Autor Tópico: Caso Battisti  (Lida 95189 vezes)

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Offline Hold the Door

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Re: Caso Battisti
« Resposta #750 Online: 19 de Junho de 2011, 12:36:44 »
Juca, então pela sua lógica, se eu me filiar a um grupo ativista posso justificar qualquer crime que cometa como político, mesmo não tendo qualquer relação com o ativismo, pois foi exatamente o que o Battisti fez. Eu posso eventualmente brigar no trânsito, puxar uma arma e matar o outro motorista e então alegar que foi crime político e pedir asilo em outro país alegando perseguição política...
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Offline _Juca_

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Re: Caso Battisti
« Resposta #751 Online: 19 de Junho de 2011, 12:50:08 »
Juca, então pela sua lógica, se eu me filiar a um grupo ativista posso justificar qualquer crime que cometa como político, mesmo não tendo qualquer relação com o ativismo, pois foi exatamente o que o Battisti fez. Eu posso eventualmente brigar no trânsito, puxar uma arma e matar o outro motorista e então alegar que foi crime político e pedir asilo em outro país alegando perseguição política...


Não, não pode. Mas se você for assaltar um banco para sustentar sua organização política isso é crime político, se você matar alguém durante esse assalto isso é crime político. PELAMORDEDEUS, não estou dizendo que havendo provas concretas, dentro de um sistema que não esteja viciado, não deva haver julgamento e punição, não deixa de ser um crime. O que acontece é que de um modo geral crimes políticos tem muito mais chace de serem julgados com revanchismos, que foi o que aconteceu no caso de Battisti. Seu julgamento foi injusto, viciado e revanchista.

Offline Geotecton

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Re: Caso Battisti
« Resposta #752 Online: 19 de Junho de 2011, 12:54:01 »
[...]
Seu julgamento foi injusto, viciado e revanchista.

A Justiça e a população italiana não concordam com voce.
Foto USGS

Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #753 Online: 19 de Junho de 2011, 13:04:03 »

[...]
Seu julgamento foi injusto, viciado e revanchista.

Vixi, então TODO o judiciário da Itália está podre!

E é o Brasilsilsilsil que está afirmando.  :|
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Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #754 Online: 19 de Junho de 2011, 13:07:13 »
Citação de: Juca
, se você matar alguém durante esse assalto isso é crime político.

Só um pequeno detalhe para tornar seu duplipensar um pouquinho mais desafiante e divertido: o guarda não morreu DURANTE o assalto, ele foi morto depois de forma premeditada, por vingança pelo bandido morto durante a reação ao assalto.



Isso sem entrar no mérito se assaltar bancos está ou não "liberado" para quem alegar ser organização política que luta contra um estado (que no caso da Itália, era democrático de direito).

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Offline Moro

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Re: Caso Battisti
« Resposta #755 Online: 19 de Junho de 2011, 14:00:43 »
Imagino que Pol Pot nao devesse ter sido julgado
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Offline Hold the Door

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Re: Caso Battisti
« Resposta #756 Online: 19 de Junho de 2011, 15:45:46 »
Citação de: Juca
, se você matar alguém durante esse assalto isso é crime político.

Só um pequeno detalhe para tornar seu duplipensar um pouquinho mais desafiante e divertido: o guarda não morreu DURANTE o assalto, ele foi morto depois de forma premeditada, por vingança pelo bandido morto durante a reação ao assalto.



Isso sem entrar no mérito se assaltar bancos está ou não "liberado" para quem alegar ser organização política que luta contra um estado (que no caso da Itália, era democrático de direito).

O DDV disse o que eu ia dizer. O guarda não foi vítima da ação de assalto ao banco. Posteriormente ao assalto o Battisti planejou e executou o assassinato a sangue frio do guarda, como vingança por ele ter cumprido seu dever. Isso coloca o crime em pé de igualdade com a situação hipotética que expus de assassinato em briga de transito, ao qual você disse que eu não posso imputar como crime político. E agora Juca, como fica?
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Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #757 Online: 19 de Junho de 2011, 16:47:57 »
Uma correção: a vítima ao qual me refiro é o Lino Sabadin, um açougueiro que matou um dos bandidos numa reação a um assalto a seu estabelecimento. É provável que eu tenha me confundido com o guarda Andrea Campangna, que foi morto por ter participado da prisão de um dos membros do grupo.


