Espiritas dizem que espíritos existem e são feitos de uma energia que não pode ser medida ou detectada, são inteligentes, mantém a consciência desta e de outras vidas, não só isso, organizam a consciência de uma maneira fantástica (não deve ser fácil ter muitas infâncias diferentes para lembrar e organizar cada uma). Espíritos não podem ser vistos, medidos, detectados com nenhuma tecnologia nossa, não há uma indicação de qual tipo de energia ou matéria os compõem, mas os espiritas afirmam que existem. Ofereça uma prova que corrobore tudo isso e não seja apenas testemunhos pessoais. Quero provas que possam ser reproduzidas. Experiência pessoal pode até ser importante, mas se não puder ser reproduzida, não vale muito.
A mediunidade é o veiculo e prova da existencia do mundo espiritual! e dos espiritos.
Toda explicação seja ela por fenomenos PSI ou demonios,não resistem á logica! E como um cetico pode defender uma explicação se nenhumas delas é suficiente? me parece que aceitar á mais provavel teria mais coerencia.
Sei que experiências pessoais não valem, mais que a feijoada do final de semana tava boa , isso tava...
videomaker, bem simples.
Do que é feito um espírito?
A mediunidade pode ser Auto engano, Fraude , Leitura Fria ou uma mistura de todos ou até mesmo verdade.
Com isso eu quero dizer que mediunidade é fraude, auto-engano, leitura fria ou uma mistura ou mesmo verdade?
Não, eu quero dizer que PODE ser. Que levando isso em conta, a mediunidade não é evidência suficiente para provar a existência de espíritos.
Qual a diferença entre :
A) O famoso médium Blablabla da Silva psicografou uma mensagem para a familia Souza E
b) O médium Blablabla da Silva foi enganado por demônios que o enganaram para produzir a psicografia.
O espírita descarta a segunda porque tem fé no espiritismo.
Um crente fanático descarta a primeira porque tem fé na verdade dele.
Eu pergunto? Tem alguma evidência a favor de um ou outro?
Não, não tem não.
Repito : Do que é feito um espírito?
Energia? Qual tipo.
Matéria? Qual Tipo?
Por que não é possível medir nenhum deles?
Já foi detectada a presença de algum espírito de algum modo exceto a mediunidade? Não? Sim? Por que?
A existência de espíritos foi submetida a testes que podem ser repetidos em condições controladas? Até onde sei, não.
Porque a existência de espíritos é mais coerente do que a existência de demônios, fadas, gnomos, hengeyokai ou o que quer que seja?
Para um crente que crê que o demônio é uma força ativa no mundo, demônios são uma explicação plausível.
Para o espirita, espíritos são a única explicação viável.
Para este cético aqui, até que alguém ofereça evidências convincentes, nem espíritos ou demônios, fraude, auto engano e leitura fria permanecem as melhores explicações. Para que a mediunidade seja admitida como verdade, não basta a si mesma, precisa de mais evidências. Mediunidade não é evidência suficiente.
Novamente : Do que é feito um espírito?
A pergunta : Qual é a natureza íntima do Espírito?
– Não é fácil explicar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele não é nada, visto que o Espírito não é algo palpável, mas para nós é alguma coisa. Sabei bem: o nada não é coisa nenhuma, o nada não existe.
Assim podemos chegar a conclusão de que ainda não possivel entender a complexidade de que é feito o espirito, assim como a alguns seculos atraz não tinhamos como saber outras tantas coisas, e mesmo assim elas existiam.
Vc: Porque a existência de espíritos é mais coerente do que a existência de demônios, fadas, gnomos, hengeyokai ou o que quer que seja?
Espiritos são pessoas, outrora vivas, e pessoas existem! logo, vc pode testar a afirmação de um espirito! e não me consta que nenhum medium tenha dito ser um gnomo ou fada!
Vamos em frente então:
Exame das diferentes maneiras de se encarar o Espiritismo
36. Quando começaram a produzir-se os estranhos fenômenos do Espiritismo, ou, dizendo melhor, quando esses fenômenos se renovaram nestes últimos tempos, o primeiro sentimento que despertaram foi o da dúvida, quanto à realidade deles e, mais ainda, quanto à causa que lhes dava origem. Uma vez certificados, por testemunhos irrecusáveis e pelas experiências que todos hão podido fazer, sucedeu que cada um os interpretou a seu modo, de acordo com suas idéias pessoais, suas crenças, ou suas prevenções. Daí, muitos sistemas, a que uma observação mais atenta viria dar o justo valor.
Julgaram os adversários do Espiritismo encontrar um argumento nessa divergência de opiniões, dizendo que os próprios espíritas não se entendiam entre si A pobreza de semelhante razão prontamente se patenteia, desde que se reflita que os passos de qualquer ciência nascente são necessariamente incertos, até que o tempo haja permitido se colecionem e coordenem os fatos sobre que possa firmar-se a opinião.
