Autor Tópico: Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas  (Lida 1016172 vezes)

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Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12400 Online: 02 de Março de 2016, 10:38:16 »
Já que o assunto continua na construção de instrumentos, vejam esse aí abaixo.
Não sei se poderia ser classificado como instrumento musical e seu operador como instrumentista/músico.
Mas a inventividade para a criação disso aí é uma arte à parte.
Tem até algo parecido com um violino/viola no meios de seus mecanismos.


Esse é o tipo de coisa boa pra transportar. Muito prático.

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12401 Online: 02 de Março de 2016, 10:53:19 »
Eu também não sabia dessa terminologia. Até porque grandes "fábricas"/marcas também podem, ao pé da letra, ser chamadas de autorais, a não ser que no meio se atribua significado específico pro termo como sendo algo meio "único"/handmade/artesanal.

No contexto da fabricação de instrumentos, existem as três categorias que citei: os instrumentos de fábrica, caracterizadas por alto grau de mecanização do processo e produção em massa, as oficinas, que trabalham em linhas de produção mas usam processos artesanais, e os luthiers/autores, que fazem tudo sozinhos, do planejamento ao último retoque. O nível de qualidade aumenta nessa ordem, respectivamente.

Acho curioso que os instrumentos sejam classificados mais pelo processo de fabricação do que pelas próprias características observadas nele mesmo.

Devem ter mais coisas que são classificadas assim, mas a noção da obrigatória diferença em qualidade não vai ser sempre tão taxativa. Tem muita coisa feita em escala industrial que supera os pares feitos manualmente, e tem muita coisa feita manualmente que é uma legítima porcaria. Imaginava que acontecia o mesmo com os instrumentos.

Costumo associar mais a noção de "industrial" a uniformidade, e a de "manual/autoral" à "uniquez" da coisa, pelo menos é o que acontece no ramo em que eu engenheiro (automobilístico).

As diferenças de qualidade entre os de fábrica e os artesanais são principalmente por causa da forma de manusear a madeira. Os "blanks" retirados das árvores não são uniformes, a "marezzatura" (padrão de listras do lenho) ora está orientada para um lado, ora para outro, há variações de dureza, densidade etc. ao longo da peça. No contexto industrial, há uma máquina que simplesmente vai cortar esse tronco em vários pedaços para virarem as peças, enquanto um luthier, diante do mesmo tronco, faria todo um estudo estrutural da madeira para saber qual região cortar, em que sentido deve ser o corte, etc. Um desses meus amigos costuma dizer que é possível saírem duas peças de madeira bruta da mesma árvore, sendo que uma é ideal e outra é lixo. A consequência mais irônica disso é que os instrumentos de fábrica tem uma variação imensa de qualidade, mesmo dentro da mesma marca e do mesmo modelo. Aqueles violinos que, por mero acaso, foram feitos de peças de madeira boa e cortados de forma próxima a correta terão um bom nível, enquanto os feitos das mesmas árvores mas dos piores pedaços, e cortados do jeito errado, serão infinitamente inferiores. Assim o autor, que irá sempre escolher as peças e os cortes dentro de um determinado padrão, conseguirá fazer instrumentos de uma forma muito mais uniforme que uma fábrica altamente mecanizada que tratará diferentes pedaços de madeira através dos mesmos processos.

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Bacana.

Você tem muitos instrumentos?

Bicho, desculpe as "perguntas pessoais", mas é porque sou mesmo curioso nesse tema. :hihi:

Tenho dois violinos e uma viola, de oficina. Ainda que seja das madeiras "corretas", não chega aos pés de um instrumento autoral...

Também tenho um violão, que nunca aprendi.  :lol:

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Eu nunca nem havia ouvido falar nisso. Interessante.

Dei uma guglada rápida aqui e, como não poderia ser diferente, tem vários tipos de acabamento finíssimos. Legal saber disso.

Se quiser ver a nata da nata procure pelos arcos de Jean-Baptiste Vuillaume e François Tourte, foram as maiores lendas da arquetaria mundial.

