Autor Tópico: Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas  (Lida 1016174 vezes)

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Offline Alquimista

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12451 Online: 22 de Junho de 2016, 20:33:54 »
A mulher mais Fibonaccitosa que já vi!!!!!!!!!!
« Última modificação: 22 de Junho de 2016, 20:36:00 por Alquimista »
"O Alquimista é o supremo alquimista alfa e o ômega das transmutações aurintelectofilosofais."

Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12452 Online: 22 de Junho de 2016, 21:44:30 »
Sério, WTF pra essas associações. Isso deve estar entre as maiores forçações de barra amplamente aceitas universais.


Offline FZapp

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12453 Online: 25 de Junho de 2016, 23:18:22 »
O que exatamente ?
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Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12454 Online: 25 de Junho de 2016, 23:30:04 »
O que exatamente ?

Acho que ele se refere a "ver" a imagem realista da constelação associada a pontos (estrelas). É um exercício de imaginação orientado pela cultura do lugar.

Citar
Nearly every culture on Earth has seen patterns in the stars. But, not surprisingly, very few have seen the same patterns. Take, for example, the Big Dipper, perhaps the most recognizable star pattern in the sky. The Big Dipper is not actually a constellation itself, but is part of a larger pattern known to the Greeks as Ursa Major, the Great Bear. The seven stars of the Big Dipper have inspired many stories, perhaps because they are bright and located so near the north celestial pole, around which the stars rotate during the course of the night. But not everyone calls it a Dipper. The British call it a Plough. In Southern France, it is a Saucepan. The Skidi Pawnee Indians saw a stretcher on which a sick man was carried. To the ancient Maya, it was a mythological parrot named Seven Macaw. Hindu sky lore called it the Seven Rishis, or Wise Men. To the early Egyptians, it was the thigh and leg of a bull. The ancient Chinese thought of it as a special chariot for the Emperor of the Heaven or some other celestial bureaucrat. For the Micmac Indians of Canada's Maritime Provinces, along with several other North American Indian tribes, the bowl of the Big Dipper was a bear, and the stars in the handle represented hunters tracking the bear. And in the nineteenth century, the Big Dipper became a symbol of freedom for runaway slaves, who "followed the Drinking Gourd" to the northern states.
http://www.physics.csbsju.edu/astro/asp/constellation.faq.html
« Última modificação: 25 de Junho de 2016, 23:33:17 por Gigaview »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12455 Online: 26 de Junho de 2016, 18:18:08 »
Na verdade há evidências de que habitantes dessas constelações nos visitaram e semearam nessas culturas as influências para os nomes das constelações de acordo com a sua vontade política.

Os "céticos" preferem crer que seja apenas um caso de "mnemônicos" deliberadamente construídos sem influência de EIDs*.

* Entidades Inteligentes Desconhecidas








Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12456 Online: 27 de Junho de 2016, 16:55:33 »
O que exatamente ?

Acho que ele se refere a "ver" a imagem realista da constelação associada a pontos (estrelas).

Exato.

Poxa, esse, em amarelo, é o Lince:



 :sleepy:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12457 Online: 27 de Junho de 2016, 17:27:50 »



Racismo. É só uma forma velada de criticar também os ideogramas de idiomas de povos de cor.

"Por que eles não aprendem a usar o alfabeto romano, branco, correto?"

Offline FZapp

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12458 Online: 27 de Junho de 2016, 22:18:05 »
O que exatamente ?

Acho que ele se refere a "ver" a imagem realista da constelação associada a pontos (estrelas).

Exato.

(...)

Poxa, são mnemônicos, são imagens que lembram porque as estrelas por muuuito muuuito tempo eram as únicas referências para saber onde um navegante ou beduíno ou frota ou caravana estava. É claro que a imaginação fazia ver um bagulho enorme de tres ou quatro estrelas, mas essa é a vantagem de um mnemônico, é fácil de memorizar... !
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Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12460 Online: 28 de Junho de 2016, 00:01:29 »
Na verdade há evidências de que habitantes dessas constelações nos visitaram e semearam nessas culturas as influências para os nomes das constelações de acordo com a sua vontade política.

Os "céticos" preferem crer que seja apenas um caso de "mnemônicos" deliberadamente construídos sem influência de EIDs*.

