Autor Tópico: Espíritos e pessoas, opiniões…  (Lida 41574 vezes)

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Offline uiliníli

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #200 Online: 26 de Julho de 2007, 13:55:48 »
Pelas boas normas da gramática, o sujeito da oração "não deve prejulgar quem acredita" é implícito, e não indeterminado. Para obter a indeterminação deveria-se usar o índice de indeterminação do sujeito 'se', "não se deve prejulgar quem acredita". O sujeito implícito de "não deve prejulgar" está conjugado na terceira pessoa, e portanto pode ser "você" (neste caso, eu) ou "ele"/"ela". Neste caso o contexto me leva a interpretar que o sujeito da oração é "você", portanto se você não se fez entender é porque não usou corretamente o nosso idioma.

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #201 Online: 26 de Julho de 2007, 14:01:06 »
Pelas boas normas da gramática, o sujeito da oração "não deve prejulgar quem acredita" é implícito, e não indeterminado. Para obter a indeterminação deveria-se usar o índice de indeterminação do sujeito 'se', "não se deve prejulgar quem acredita". O sujeito implícito de "não deve prejulgar" está conjugado na terceira pessoa, e portanto pode ser "você" (neste caso, eu) ou "ele"/"ela". Neste caso o contexto me leva a interpretar que o sujeito da oração é "você", portanto se você não se fez entender é porque não usou corretamente o nosso idioma.
Realmente, eu esqueci do se! :enjoo:
Foi equivoco da minha parte! Assim ficou implicito que era direto a sua pessoa, que não era o caso...
Perdão!
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Offline uiliníli

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #202 Online: 26 de Julho de 2007, 14:03:48 »
Está perdoado :ok:

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #203 Online: 26 de Julho de 2007, 14:27:11 »
Está perdoado :ok:
É muito bom ser corrigido por pessoas inteligentes...
É uma honra debater com o senhor.  :clapping:
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Offline uiliníli

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #204 Online: 26 de Julho de 2007, 14:29:11 »
É muito bom ser corrigido por pessoas inteligentes...
É uma honra debater com o senhor.  :clapping:

Também não vá puxar o saco |(

:lol:

Offline Adriano

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #205 Online: 26 de Julho de 2007, 14:29:52 »
O Sr. APODman sempre utiliza o termo Ad hoc para desacreditar alguma coisa em questão, então tomei a liberdade de pesquisar um pouco sobre isto.
A expressão latina, Ad hoc significa para isso, para determinado caso.
O que o meu amigo acima quer dizer com isto é, consiste em um processo em que nenhuma técnica reconhecida é empregada e/ou cujas fases variam em cada aplicação do processo. Por tanto, vou usar a expressão Ad hoc, no termo jurídico neste específico neste caso, "para fim específico". Logo, o termo utilizado por meu amigo é apenas aplicado no jargão jurídico, nada mais.
Por tanto, o seu uso não é válida na questão acima. 
Viu como é perigoso utilizar uma "lógica Fuzzy" para o seu próprio benefício?  :o



Também não acho adequado usar a expressão ad hoc para desqualificar um argumento, pois a hipótese científica pode ser ad hoc, para depois vir a experimentação. Copérnico é sempre citado como exemplo, pois usou  um ad hoc no desenvolvimento do heliocentrismo, dentre inúmeros outros exemplos. 
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #206 Online: 26 de Julho de 2007, 14:31:32 »
É muito bom ser corrigido por pessoas inteligentes...
É uma honra debater com o senhor.  :clapping:

Também não vá puxar o saco |(

:lol:
( Risos )
Só um pouquinho...  :hihi:

Ah, sim! Obrigado, Adriano.
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Offline uiliníli

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #207 Online: 26 de Julho de 2007, 14:55:33 »
Agora, Mancha, o problema não é uma explicação ser ad hoc em si. O problema é usá-las sem assumir o ônus da prova. Como todo mundo adora a historinha do dragão na garagem, deixa eu contá-la mais uma vez...