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12402 Online: 02 de Março de 2016, 10:58:45 »
Uma das coisas que unem os luthiers de forma quase "falângica" é a repulsa a luthiers por hobby, que são pessoas de outras profissões (marceneiros, serralheiros e até engenheiros, programadores, arquitetos, gente de todo tipo) que são atraídos pelo ofício, compram algumas ferramentas básicas, adquirem conhecimento superficial e passam a trabalhar com manutenção e regulagens de instrumentos em seus horários de folga, fazendo os mesmos serviços que os luthiers mas cobrando uma fração do preço. Quando veem esse tipo de coisa, eles meio que se unem no estilo "taxistas x Uber".

A propósito, estou incomodado com uma leve trastejada que meu instrumento está apresentando na corda ré e estou bastante "cabreiro" em eu mesmo tentar regular. Suspeito que seja o tensor que esteja contribuindo pro problema.

Sou meio cagão pra todo tipo de manutenção assim que precise ser feita, até mesmo pra troca de cordas. Normalmente apelo para amigos ou para os "uber". :lol:

Uma vez, num violão antigo, eu mesmo troquei a pestana (colei e lixei) e passei meses desconfiado do resultado. É osso a desconfiança psicológica.

O violão ainda tem uma boa margem para "hobbysmo", diferentemente do violino. Mas em certos trabalhos não dá pra arriscar, principalmente nos que interferem de forma direta na acústica como a alma e o cavalete. Eu também jamais me arriscaria a fazer qualquer tipo de trabalho que envolvesse colagem.

Mas troca de cordas é o básico, pedir pra outro fazer isso é equivalente chamar um amigo pra trocar os pneus do carro...  :biglol:

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12403 Online: 02 de Março de 2016, 11:03:45 »
Uma das coisas que unem os luthiers de forma quase "falângica" é a repulsa a luthiers por hobby, que são pessoas de outras profissões (marceneiros, serralheiros e até engenheiros, programadores, arquitetos, gente de todo tipo) que são atraídos pelo ofício, compram algumas ferramentas básicas, adquirem conhecimento superficial e passam a trabalhar com manutenção e regulagens de instrumentos em seus horários de folga, fazendo os mesmos serviços que os luthiers mas cobrando uma fração do preço. Quando veem esse tipo de coisa, eles meio que se unem no estilo "taxistas x Uber".

Bem, mas imagino que, diferentemente de taxistas vs uber, haja mais diferença técnico/artística (:P) entre os hobbyistas e os com formação tradicional, muito embora trabalho desses hobbyistas talvez possa ser em alguns casos uma coisa intermediária, mais acessível a músicos também ainda intermediários, ou pelo menos de bolso intermediário.

Já saiu alguém dessas origens hobbísticas/humildes para o "estrelato" luthierano?

Nunca soube de nenhum caso de semelhante ascensão... hahaha

Em relação às diferenças, realmente há isso que você citou. Geralmente eles suprem uma fatia da demanda de gente que não tem dinheiro ou não faz tanta questão de qualidade a ponto de procurar um luthier profissional, de forma que não vejo como uma concorrência direta. O problema maior é que muitos dos hobbystas se vendem como luthiers profissionais, mesmo não sendo.

Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12404 Online: 02 de Março de 2016, 11:12:41 »
Uma coisa que da pano pra manga nas discussões entre violonistas é a disposição dos reforços internos do tampo (bracing).

Grande parte do tempo eu tenho a impressão de que a coisa é meio woo.










Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12405 Online: 02 de Março de 2016, 11:16:51 »
Uma das coisas que unem os luthiers de forma quase "falângica" é a repulsa a luthiers por hobby, que são pessoas de outras profissões (marceneiros, serralheiros e até engenheiros, programadores, arquitetos, gente de todo tipo) que são atraídos pelo ofício, compram algumas ferramentas básicas, adquirem conhecimento superficial e passam a trabalhar com manutenção e regulagens de instrumentos em seus horários de folga, fazendo os mesmos serviços que os luthiers mas cobrando uma fração do preço. Quando veem esse tipo de coisa, eles meio que se unem no estilo "taxistas x Uber".

A propósito, estou incomodado com uma leve trastejada que meu instrumento está apresentando na corda ré e estou bastante "cabreiro" em eu mesmo tentar regular. Suspeito que seja o tensor que esteja contribuindo pro problema.