* Entidades Inteligentes Desconhecidas


Isso só é válido para os habitantes das constelações da Comunidade Galática como Boötes (Arcturus), Orion(Rigel) e Auriga (Capella) que não pertencem ao Zodíaco. Os signos do zodíaco têm relação com imagens psíquicas presentes no inconsciente coletivo herdadas geneticamente de nossos ancestrais. Portanto, até uns 2.000 anos atrás era normal as pessoas reconhecerem seus signos naturalmente no céu. Essa ancestralidade pode relevar evidências de experimentos de mixagem de material genético em laboratório com outras espécies por inteligências extraterrenas daí as imagens psíquicas dos signos do touro, do escorpião, do peixe e do sagitário como espécie experimental. Os demais, libra e aquário, não vinculados a espécimes biológicos, têm relação clara com impressões de memória do laboratório onde o homem foi aperfeiçoado (balança e tanque) que ficaram impressas no material genético.
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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12461 Online: 28 de Junho de 2016, 01:28:08 »
Quanto a isso eu mesmo tenho que concordar com os "céticos" que não é necessário supor interferência de EIDs -- ela pode ter ocorrido, não pode ser excluída como eventualidade, mas não é necessária.

A teoria da Evolução de Darwin, que é completada pelas ciências espirituais, já tem em suas premissas que todos os seres compartilham ancestrais em comum. Assim sendo, é natural que pessoas terão genes em comum com diversos animais de outras espécies. Sem contar ainda a ocorrência de híbridos, cada vez mais raros, co o passar da história.

Essa genética pode ser atraída pela maior proximidade ectogenética ("genética espiritual") com o animal em questão, ou um aparentado (isso é. o indivíduo ter sido de espécie aparentada do animal em encarnações anteriores recentes, como era mais aceito pela espiritologia egípcia, e posteriormente negado na européia, devido ao racismo). As situações zodiacais, a configuração do espaço, altera condições gravitacionais e portanto freqüências vibracionais de todos os seres, influênciando -- não determinando em absoluto, portanto, não se aplicando as pífias tentativas de refutação dos pseudocéticos -- as probabilidades de reencarnação de pessoas de ectogenética (e bio-genética também) em algum grau mais próxima algum desses seres.

Quanto a libra e aquário, eu creio que a explicação mais parcimoniosa novamente seja proximidade genética, mas agora com seres provenientes dessas constelações, que ditaram seus nomes originalmente. Ao mesmo tempo, as pessoas de outras regiões (como a China) não têm esses signos, mas aqueles do horóscopo Chinês, ou outro.

Esse elo genético se vê manifestado não só nos traços de personalidade, mas também na fisionomia, que adicionalmente revela como os principais signos não são entidades monolíticas, mas apenas flutuações dos genes e ecto-genes mais freqüentes, havendo muitos outros que acrescentam imperfeições às tentativas de previsão caracterológica baseadas apenas nessa tipologia simplificada do zodíaco:



























Adicionalmente, há todas as interações gravitacionais que são dificílimas de computar. Mesmo quando o problema se limita apenas a uma abordagem estritamente materialista do problema:

Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/Three-body_problem

[...] In 1887, mathematicians Heinrich Bruns[4] and Henri Poincaré showed that there is no general analytical solution for the three-body problem given by algebraic expressions and integrals. The motion of three bodies is generally non-repeating, except in special cases.[5] [...]



Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12462 Online: 28 de Junho de 2016, 22:58:44 »
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Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12463 Online: 13 de Julho de 2016, 19:57:44 »
Será que os crop circles vão continuar aparecendo no Reino Unido após o Brexit?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12464 Online: 13 de Julho de 2016, 22:31:39 »
Brilhante fagulha premonitória do Gigaview:

<a href="https://www.youtube.com/v/tRbizYPQ5yc" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/tRbizYPQ5yc</a>

Offline Gigaview

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12466 Online: 14 de Julho de 2016, 00:20:29 »
Evidentemente. Cada atraso na consolidação da ONU como Governo Global atrasa a associação da Terra à Federação Unida dos Planetas.

Que é do nosso interesse se queremos todo apoio em resolver assuntos como as abduções, experimentos, chupa-cabras, etc.


O filósofo e astrólogo/astrônomo Olavo de Carvalho já discorreu sobre isso:

ATAQUE EXTRATERRESTRE E CAOS ECOLÓGICO PARA FORJAR A NECESSIDADE DE UMA NOVA ORDEM MUNDIAL
http://conspiratio.blogs.sapo.pt/61211.html



O que os globalistas não percebem é que, assim como estar fora de seus grupos é o melhor para controlar a imigração, estar fora de seus grupos também é o melhor para se defender de invasores alienígenas ilegais de outros planetas.