Vou listar agora os 4 assassinatos cometidos pelo Battisti e as motivações:

Lino Sabbadin: Foi morto dias depois de reagir a um assalto ao seu açougue, matando um dos bandidos. Ele "confundiu" uma ação de um grupo revolucionário lutando contra a opressão capitalista fazendo uma "expropriação" com um assalto comum, e pagou com a vida.

Andrea Campagna: policial, foi morto com 5 tiros na nuca, à queima roupa, porque apareceu na TV durante a prisão de um dos membros da quadrilha do Battisti.

Pierluiggi Torregiani: comerciante, também foi emboscado e morto. A motivação foi semelhante à do açougueiro Lino Sabaddin: reagiu a um assalto ao seu estabelecimento comercial e matou um dos bandidos. A diferença no caso (se eu não me engano) é que o bandido morto sequer era do bando de Battisti. O grupo de Battisti solidarizou-se com esse bandido por considerá-lo "vítima da sociedade".

Antonio Santoro: chefe de polícia. Foi assassinado por Battisti com 3 tiros pelas costas, acusado pelo grupo de maltratar prisioneiros.

« Última modificação: 19 de Junho de 2011, 16:50:20 por DDV »
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Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #758 Online: 19 de Junho de 2011, 16:49:01 »
Mas a pergunta continua de pé: estes crimes podem ser considerados "políticos"? Como?

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Offline Derfel

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Re: Caso Battisti
« Resposta #759 Online: 19 de Junho de 2011, 16:57:17 »
Veja bem... Estamos falando de crimes políticos cometidos na Itália, terra da Máfia. Mesmo código de honra, entendeu? :)

Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #760 Online: 19 de Junho de 2011, 16:59:55 »
Veja bem... Estamos falando de crimes políticos cometidos na Itália, terra da Máfia. Mesmo código de honra, entendeu? :)

No caso, o judiciário italiano é "mafioso"?

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Offline Derfel

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Re: Caso Battisti
« Resposta #761 Online: 19 de Junho de 2011, 17:01:30 »
Ninguém mais nota smileys?

Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #762 Online: 19 de Junho de 2011, 17:11:07 »
Ninguém mais nota smileys?

O teor e o contexto do post não permitiam (ao menos para mim) deduzir que ra brincadeira. Mas agora que você avisou, tudo esclarecido.  :ok:
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Offline Adriano

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Re: Caso Battisti
« Resposta #763 Online: 19 de Junho de 2011, 17:33:34 »
Só não entendo nessa história é qual ganho político o Lula pensou estar obtendo ao permitir a presença desse assassino no
Brasil? Apenas agradar os cumpanhêro parece muito pouco para o estrago que causou. Provavelmente foi puramente o resultado de uma mistura de teimosia, incompetência e cachaça.

Pela minha experiência com o Partido esse foi um ato de grande simbolismo, que agradou profundamente várias correntes que se encontravam descontentes com a condução de vários outras áreas do governo.
O Centralismo Democrático e a histórica divisão em correntes me parecem uma explicação bem satisfatória.
É o mesmo que penso, existem muitos outros fatores que interferem na análise. Temos que analizar um ato jurídico-político de tão grandes proporções, como entre as relações soberanas entre estes dois países e consequentemente toda a comunidade internacional, considerando todos estes fatores. Não basta ver apenas a situação civil destes crimes, que se escondem na gigantesca complexidade de estrutura das relações internacionais. Seria muita miopia para um fato muito maior, que é a extradição e sua possível utilização, neste contexto político.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Moro

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Re: Caso Battisti
« Resposta #764 Online: 19 de Junho de 2011, 17:42:56 »
Quem fez cagada e fez uma decisão trivial se tornar uma questão de grandes proporções foi o Lula. Complicou o que era simples por motivos ideológicos.
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Offline Adriano

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Re: Caso Battisti
« Resposta #765 Online: 20 de Junho de 2011, 00:35:16 »
b) Se fizermos um apanhado dos foristas do CC (ou na fila do banco, ou na reunião de fim de ano da empresa, ou no Baixo leblon, ou...) para emitir juízo de valor sobre várias leis nacionais, garanto que vamos encontrar o entendimento de que várias leis (e a sua aplicação) são injustas.  Porém foram decididas por um Poder democraticamente eleito, se não gostamos delas simplesmente nos organizamos e tentamos muda-las.  Mas elas são legais.
Este é o meu ponto. Porém não vejo somente sobre o prisma das leis italianas e sim das leis brasileiras que permitiram o ato e a sua legalidade e aplicação. Gostemos ou não gostemos, é uma situação de interação dos poderes neste caso e por isso a sua complexidade. E o poder executivo demonstrou maior força, mesmo a revelia dos que não o apoiam.

