelas variações dos campos elétrico e magnético e suas relações variavelmente conexas. Uma de suas soluções definem a velocidade da luz. O eletromagnetismo de Maxwell é clássico e já descreve bem a propagação eletromagnética, e a teoria quântica não muda muita coisa nesse sentido.
Nada do que escrevi até agora, ainda, faz parte da coça que estou disposto a te dar. Vou começar a sova, bem de leve, a partir de agora.
Como você arrota um "enoooooorme conhecimento" 'irrestrito' (espero que capte o trocadilho) sobre relatividade geral ao ponto de querer desmantelá-la (como eu estou rindo ao escrever isso...), quero te fazer uma(s) pergunta(s). Se você acha que essa sua descrição subnewtoniana de gravitação é suficiente e que o espaço-tempo não possui propriedades intrínsecas, como explicaria a irregularidade da órbita de Mercúrio e o desvio da propagação eletromagnética* (não dos fótos, entendeu?); (aproveite e explique o para o vermelho também)?
*Neste último momento, vejo que o "grande Feynman" chegou antes de mim (para variar...). Mas é um reforço. Vamos ver, Alano.
Também, se você acha que o "nada" existe, explique a dilatação do tempo, a contração de Lorentz e porque, numa simples equação para descrever a trajetória eletrônica num tubo de raios catódicos (caso tipiquíssimo em engenharia) é necessário introduzir correção relativística (variação de massa)? Não entendeu o que isso tudo tem que ver com o "nada"? Sofra. Pode "colar" (dos seus "500 livros" que, ou não são científicos; ou você não lê; ou não entende). Você vai precisar muito mesmo...
Você já se esquivou várias vezes mas, pelo menos de um forista em particular, o fez vergonhosamente. Se fizer isso comigo, só não estará levando uma coça porque estará fugindo como um covarde. Você já fez isso com ele. Fará comigo?
Só mais uma pergunta. Esse seu avatar é você mesmo? Tem uma cara, com esses óculos, de "professor", de "intelectual" esnobe. Eu pareço mais um 'playboy quarentão' mesmo. Tenho cara de cafajestão bobo (sem inteligência) e normalmente, me olhando, ninguém dá nada por mim (bom, ELAS, dão PRA mim), mas... as aparências enganam.
Ah! E Maxell é uma marca de pilhas e baterias, não o grande, o gigante James Clerk MAXWELL, que não era nenhum deus, mas muito mais que isso -- era um cientista.