Algo que talvez eles estejam provavelmente pretendendo legalizar, também.



Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12467 Online: 14 de Julho de 2016, 01:54:04 »
O problema é que a imigração é silenciosa e mimética porque envolve holografia, shapeshifting e técnicas avançadas de clonagem na produção de "synthetics" como evidencia o video abaixo:

<a href="https://www.youtube.com/v/F1pqEocCc5w" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/F1pqEocCc5w</a>
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Offline Gauss

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12468 Online: 14 de Julho de 2016, 11:26:47 »


Se eu não me engano essa é uma reunião da Sociedade Fabiana lá em Londres, que tem por objetivo implantar o socialismo  de maneira galaxial como foi feito em Andrômeda. Se eu não me engano os ET's da foto são do Cinturão de Órion, eles já implantaram o socialismo por lá e tudo isso começando com uma ideia globalista.

Há boatos que esse tipo de reunião fabiana com visitantes de outros planetas só ocorre a cada 100 anos quando Saturno está ascendente em Júpiter e Capricórnio. Ao menos foi o que Mestre Olavo disse.

PS.: Sempre soube que o Mick Jager era globalista fabiano.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12469 Online: 17 de Julho de 2016, 00:32:19 »
Por que os EUA não usam tecnologia alienígena disponível na Área 51, recuperada através de engenharia reversa do disco voador de Roswell, na construção do Air Force One?

http://airway.uol.com.br/eua-contrata-boeing-para-construir-o-novo-air-force-one/
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Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12470 Online: 17 de Julho de 2016, 01:10:02 »
Já que todos só estão fazendo perguntas idiotas que são idiotas eu decidi que é minha obrigação fazer uma pergunta idiota que contribua para o avanço da Ciência e o progresso da humanidade.

Uma coisa que sempre me intrigou - e para qual não encontro a resposta no Google - é que, muitas vezes, quando os arqueólogos escavam ruínas e cidades antigas encontram relíquias preciosas e obras de arte e objetos valiosos e maravilhosos.

Como isso é possível?



Eu entendo que estas cidades tenham sido um dia abandonadas ou porque houve um declinio, ou porque as condições do ambiente já não permitiam sustentar a população, ou porque foram invadidas e pilhadas... ou qualquer coisa assim... O que eu não entendo é como e porque as pessoas deixaram objetos valiosos para trás.

Será que, de repente, no mesmo dia, todo mundo saiu correndo às pressas e nem deu tempo de levar as estatuetas de ouro e os painéis adornados em lápis azuli?

O declínio e abandono destes lugares deve ter sido progressivo e levado muito tempo até que não fosse mais habitado.

Então como os arqueólogos ainda encontram estes tesouros?

Alguém sabe?






Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12471 Online: 17 de Julho de 2016, 01:23:41 »
Em busca das relíquias perdidas

O FUROR: (DES)ENTENDENDO AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

por Clarissa Reis Guimarães.

Após o texto extremamente bem escrito do Franco, não pude deixar de aproveitar o gancho para falar do meu objeto de pesquisa e da minha paixão de infância: antiguidades e obras de arte. Sou daquelas que adora um museu e me esbaldo quando viajo para algum lugar e posso ter o contato com todo aquele clima de sabedoria, de reverência e opulência relacionada ao passado.

O único problema, que aprendi com a pesquisa, é que nesse mundo, nem tudo é o que parece.


Na verdade, foi uma tremenda desilusão para mim ter que admitir que todo o mercado que sustenta grandes coleções de artigos culturais atualmente, dirigidas tanto por museus quanto por colecionadores particulares, poderia ter implicações diretas na herança cultural dos povos e nos fluxos de conhecimento provenientes de um mundo em processo de globalização.

E essa não é nem de longe a pior parte.

Temos observado as consequências dos conflitos no Oriente Médio e Norte da África, não apenas relacionadas à crise de refugiados que buscam asilo na Europa, mas principalmente, ao avanço cada vez mais tangível do grupo terrorista intitulado Estado Islâmico – EI – nos territórios do Iraque e da Síria. As ações violentas do EI têm sido bastantes documentadas pela mídia internacional desde o ano passado, quando vimos o crescimento de seu poderio e influência nos territórios ocupados pelo grupo.

Mas o que isso tem a ver com o mercado internacional de antiguidades?

