... Ocorre que agora voltei ao ponto de partida. Não seriam estas postulações uma forçação de barra? Não seriam adaptação que achamos para veicular resultados de cálculos que não encontram de fato materialidade, embora estejam matematicamente corretos?
Rapaz, sabia que eu também tenho esses questionamentos? Mas depois eu "volto ao controle" e me lembro que há sim materialidade. A curvatura do espaço, com a atração do raio de luz por corpos com muita gravidade é algo que se confirmou (materialmente) desde o começo do século passado.
Os testes do modelo de Heisemberg também não deixam dúvida. Tudo já está firmemente comprovado. O desvio dos elétrons das placas de ouro, etc.
E muitas outras coisas nas quais boa parte da física teórica já se baseia também. Falta ainda uma montanha de novas hipóteses que vão esperar um bom bocado para confirmação, como um mínimo do que se preconiza nos conceitos do Modelo Padrão e outros.
Bóson de Higgs já está quase tido como certo (talvez até já haja martelo bem batido sobre isso), mas ainda temos um longuíssimo caminho para demonstrar muita coisa nas quais já damos como uma solução (ainda no campo das hipóteses e especulações). Como os cálculos de algumas coisas apontam na mesma direção, pode-se dizer que é somente uma questão de tempo - e bota tempo nisso.
Essa coisa de conhecimento chega, às vezes, a parecer brincadeira de gato e rato. Quanto mais as pesquisas avançam, mais também corre para longe o enigma. Quanto mais descobrimos e especulamos como possa ser a tal realidade, mais ela consegue escorregar de nossas mãos. E agora, começa a entrar na seara do fantástico, do non-sense, do aparentemente improvável, como partículas em dois lugares diferentes e toda a grande quantidade de "maluquices" da macânica quântica.
É o próprio universo dizendo: você não vai me pegar.
E a coisa dos multi-universos? E a inexistência do tempo em muitos deles? E o conceito de infinito, tanto temporal quanto espacial?
É como se o cérebro e a compreensão humana não tivessem condições de chegar a todo esse entendimento. Não caberia na nossa forma de pensar, não há como acomodar tal compreensão. Por mais que se tenha boa imaginação, muito, mas muito longe estamos sequer de começar a entender o comecinho do começo.