Digamos que eu vá à sua casa e te diga que tem um dragão na sua garagem. Você vai lá conferir comigo e diz que não está vendo nada. Mas não se preocupe, eu tenho uma explicação ad hoc! O dragão é invisível. Você então propõe que nós dois peguemos um barbante e, um de cada lado da garagem, caminhemos de uma ponta à outra para ver se o barbante toca em alguma coisa invisível, mas eu já tenho outra explicação para o fracasso desse método: o dragão voa. Aí você tem a idéia de pegar uma mangueira e molhar a garagem inteira, para ver se as gotas de água revelam a posição do dragão, mas após molhar a garagem toda eu te digo que o dragão é imaterial, por isso as gotas atravessam seu corpo. E assim por diante, a cada tentativa fracassada de encontrar o dragão eu me saio com uma nova exlicação ad hoc para justificar o resultado.

Poderíamos levar essa brincadeira ad infinitum, nunca encontraríamos o dragão, mas nada poderia me convencer de que ele não existe, mas chega uma hora em que você cansa. O que você faz então, se convence de que o dragão existe? Ou me diz algo do tipo "Uílai, se você sabe tanto sobre esse dragão, por que você não diz logo como podemos encontrá-lo sem deixar dúvidas?" O nome disso é ônus da prova. O dever de provar que havia um dragão lá na garagem, desde o princípio, era meu, já que era eu quem dizia que o dragão estava lá. Não é você quem me deve provar que não tem um dragão invisível na sua garagem, sou eu quem tenho que provar que há. Tudo o que eu tenho, porém, são explicações ad hoc que não provam nada.


Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #208 Online: 26 de Julho de 2007, 15:13:16 »
Agora, Mancha, o problema não é uma explicação ser ad hoc em si. O problema é usá-las sem assumir o ônus da prova. Como todo mundo adora a historinha do dragão na garagem (...)
Eu conheço a história de Carl Sagan...
O problema é a percepção humana que é limitada.
Quando você vai a um espetáculo de mágica, percebe que tudo ali é um truque, porque você tem consciência que é um. Mas quando observa o Sol no céu, conclui, erroniamente, o Sol gira em torno da Terra. Por quê? Você se limitou a observar o fenônemo em si. Na ótica que quer apresentar. Não no que é de fato. Nós, seres humanos, não podemos ver o infra-vermelho e nem o ultra-violeta, mas pelo simples fato de não vê-los ou "senti-los" isso quer dizer não exista. Isto é taxativo. Carl Sagan quis destruir o "misticismo" utilizando esta visão radical. O que há e a amplitudade de todo o Universo e suas infinitas possibilidades. Kant foi brilhante nisso. Apontar os nossos limites, afinal de contas, não sabemos como é a noção tempo e espaço em outra galáxia ou as regras físicas de outro Universo. Afinal, se a física quântica estiver certa, acho que as nossas observações sobre a própria estrutura do Universo terão que ser revistas.   
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Offline uiliníli

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #209 Online: 26 de Julho de 2007, 16:36:50 »
O problema é a percepção humana que é limitada.
Quando você vai a um espetáculo de mágica, percebe que tudo ali é um truque, porque você tem consciência que é um. Mas quando observa o Sol no céu, conclui, erroniamente, o Sol gira em torno da Terra. Por quê? Você se limitou a observar o fenônemo em si. Na ótica que quer apresentar. Não no que é de fato. Nós, seres humanos, não podemos ver o infra-vermelho e nem o ultra-violeta, mas pelo simples fato de não vê-los ou "senti-los" isso quer dizer não exista. Isto é taxativo.

Ninguém está dizendo que o dragão na garagem não existe. O que se diz é que não há provas da sua existênca. Enquanto não houverem provas, pode-se agir como se eles não existissem, mas isso não é a mesma coisa que afirmar que eles não existem.

Citar
Carl Sagan quis destruir o "misticismo" utilizando esta visão radical. O que há e a amplitudade de todo o Universo e suas infinitas possibilidades.

Muito pelo contrário! É de Sagan a famosa máxima que "ausência de evidência não é evidência da ausência." Sagan sempre recomendou um ceticismo saudável e aberto.

Citar
Kant foi brilhante nisso. Apontar os nossos limites, afinal de contas, não sabemos como é a noção tempo e espaço em outra galáxia ou as regras físicas de outro Universo. Afinal, se a física quântica estiver certa, acho que as nossas observações sobre a própria estrutura do Universo terão que ser revistas.   

Como assim "se a mecânica quântica estiver certa"? A MQ é uma das teorias mais bem-sucedidas da história da Física. E ela já está aí há um século.

