Cara, vá para assistir. Não parece que o seu amigo esteja querendo "provar" nada. Quanto à susceptibilidade, bem... pode acontecer. Mas aí o máximo que você vai ter de aturar vão ser seus amigos com aquela cara de "eu não te disse?" 
É claro que ele não quer me "provar" nada, ele não é ESSE TIPO de pessoa embora eu saiba que nesses cultos afro gente assim exista como em qualquer credo, ele me convidou porque ele ama profundamente o candomblé e quer que eu conheça!
E gente me dizendo "eu não te disse?" não é "o máximo" que eu vou ter que aguentar, imagine se eu me tornar um FAMOSO EXPONENTE DO ATEÍSMO E DO CETICISMO e no futuro alguém revele meu passado "SUJO" de pessoa que até bolar no orixá bolou?? Sem contar que eu me sentiria totalmente cara-de-pau e ridículo falando pros outros "espíritos não existem, isso é coisa da cabeça" SABENDO que eu mesmo bolei num orixá, porque mesmo que eu ache que foi coisa da MINHA cabeça, os outros que não são céticos e ateus NUNCA vão acreditar, vão me acusar de "cego que não quer ver", etc. E é claro que eu vou acabar tendo que dizer uma hora "sim, bem, eu já bolei num orixá" porque não seria JUSTO eu ficar calado sobre isso numa conversa sobre espíritos e orixás (pra mim não seria).
Dois rápidos exemplos: Nem fodendo fico assim, sou ateu. Nem fodendo meu pai fica assim, é teísta. A semelhança entre nós é que somos seguros quanto aos nossos posicionamentos. Ele não acredita e não segue nenhuma religião, mas acredita em deus. Eu não acredito em nenhum fenômeno babáu. Ponto.
E as pessoas que dizem "eu não acreditava em NADA DISSO, mas quando fui lá o orixá ME PEGOU", se elas dizem que antes eram SUPER-atéias e blá blá?? Como aquelas histórias de turistas estrangeiros que NUNCA viram um ritual de candomblé na vida e chegam lá e BOLAM NO ORIXÁ?? Você acha que elas NÃO eram céticas de verdade ou você acha que mesmo céticas, algumas pessoas são sugestionáveis como qualquer ser humano falível e mortal?
Eu também fico pensando, e se eu ficar me repetindo o tempo todo "sou ATEU, NÃO acredito, sou CÉTICO, NÃO acredito, sou ATEU, NÃO acredito, sou CÉTICO, NÃO acredito" milhões de vezes, o fato deu ficar repetindo não é porque na verdade NÃO sou e PRECISO ficar me repetindo preu achar que sou??
Mas.... eu diria que vc é ateu da boca para fora.... 
Talvez, mas pra todos os efeitos vou continuar dizendo que sou, hehehe!
Os fenômenos de transe na platéia ocorrem em momentos diferentes do ritual , até porque estas pessoas não são "feitas" ,e estão na dependência da música e da dança que têm um alto potencial de induzir estados alterados de consciência em quem for susceptível.
Exatamente, a música, o RITMO, os batuques, os cantos SÃO a resposta porque eles influem na mente! Não sei minha mente é assim TÃO influenciável apesar deu adorar música, não me sinto com a consciência muito alterada numa boate, por exemplo, com aquele barulho gigantesco, luzes piscando e fumaça, mas DÁ pra perceber que aquele ambiente e aqueles estímulos sonoros, luminosos e olfativos promovem uma alteração, mesmo que sutil, na sua cabeça!! No MEU caso, é SUTIL mesmo, mas já estive em boates várias vezes e num terreiro vai ser a primeira, de repente o ambiente novo, as pessoas vestidas diferente (todas de branco), o tipo diferente de música me faz da uma ziquizira, sei lá.
O mais importante é a experiência pessoal, a cognição factual e afastar todas as possibilidades de devaneio e alunicação, as hipóteses psiquiátricas que são comum em argumentos de quem não vivênciou nenhuma experiência do tipo.
"Experiência pessoal", oooooooooooooooh. Outra pessoa respondeu pra mim já:
Vi uma mulher branca no quarto da minha irmã. Vi uma criança no meu quarto. todos os casos eu estava me cagando de medo e pensando sobre as porcarias espíritas que minha mãe dizia. Passei bom tempo acreditando que aquilo era real.... Isso por incentivo de minha mãe: "Ela era sua mulher na encarnação passada, ele um menino que sofreu e tatata...". Na verdade não existia porra nenhuma lá....
Costumo agrupar no sentido da palavra placebo esse tipo de coisa. Ver coisas que não estão lá por sugestionabilidade e etc.
"Experiência pessoal" em termos de modo de se obter conhecimento confiável se traduz assim pra mim = M-E-R-D-A. O quanto valem as experiências mediúnicas de minha amiga na umbanda pra mim? Valem MERDA. O quanto valem as incorporações de cablocos, pombas-giras e orixás do meu amigo do candomblé pra mim? Valem MERDA. As MINHAS preocupações com minha hipotética "experiência pessoal" são: 1) - perda de controle sobre mim mesmo; 2) - a pequena e maligna voz interior que sussurra que TALVEZ eu não seja cético e ateu NO DURO. De qualquer forma, o medo que eu tenho é muito mais da primeira do que da segunda.
Então não venha com "experiências pessoais" pra cima de mim, leia Dawkins quando ele explica as três formas RUINS de se SABER alguma coisa: por tradição, por autoridade e por REVELAÇÃO = "experiência/intuição" pessoais.
Estou me referindo a um terreiro organizado , sendo que no candomblé tradicional as sessões públicas são poucas e restritas a ocasiões especiais , diferente da umbanda onde há sessões regulares para consultas.
É assim mesmo nesse terreiro do meu amigo, tem um calendário de festas abertas ao público e o calendário pras pessoas da casa, muito mais cheio, claro!
Ontem minha amiga, falando sobre falanges, me disse que tem um espírito (guia, sei lá) HINDU, "mas nem por isso eu saio dizendo que existem falanges de hindus", achei isso TÃO hilário... porque, percebam, ela, como fã dos Beatles, também curte muito influências culturais orientalóides como as indianas "descobertas" por George Harrison e também sempre gostou de filosofia oriental e ler textos sagrados orientais e figurinos orientais, blá blá, essa coisa toda. Logo, CLARO, ela tem um espírito HINDU! QUANTAS pessoas na umbanda tem espíritos HINDUS?? COMO ela não vê a obviedade de que os espíritos dela são criados pela própria cabeça dela??? Impressionante isso!