Sou meio cagão pra todo tipo de manutenção assim que precise ser feita, até mesmo pra troca de cordas. Normalmente apelo para amigos ou para os "uber". :lol:

Uma vez, num violão antigo, eu mesmo troquei a pestana (colei e lixei) e passei meses desconfiado do resultado. É osso a desconfiança psicológica.

O violão ainda tem uma boa margem para "hobbysmo", diferentemente do violino. Mas em certos trabalhos não dá pra arriscar, principalmente nos que interferem de forma direta na acústica como a alma e o cavalete. Eu também jamais me arriscaria a fazer qualquer tipo de trabalho que envolvesse colagem.

Mas troca de cordas é o básico, pedir pra outro fazer isso é equivalente chamar um amigo pra trocar os pneus do carro...  :biglol:

Realmente é falta de vergonha na cara.


Eu também não sabia dessa terminologia. Até porque grandes "fábricas"/marcas também podem, ao pé da letra, ser chamadas de autorais, a não ser que no meio se atribua significado específico pro termo como sendo algo meio "único"/handmade/artesanal.

No contexto da fabricação de instrumentos, existem as três categorias que citei: os instrumentos de fábrica, caracterizadas por alto grau de mecanização do processo e produção em massa, as oficinas, que trabalham em linhas de produção mas usam processos artesanais, e os luthiers/autores, que fazem tudo sozinhos, do planejamento ao último retoque. O nível de qualidade aumenta nessa ordem, respectivamente.

Acho curioso que os instrumentos sejam classificados mais pelo processo de fabricação do que pelas próprias características observadas nele mesmo.

Devem ter mais coisas que são classificadas assim, mas a noção da obrigatória diferença em qualidade não vai ser sempre tão taxativa. Tem muita coisa feita em escala industrial que supera os pares feitos manualmente, e tem muita coisa feita manualmente que é uma legítima porcaria. Imaginava que acontecia o mesmo com os instrumentos.

Costumo associar mais a noção de "industrial" a uniformidade, e a de "manual/autoral" à "uniquez" da coisa, pelo menos é o que acontece no ramo em que eu engenheiro (automobilístico).

As diferenças de qualidade entre os de fábrica e os artesanais são principalmente por causa da forma de manusear a madeira. Os "blanks" retirados das árvores não são uniformes, a "marezzatura" (padrão de listras do lenho) ora está orientada para um lado, ora para outro, há variações de dureza, densidade etc. ao longo da peça. No contexto industrial, há uma máquina que simplesmente vai cortar esse tronco em vários pedaços para virarem as peças, enquanto um luthier, diante do mesmo tronco, faria todo um estudo estrutural da madeira para saber qual região cortar, em que sentido deve ser o corte, etc. Um desses meus amigos costuma dizer que é possível saírem duas peças de madeira bruta da mesma árvore, sendo que uma é ideal e outra é lixo. A consequência mais irônica disso é que os instrumentos de fábrica tem uma variação imensa de qualidade, mesmo dentro da mesma marca e do mesmo modelo. Aqueles violinos que, por mero acaso, foram feitos de peças de madeira boa e cortados de forma próxima a correta terão um bom nível, enquanto os feitos das mesmas árvores mas dos piores pedaços, e cortados do jeito errado, serão infinitamente inferiores. Assim o autor, que irá sempre escolher as peças e os cortes dentro de um determinado padrão, conseguirá fazer instrumentos de uma forma muito mais uniforme que uma fábrica altamente mecanizada que tratará diferentes pedaços de madeira através dos mesmos processos.

Entendo o ponto, mas é que do ponto de vista industrial essa não é uma limitação insuperável, na maior parte das vezes vai existir por conta de decisão estratégica que mire custo mesmo.

Entendo também sua explicação e que na prática é assim que as coisas ocorrem.  :ok:

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12406 Online: 02 de Março de 2016, 11:19:19 »
Interessante notar que alguns usam um padrão interno simétrico, isso seria uma heresia para um luthier de violinos.

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12407 Online: 02 de Março de 2016, 11:21:54 »
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Entendo o ponto, mas é que do ponto de vista industrial essa não é uma limitação insuperável, na maior parte das vezes vai existir por conta de decisão estratégica que mire custo mesmo.