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #210 Online: 26 de Julho de 2007, 17:41:51 »
Ninguém está dizendo que o dragão na garagem não existe. O que se diz é que não há provas da sua existênca. Enquanto não houverem provas, pode-se agir como se eles não existissem, mas isso não é a mesma coisa que afirmar que eles não existem.
Isto é uma postura cultural. Há pessoas que tratam como existe e outras como não. E só.


Muito pelo contrário! É de Sagan a famosa máxima que "ausência de evidência não é evidência da ausência." Sagan sempre recomendou um ceticismo saudável e aberto.
Carl Sagan não era uma pessoa tão simpática assim como no seriado "Cosmos". Teve uma vez que, num programa de televisão, o cientista quase teve um ataque por causa de um astrólogo que ficaria ao seu lado no referido programa.

Como assim "se a mecânica quântica estiver certa"? A MQ é uma das teorias mais bem-sucedidas da história da Física. E ela já está aí há um século.
Nunca tenho certeza de nada. O meu ceticismo é um pouco sinistro, mesmo...
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Offline Leafar

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #211 Online: 26 de Julho de 2007, 17:56:03 »
A MQ se choca com a Relatividade. O Universo é um só, e não o Universo Relativístico e o Universo Quântico. Precisamos de uma física universal capaz de explicar tudo. Uma das físicas, ou o que é mais provável, as duas, terão que se ajustar em futuro próximo.

Não importa que a MQ funcione. Ela pode representar (e provavelmente representa) apenas uma visão parcial da realidade.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

Offline BetinhOzinhO

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #212 Online: 26 de Julho de 2007, 20:40:25 »
Precisar, precisa. Se um modelo é logicamente inconstsitente ele não vale. Por outro lado, só ser logicamente consistente não basta para ser verdadeiro.

Você não está entendendo, na física quântica um mesmo objeto pode ocupar dois lugares diferentes ao mesmo tempo e também deixar de estar em um ponto e passar a estar em outro sem precisar "sair", "atravessar uma distância" e "chegar", tudo isso é ilógico e VERDADEIRO!
O GOOGLE NÃO É SEU AMIGO! HAHAHAHHOHOHOHO! http://www.google-watch.org/

Offline Leafar

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #213 Online: 26 de Julho de 2007, 21:37:31 »
Mais uma vez eu repito: Se o que você diz é verdadeiro, isso não é ilógico. A nossa razão é que ainda não é desenvolvida para entender a lógica disso tudo. Não é porque nossa razão não compreende que a verdade seria ilógica. Não molde o Universo para ajustar-se à nossa ignorância.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Spitfire

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #214 Online: 26 de Julho de 2007, 21:54:47 »
Física quântica é o nome da nova maconha que os físicos andam fumando?  :o

Eu, se fosse espírita, não tentaria chegar muito perto desta gente... os caras já são viajandão por natureza.  :histeria:

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #215 Online: 27 de Julho de 2007, 12:01:34 »
A MQ se choca com a Relatividade. O Universo é um só, e não o Universo Relativístico e o Universo Quântico. Precisamos de uma física universal capaz de explicar tudo. Uma das físicas, ou o que é mais provável, as duas, terão que se ajustar em futuro próximo.

Não importa que a MQ funcione. Ela pode representar (e provavelmente representa) apenas uma visão parcial da realidade.

Um abraço.
Bem lembrado, Leafar! Obrigado! ^^b
Só que está esquecendo da teoria das super-cordas que une as duas teorias.
Se for confirmado, será um avanço considerável para analisarmos o Universo, se não, tudo que descobrimos sobre o Universo será, apenas, pela ótica da física relativa.
Agora sobre a citação: 
(...) na física quântica um mesmo objeto pode ocupar dois lugares diferentes ao mesmo tempo e também deixar de estar em um ponto e passar a estar em outro sem precisar "sair", "atravessar uma distância" e "chegar", tudo isso é ilógico e VERDADEIRO!
A "ilógica" não é tão ilógica assim...
São as observações que não encaixam em nossas explicações e só.
A culpa não é do Universo, mas de nossas avaliações que temos dele.
( Eu não disse que somos limitados... ) ::)
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APODman

