Autor Tópico: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)  (Lida 30138 vezes)

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Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #125 Online: 21 de Setembro de 2007, 04:14:30 »
Esses argumentos "semânticos" são o fim da picada.
Argumento semântico nenhum aqui.
Se há coisas que funcionam mesmo, como yoga, kung fu, ou qualquer outra coisa, e que não são encaixáveis dentro das coisas que o pessoal da linha do Dawkins critica, então pode-se considerar que a crítica não se aplica a isso.
A "Yoga" a que me refiro, está presente em diversas religiões.
Isso inclui o cristianismo.
De qualquer forma, essas coisas todas de "expansão de consciência" e etc são woo-wooices também sem comprovação não mais dogmáticas/infalseáveis do que qualquer outro tipo de dogma mais comum, mesmo que hajam advogados dessas práticas. Isso vale tanto para os woo-wooísmos caretas quanto para os Aldous-Huxleyianos.
Pois é...
Só que pra afirmar isso tem que provar.
Principalmente por isso ser algo "verificável".
Ou seja, não são infalseáveis como você diz.
Eles apresentam certas práticas que ou levam a um resultado ou não.
Basta testar e falsear.
Também não são dogmas como você diz, nem necessitam de crença em nada.

Sua postura não é a mesma dos cientistas, pois os próprios são neutros e estão a estudar o assunto. Por hora mais concentrados especificamente na meditação ao que parece... ela é apenas a parte mais visível de um todo de práticas. Como já disse, eles inclusive vem confirmando alguns relatos sobre o funcionamento disso.
Qualquer coisa de eventualmente benéfica que tragam pode ser extraída sem a necessidade da adesão às premissas e "explicações" tradicionais; por exemplo, yoga, taichi, feng shui e etc, etc, mesmo que tenham seu grau de funcionamento, não implicam na existência de energias shi, em ter "espaço para o dragão passar" e etc;
Mesmo na religião essas explicações divergem e algumas delas são apenas simbólicas, ou referentes ao conhecimento e crenças de uma época.
Até ai, nada demais.
Muitos dos "gurus" modernos já adaptam isso a uma linguagem mais atual e, ninguem precisa "acreditar" nas explicações.
não são diferentes de, por exemplo, relaxamento e ginástica "ocidentais", o efeito dos exercícios e da calma sobre o cérebro, no caso das atividades físicas, ou de simplesmente composição estética agradável, como que se tem em áreas como arquitetura, decoração e pintura, no caso de feng shui.
Depende do que está falando.
Ao testar monges, por exemplo, já descobriram que eles acabam controlando de forma consciente, funções da mente que antes os cientistas acreditavam ser apenas possíveis de controle inconsciente.
Pode apostar que o resultado final das praticas religiosas, em nada se assemelha a uma "ginástica".

O resultado é um outro estado da mente diferente da "vigilia" que é um dos estado do sono, passamos da vigilia ao estado verdadeiramente desperto da mente. Um estado de superconsciencia.
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
Religião é ciência. (Conhecimento).

Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #126 Online: 21 de Setembro de 2007, 04:29:01 »
Rá! Essa é boa!!! Qualquer convicção ideológica vem do fanatismo cego daqueles que acham que estão sempre certos e usam todo tipo de desculpa para justicifar o seu argumento preconceituoso contra qualquer coisa que esteja contrários as suas idéias ditas "perfeitas". Isto vale para aos religiosos com também aos céticos...

Pode falar o quanto quiser, eu quero saber qual é a LÓGICA que você vai usar pra dizer que se uma pessoa acredita em uma divindade e em um livro sagrado que manda explodir os outros, o problema dela não é a religião, é o "fanatismo". Está ESCRITO LÁ, foi DEUS que disse, se ela não acredita no que DEUS disse, vai acreditar NO QUÊ pra ainda ter a CARA-DE-PAU de se dizer pertencente a determinada religião?
Você fala como se fosse assim tão simples.

1 - Religião não precisa de crença cega.

2 - O mesmo livro que diz sei lá o que, também diz "não matarás", ou no caso do alcorão "Não tireis a vida que Allah tornou sagrada, senão sob a forma da lei e da justiça: eis o que Ele vos ordena, para que raciocineis."

Se você quer obedecer Deus, vai ter no mínimo que pensar para entender o que está sendo dito, ou então vai seguir suas próprias distorções do que acha que é dito.

3 - Em alguns casos não estamos falando apenas de religião, mas de uma cultura, de um povo.
Judaísmo e Islamismo misturam religião e preceitos não-religiosos, tem um tipo de código penal primitivo incluído no velho testamento, por exemplo.
Estamos falando de teocracia que misturam política e religião, bem como sobre grupos militares e para-militares com objetivos políticos e ideológicos misturados a fanatismo religioso.
O Al-Fatah, por exemplo, é um grupo político/militar armado criado com intenção de expulsar os judeus de Israel e retomar o controle da Palestina.
Não dá pra querer ignorar isso e dizer que são "motivos religiosos".
Assim como não dá para ignorar os motivos da Al-queda em relação aos EUA e dizer que estão agindo motivados pela religião.

4 - Tire a religião e as pessoas vão continuar se matando por outros motivos, ou melhor, pelos mesmos motivos, mas com outras desculpas.
« Última modificação: 21 de Setembro de 2007, 04:42:37 por NadaSei »
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
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Offline Rodion

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #127 Online: 21 de Setembro de 2007, 04:38:24 »
a fé e a lógica não se contrapõem, é inútil querer antagonizá-las....
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #128 Online: 21 de Setembro de 2007, 04:47:49 »
a fé e a lógica não se contrapõem, é inútil querer antagonizá-las....
O problema é que alguns tomam fé como sinônimo de crença cega.
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
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Offline Fabrício

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #129 Online: 21 de Setembro de 2007, 07:15:52 »
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a fé e a lógica não se contrapõem, é inútil querer antagonizá-las....