Entendo também sua explicação e que na prática é assim que as coisas ocorrem.  :ok:

Olha, falando como "quase-engenheiro-de-produção" e conhecendo pelo menos conceitualmente o processo de reconhecimento das madeiras, eu ficaria extremamente surpreso se já existir tecnologia capaz de substituir o humano nisso. Mesmo pensando em coisas caríssimas e de custo proibitivo.

Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12408 Online: 02 de Março de 2016, 11:28:27 »
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Entendo o ponto, mas é que do ponto de vista industrial essa não é uma limitação insuperável, na maior parte das vezes vai existir por conta de decisão estratégica que mire custo mesmo.

Entendo também sua explicação e que na prática é assim que as coisas ocorrem.  :ok:

Olha, falando como "quase-engenheiro-de-produção" e conhecendo pelo menos conceitualmente o processo de reconhecimento das madeiras, eu ficaria extremamente surpreso se já existir tecnologia capaz de substituir o humano nisso. Mesmo pensando em coisas caríssimas e de custo proibitivo.

Eu não conheço o processo, mas provavelmente existem instrumentos que dão conta. Ainda assim, industrialmente falando, poderia se empregar mão de obra humana pra fazer essa parte do trabalho caso fique mais prático/barato.

Acaba sendo sempre uma questão da relação de custo benefício, envolvendo aqui uma quantidade insana de fatores a considerar.

Por curiosidade, quanto tempo um cara que entende demora pra "reconhecer" as partes adequadas e como arranjá-las no instrumento?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12409 Online: 02 de Março de 2016, 11:40:50 »
AGORA OS LUTIERS ESTÃO TREMENDO DE MEDO POIS VÃO PERDER SUA POSIÇÃO DE ELITE COM OS VIOLINOS IMPRESSOS EM 3D!!!11111

<a href="https://www.youtube.com/v/gF0pOUBS3sg" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/gF0pOUBS3sg</a>

Além de agora QUALQUER UM poder imprimir um verdadeiro Estradivários na própria casa, ainda pode escolher desains muito mais modernos do que essas velharias antiquadas e carcomidas que os lutieros insistem em fazer porque não se atualizam e vivem no passado:






 :rock:

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12410 Online: 02 de Março de 2016, 11:44:51 »
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Entendo o ponto, mas é que do ponto de vista industrial essa não é uma limitação insuperável, na maior parte das vezes vai existir por conta de decisão estratégica que mire custo mesmo.

Entendo também sua explicação e que na prática é assim que as coisas ocorrem.  :ok:

Olha, falando como "quase-engenheiro-de-produção" e conhecendo pelo menos conceitualmente o processo de reconhecimento das madeiras, eu ficaria extremamente surpreso se já existir tecnologia capaz de substituir o humano nisso. Mesmo pensando em coisas caríssimas e de custo proibitivo.

Eu não conheço o processo, mas provavelmente existem instrumentos que dão conta. Ainda assim, industrialmente falando, poderia se empregar mão de obra humana pra fazer essa parte do trabalho caso fique mais prático/barato.

Acaba sendo sempre uma questão da relação de custo benefício, envolvendo aqui uma quantidade insana de fatores a considerar.

Por curiosidade, quanto tempo um cara que entende demora pra "reconhecer" as partes adequadas e como arranjá-las no instrumento?

Algumas horas provavelmente. A maioria dos luthiers brasileiros compra o conjunto de madeiras já com esse trabalho feito por luthiers europeus, porque não compensa importar uma grande quantidade de madeira para jogar a maior parte fora. Eles recebem as peças assim:


Offline João da Ega

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12411 Online: 02 de Março de 2016, 11:54:50 »

O preço dos violões varia muito em relação aos tipos de madeira e de construção. Conforme eu disse, ainda não se chegou a um padrão de construção considerado definitivo, então há muita experimentação de novos conjuntos. Um violão autoral "básico", no caso, feito com madeiras nacionais e por um autor iniciante deve sair por cerca de 4 mil reais. A partir daí você pode achar por praticamente qualquer preço até dezenas de milhares de reais, conforme varia o tipo de madeira, de verniz, de acabamento e também o renome do autor. Outro problema é que geralmente os melhores autores têm filas de espera que podem chegar a alguns anos, então não seria inesperado você encomendar o instrumento hoje para recebê-lo lá por 2018. Mas comprar de segunda a mão também pode ser uma boa alternativa. Instrumentos de segunda mão não são considerados inferiores (como a maioria dos outros produtos), e às vezes podem até ter seu valor aumentado com o passar do tempo. O maior problema geralmente é driblar os estelionatários, para isso é indispensável exigir certificados de autenticidade.
 