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #216 Online: 27 de Julho de 2007, 13:17:29 »
Também não acho adequado usar a expressão ad hoc para desqualificar um argumento, pois a hipótese científica pode ser ad hoc, para depois vir a experimentação. Copérnico é sempre citado como exemplo, pois usou  um ad hoc no desenvolvimento do heliocentrismo, dentre inúmeros outros exemplos. 
O Sr. APODman sempre utiliza o termo Ad hoc para desacreditar alguma coisa em questão, então tomei a liberdade de pesquisar um pouco sobre isto.
A expressão latina, Ad hoc significa para isso, para determinado caso.
O que o meu amigo acima quer dizer com isto é, consiste em um processo em que nenhuma técnica reconhecida é empregada e/ou cujas fases variam em cada aplicação do processo. Por tanto, vou usar a expressão Ad hoc, no termo jurídico neste específico neste caso, "para fim específico". Logo, o termo utilizado por meu amigo é apenas aplicado no jargão jurídico, nada mais.
Por tanto, o seu uso não é válida na questão acima. 
Viu como é perigoso utilizar uma "lógica Fuzzy" para o seu próprio benefício?  :o

Ad Hocs empregados falaciosamente tem por caraterística a adição de postulados inconsequentes, criados arbitrariamente, sem embasamento ou motivo, que tentam justificar falhas em uma hipótese falida. Trata-se meramente de uma alegação especial. 

Neste sentido seu emprego é falacioso e pode ser reconhecido como tal. Espíritas emitem ad hocs falaciosos na tentativa de sustentar suas crenças falidas de modo a criar uam falsa sensação justificativa que as mantenha de pé por mais algum tempo. A isto dizem ser uma "fé raciocinada".

Quanto a lógica fuzzy creio que vc não tenha compreendido o que eu quis dizer.


Citar
Também não acho adequado usar a expressão ad hoc para desqualificar um argumento, pois a hipótese científica pode ser ad hoc, para depois vir a experimentação. Copérnico é sempre citado como exemplo, pois usou  um ad hoc no desenvolvimento do heliocentrismo, dentre inúmeros outros exemplos. 

Copérnico não provou o Heliocentrismo apenas lançou uma análise divergente da hipótese aristotélica demonstrando que os dados astronômicos e a lógica aristotélica poderiam ser utilizados tanto para um universo Heliocêntrico quanto Geocêntrico. 

Há uma grande diferença dest ação com a de espíritas que criam explicações completamente sem embasamento para justificar o pq o poder mágico do chapéu do saci é maior se for vermelho do que azul.

[ ] ´s

APODman

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #217 Online: 27 de Julho de 2007, 13:18:59 »
Citar
Ela pode representar (e provavelmente representa) apenas uma visão parcial da realidade.

E o que ao menos sustenta que existe alguma realidade espíritual ( um universo sobrenatural ) ?


[ ]´s

APODman

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #218 Online: 27 de Julho de 2007, 13:35:05 »
Agora, Mancha, o problema não é uma explicação ser ad hoc em si. O problema é usá-las sem assumir o ônus da prova. Como todo mundo adora a historinha do dragão na garagem (...)
Eu conheço a história de Carl Sagan...
O problema é a percepção humana que é limitada.
Quando você vai a um espetáculo de mágica, percebe que tudo ali é um truque, porque você tem consciência que é um. Mas quando observa o Sol no céu, conclui, erroniamente, o Sol gira em torno da Terra. Por quê? Você se limitou a observar o fenônemo em si. Na ótica que quer apresentar. Não no que é de fato. Nós, seres humanos, não podemos ver o infra-vermelho e nem o ultra-violeta, mas pelo simples fato de não vê-los ou "senti-los" isso quer dizer não exista. Isto é taxativo. Carl Sagan quis destruir o "misticismo" utilizando esta visão radical. O que há e a amplitudade de todo o Universo e suas infinitas possibilidades. Kant foi brilhante nisso. Apontar os nossos limites, afinal de contas, não sabemos como é a noção tempo e espaço em outra galáxia ou as regras físicas de outro Universo. Afinal, se a física quântica estiver certa, acho que as nossas observações sobre a própria estrutura do Universo terão que ser revistas.  

Sagan NUNCA propôs que algo que não posa ser sentido ou visto "não existe", o que ele defende na alegoria do Dragão na Garage é que é impossível determinar pela verdade de uma alegação se não houver forma alguma de testa-la.

De outra forma qualquer "acredite em minha palavra" torna-se automaticamente verdadeiro mesmo que na realidade seja falso ( lei a parte final da postagem, após 4a citação ).