Na minha opinião elas se contrapõe o tempo todo... não vejo muita lógica na fé, seja cega ou quando "enxerga" :D.

Também acho religiões inúteis e sem sentido. Mas reconheço que há quem tire benefícios delas, ajuda na vida de alguns, mesmo que seja uma muleta psicológica, faz efeito. Concordo também com o fato de que se as religiões não existissem, as pessoas achariam outros motivos para se matarem.

Por outro lado, não acho que se possa separar o fanatismo da religião em geral. Fanatismo é uma parte da religião sim. Afinal, se pegamos as coisas "boas" do Corão e da Bíblia e afirmamos que a religião pode ser benéfica por causa delas, não podemos relevar o fato de que as coisas perniciosas que existem nestes "livros sagrados" :nojo: também fazem parte da religião a que se destinam. Temos que aceitar o pacote completo, e não só o que nos convém.

Porque se um cara faz o "bem" porque está escrito nestes livros e outro faz o "mal" também porque está escrito, ambos estão seguindo os ensinamentos de "deus".
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Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #130 Online: 21 de Setembro de 2007, 10:43:51 »
Pode falar o quanto quiser, eu quero saber qual é a LÓGICA que você vai usar pra dizer que se uma pessoa acredita em uma divindade e em um livro sagrado que manda explodir os outros, o problema dela não é a religião, é o "fanatismo". Está ESCRITO LÁ, foi DEUS que disse, se ela não acredita no que DEUS disse, vai acreditar NO QUÊ pra ainda ter a CARA-DE-PAU de se dizer pertencente a determinada religião?
Claro...
O mesmo pode ser dito quando um líder atéu resolver liderar uma cruzada para matar todos os inimigos da Ciência. Vai ser interessante ver milhões de pessoas indo aos "campos de reeducação" para livrar o mundo da "maldita" escória religiosa da face da Terra...
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Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #131 Online: 21 de Setembro de 2007, 12:28:29 »
Pode falar o quanto quiser, eu quero saber qual é a LÓGICA que você vai usar pra dizer que se uma pessoa acredita em uma divindade e em um livro sagrado que manda explodir os outros, o problema dela não é a religião, é o "fanatismo". Está ESCRITO LÁ, foi DEUS que disse, se ela não acredita no que DEUS disse, vai acreditar NO QUÊ pra ainda ter a CARA-DE-PAU de se dizer pertencente a determinada religião?
Claro...
O mesmo pode ser dito quando um líder atéu resolver liderar uma cruzada para matar todos os inimigos da Ciência. Vai ser interessante ver milhões de pessoas indo aos "campos de reeducação" para livrar o mundo da "maldita" escória religiosa da face da Terra...

Ateus não matam religiosos, tentam matar as idéias religiosas, isso os mais extremistas, mas faz parte da liberdade de expressão e é muito mais saudável que a guerra e a violência. Queremos a discussão das idéias e não a censura por considerar sagrados termos e conceitos que querem inserir no dia a dia de todos, em todas as questões.

Defender a ciência é necessário, é um campo a princípio neutro, desde que não se coloque crenças na ciência. Aliás a defesa é justamente contra a inclusão de crenças na ciência, oriundas da religião, retirando assim o  ceticismo da ciência.

O que se busca é uma educação científica para todos, onde a religião acaba atrapalhando esse intento. E veja que está associando as críticas a religião como sendo críticas aos religiosos. Está imputando uma discriminação onde não há. O que se usa como exemplo são os fanáticos religiosos que tem a mesma crença que os demais. E mesmo assim é direcionada a crítica a crença
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #132 Online: 21 de Setembro de 2007, 14:45:06 »
Ateus não matam religiosos, tentam matar as idéias religiosas, isso os mais extremistas, mas faz parte da liberdade de expressão e é muito mais saudável que a guerra e a violência. Queremos a discussão das idéias e não a censura por considerar sagrados termos e conceitos que querem inserir no dia a dia de todos, em todas as questões.
Desculpe, Adriano. O ponto do "Ateus não matam religiosos" não é veridicamente comprovada pela História. Temos os exemplos do regime estalinista e da China em relação aos Xamanistas e na própria revolução russa que mataram inúmeros padres. Basta uma idéia e postura arbritária que as mortes sempre ocorrerão. Agora lutar por suas idéias e saudavelmente mais sensato. Porém respeitando de uma forma mutua as diferenças.     

Defender a ciência é necessário, é um campo a princípio neutro, desde que não se coloque crenças na ciência. Aliás a defesa é justamente contra a inclusão de crenças na ciência, oriundas da religião, retirando assim o ceticismo da ciência.
Na História, a Religião foi parte integrante da Ciência. Porém, o que deve-se observar é o médoto científico que deve ser analisado e não as "crenças" dos seus cientistas. Crê, pode ser no que quiser, mas nunca "contaminar" as suas crenças nos resultados científicos. Isto é ético. Todavia, há um "ceticismo" a respeito dessa ética. Será que um cientista pode "distorcer" um resultado de uma pesquisa para melhor o agrade?   

O que se busca é uma educação científica para todos, onde a religião acaba atrapalhando esse intento. E veja que está associando as críticas a religião como sendo críticas aos religiosos. Está imputando uma discriminação onde não há. O que se usa como exemplo são os fanáticos religiosos que tem a mesma crença que os demais. E mesmo assim é direcionada a crítica a crença
Não é o que os seus colegas atéus estão dizendo a respeito. Eles afirmam estas criticas como você pode ver abaixo:
Citação de: Mancha Negra
Bem... Se a religião fosse assim, porque um padre com Mendel desenvolveu genética? O problema é o dogmatismo da religião e não a mesma. ( Ah, sim! Qualquer dogmatismo é prejudicial a qualquer desenvolvimento do intelecto humano. )
A religião não é produto da religiosidade? Uma existiria sem a outra?

Sem mais.