A Justiça com instituição se apega ao legal, não necessariamente ao justo.  As leis são criadas por outro poder, cabe ao Judiciário apenas aplica-las, sendo elas justas ou não.
A Alemanha Nazista já derrubou essa tese de que as leis legitimam os atos do estado.
Lei de Godwin?
Simplesmente para mostrar que, mesmo uma nação, pode agir injustamente, embora legalmente, através de suas próprias leis.

No caso brasileiro, vejo que tem avaliação do STF, e que pelo visto não foi bem aproveitada. Considerando que o executivo fez realmente merda, o judiciário não deveria vetar?

O que me parece foi que o STF não quis prejudicar a imagem do Brasil, demonstrando alguma possível crise entre os poderes, sendo menos prejuízo para a imagem do país a continuidade da não extradição, apesar de tudo  :?
« Última modificação: 20 de Junho de 2011, 01:41:28 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline DDV

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Re: Caso Battisti
« Resposta #766 Online: 22 de Junho de 2011, 16:47:56 »
Mas a pergunta continua de pé: estes crimes podem ser considerados "políticos"? Como?



A pergunta continua esperando resposta, se houver.

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Skorpios

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Re: Caso Battisti
« Resposta #767 Online: 28 de Junho de 2011, 11:55:38 »
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28 de Junho, 2011 - 09:58 ( Brasília )
Geopolítica
Terror - Como adotar um terrorista
E em tempo recorde: o governo leva só treze dias para conceder a Battisti autorização definitiva para viver no Brasil


No Brasil, um estrangeiro leva, em média, 45 dias para obter uma autorização para viver e trabalhar no país pelo tempo que quiser. Isso considerando que ele tem a ficha limpa e está com todos os documentos em ordem. Não é, evidentemente, o caso do terrorista italiano Cesare Battisti. Condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro homens na década de 70, ele fugiu para a França nos anos 80 e viveu lá até que o governo Jacques Chirac o pusesse para correr. Também como foragido, ingressou no Brasil em 2004 usando um passaporte falso.

Passou três anos sem que ninguém o incomodasse – só foi preso em 2007. Estava na Penitenciária da Papuda até duas semanas atrás, quando foi solto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que, endossando a decisão do ex-presidente Lula, resolveu não extraditá-lo para o seu país natal, como queria (e continua querendo) a Itália. Na quarta-feira, o Ministério do Trabalho concedeu-lhe autorização para que se estabeleça no Brasil. O processo todo durou não mais do que treze dias. Termina assim a saga do terrorista que, depois de passar trinta anos como fugitivo, encontrou um país para chamar de seu – o nosso.

Nada disso teria ocorrido não fosse a simpatia petista para com a “causa" de Battisti. Em 2009, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, usando de prerrogativa do cargo – e contrariando parecer técnico elaborado por um órgão da sua própria pasta – , concedeu refúgio político ao assassino. Foi o primeiro sinal de que as portas estavam abertas e escancaradas para Battisti. Na semana passada, as facilidades continuaram.

Diante da impossibilidade de ele apresentar documentos provando que entrou legalmente no Brasil, o Conselho Nacional de Imigração, que analisou seu pedido de permanência, decidiu simplesmente pular a exigência. Agora, o italiano terá "todos os direitos reconhecidos aos brasileiros", como diz o Estatuto do Estrangeiro. Poderá trabalhar, comprar carro, casa e fazer empréstimos. Se sua vida financeira desmoronar, nada o impedirá de receber o Bolsa Família, por exemplo. Quando completar 65 anos, poderá receber aposentadoria.