            O Estado Islâmico vem promovendo uma destruição sistemática, quase em escala industrial, de diversos sítios arqueológicos e museus. Essa destruição tem sido respaldada, principalmente por uma interpretação da fé islâmica que considera qualquer manifestação artística em forma humana ou representando deuses pagãos, como um desrespeito a Alá e ao Profeta Maomé.

            Uma das partes sujas é que esse grupo terrorista não apenas tem destruído patrimônios históricos e promovido um processo de iconoclastia generalizada. Não. O EI tem vendido uma imensa quantidade de objetos culturais provenientes das áreas ocupadas da Síria e do Iraque, o que vem fomentando largamente suas atividades terroristas desde meados do ano passado.

            Atualmente, tem se discutido que o tráfico de antiguidades corresponde à segunda maior fonte de renda do grupo fundamentalista, ficando atrás apenas da venda de petróleo no mercado negro. Essas estimativas relacionadas às declarações da UNESCO [1] admitem as enormes proporções que esse tráfico tem adquirido. Ainda não há meios de atestar o tamanho dos ganhos financeiros provenientes dessas transações, já que devemos considerar seu caráter ilícito e, portanto, quase impossível de ser rastreado.

            O link deste ilícito com a prática de grupos terroristas tem sido estudado de forma intensa recentemente, mas os arqueólogos e juristas imersos nesse debate vêm explorando há tempos (principalmente inspirados pelo caso do Camboja durante o governo genocida do Khmer Vermelho) as redes de transações que conectam o comércio ilícito de antiguidades com o crime organizado e grupos insurgentes violentos. [2]

            Nos casos do Afeganistão e do Iraque, a pesquisa de campo fica bastante comprometida pela periculosidade daquelas regiões, mas testemunhos do exército americano entre outras fontes têm comprovado a trajetória desse ilícito nas últimas décadas. Principalmente devido às sanções impostas a esses países, em conjunto com as intervenções do ocidente, e a pobreza da população, os insurgentes locais se voltaram para o saque e a pilhagem de relíquias a fim de se abastecerem economicamente. [3]

            Não é difícil imaginar por que os terroristas têm utilizado as antiguidades como bens de troca, considerando a importância dessa região como berço da humanidade e toda sua riqueza arqueológica; além, é claro, de todo o valor monetário atribuído a cada artefato. Arquivos confidenciais americanos expostos pelo WikiLeaks sugeriam claramente a participação de traficantes de antiguidades na condução de negócios com os insurgentes durante a Guerra do Iraque. Peter Campbell, Ph.D. da Universidade de Southampton no Reino Unido menciona, em um artigo de sua autoria, um report onde consta que o responsável pela venda de lançadores de foguetes e armas aos insurgentes próximos às ruínas sumérias de Ur, era também um traficante de relíquias. [2]

            Assim como antes as relíquias financiavam os insurgentes iraquianos, agora elas vêm prestando esse papel ao Estado Islâmico. Porém, como todo ilícito, o tráfico de antiguidades se sustenta majoritariamente devido à sua demanda. Essa grande e poderosa demanda se concentra principalmente nos grandes centros culturais do que os internacionalistas chamam de “Norte Global”. Ricos colecionadores da Europa, Ásia e América do Norte se valem principalmente de situações de conflito para aumentar suas coleções; o problema é que no caso do EI, as origens do financiamento do tráfico e do grupo terrorista em si vem principalmente dessa demanda inescrupulosa. [4] Afinal de contas, quem coloca um preço nas antiguidades? Quem atesta a sua autenticidade? Quem realmente valoriza o caráter artístico do objeto?

            O que nos leva a pensar instantaneamente no ciclo vicioso que o tráfico de relíquias promove: as potências ocidentais intervêm no Oriente Médio a fim de neutralizar o Estado Islâmico, mas segmentos poderosos de suas populações são parcialmente responsáveis pela sobrevivência e manutenção do conflito e do poderio do grupo terrorista.