Citação de: Mancha Negra
Os terroristas acima, são aqueles que acham que destruindo as "ilusões" da Vida podem impor as suas idéias sobre os outros.
Idéias religiosas, seria isso?

Citação de: Mancha Negra
Não é "viver e deixar viver", mas eu sou "superior" a você, eu estou certo e você está errado!
Estes terroristas usam a religião para justificar os seus crimes e não são religiosos. Estes são os verdadeiros inimigos da religião.
E seus crimes são religiosamente motivados, como dizer que não são religiosos? São extremistas fanáticos, acreditam que serão mártires de sua causa religiosa, seus ideais são religiosos. Que outros ideais eles teriam a defender?

Citação de: Mancha Negra
Depende do que você considera "ilusão"...
Fé.
O meu amigo acima diz que os religiosos são "motivados" pela religião para fazer atos criminosos. E você que estou sendo, como direi: "E veja que está associando as críticas a religião como sendo críticas aos religiosos. Está imputando uma discriminação onde não há."
Por favor, Adriano... Poupe-me...
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Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #133 Online: 21 de Setembro de 2007, 15:09:58 »
Ateus não matam religiosos, tentam matar as idéias religiosas, isso os mais extremistas, mas faz parte da liberdade de expressão e é muito mais saudável que a guerra e a violência. Queremos a discussão das idéias e não a censura por considerar sagrados termos e conceitos que querem inserir no dia a dia de todos, em todas as questões.
Desculpe, Adriano. O ponto do "Ateus não matam religiosos" não é veridicamente comprovada pela História. Temos os exemplos do regime estalinista e da China em relação aos Xamanistas e na própria revolução russa que mataram inúmeros padres. Basta uma idéia e postura arbritária que as mortes sempre ocorrerão. Agora lutar por suas idéias e saudavelmente mais sensato. Porém respeitando de uma forma mutua as diferenças.     
Os crimes causados por ateus não são devidos ao ateísmo, a descrença em deus, e sim ao autoritarismo, ao redime ditatorial. Foi uma junção dos dois, mas a causa principal é o autoritarismo, foram decisões de governos, e não de grupos isolados.

Defender a ciência é necessário, é um campo a princípio neutro, desde que não se coloque crenças na ciência. Aliás a defesa é justamente contra a inclusão de crenças na ciência, oriundas da religião, retirando assim o ceticismo da ciência.
Na História, a Religião foi parte integrante da Ciência. Porém, o que deve-se observar é o médoto científico que deve ser analisado e não as "crenças" dos seus cientistas. Crê, pode ser no que quiser, mas nunca "contaminar" as suas crenças nos resultados científicos. Isto é ético. Todavia, há um "ceticismo" a respeito dessa ética. Será que um cientista pode "distorcer" um resultado de uma pesquisa para melhor o agrade?   
Veja o caso dos criacionistas que distorcem o conhecimento científico através da sua crença. Mas a imposição não é nem através da comunidade científica, o que seria legítimo, mas sim uma tentativa de impor politicamente.

O que se busca é uma educação científica para todos, onde a religião acaba atrapalhando esse intento. E veja que está associando as críticas a religião como sendo críticas aos religiosos. Está imputando uma discriminação onde não há. O que se usa como exemplo são os fanáticos religiosos que tem a mesma crença que os demais. E mesmo assim é direcionada a crítica a crença
Não é o que os seus colegas atéus estão dizendo a respeito. Eles afirmam estas criticas como você pode ver abaixo:
Citação de: Mancha Negra
Bem... Se a religião fosse assim, porque um padre com Mendel desenvolveu genética? O problema é o dogmatismo da religião e não a mesma. ( Ah, sim! Qualquer dogmatismo é prejudicial a qualquer desenvolvimento do intelecto humano. )
A religião não é produto da religiosidade? Uma existiria sem a outra?

Sem mais.

Citação de: Mancha Negra
Os terroristas acima, são aqueles que acham que destruindo as "ilusões" da Vida podem impor as suas idéias sobre os outros.
Idéias religiosas, seria isso?

Citação de: Mancha Negra
Não é "viver e deixar viver", mas eu sou "superior" a você, eu estou certo e você está errado!
Estes terroristas usam a religião para justificar os seus crimes e não são religiosos. Estes são os verdadeiros inimigos da religião.
E seus crimes são religiosamente motivados, como dizer que não são religiosos? São extremistas fanáticos, acreditam que serão mártires de sua causa religiosa, seus ideais são religiosos. Que outros ideais eles teriam a defender?

Citação de: Mancha Negra
Depende do que você considera "ilusão"...
Fé.
O meu amigo acima diz que os religiosos são "motivados" pela religião para fazer atos criminosos. E você que estou sendo, como direi: "E veja que está associando as críticas a religião como sendo críticas aos religiosos. Está imputando uma discriminação onde não há."
Por favor, Adriano... Poupe-me...


Ele está associando os casos extremistas, atuais e recentes, de religiosos que se utilizam da religião para a prática terrorista. A idéia é essa e eu concordo com ela. Com base nesses abusos que se critica toda a religião, pois se fosse algo inofensivo não teria motivos para crítica. A idéia é de que o terrorismo tem como principal causa a religião, e os terroristas são religiosos, todos sabem. Será coincidência?

Na sua argumentação a motivação principal do terrorismo é política. Também penso que existem motivos políticos, mas a principal influencia é a religião. Assim não vejo que foi criticado os religiosos de maneira geral, mas sim a religião e a idéia de deus, devido aos fatos terroristas. Não se falam de religiosos inocentes, mas a tese é de que a mesma crença com que alguns promovem o bem, outros promovem o terror.
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Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #134 Online: 21 de Setembro de 2007, 15:35:40 »
Os crimes causados por ateus não são devidos ao ateísmo, a descrença em deus, e sim ao autoritarismo, ao redime ditatorial. Foi uma junção dos dois, mas a causa principal é o autoritarismo, foram decisões de governos, e não de grupos isolados.
Governos com motivações políticas atéias vale lembrar.
Lógico que não há culpa dos atéus nisto, mas a justificativa que são. Como você diz a respeito das motivações "religiosas" para fazer atos de violência. 