[ ]´s

Offline Mancha Negra

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #219 Online: 27 de Julho de 2007, 14:38:29 »
Sagan NUNCA propôs que algo que não posa ser sentido ou visto "não existe", o que ele defende na alegoria do Dragão na Garage é que é impossível determinar pela verdade de uma alegação se não houver forma alguma de testa-la.
(...)
[ ]´s
Se não pode ser comprovado, segundo ele, é crendice, superstição e misticismo. ( Segundo o livro: "The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark". ) 
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APODman

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #220 Online: 27 de Julho de 2007, 14:46:05 »
Sagan NUNCA propôs que algo que não posa ser sentido ou visto "não existe", o que ele defende na alegoria do Dragão na Garage é que é impossível determinar pela verdade de uma alegação se não houver forma alguma de testa-la.
(...)
[ ]´s
Se não pode ser comprovado, segundo ele, é crendice, superstição e misticismo. ( Segundo o livro: "The Demon-Haunted World: Science as a Candle in the Dark". ) 


Se não pode ser comprovado, segundo ele, é crendice, superstição e misticismo afirmar assertivamente pela existência do incomprovado, alegar interagir com ele, traçar caminhos de vida a partir dele ou partir desta creça para tentar determinar os caminhos de outra vida como corretos ou não a partir de seu objeto incomprovado.

[ ]´s

Offline BetinhOzinhO

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #221 Online: 27 de Julho de 2007, 20:57:57 »
Mais uma vez eu repito: Se o que você diz é verdadeiro, isso não é ilógico. A nossa razão é que ainda não é desenvolvida para entender a lógica disso tudo. Não é porque nossa razão não compreende que a verdade seria ilógica. Não molde o Universo para ajustar-se à nossa ignorância.

Meu filho, ENTENDA... a LÓGICA NÃO é uma QUALIDADE INDISSOCIÁVEL da VERDADE. É VOCÊ que está tentando moldar o universo à nossa própria ignorância, visto que a lógica é uma invenção humana que é útil, não alguma coisa inerente ao universo!! Não é porque o nosso pensamento é lógico que o universo tem que ser lógico!!
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Offline BetinhOzinhO

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #222 Online: 26 de Agosto de 2007, 00:46:43 »
Minha amiga estava me explicando há pouco que está lendo um livro sobre TÉCNICAS DE MEDIUNIDADE pra DESENVOLVER, e tal. Porque, segundo ela, a tal da entidade que quer trabalhar através dela pediu a ela que fosse a um centro de umbanda pra fazer a "guia" dele, que se eu não me engano é um colar, algum tipo de adereço, que representa a entidade, ou sei lá o quê. Ela ficou semanas e semanas sonhando com aquilo o tempo todo, o tal do espírito, ou entidade, sei lá, pedindo a ela "faça minha guia, faça minha guia"... daí ela, pra ver SE ERA COISA DA CABEÇA DELA OU NÃO, foi a um centro e FEZ a guia, e daí começou a frequentar, e tal. Então agora, com esse livro de técnicas de mediunidade, ela está aprendendo como SE PROTEGER de certas coisas, porque a entidade precisa dela completamente desperta e alerta, ou algo assim, pra fazer o trabalho que a entidade quer fazer através dela, que supostamente seria o tal atendimento espiritual nos centros. Parece que é assim: a pessoa que é médium e não acredita pode sofrer ações bizarras de gente DO OUTRO LADO, que SABE que a pessoa é médium e pode QUERER AGIR através dela, então ela precisa saber se proteger de certas coisas. Agora, teoricamente, ela está com os "canais" mais abertos e mais suscetível às coisas, por exemplo, ela entra em certos lugares e PASSA MAL... SENTINDO "ALGUMA COISA", acho eu. Isso é o que ela chama de "coisas estranhíssimas" acontecendo com ela.

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!! Me dá uma agonia tudo isso porque gosto muito dessa amiga!! Ela está dizendo que "sente fisicamente a parada", então "não tem muito como duvidar". Argh, acho que ela está ficando completamente pirada.