Só curiosidade: o instrumento de dezenas de milhares de reais (em razão da madeira, verniz, etc) não tem uma qualidade intrínseca "visível", ou melhor, audível, facilmente "observável" por quem está disposto a pagar tal soma de dinheiro, bem maior que a imitação oferecida por estelionatários?
Porque se não tem, paga-se esse preço pela grife.

Edit: pensando melhor, a qualidade do material e a técnica empregada podem influir não só no som, mas na durabilidade etc.
Mesmo assim, fica a questão: quem paga tanto dinheiro num instrumento não consegue notar a diferença no som do instrumento original pro falsificado?
« Última modificação: 02 de Março de 2016, 11:58:10 por João da Ega »
"Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que entendemos menos ainda." Marquês de Sade

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12412 Online: 02 de Março de 2016, 11:55:04 »
A ergonomia desse violino "futurista" é assustadoramente ruim. Nem se deram ao trabalho de pegar uma violinista de verdade para segurar o arco da forma correta na foto.  :lol:

Há alguns anos um grupo americano de uma universidade fez um mapeamento de um Stradivarius legítimo por tomografia computadorizada, criou um modelo digital em 3D e depois "recriou" o instrumento usando CNC. Não sei como ficou em termos de qualidade.

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12413 Online: 02 de Março de 2016, 12:00:50 »

O preço dos violões varia muito em relação aos tipos de madeira e de construção. Conforme eu disse, ainda não se chegou a um padrão de construção considerado definitivo, então há muita experimentação de novos conjuntos. Um violão autoral "básico", no caso, feito com madeiras nacionais e por um autor iniciante deve sair por cerca de 4 mil reais. A partir daí você pode achar por praticamente qualquer preço até dezenas de milhares de reais, conforme varia o tipo de madeira, de verniz, de acabamento e também o renome do autor. Outro problema é que geralmente os melhores autores têm filas de espera que podem chegar a alguns anos, então não seria inesperado você encomendar o instrumento hoje para recebê-lo lá por 2018. Mas comprar de segunda a mão também pode ser uma boa alternativa. Instrumentos de segunda mão não são considerados inferiores (como a maioria dos outros produtos), e às vezes podem até ter seu valor aumentado com o passar do tempo. O maior problema geralmente é driblar os estelionatários, para isso é indispensável exigir certificados de autenticidade.
 

Só curiosidade: o instrumento de dezenas de milhares de reais (em razão da madeira, verniz, etc) não tem uma qualidade intrínseca "visível", ou melhor, audível, facilmente "observável" por quem está disposto a pagar tal soma de dinheiro, bem maior que a imitação oferecida por estelionatários?
Porque se não tem, paga-se esse preço pela grife.

Sim, tem diferenças gritantes tanto no resultado sonoro quanto nos detalhes da construção. Geralmente quem compra essas fraudes são leigos "endinheirados", como empresários, artistas, profissionais bem-sucedidos de outras áreas que tem pouca experiência com instrumentos musicais. E muitos desses falsários tem um inegável talento para enganar pessoas e convencê-las da legitimidade das peças.

Também há todo um viés psicológico que se desenvolve na pessoa, às vezes elas compram a ilusão de forma tão intensa que repudiam pessoas que tentam "dar um toque" de que elas estão sendo enganadas. É o "I want to believe" em estado puro.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12414 Online: 02 de Março de 2016, 12:23:10 »
"Ó, Estradivário a esse preço, só na minha mão. E aproveita agora que daqui a pouco já tem outro dono. Não tem tempo de ir atrás de consultoriazainha não, parça, e nem precisa, né? Isso aqui é responsa, legit, 100% original, eu nem ia tentar te enganar vendendo uma rabeca do Paraguai, né? Sei que você não é trouxa. O negócio aqui é na base do respeito. Olha, para ver como sou legal, fecha comigo agora mesmo e eu baixo de 30 mil para 23 mil, mas tem que ser agorinha mesmo. Mais tarde já não vou ter mais ele".