Veja o caso dos criacionistas que distorcem o conhecimento científico através da sua crença. Mas a imposição não é nem através da comunidade científica, o que seria legítimo, mas sim uma tentativa de impor politicamente.
Isto sim. Eu concordo com você. Os criacionistas são perigosos ao desenvolvimento científico. O problema é justificar o ato deles para "distorcer" trabalhos científicos sérios para "provar" que eles estão errados.

Ele está associando os casos extremistas, atuais e recentes, de religiosos que se utilizam da religião para a prática terrorista. A idéia é essa e eu concordo com ela. Com base nesses abusos que se critica toda a religião, pois se fosse algo inofensivo não teria motivos para crítica. A idéia é de que o terrorismo tem como principal causa a religião, e os terroristas são religiosos, todos sabem. Será coincidência?
Adriano... Você sabe a origem dessa guerra, dita, "religiosa"?
Sabe como ocorreu? Qualquer livro de história informa que depois a 2º Guerra Mundial, os Judeus foram "colocados", simpaticamente, na região que era ocupada pelos palestinos e a ONU fez um estado "duplo", Israel e a Palestina. Porém, certas tribos árabes tiveram que ser deslocadas da região de uma forma nada amistosa procando a irá dos países da região. Assim surgiu a guerra dos seis dias. Entre outras guerras "simpáticas" e "religiosas"...   

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Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #135 Online: 21 de Setembro de 2007, 16:07:40 »
Na sua argumentação a motivação principal do terrorismo é política. Também penso que existem motivos políticos, mas a principal influencia é a religião. Assim não vejo que foi criticado os religiosos de maneira geral, mas sim a religião e a idéia de deus, devido aos fatos terroristas. Não se falam de religiosos inocentes, mas a tese é de que a mesma crença com que alguns promovem o bem, outros promovem o terror.
Bem... Se você quer saber mais a respeito desse "terror" se analisar as origens do conflito árabe-israelense.
A História não é tão inútil quando se imagina...
« Última modificação: 21 de Setembro de 2007, 16:11:36 por Mancha Negra »
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Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #136 Online: 21 de Setembro de 2007, 18:17:02 »
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a fé e a lógica não se contrapõem, é inútil querer antagonizá-las....

Na minha opinião elas se contrapõe o tempo todo... não vejo muita lógica na fé, seja cega ou quando "enxerga" :D.
Mas não se contrapõe.
Primeiro que existem alguns tipos de "fé".

Uma pode ser a crença em uma promessa.
Acredite no que eu digo e pratique o que eu ensino, então vai poder entender os motivos disso tudo.
O Cristianismo depende desse tipo de fé, por ser um tanto confuso... mas outras religiões não.
Ou mesmo o cristianismo quando estudado de forma mais profunda, junto com filosofia e outras religiões, também não depende desse tipo de fé.

Outra fé é a confiança em Deus, na vida e em si próprio.
Deus escreve certo por linhas tortas, o mundo se mostra cruel, mas não tema, confie em Deus pois ele sabe o que faz.
Aqui não precisamos acreditar em nada, podemos olhar e entender o mundo e perceber que não há motivos para temer nada. Podemos perceber que apesar de tudo, existe um propósito e um caminho em direção a algo bom e isso não pode se impedido.

Outra fé é o abandono da razão, mais especificamente para controla-la.
Imagine uma porta que só se abre se você parar de pensar.
Você tem que parar de pensar, para então a porta se abrir. Depois disso, você pode pensar normalmente.
Esse "não-pensar" é um tipo de fé e está presente em todas as religiões que estudei.
Trata da transcendência e controle da mente e do ego.

A ciência também depende de fé.
Temos que ter fé (confiança) naqueles que vieram antes de nós, para então seguirmos em frente no conhecimento científico.
Um cientista não pode usar a datação do carbono 14, se não tiver fé de que aquilo funciona.
Os criacionistas, por exemplo, não acreditam nesse teste...
Essa fé científica é uma fé racional e não se contrapõe a razão.

Mesmo a fé como "crença", não precisa ser burra, pode ser uma crença justificada.
Eu acredito que a datação por carbono 14 funciona, pois a comunidade científica me atesta sua eficácia e a comunidade científica é confiável.
Também acho religiões inúteis e sem sentido. Mas reconheço que há quem tire benefícios delas, ajuda na vida de alguns, mesmo que seja uma muleta psicológica, faz efeito.
O Dawkins assume que a religião tem benefícios psicológicos.
O problema é que ele, pensa que se tratam apenas de "muletas" e que fora isso, a religião não tem mais nada, nenhum conhecimento, apenas crenças.
Isso não é verdade.
As religiões trazem conhecimento sobre a realidade, sobre o paraíso e o inferno, sobre a mente humana.
E trazem uma pratica que permite levar o homem a outro estado mental, um estado mais desperto, diferente da "vigilia" que é um dos estados do sono.
Isso não se trata de uma crença ou uma muleta, mas de um conhecimento importante sobre a mente humana e seu funcionamento.
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
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Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #137 Online: 21 de Setembro de 2007, 18:30:30 »
Os crimes causados por ateus não são devidos ao ateísmo, a descrença em deus, e sim ao autoritarismo, ao redime ditatorial. Foi uma junção dos dois, mas a causa principal é o autoritarismo, foram decisões de governos, e não de grupos isolados.
Pois o mesmo pode ser dito do "teísmo", a crença em Deus. (Ou o conhecimento dele)
Foi uma junção entre a crença em Deus, a crença na interpretação de um livro com idéias de uma ou mais pessoas, associadas a motivos políticos.
Teísmo e ateísmo são ambos amorais.