Enquanto pensa no futuro, o terrorista leva a vida em Higienópolis, um dos bairros mais charmosos de São Paulo. Desde que saiu da cadeia, está hospedado no apartamento do amigo petista Luiz Eduardo Greenhalgh, que também é seu advogado. Battisti ocupa um dos cinco quartos do imóvel, onde o advogado mora com a mulher e a filha.

De início, saía pouco, por temer o assédio da imprensa e a reação dos vizinhos. Agora, já caminha confiante pelas ruas arborizadas do bairro – livre e à vontade como um inocente. Apesar dos boatos recorrentes, o senador Eduardo Suplicy, do PT paulista, nega que pretenda contratá-lo como assessor em seu gabinete. "Não, não. Ele está propenso a escrever um novo livro, contando sua história, para provar sua inocência". O Brasil e os petistas são mesmo uma mãe para Battisti.
Laura Diniz


http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/1653/Terror---Como-adotar-um-terrorista

Skorpios

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Re: Caso Battisti
« Resposta #768 Online: 24 de Agosto de 2011, 07:56:54 »
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COBERTURA ESPECIAL - Front Interno
23 de Agosto, 2011 - 15:00 ( Brasília )
Battisti recebe documentos que permitem morar e trabalhar no Brasil


Brasília - O ex-ativista italiano Cesare Battisti já recebeu alguns dos documentos que permitirão que ele viva e trabalhe no Brasil. O Ministério da Justiça confirmou que o documento do Registo Nacional de Estrangeiro de Battisti foi emitido no último dia 15. O efeito dessa emissão já é permanente, mas o documento definitivo só será entregue no prazo de 180 dias.

De acordo com Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado de Battisti, o Registo Nacional de Estrangeiro permite ao italiano abrir contas bancárias, alugar casa e trabalhar no Brasil. O advogado negou que Battisti tenha recebido atendimento prioritário na emissão do referido documento.

Battisti deixou a prisão em 9 de junho, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a decisão de mantê-lo no Brasil. A Itália pedia a extradição de Battisti alegando que ele deve ser tratado como preso comum por ter sido condenado por quatro crimes.

No final dos anos 70, o ex-ativista foi condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas. Battisti nega a participação nos crimes e disse ser inocente. Para as autoridades brasileiras, ele deve ser tratado como preso político por sofrer ameaças.

De acordo com pessoas próximas ao ativista, Battisti disse que quer ter a oportunidade de conhecer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer pelo apoio que obteve. Atualmente, Battisti mora com a mulher brasileira em uma casa emprestada no litoral de São Paulo. A ideia dele é tornar-se escritor e preparar uma obra autobiográfica.

http://www.defesanet.com.br/front/noticia/2475/Battisti-recebe-documentos-que-permitem-morar-e-trabalhar-no-Brasil

Offline Gaúcho

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Re: Caso Battisti
« Resposta #769 Online: 24 de Agosto de 2011, 08:43:55 »
Que lambança esse caso, que lambança.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Geotecton

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Re: Caso Battisti
« Resposta #770 Online: 24 de Agosto de 2011, 08:58:42 »
Que lambança esse caso, que lambança.

Neste caso, o Lula é o culpado. :hihi:
Foto USGS

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Re: Caso Battisti
« Resposta #771 Online: 24 de Agosto de 2011, 09:39:28 »

Offline Týr

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Re: Caso Battisti
« Resposta #772 Online: 24 de Agosto de 2011, 19:50:12 »
Se alguém por acaso desse um 'fim' nele, será que a Itália daria abrigo com a alegação de perseguição política?  :P

Offline Barata Tenno

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Re: Caso Battisti
« Resposta #773 Online: 24 de Agosto de 2011, 19:56:44 »
Se alguém por acaso desse um 'fim' nele, será que a Itália daria abrigo com a alegação de perseguição política?  :P
Acho que com gosto!!!
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Týr

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Re: Caso Battisti
« Resposta #774 Online: 24 de Agosto de 2011, 20:01:39 »
Se alguém por acaso desse um 'fim' nele, será que a Itália daria abrigo com a alegação de perseguição política?  :P
Acho que com gosto!!!
Neste caso poderia se argumentar o Princípio de Reciprocidade, mas não seria muito infantil para um país maduro como a Itália?

Confesso que gostaria de ter o prazer de ver uma notícia dessas no noticiário internacional.

 

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