            Por isso, as autoridades internacionais finalmente têm admitido a seriedade da situação. A “Antiquities Coalition” – um grupo que tenta monitorar os sítios e as antiguidades que aparecem no mercado além de lutar por uma legislação internacional mais forte contra o tráfico – comenta que houve um aumento da oferta de antiguidades do Iraque e Síria no mercado dos colecionadores no último ano. O Conselho de Segurança da ONU e a Financial Action Task Force, um corpo internacional que visa conter o financiamento ao terrorismo e a lavagem de dinheiro, vêm descobrindo documentos e testemunhos que citam o papel do Estado Islâmico no comércio de Relíquias. [3]

            O que o leitor deve entender é que, por mais que esse comércio seja ilícito, não há um devido “Mercado Negro” de antiguidades. O Mercado de arte e artefatos arqueológicos é principalmente “cinza”, já que a legislação existente para conter o tráfico é frequentemente ignorada e insuficiente para seu propósito. As antiguidades são vendidas aos últimos compradores como legítimas e, a partir disso, não há muitos questionamentos sobre a sua proveniência, visto que apenas a presença e passagens em instituições renomadas acabam “limpando” seu caráter ilícito. [5]

            No caso das antiguidades provenientes da Síria e do Iraque, tem-se observado que o EI vem se capitalizando em cima de um comércio ilegal previamente existente, o que começou durante os protestos de 2012, primeiramente cobrando 20% de imposto sobre escavações “licenciadas” e depois, adquirindo seus próprios arqueólogos e equipamento, assumindo inteiramente o poder sobre o tráfico. Mas a trajetória das relíquias roubadas continua até países vizinhos como a Turquia ou o Líbano, para onde são contrabandeadas e vendidas a mercadores locais, que têm contatos com diversos traficantes europeus. Depois, esses artefatos iriam principalmente para a Europa (países como Suíça e Alemanha) onde são “lavados” e têm seus certificados de proveniência devidamente falsificados ou forjados com o consentimento de conservadores. Por fim, os itens que possuírem uma papelada bastante “autêntica” serão facilmente vendidos em casas de leilão localizadas em países como os EUA e Reino Unido. [4]

            Nessa trajetória, muitas antiguidades acabam não apenas em grandes coleções privadas e de museus, elas acabam no eBay; e isso pode nos dar a noção da grandiosa oferta de antiguidades, e da sua escavação e roubo em “escala industrial”. [4]

            E essa é apenas a ponta de um enorme movimento que, aparentemente tem raízes bastante “institucionalizadas”. A cada dia, novas descobertas podem ajudar a combater de forma mais efetiva esse tráfico, que envolve tanto sangue, tanto passado e tanta cultura.

[1] OSBORN, A. Islamic State looting Syrian, Iraqi sites on industrial scale – UNESCO. Reuters, London, 02/07/2015. Disponível em: http://uk.reuters.com/article/2015/07/02/uk-mideast-crisis-unesco-idUKKCN0PC1OS20150702

[2]PRINGLE, H. New Evidence Ties Illegal Antiquities Trade to Terrorism, Violent Crime. National Geographic, 13/07/2014. Disponível em: http://news.nationalgeographic.com/news/2014/06/140613-looting-antiquities-archaeology-cambodia-trafficking-culture/

[3]WILSON, R. The illegal antiquities trade funded the Iraqi insurgency. Now it’s funding the Islamic State. 09/03/2015. Disponível em: https://www.washingtonpost.com/posteverything/wp/2015/03/09/how-shady-art-dealers-help-fund-the-islamic-states-violent-insurgency/

[4]SHABI, R. Looted in Syria – and sold in London: the British antiques shops dealing in artefacts smuggled by ISIS. 03/07/2015. Disponível em: http://www.theguardian.com/world/2015/jul/03/antiquities-looted-by-isis-end-up-in-london-shops

[5] BRODIE, N. Introduction. In: BRODIE, N.; TUBB, K. W. (Ed.) Illicit Antiquities – The Theft of Culture and the Extinction of Archeology. Londres e Nova York: Routledge, 2002. p. 1-23. (One World Archeology, v. 42).

Offline Gigaview

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12472 Online: 17 de Julho de 2016, 02:09:27 »
Já que todos só estão fazendo perguntas idiotas que são idiotas eu decidi que é minha obrigação fazer uma pergunta idiota que contribua para o avanço da Ciência e o progresso da humanidade.

Uma coisa que sempre me intrigou - e para qual não encontro a resposta no Google - é que, muitas vezes, quando os arqueólogos escavam ruínas e cidades antigas encontram relíquias preciosas e obras de arte e objetos valiosos e maravilhosos.

Como isso é possível?



Eu entendo que estas cidades tenham sido um dia abandonadas ou porque houve um declinio, ou porque as condições do ambiente já não permitiam sustentar a população, ou porque foram invadidas e pilhadas... ou qualquer coisa assim... O que eu não entendo é como e porque as pessoas deixaram objetos valiosos para trás.

Será que, de repente, no mesmo dia, todo mundo saiu correndo às pressas e nem deu tempo de levar as estatuetas de ouro e os painéis adornados em lápis azuli?