Já a religião, é como a filosofia.
São diversos livros de diversos autores teístas com suas própria idéias sobre determinados temas.
Qualquer um pode estudar as muitas religiões (e coloca-las em prática), como estuda as muitas filosofias.
Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?

Eu posso pegar aquele filosofo que defende que apenas humanos são racionais e, por isso, conscientes e livres, e diz que o que dá o direito do homem a vida é essa consciencia, e posso usar isso contra os próprios homens.
Eu posso formar um grupo de pessoas que pega crianças e pessoas "irracionais" e por isso inconscientes, pessoas com deficiências mentais, ou em coma e usa-las como cobais em testes científicos.
Fiz isso com base em um livro de filosofia... Seria culpa da filosofia?
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
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Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #138 Online: 21 de Setembro de 2007, 19:09:51 »
Os crimes causados por ateus não são devidos ao ateísmo, a descrença em deus, e sim ao autoritarismo, ao redime ditatorial. Foi uma junção dos dois, mas a causa principal é o autoritarismo, foram decisões de governos, e não de grupos isolados.
Governos com motivações políticas atéias vale lembrar.
Lógico que não há culpa dos atéus nisto, mas a justificativa que são. Como você diz a respeito das motivações "religiosas" para fazer atos de violência. 
Mas o ateismo é a ausência dos dogmas religiosos, a ausência destes. É a filosofia de uma vida secular, baseada na natureza, no mundo natural e não em algo além. Por si só o ateísmo não tem nada de ruim. Os religiosos só atribuem um aspecto negativo ao ateísmo por considerarem a religião como positiva. Enumere se puder algum tipo de motivação política atéia. A que eu conheço é o laicismo e que não tem nada de ruim. E se houve esse erro de governos ateus no passado, já não existe mais. Bem diferente das motivações religiosas atuais.


Ele está associando os casos extremistas, atuais e recentes, de religiosos que se utilizam da religião para a prática terrorista. A idéia é essa e eu concordo com ela. Com base nesses abusos que se critica toda a religião, pois se fosse algo inofensivo não teria motivos para crítica. A idéia é de que o terrorismo tem como principal causa a religião, e os terroristas são religiosos, todos sabem. Será coincidência?
Adriano... Você sabe a origem dessa guerra, dita, "religiosa"?
Sabe como ocorreu? Qualquer livro de história informa que depois a 2º Guerra Mundial, os Judeus foram "colocados", simpaticamente, na região que era ocupada pelos palestinos e a ONU fez um estado "duplo", Israel e a Palestina. Porém, certas tribos árabes tiveram que ser deslocadas da região de uma forma nada amistosa provocando a irá dos países da região. Assim surgiu a guerra dos seis dias. Entre outras guerras "simpáticas" e "religiosas"...   

Então fica a questão de interpretação, se você considera que Judeus não são um grupo político e que essas disputas de território não tem por traz a busca de uma "terra santa", que fique a seu critério. Eu avalio pela história, mas o meu posicionamento é de que a religião tem um caráter preponderante nas causas dos conflitos e na impossibilidade de um diálogo melhor articulado.

Gosto do pensamento de Luc Ferry, ele aborda muito bem essa influência da religião nos fenômenos ditos políticos:
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Para Luc Ferry, a grande questão filósofica e política de nosso tempo é saber como e com que valores retomar as rédeas de um mundo que escapou totalmente do controle do homem. A política cedeu lugar aos ditames da economia e a democracia perdeu importância diante dos imperativos do progresso da globalização, acusa. Ferry defende a superação de medos, principalmente do medo da morte, como um do grandes desafios do homem do século 21, e acredita numa nova sabedoria do amor como um dos elementos fundadores de um novo humanismo.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI1506795-EI6782,00.html

Na sua argumentação a motivação principal do terrorismo é política. Também penso que existem motivos políticos, mas a principal influencia é a religião. Assim não vejo que foi criticado os religiosos de maneira geral, mas sim a religião e a idéia de deus, devido aos fatos terroristas. Não se falam de religiosos inocentes, mas a tese é de que a mesma crença com que alguns promovem o bem, outros promovem o terror.
Bem... Se você quer saber mais a respeito desse "terror" se analisar as origens do conflito árabe-israelense.
A História não é tão inútil quando se imagina...
Não é nada inútil a história, não sei quem você diz que imagina isso. E é exatamente pela história, como no caso desse conflito árabe-israelense que podemos perceber a influência religiosa dos judeus querendo a "terra santa" e os árabes com sua religião islâmica. São sei tão bem os detalhes, mas querer reduzir esse confronto de culturas, de religiões a questões políticas é se esquecer da história e dar valor apenas as localizações geográficas de cada povo.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #139 Online: 21 de Setembro de 2007, 19:35:32 »
Os crimes causados por ateus não são devidos ao ateísmo, a descrença em deus, e sim ao autoritarismo, ao redime ditatorial. Foi uma junção dos dois, mas a causa principal é o autoritarismo, foram decisões de governos, e não de grupos isolados.
Pois o mesmo pode ser dito do "teísmo", a crença em Deus. (Ou o conhecimento dele)
Foi uma junção entre a crença em Deus, a crença na interpretação de um livro com idéias de uma ou mais pessoas, associadas a motivos políticos.
Teísmo e ateísmo são ambos amorais.
Pode ser dita, é dita, mas é bem diferente. Não concordo que teísmo e ateísmo são ambos amorais. Nos dois casos tem a construção de valores, e isso é muito forte e presente no teísmo. Não se pode negar essas doutrinas morais religiosas que são incontroláveis por serem baseados em crenças, em suposições erradas e inexistentes. Além disso são dogmáticas, não admitem a discussão e o entendimento entre os diferentes. É uma caracteristica da religião. É segregacionista, os da mesma fé se reúnem e excluem os que não tem a mesma fé.