Um link acadêmico que ela mesma me passou sobre o "fenômeno":

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-60832004000300003&script=sci_arttext&tlng=pt

P.S.: A pessoa que indicou o livro das técnicas de mediunidade pra ela é um físico com mestrado em FÍSICA NUCLEAR... como é que eu vou dizer a ela que ela está sendo uma abestalhada se FÍSICOS NUCLEARES indicam livros pra ela??? Perguntei se nenhuma das pessoas "esclarecidas" que ela tem encontrada nessa "jornada" tem dúvida se tudo não é real ou imaginação e ela disse que não, mas que todos JÁ TIVERAM, que "não é tão simples assim". Quero vomitar!!!!!!!
« Última modificação: 26 de Agosto de 2007, 01:00:09 por BetinhO »
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Offline Leafar

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #223 Online: 26 de Agosto de 2007, 02:23:39 »
Ninguém é obrigado a servir de meio para qualquer tipo de trabalho através dos espíritos. Ela pode se livrar na hora que quiser, basta querer. Os espíritos que constragem são sempre inferiores e devem ser evitados. Os bons espíritos sempre pedem, jamais impõem. Esse caso da sua amiga deve ser uma influência obsessiva. Quando ele mandou fazer um colar então, mostrou ser um espírito inferior preso ainda às coisas e símbolos materiais. Sai que é fria...

Infelizmente o que ocorre em muitos lugares, especialmente em terreiros de magia negra, mas também até em algumas casas espíritas, é que há uma espécie de ameaça, às vezes explícita, às vezes velada, de que algo ruim possa acontecer caso a pessoa se recuse a trabalhar para a entidade; ou que deixe de receber algo de bom. Nessas horas é que Allan Kardec faz falta, porque esse tipo de constrangimento é mentiroso. Nenhum espírito pode fazer algum mal a quem se recuse a trabalhar para eles; nenhum mal lhe acontecerá caso recuse ouvir a voz que lhe chama. E nenhum espírito pode cumprir promessas de bênçãos para quem quer que seja.

Alguns espíritos, bem ardilosos, sabendo que a pessoa é ignorante, fazem ameaças. Eles sabem que a pessoa ignora que eles não têm condições de cumprir a ameaça e se comportam como burros de carga que não sabem a força que têm. Diga para sua amiga que ela não precisa obedecer espírito algum se ela não quiser.

Só como exemplo, vou citar a conversa onde Allan Kardec foi convidado pelos espíritos a trabalhar na codificação do Espiritismo:

Citar
Pergunta (à Verdade) — Bom Espírito, eu desejara saber o que pensas da missão que alguns Espíritos me assinaram. Dize-me, peço-te, se é uma prova para o meu amor-próprio. Tenho, como sabes, o maior desejo de contribuir para a propagação da verdade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário em chefe, a distância é grande e não percebo o que possa justificar em mim graça tal, de preferência a tantos outros que possuem talento e qualidades de que não disponho.

Resposta — Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Tomarás mais tarde conhecimento de coisas que te explicarão o que ora te surpreende. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir. Neste último caso, outro te substituiria, porquanto os desígnios de Deus não assentam na cabeça de um homem. Nunca, pois, fales da tua missão; seria a maneira de a fazeres malograr-se. Ela somente pode justificar-se pela obra realizada e tu ainda nada fizeste. Se a cumprires, os homens saberão reconhecê-lo, cedo ou tarde, visto que pelos frutos é que se verifica a qualidade da árvore.

P. — Nenhum desejo tenho certamente de me vangloriar de uma missão na qual dificilmente creio. Se estou destinado a servir de instrumento aos desígnios da Providência, que ela disponha de mim. Nesse caso, reclamo a tua assistência e a dos bons Espíritos, no sentido de me ajudarem e ampararem na minha tarefa.

R. — A nossa assistência não te faltará, mas será inútil se, de teu lado, não fizeres o que for necessário. Tens o teu livre-arbítrio, do qual podes usar como o entenderes. Nenhum homem é constrangido a fazer coisa alguma.