O declínio e abandono destes lugares deve ter sido progressivo e levado muito tempo até que não fosse mais habitado.

Então como os arqueólogos ainda encontram estes tesouros?

Alguém sabe?







Cada caso, evidentemente é um caso que depende da história do lugar e contextualização histórica do valor da relíquia. Por exemplo, não havia comércio nem mercados de ouro no Peru (alias de coisa alguma). O ouro para os incas não tinha significado econômico como tinha para os conquistadores, então algumas peças de ouro poderiam ter sido "deixadas para trás" mais pelo falta de significado simbólico do que pelo seu peso em ouro. Obras de arte da época "que foram deixadas para trás" certamente tinham mais valor para quem as apreciava no contexto de suas culturas do que para os povos invasores/conquistadores que não viam valor algum naquilo e que foram "ficando" esquecidas e soterradas pelo tempo até serem descobertas e valorizadas no contexto histórico e atual das nossas culturas.

http://io9.gizmodo.com/5872764/the-greatest-mystery-of-the-inca-empire-was-its-strange-economy
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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12473 Online: 17 de Julho de 2016, 09:21:47 »
imaginação fazia ver um bagulho

E/ou talvez, "um bagulho fazia a imaginação ver".

Esse é outro bagulho :)
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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12474 Online: 17 de Julho de 2016, 09:46:04 »
Citar
Já que todos só estão fazendo perguntas idiotas que são idiotas eu decidi que é minha obrigação fazer uma pergunta idiota que contribua para o avanço da Ciência e o progresso da humanidade.

Uma coisa que sempre me intrigou - e para qual não encontro a resposta no Google - é que, muitas vezes, quando os arqueólogos escavam ruínas e cidades antigas encontram relíquias preciosas e obras de arte e objetos valiosos e maravilhosos.

Eu entendo que estas cidades tenham sido um dia abandonadas ou porque houve um declinio, ou porque as condições do ambiente já não permitiam sustentar a população, ou porque foram invadidas e pilhadas... ou qualquer coisa assim... O que eu não entendo é como e porque as pessoas deixaram objetos valiosos para trás.

Será que, de repente, no mesmo dia, todo mundo saiu correndo às pressas e nem deu tempo de levar as estatuetas de ouro e os painéis adornados em lápis azuli?

Parafraseando Carlitos (Sagan), não há pergunta idiota, não perguntar é que é idiota.

Eu não sou historiador, nem Humanas eu fiz, mas vou tentar responder a partir das minhas leituras.

Os tesouros que conheço foram saqueados, ou esquecidos ou sepultados, e dos sepultados, muitos saqueados depois, ficando pouco sepultado.

Os nossos antepassados sepultavam pertences com o cadáver, sendo que quanto mais importante o cadáver, maior o sepultamento. Por isso no Vale dos Reis havia além de encantamentos ou lendas para afastar ladrões , vários artifícios para impedir ladrões, e mesmo assim a grande maior foi saqueada. O que chegou a nós foi um percentual ínfimo que, por condições climáticas ou geográficas, acabou sendo deixado para trás.

No caso do império inca lamento discordar, mas foi literalmente saqueado, assim como o asteca. Os indios sabiam serem saqueados, o que acontece é que não havia moedas de ouro, o ouro era um material real, divino, não usado para troca de mercadorias. Eles usavam o ouro para ornamentos reais, monumentos, mas para ornamentos ou ferramentas usavam a prata e o estanho, principalmente.

E muito embora os povos tributários ao império inca não terem o conceito de moeda para intercâmbios comerciais, como citei havia o pagamento de tributos, muito pontuais e pesados, em quase toda América do Sul, para o imperador inca, então havia uma valorização dos bens de cada povo/tribu, e havia intercâmbio de materiais, não de outro mas de prata, estanho, e outros. Os tributos em geral eram em bens e alimentos, assim como no Império Romano.

Tanto é que os espanhóis souberam das minas de Potosí através de ornamentos nos charrúas e pampas, que habitavam o pampa argentino, Entre Rios e o atual Uruguai. E eles tinham ornamentos feitos originalmente por quechuas, já que nem diaguitas (que habitavam o norte da Argentina) sabiam extrair metais das montanhas como os povos andinos já sabiam. Ou seja, esses ornamentos foram de Bolívia/Peru até o atual Montevidéu/Buenos Aires/Bahía Blanca através de trocas.
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