O ateísmo é a ausência de fé, a descrença em deus, é uma filosofia baseada na realidade secular, na vida real. É uma filosofia que descarta o mundo alternativo religioso.

Embora eu saiba que você considere o ateísmo como crença, já que acredita que deus é uma realidade, e o ateu nega essa realidade. Mas eu considero as evidências antropológicas e sociais de que a manifestação religiosa é uma criação da cultura humana.

Já a religião, é como a filosofia.
São diversos livros de diversos autores teístas com suas própria idéias sobre determinados temas.
Também com compactuo dessa confusão entre filosofia e religião. Primeiro pela religião ser dogmática e a filosofia ser questionadora. O fato de autores teístas escreverem sobre diversos temas não quer dizer nada, pois eles podem escrever coisas brilhantes. O problema é quando tentam justificar algo através das crenças e dos dogmas, como é comum no cristianismo, judaísmo e islamismo, as religiões mais representativas.

Qualquer um pode estudar as muitas religiões (e coloca-las em prática), como estuda as muitas filosofias.
A prática filosófica é o pensar. Você faz um uso místico da palavra prática no intuito de dar algum valor a religião. A prática religiosa é conhecida por todos, é visível, é possível estudar a respeito. Mas o principal é que a sua validade só admitida com base na fé, o que é algo irracional. Muitas são as evidências de que as práticas religiosas são dispensáveis, e a sua pregação a favor de tais "práticas", ou seja lá o que for, alegando que tem uma consciência melhor que os demais por isso, é apenas preconceito e discriminação.

Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?
Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.

Eu posso pegar aquele filosofo que defende que apenas humanos são racionais e, por isso, conscientes e livres, e diz que o que dá o direito do homem a vida é essa consciencia, e posso usar isso contra os próprios homens.
Eu posso formar um grupo de pessoas que pega crianças e pessoas "irracionais" e por isso inconscientes, pessoas com deficiências mentais, ou em coma e usa-las como cobais em testes científicos.
Fiz isso com base em um livro de filosofia... Seria culpa da filosofia?
Não tem nada a ver com a filosofia isso. A filosofia abomina essas idéias e age em conjunto com as ciências sociais e naturais. Na sociedade humana não é permitido genocídio nem homicídio.
E veja que está usando de uma falácia, pois o consciente é referente a uma qualidade da espécie humana e não um estágio ou situação de enfermidade, doença ou até mesmo nível intelectual.

Não existem grupos filosóficos terroristas, nem grupos de cientístas terroristas, grupos isolados. Já com a religião acontece.
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Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #140 Online: 21 de Setembro de 2007, 20:31:27 »
Pode ser dita, é dita, mas é bem diferente. Não concordo que teísmo e ateísmo são ambos amorais. Nos dois casos tem a construção de valores, e isso é muito forte e presente no teísmo.
A construção de valores se dá após a crença/descrença em Deus.
Um ateu estudante de Budismo e um teísta cristão, podem ambos ter valores morais muito parecidos, quase idênticos.
A crença/descrença em Deus não imputam nenhuma moral especifica.

Os valores morais são construídos com base em ideologias/filosofias, experiências e questionamentos pessoais.

Um teísta pode gostar do pensamento da seita de "Mo", que dizia que pra saber que Deus nos ama, basta transar com alguém. Dizia que seu único arrependimento era não ter transado com a própria mãe, ensinava as mães a masturbar seus filhos pequenos antes deles irem dormir, e ensinava a santa prostituição, onde as garotas da seita atraiam homens transando com eles, para então falar a eles sobre Deus.
Um belo contraste com o moralismo de muitos cristãos e muçulmanos.
Isso ocorre devido a crença em Deus, não ter embutida nela nenhuma moral especifica.
Não se pode negar essas doutrinas morais religiosas que são incontroláveis por serem baseados em crenças, em suposições erradas e inexistentes. Além disso são dogmáticas, não admitem a discussão e o entendimento entre os diferentes. É uma caracteristica da religião. É segregacionista, os da mesma fé se reúnem e excluem os que não tem a mesma fé.
Não é uma característica da religião em si.
Isso tudo são características do homem.
As pessoas são dogmáticas e se julgam donas da verdade, são elas que não aceitam discussão e se aproveitam da crença dos outros.
Algumas "seitas" e "igrejas" tem essas característica por serem controladas por humanos com essas características.
Pegue o Budismo e suas seitas, ele organizam encontros entre seitas diferente para debates com argumentação e refutação.
Buda pregava que não devemos "acreditar" em nada só por "tradição" ou porque um "mestre" falou, etc... E sim, devemos acreditar apenas após analisar e se aquilo concordar com a razão.
Pegue Cristo, ele "questiona" a doutrina vigente e a autoridade eclesiástica. Ele próprio dá o exemplo.
Pegue o Hinduísmo e veja se são segregacionaistas... Eles pregam que todas as religiões são a mesma verdade de Deus, e que não devemos procurar por contradições nos livros sagrados de outras religiões.

Ou seja, nada do que você citou, se mostra como características "inerentes" da religião.
O ateísmo é a ausência de fé, a descrença em deus, é uma filosofia baseada na realidade secular, na vida real. É uma filosofia que descarta o mundo alternativo religioso.

Embora eu saiba que você considere o ateísmo como crença, já que acredita que deus é uma realidade, e o ateu nega essa realidade. Mas eu considero as evidências antropológicas e sociais de que a manifestação religiosa é uma criação da cultura humana.
Ou seja, acredita em uma ciência que não estuda a religião, mas a forma como as pessoas se organizam em volta dela.
O teísmo também se baseia na realidade... isso inclui o conhecimento de Deus.
Também com compactuo dessa confusão entre filosofia e religião. Primeiro pela religião ser dogmática e a filosofia ser questionadora. O fato de autores teístas escreverem sobre diversos temas não quer dizer nada, pois eles podem escrever coisas brilhantes. O problema é quando tentam justificar algo através das crenças e dos dogmas, como é comum no cristianismo, judaísmo e islamismo, as religiões mais representativas.
Como eu já apontei, comportamento humano.
Um que também é presente da filosofia.
O ceticismo filosófico vem justamente de correntes anti-dogmáticas e seus princípios de "certezas".
A religião também é tem base em pessoas questionadoras, como Cristo e Buda.
O Hinduísmo também é uma das religiões mais representativas, e também está cheio de pessoas "questionadoras".