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12415 Online: 02 de Março de 2016, 12:38:17 »
"Ó, Estradivário a esse preço, só na minha mão. E aproveita agora que daqui a pouco já tem outro dono. Não tem tempo de ir atrás de consultoriazainha não, parça, e nem precisa, né? Isso aqui é responsa, legit, 100% original, eu nem ia tentar te enganar vendendo uma rabeca do Paraguai, né? Sei que você não é trouxa. O negócio aqui é na base do respeito. Olha, para ver como sou legal, fecha comigo agora mesmo e eu baixo de 30 mil para 23 mil, mas tem que ser agorinha mesmo. Mais tarde já não vou ter mais ele".

Há "transações" que chegam a um nível de avacalhamento tão grande que depois de passada a indignação acabam virando piadas.

A maior importadora brasileira de instrumentos artesanais só vende instrumentos falsos. Não é a maioria, são todos falsos.

Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12416 Online: 02 de Março de 2016, 12:43:02 »
"Ó, Estradivário a esse preço, só na minha mão. E aproveita agora que daqui a pouco já tem outro dono. Não tem tempo de ir atrás de consultoriazainha não, parça, e nem precisa, né? Isso aqui é responsa, legit, 100% original, eu nem ia tentar te enganar vendendo uma rabeca do Paraguai, né? Sei que você não é trouxa. O negócio aqui é na base do respeito. Olha, para ver como sou legal, fecha comigo agora mesmo e eu baixo de 30 mil para 23 mil, mas tem que ser agorinha mesmo. Mais tarde já não vou ter mais ele".

Há "transações" que chegam a um nível de avacalhamento tão grande que depois de passada a indignação acabam virando piadas.

A maior importadora brasileira de instrumentos artesanais só vende instrumentos falsos. Não é a maioria, são todos falsos.

Uau, qual é a importadora?

Falso no sentido de vender um instrumento com a assinatura de Fulano mas que na verdade foi fabricado por Beltrano?

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12417 Online: 02 de Março de 2016, 13:02:42 »
"Ó, Estradivário a esse preço, só na minha mão. E aproveita agora que daqui a pouco já tem outro dono. Não tem tempo de ir atrás de consultoriazainha não, parça, e nem precisa, né? Isso aqui é responsa, legit, 100% original, eu nem ia tentar te enganar vendendo uma rabeca do Paraguai, né? Sei que você não é trouxa. O negócio aqui é na base do respeito. Olha, para ver como sou legal, fecha comigo agora mesmo e eu baixo de 30 mil para 23 mil, mas tem que ser agorinha mesmo. Mais tarde já não vou ter mais ele".

Há "transações" que chegam a um nível de avacalhamento tão grande que depois de passada a indignação acabam virando piadas.

A maior importadora brasileira de instrumentos artesanais só vende instrumentos falsos. Não é a maioria, são todos falsos.

Uau, qual é a importadora?

Falso no sentido de vender um instrumento com a assinatura de Fulano mas que na verdade foi fabricado por Beltrano?

Ela vende instrumentos "de autor Fulano", sendo que na verdade é feito em uma oficina chinesa onde o Fulano apenas coordena a fabricação e mal põe a mão nos instrumentos. Outra parte dos produtos são comprados de fábricas chinesas e têm só a etiqueta interna trocada, sem sequer modificarem o verniz ou os acessórios removíveis (cravelha, queixeira, etc.). É engraçado porque o modelo mais popular entre estudantes no Brasil é o modelo de fábrica Eagle VK-544, que tem um conjunto bem característico de acessórios e também uma coloração de verniz bem típica. E aí eu sempre vejo instrumentos "do autor Fulano" com exatamente o mesmo verniz e o mesmo conjunto de acessórios desse Eagle VK-544. E meus amigos luthiers confirmam a identificação com os detalhes mais minuciosos, é exatamente o mesmo instrumento com a etiqueta trocada.

Não vou dizer o nome da importadora aqui, no máximo por MP.