À medida que os fatos se completam e vão sendo mais bem observados, as idéias prematuras se apagam e a unidade se estabelece, pelo menos com relação aos pontos fundamentais, senão a todos os pormenores. Foi o que se deu com o Espiritismo, que não podia fugir à lei comum e tinha mesmo, por sua natureza, que se prestar, mais do que qualquer outro assunto, à diversidade das interpretações. Pode-se, aliás, dizer que, a este respeito, ele andou mais depressa do que outras ciências mais antigas, do que a medicina, por exemplo, que ainda traz divididos os maiores sábios.
Sistemas negativos
37. Seguindo metódica ordem, para acompanhar a marcha progressiva das idéias, convém sejam colocados na primeira linha dos sistemas os que se podem classificar como sistemas de negação, isto é, os dos adversários do Espiritismo. Já lhes refutamos as objeções, na introdução e na conclusão de O Livro dos Espíritos, assim como no volumezinho que intitulamos: O que é o Espiritismo. Fora supérfluo insistir nisso aqui. Limitar-nos-emos a lembrar, em duas palavras, os motivos em que eles se fundam.
De duas espécies são os fenômenos espíritas: efeitos físicos e efeitos inteligentes. Não admitindo a existência dos Espíritos, por não admitirem coisa alguma fora da matéria, concebe-se que neguem os efeitos inteligentes. Quanto aos efeitos físicos, eles os comentam do ponto de vista em que se colocam e seus argumentos se podem resumir nos quatro sistemas seguintes:
38. Sistema do charlatanismo. - Entre os antagonistas do Espiritismo, muitos atribuem aqueles efeitos ao embuste, pela razão de que alguns puderam ser imitados. Segundo tal suposição, todos os espíritas seriam indivíduos embaídos e todos os médiuns seriam embaidores, de nada valendo a posição, o caráter, o saber e a honradez das pessoas. Se isto merecesse resposta, diríamos que alguns fenômenos da Física também são imitados pelos prestidigitadores, o que nada prova contra a verdadeira ciência. Demais, pessoas há, cujo caráter afasta toda suspeita de fraude e preciso é não saber absolutamente viver e carecer de toda urbanidade, para que alguém ouse vir dizer-lhe na face que são cúmplices de charlatanismo.
Num salão muito respeitável, um senhor, que se dizia bem educado, tendo-se permitido fazer uma reflexão dessa natureza, ouviu da dona da casa o seguinte: "Senhor, pois que não estais satisfeito, à porta vos será restituído o que pagastes." E, com um gesto, lhe indicou o que de melhor tinha a fazer. Dever-se-á por isso afirmar que nunca houve abuso? Para crê-lo, fora mister admitir-se que os homens são perfeitos. De tudo se abusa, até das coisas mais santas. Por que não abusariam do Espiritismo? Porém, o mau uso que de uma coisa se faça não autoriza que ela seja prejulgada desfavoravelmente. Para chegar-se à verificação, que se pode obter, da boa-fé com que obram as pessoas, deve-se atender aos motivos que lhes determinam o procedimento. O charlatanismo não tem cabimento onde não há especulação.
39. Sistema da loucura. - Alguns, por condescendência, concordam em pôr de lado a suspeita de embuste. Pretendem então que os que não iludem são iludidos, o que eqüivale a qualificá-los de imbecis. Quando os incrédulos se abstêm de usar de circunlóquios, declaram, pura e simplesmente, que os que crêem são loucos, atribuindo-se a si mesmos, desse modo e sem cerimônias, o privilégio do bom-senso. Esse o argumento formidável dos que nenhuma razão plausível encontram para apresentar.
Afinal, semelhante maneira de atacar se tomou ridícula, tal a sua banalidade, e não merece que se perca tempo em refutá-la. Acresce que os espíritas não se alteram com isso; tomam corajosamente o seu partido e se consolam, lembrando-se de que têm por companheiros de infortúnio muitas pessoas de mérito incontestável.
Efetivamente, forçoso será convir em que essa loucura, se loucura existe, apresenta uma característica muito singular: a de atingir de preferência a classe instruída, em cujo seio conta o Espiritismo, até ao presente, a imensa maioria de seus adeptos. Se entre estes algumas excentricidades se manifestam, elas nada provam contra a Doutrina, do mesmo modo que os loucos religiosos nada provam contra a religião, nem os loucos melamos contra a música, ou os loucos matemáticos contra a matemática, Todas as idéias sempre tiveram fanáticos exagerados e é preciso se seja dotado de muito obtuso juízo, para confundir a exageração de uma coisa com a coisa mesma.