Questionar ou ser dogmático, é postura humana.
Humanos dos dois tipos são encontrados tanto na filosofia ocidental, quanto na religião.
Qualquer um pode estudar as muitas religiões (e coloca-las em prática), como estuda as muitas filosofias.
A prática filosófica é o pensar. Você faz um uso místico da palavra prática no intuito de dar algum valor a religião. A prática religiosa é conhecida por todos, é visível, é possível estudar a respeito. Mas o principal é que a sua validade só admitida com base na fé, o que é algo irracional. Muitas são as evidências de que as práticas religiosas são dispensáveis, e a sua pregação a favor de tais "práticas", ou seja lá o que for, alegando que tem uma consciência melhor que os demais por isso, é apenas preconceito e discriminação.
A prática religiosa é, entre outras coisas, questionar e pensar... para que se possa entender corretamente os textos e as outras práticas.
Já as outras práticas são coisas como a meditação, por exemplo.
Algo que tem uma função e que vem sendo estudado pela ciência...
Nada de irracional nisso, muito menos "dispensáveis".
Você pode desconhecer as funções delas e não querer práticas, mas não pode dizer que são descartáveis só por não entende-las ou conhece-las.

Quanto a discriminação e preconceito... Uma das práticas e objetivo é o não julgar.
Não há mal nenhum em falar sobre um estado de maior consciência e sobre o fim da ignorância.
Seria o mesmo que dizer que é preconceito dizer que as crianças nascem ignorantes e vão aprendendo ao longo da vida, ou achar discriminatório dizer que fazer uso do ceticismo e da razão nos permitem enxergar mais longe.

Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?
Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.
A ciência não permite isso, mas Hitler usou do darwinismo social mesmo assim.
A ciência não permite isso, mas usam o conhecimento científico para criar bombas atômicas de destruir duas cidades inteiras, criam tanques de guerra, armas químicas e biológicas, etc...

Cristo também ensinou a não julgar, a amar o próximo, etc...
Isso não impediu as cruzadas...

O uso que fazem da ciência e da religião, não são "a ciência" ou "a religião".
É só isso que está faltando entender.
Não tem nada a ver com a filosofia isso. A filosofia abomina essas idéias e age em conjunto com as ciências sociais e naturais. Na sociedade humana não é permitido genocídio nem homicídio.
Pode não ser permitido... mas fazem mesmo assim.
A filosofia não permite, mas ateus fizeram isso nos governos comunistas.
Não existe essa de "a filosofia" não permite.
A filosofia não é uma pessoa que impõe regras: "Ei, não mate".
Qualquer um pode ler certos filósofos e interpretar que só as pessoas conscientes tem direito a vida, bem como pode ler evolucionistas e interpretar que o que manda é a lei do mais forte.
Com base nisso, fazem o que querem.
E veja que está usando de uma falácia, pois o consciente é referente a uma qualidade da espécie humana e não um estágio ou situação de enfermidade, doença ou até mesmo nível intelectual.
A consciência é algo desconhecido e subjetivo.
Alguns acham que os animais são conscientes, outros acham que apenas os humanos são conscientes.
Eu posso achar que pessoas com retardamento mental são inconscientes como animais e, por isso, sem direitos.
Não existem grupos filosóficos terroristas, nem grupos de cientístas terroristas, grupos isolados. Já com a religião acontece.
Normalmente grupos com ideologias políticas que fazem uso da religião.
Nos EUA também teve o caso do cientista que mandou cartas com antrax pra diversas pessoas.
Uma arma quimica altamente refinada pela ciência.
Que tal os ecoterroristas?
Um grupo deles provocou 17 incêndios criminosos nos EUA.
Seus argumentos se baseiam em filosofias de direitos dos animais e no conhecimento científico de que estamos "matando o planeta", acabando com a bio-diversidade, alterando o clima do planeta, etc...
Eles estavam bravos com os matadouros e com as madereiras da região... elas foram justamente alguns dos alvos.
Olha que bonitinho o nome dos grupos: "Frente de Liberação da Terra" e "Frente de Liberação dos Animais".

Só que aqui, todo mundo entende que a culpa não é da ciência ou da filosofia.
Já com a religião... ninguém separa uma coisa da outra.
« Última modificação: 21 de Setembro de 2007, 20:33:31 por NadaSei »
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
Religião é ciência. (Conhecimento).

Offline BetinhOzinhO

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #141 Online: 21 de Setembro de 2007, 21:21:05 »
O mesmo pode ser dito quando um líder atéu resolver liderar uma cruzada para matar todos os inimigos da Ciência. Vai ser interessante ver milhões de pessoas indo aos "campos de reeducação" para livrar o mundo da "maldita" escória religiosa da face da Terra...

É, como se ALGUÉM neste tópico ou como se o próprio Dawkins falasse em MATAR GENTE. Ouço alguma entidade fantasmagórica soprar "ESPANTALHO" em meu ouvido? Sim, ouvi, dã.

O ponto do "Ateus não matam religiosos" não é veridicamente comprovada pela História. Temos os exemplos do regime estalinista e da China em relação aos Xamanistas e na própria revolução russa que mataram inúmeros padres.

Ah, que BONITINHO, quando a religião MATA, é por motivos "políticos", quando um ditador ateu MATA, a motivação é O ATEÍSMO. Achei que estava MEIO NA CARA que é JUSTAMENTE NESSES CASOS de regimes ateus exterminando religiosos que a motivação política é bem óbvia, não o contrário.