Eu poderia passar horas contando essas histórias absurdas. Tem outro caso clássico do mesmo falsário que eu citei anteriormente que vendeu para o ator da Globo o instrumento de luthier que não existia. Esse mesmo cara tem um site onde vende os instrumentos, onde ele coloca descrições falsas, mas bem específicas. Por exemplo: "Violino Guarnierius Cannone de 1742", violino Steiner "Edward de 1912"","Violino Stradivarius Betts de 1704, etc." Essas identificações não apenas descrevem a autoria e o ano, mas definem um instrumento único. Não existem dois Guarnierius Cannone de 1742, não existem dois Stradivarius Betts de 1704, e assim por diante.

Posto isso, o fato é que havia um determinado instrumento anunciado no site com essas mesmas características. Não me lembro mais qual era a descrição, mas era algo nesse estilo "Violino Fullanus King de 1857". Acontece que por algum "bug" no site ou coisa parecida, por coincidência dois compradores se interessaram por esse mesmo instrumento simultaneamente e o site concretizou a compra para ambos, ao invés de concretizar apenas para o primeiro e bloquear para o segundo. Diante disso, nosso herói falsário não se abalou e vendeu um "Violino Fullanus King de 1857" para cada comprador, mesmo diante da limitação de só existir um no planeta. Aparentemente os dois compradores nunca se encontraram para falar sobre seus instrumentos, para felicidade do estelionatário.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12418 Online: 02 de Março de 2016, 13:16:41 »
Esse mesmo cara tem um site onde vende os instrumentos, onde ele coloca descrições falsas, mas bem específicas. Por exemplo: "Violino Guarnierius Cannone de 1742", violino Steiner "Edward de 1912"","Violino Stradivarius Betts de 1704, etc." Essas identificações não apenas descrevem a autoria e o ano, mas definem um instrumento único. Não existem dois Guarnierius Cannone de 1742, não existem dois Stradivarius Betts de 1704, e assim por diante.

Mas não podem ser tidos como reproduções-"homenagem" do modelo/unidade, em vez de falsificações?

Também tem uns sites chineses que reproduzem pinturas famosas, tanto de pintores mortos clássicos, como de contemporâneos (sem permissão), mas são abertamente pintadas por um monte de chineses, não pretensamente originais, embora provavelmente estarão rotuladas com os nomes dos autores dos originais.


Offline Johnny Cash

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12419 Online: 02 de Março de 2016, 13:22:05 »
"Ó, Estradivário a esse preço, só na minha mão. E aproveita agora que daqui a pouco já tem outro dono. Não tem tempo de ir atrás de consultoriazainha não, parça, e nem precisa, né? Isso aqui é responsa, legit, 100% original, eu nem ia tentar te enganar vendendo uma rabeca do Paraguai, né? Sei que você não é trouxa. O negócio aqui é na base do respeito. Olha, para ver como sou legal, fecha comigo agora mesmo e eu baixo de 30 mil para 23 mil, mas tem que ser agorinha mesmo. Mais tarde já não vou ter mais ele".

Há "transações" que chegam a um nível de avacalhamento tão grande que depois de passada a indignação acabam virando piadas.

A maior importadora brasileira de instrumentos artesanais só vende instrumentos falsos. Não é a maioria, são todos falsos.

Uau, qual é a importadora?

Falso no sentido de vender um instrumento com a assinatura de Fulano mas que na verdade foi fabricado por Beltrano?

Ela vende instrumentos "de autor Fulano", sendo que na verdade é feito em uma oficina chinesa onde o Fulano apenas coordena a fabricação e mal põe a mão nos instrumentos. Outra parte dos produtos são comprados de fábricas chinesas e têm só a etiqueta interna trocada, sem sequer modificarem o verniz ou os acessórios removíveis (cravelha, queixeira, etc.). É engraçado porque o modelo mais popular entre estudantes no Brasil é o modelo de fábrica Eagle VK-544, que tem um conjunto bem característico de acessórios e também uma coloração de verniz bem típica. E aí eu sempre vejo instrumentos "do autor Fulano" com exatamente o mesmo verniz e o mesmo conjunto de acessórios desse Eagle VK-544. E meus amigos luthiers confirmam a identificação com os detalhes mais minuciosos, é exatamente o mesmo instrumento com a etiqueta trocada.

Não vou dizer o nome da importadora aqui, no máximo por MP.