P. — Que causas poderiam determinar o meu malogro? Seria a insuficiência das minhas capacidades?

R. — Não; mas, a missão dos reformadores é prenhe de escolhos e perigos. Previno-te de que é rude a tua, porquanto se trata de abalar e transformar o mundo inteiro. Não suponhas que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficares tranqüilamente em casa. Tens que expor a tua pessoa. Suscitarás contra ti ódios terríveis; inimigos encarniçados se conjurarão para tua perda; ver-te-ás a braços com a malevolência, com a calúnia, com a traição mesma dos que te parecerão os mais dedicados; as tuas melhores instruções serão desprezadas e falseadas; por mais de uma vez sucumbirás sob o peso da fadiga; numa palavra: terás de sustentar uma luta quase contínua, com sacrifício de teu repouso, da tua tranqüilidade, da tua saúde e até da tua vida, pois, sem isso, viverias muito mais tempo. Ora bem! não poucos recuam quando, em vez de uma estrada florida, só vêem sob os passos urzes, pedras agudas e serpentes. Para tais missões, não basta a inteligência. Faz-se mister, primeiramente, para agradar a Deus, humildade, modéstia e desinteresse, visto que Ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens, são indispensáveis coragem, perseverança e inabalável firmeza. Também são de necessidade prudência e tato, a fim de conduzir as coisas de modo conveniente e não lhes comprometer o êxito com palavras ou medidas intempestivas. Exigem-se, por fim, devotamento, abnegação e disposição a todos os sacrifícios. Vês, assim, que a tua missão está subordinada a condições que dependem de ti.
Há algumas características nessa mensagem que faltam a outros convites para pretensos trabalhadores:

1. Ninguém é obrigado a nada. Se Allan Kardec se recusasse, os espíritos se retirariam e convidariam outro. Nada lhe aconteceria de ruim.
2. Nada lhe foi oferecido caso aceitasse (glória, poder, riqueza, etc...). Pelo contrário, só lhe foram mostradas e oferecidas dificuldades. Em outras palavras, foi dito antes que os problemas viriam se ele aceitasse o trabalho, e não o contrário como geralmente acontece com algumas pessoas.
3. No caso de bons espíritos, não há insistência perturbadora para que se realize algum tipo de trabalho.

O caso da sua amiga é claramente um caso de obsessão. Diga para ela que pode ignorar a entidade sem medo. Talvez ela até a incomode por algum tempo, mas a deixará em paz quando perceber que sua influência moral acabou. Mal real nenhum pode lhe acontecer.

Quanto a proteger-se dos maus espíritos, só há um meio possível: instrução, para não ser enganado pelos espíritos inferiores e mentirosos. Nenhum amuleto ou técnica é capaz de evitar a obsessão e os obsessores não podem ser expulsos pelos homens. Mas pode-se conviver com eles sem que lhe façam mal, embora eles possam incomodar bastante.

Quanto ao livro do Pastorino (Técnicas da Mediunidade), ele me parece mais um curso de eletricidade básica. Eu por curiosidade vi o tal livro e o achei fraco. O melhor livro para entender a mediunidade ainda é para mim O Livro dos Médiuns. Ele explica sobre vários tipos de mediunidade e é praticamente um manual para não cair em armadilhas dos espíritos, como essa que sua amiga caiu.

Espíritos inferiores podem ser ouvidos, mas devem ser colocados no seu devido lugar, e não tratados como guias espirituais. Esse o principal erro da sua amiga.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline BetinhOzinhO

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Re: Espíritos e pessoas, opiniões…
« Resposta #224 Online: 26 de Agosto de 2007, 10:43:35 »
Ninguém é obrigado a servir de meio para qualquer tipo de trabalho através dos espíritos. Ela pode se livrar na hora que quiser, basta querer. Os espíritos que constragem são sempre inferiores e devem ser evitados.

Eu não estou muito interessado no que você acha, Leafar!!!!!!!!!!!!

Continuando a historinha (PARA OS OUTROS, NÃO PARA VOCÊ), ela depois me contou sobre uma, ahn, sei lá, INCORPORAÇÃO, acho, que aconteceu NA CASA dela, ela sentiu a "presença" da entidade com arrepios e dormência e daí pediu que a coisa mostrasse a ela como acontecia a incorporação. Aí ele tipo incorporou, segundo ela, ela começou a se sentir toda dormente e a ouvir a risada do pensamento dele dentro da cabeça dela, macabro! Então ele disse a ela o nome dele, nome esse que ela não pode me dizer por enquanto porque "não é o momento", já que ela nem devia ter INCORPORADO ainda, está QUEIMANDO ETAPAS. Eu perguntei o que aconteceria se ela dissesse o nome, se a cara dela pegaria fogo ou algo assim!

Cada vez mais eu creio que ela está ficando completamente louca!!
« Última modificação: 26 de Agosto de 2007, 10:50:15 por BetinhO »
O GOOGLE NÃO É SEU AMIGO! HAHAHAHHOHOHOHO! http://www.google-watch.org/

 

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