Para mais amplas explicações a este respeito, recomendamos ao leitor a nossa brochura: O que é o Espiritismo e O Livro dos Espíritos (Introdução, § 15).
40. Sistema da alucinação. Outra opinião, menos ofensiva essa, por trazer um ligeiro colorido científico, consiste em levar os fenômenos à conta de ilusão dos sentidos. Assim, o observador estaria de muito boa-fé; apenas, julgaria ver o que não vê. Quando diz que viu uma mesa levantar-se e manter-se no ar, sem ponto de apoio, a verdade é que a mesa não se mexeu. Ele a viu no ar, por efeito de uma espécie de miragem, ou por uma refração, qual a que nos faz ver, na água, um astro, ou um objeto qualquer, fora da sua posição real. Isto, a rigor, seria possível; mas, os que já testemunharam fenômenos espíritas hão podido certificar-se do isolamento da mesa suspensa, passando por debaixo dela, o que parece difícil de se conseguir, caso o móvel não se houvesse despregado do solo. Por outro lado, muitas vezes tem sucedido quebrar-se a mesa ao cair. Dar-se-á que também aí nada mais haja do que simples efeito de ótica?
É fora de dúvida que uma causa fisiológica bem conhecida pode fazer que uma pessoa julgue ver em movimento um objeto que não se moveu, ou que suponha estar ela própria a mover-se, quando permanece imóvel. Mas, quando, rodeando uma mesa, muitas pessoas a vêem arrastada por um movimento tão rápido que difícil se lhes toma acompanhá-la, ou que mesmo deita algumas delas ao chão, poder-se-á dizer que todas se acham tomadas de vertigem, como o bêbedo, que acredita estar vendo a casa em que mora passar-lhe por diante dos olhos?
41. Sistema do músculo estalante. - Sendo assim, pelo que toca à visão, de outro modo não poderia ser, pelo que concerne à audição. Quando as pancadas são ouvidas por todas as pessoas reunidas em determinado lugar, não há como atribuí-las razoavelmente a uma ilusão. Pomos de parte, está claro, toda idéia de fraude e supomos que uma atenta observação tenha verificado não serem as pancadas atribuíveis a qualquer causa fortuita ou material.
É certo que um sábio médico deu desse fenômeno uma explicação, ao seu parecer, peremptória (1). "A causa, disse ele, reside nas contrações voluntárias, ou involuntárias, do tendão do músculo curto-perônio." A este propósito, desce às mais completas minúcias anatômicas, para demonstrar por que mecanismo pode esse tendão produzir os ruídos de que se trata, imitar os rufos do tambor e, até, executar árias ritmadas. Conclui daí que os que julgam ouvir pancadas numa mesa são vítimas de uma mistificação, ou de uma ilusão.
O fato, em si mesmo, não é novo. Infelizmente para o autor dessa pretendida descoberta, sua teoria é incapaz de explicar todos os casos. Digamos, antes de tudo, que os que gozam da estranha faculdade de fazer que o seu músculo curto-perônio, ou qualquer outro, estale à vontade, da de executar árias por esse meio, são indivíduos excepcionais, enquanto que muito comum é a de fazer-se que uma mesa dê pancadas e que nem todos, dado que algum exista, dos que gozam desta última faculdade, possuem a primeira.
Em segundo lugar, o sábio doutor esqueceu de explicar como o estalido muscular de uma pessoa imóvel e afastada da mesa pode produzir nesta vibrações sensíveis a quem a toque; como pode esse ruído repercutir, à vontade dos assistentes, nas diferentes partes da mesa, nos outros móveis, nas paredes, no forro, etc.; como, finalmente, a ação daquele músculo pode atingir uma mesa em que ninguém toca e fazê-la mover-se. Em suma, a explicação a que nos reportamos, se de fato o fosse, apenas infirmaria o fenômeno das pancadas, nada adiantando com relação a qualquer dos outros muitos modos de comunicação.
Reconheçamos, pois, que ele julgou sem ter visto, ou sem ter observado tudo e observado bem. E sempre de lamentar que homens de ciência se afoitem a dar, do que não conhecem, explicações que os fatos podem desmentir. O próprio saber que possuem devera torná-los tanto mais circunspectos em seus juízos, quanto é certo que esse saber afasta deles os limites do desconhecido.
(1) Foi o Sr. Jobert (de Lamballe). Para sermos justos, devemos dizer que a descoberta é devida ao Sr. Schiff. O Sr. Jobert lhe deduziu as conseqüências perante a Academia de Medicina, pretendendo dar assim o golpe de morte nos Espíritos batedores. Na Revue Spirite, do mês de junho de 1859, encontrar-se-ão todos os pormenores da explicação do Sr. Jobert.