Eu poderia passar horas contando essas histórias absurdas. Tem outro caso clássico do mesmo falsário que eu citei anteriormente que vendeu para o ator da Globo o instrumento de luthier que não existia. Esse mesmo cara tem um site onde vende os instrumentos, onde ele coloca descrições falsas, mas bem específicas. Por exemplo: "Violino Guarnierius Cannone de 1742", violino Steiner "Edward de 1912"","Violino Stradivarius Betts de 1704, etc." Essas identificações não apenas descrevem a autoria e o ano, mas definem um instrumento único. Não existem dois Guarnierius Cannone de 1742, não existem dois Stradivarius Betts de 1704, e assim por diante.

Posto isso, o fato é que havia um determinado instrumento anunciado no site com essas mesmas características. Não me lembro mais qual era a descrição, mas era algo nesse estilo "Violino Fullanus King de 1857". Acontece que por algum "bug" no site ou coisa parecida, por coincidência dois compradores se interessaram por esse mesmo instrumento simultaneamente e o site concretizou a compra para ambos, ao invés de concretizar apenas para o primeiro e bloquear para o segundo. Diante disso, nosso herói falsário não se abalou e vendeu um "Violino Fullanus King de 1857" para cada comprador, mesmo diante da limitação de só existir um no planeta. Aparentemente os dois compradores nunca se encontraram para falar sobre seus instrumentos, para felicidade do estelionatário.

Putz.

Please, me manda a MP, senão você me mata de curiosidade aqui.  :lol:

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12420 Online: 02 de Março de 2016, 13:26:05 »
Esse mesmo cara tem um site onde vende os instrumentos, onde ele coloca descrições falsas, mas bem específicas. Por exemplo: "Violino Guarnierius Cannone de 1742", violino Steiner "Edward de 1912"","Violino Stradivarius Betts de 1704, etc." Essas identificações não apenas descrevem a autoria e o ano, mas definem um instrumento único. Não existem dois Guarnierius Cannone de 1742, não existem dois Stradivarius Betts de 1704, e assim por diante.

Mas não podem ser tidos como reproduções-"homenagem" do modelo/unidade, em vez de falsificações?
Poderiam, mas aí seriam vendidos por uma fração do preço e ambas as partes envolvidas teriam de estar cientes de se tratar de cópia. Mas ao que consta ambos foram vendidos como originais, com preços de originais e com certificados (falsos) de originais.

Citar
Também tem uns sites chineses que reproduzem pinturas famosas, tanto de pintores mortos clássicos, como de contemporâneos (sem permissão), mas são abertamente pintadas por um monte de chineses, não pretensamente originais, embora provavelmente estarão rotuladas com os nomes dos autores dos originais.

Tem uma série da National Geographic chamada "Scam City" em que um cara se passa por turista em diversas cidades do mundo para aprender quais são os golpes aplicados nas ruas. Em Paris, ele comprou quadros e foi informado depois que a maioria dos quadros de galerias parisienses são na verdade chineses. Acontece algo parecido no caso dos violinos, os chineses meio que invadiram o mundo inteiro. O que não seria um problema, se não fossem vendidos falsamente como originais italianos, franceses, alemães, etc.

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12421 Online: 02 de Março de 2016, 13:37:11 »
Putz.

Please, me manda a MP, senão você me mata de curiosidade aqui.  :lol:

Mandei...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12422 Online: 07 de Abril de 2016, 23:06:27 »
Se você é convidado para ir a uma igreja, e responde, "eu já fui exorcisado uma vez, então não preciso mais ir; se algum dia eu for possuído de novo, então eu volto". Isso é ofensivo?

Offline Lakatos

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12423 Online: 08 de Abril de 2016, 02:40:43 »
Se você é convidado para ir a uma igreja, e responde, "eu já fui exorcisado uma vez, então não preciso mais ir; se algum dia eu for possuído de novo, então eu volto". Isso é ofensivo?

Não, porque pode ser o espírito mal falando através de você.

Offline Dr. Manhattan

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Re:Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas
« Resposta #12424 Online: 22 de Abril de 2016, 22:05:23 »
Pergunta de geologia, porque andei lendo sobre isso por... razões. Talvez tenha alguém aqui que entenda disso e possa responder, ;)

É verdade que granito só foi encontrado até agora aqui na Terra? Sei que basaltos são comuns na Lua, e em outros planetas. Então, porque  não granito?
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

 

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