Você sabe a origem dessa guerra, dita, "religiosa"?
Sabe como ocorreu? Qualquer livro de história informa que depois a 2º Guerra Mundial, os Judeus foram "colocados", simpaticamente, na região que era ocupada pelos palestinos e a ONU fez um estado "duplo", Israel e a Palestina. Porém, certas tribos árabes tiveram que ser deslocadas da região de uma forma nada amistosa procando a irá dos países da região. Assim surgiu a guerra dos seis dias. Entre outras guerras "simpáticas" e "religiosas"...   

Oooooooooooooooooh, puuuuuuuuuuuxa viiiiidaaaaaaa... não é que o Dawkins fala no livro sobre como a religião, quando não é o motivo do início de um conflito transgeracional, atua como fomentadora e perpetuadora do mesmo quando isola grupos sociais e segrega a educação das crianças? Oooooooooooh, puuuuuuuuuuuuxaaaaaa. Esqueciiiiiii. Você NÃO LEU O LIVRO... ooooooooh.
O GOOGLE NÃO É SEU AMIGO! HAHAHAHHOHOHOHO! http://www.google-watch.org/

Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #142 Online: 21 de Setembro de 2007, 22:12:13 »
Pode ser dita, é dita, mas é bem diferente. Não concordo que teísmo e ateísmo são ambos amorais. Nos dois casos tem a construção de valores, e isso é muito forte e presente no teísmo.
A construção de valores se dá após a crença/descrença em Deus.
Um ateu estudante de Budismo e um teísta cristão, podem ambos ter valores morais muito parecidos, quase idênticos.
A crença/descrença em Deus não imputam nenhuma moral especifica.
Discordo. Na religião é criado diversos valores baseados na crença, no caso do cristianismo por exemplo, os valores de amar a deus sobre todas as coisas, dizer que os demais que não são da igreja são do "mundo", no caso dos evangélicos, entre muitos outros. No caso do budismo tem a crença de que o mundo é uma ilusão, que faz com que se cria valeres como o de pessoas iluminadas, ou a caminha da iluminação, que tem uma visão e compreensão melhor do mundo que as demais. Nestes valores os demais vêem o mundo de maneira deturpada. Isso devido a crença

Os valores morais são construídos com base em ideologias/filosofias, experiências e questionamentos pessoais.
Para um ateu sim, mas para um religioso existem as crenças religiosas também.

Um teísta pode gostar do pensamento da seita de "Mo", que dizia que pra saber que Deus nos ama, basta transar com alguém. Dizia que seu único arrependimento era não ter transado com a própria mãe, ensinava as mães a masturbar seus filhos pequenos antes deles irem dormir, e ensinava a santa prostituição, onde as garotas da seita atraiam homens transando com eles, para então falar a eles sobre Deus.
Um belo contraste com o moralismo de muitos cristãos e muçulmanos.
Isso ocorre devido a crença em Deus, não ter embutida nela nenhuma moral especifica.
Para você ver que o valor de amar e obedecer a deus e buscar fazer a sua vontade é comum das religiões. São os valores principais. Os detalhes de como realizar, obedecer e amar a deus que variam de pessoas para pessoas. Mas a base dogmática é a mesma, a da crença em deus.

Não se pode negar essas doutrinas morais religiosas que são incontroláveis por serem baseados em crenças, em suposições erradas e inexistentes. Além disso são dogmáticas, não admitem a discussão e o entendimento entre os diferentes. É uma caracteristica da religião. É segregacionista, os da mesma fé se reúnem e excluem os que não tem a mesma fé.
Não é uma característica da religião em si.
Isso tudo são características do homem.
As pessoas são dogmáticas e se julgam donas da verdade, são elas que não aceitam discussão e se aproveitam da crença dos outros.
Algumas "seitas" e "igrejas" tem essas característica por serem controladas por humanos com essas características.
Pegue o Budismo e suas seitas, ele organizam encontros entre seitas diferente para debates com argumentação e refutação.
Buda pregava que não devemos "acreditar" em nada só por "tradição" ou porque um "mestre" falou, etc... E sim, devemos acreditar apenas após analisar e se aquilo concordar com a razão.
Pegue Cristo, ele "questiona" a doutrina vigente e a autoridade eclesiástica. Ele próprio dá o exemplo.
Pegue o Hinduísmo e veja se são segregacionaistas... Eles pregam que todas as religiões são a mesma verdade de Deus, e que não devemos procurar por contradições nos livros sagrados de outras religiões.
Citou o budismo e alguns ícones religiosos mas com uma conclusão favorável. É possível diversas outras conclusões acerca da religião e de seus ícones. Isso é o que acontece muito nos fórum céticos. E muitos ateus, eu incluso, pensam que a religião não é necessária, é descartável e até mesmo ruim. 

Ou seja, nada do que você citou, se mostra como características "inerentes" da religião.
No seu entendimento. Não achei seus argumentos satisfatórios para mudar o que estou dizendo de valores religiosos.

O ateísmo é a ausência de fé, a descrença em deus, é uma filosofia baseada na realidade secular, na vida real. É uma filosofia que descarta o mundo alternativo religioso.

Embora eu saiba que você considere o ateísmo como crença, já que acredita que deus é uma realidade, e o ateu nega essa realidade. Mas eu considero as evidências antropológicas e sociais de que a manifestação religiosa é uma criação da cultura humana.
Ou seja, acredita em uma ciência que não estuda a religião, mas a forma como as pessoas se organizam em volta dela.
Essa sua mania de pensar que é o dono da verdade do conhecimento religioso não me agrada nem um pouco. Conhecemos a religião, cada um tem sua experiência e que somadas são muitas. Além de ser muito pesquisado sobre isso. Você subestima o conhecimento religioso dos ateus. E faz isso através de falácia, dizendo que seu interlocutor não entende de religião. Assim você não está numa posição de discutir religião e sim de "ensinar", para não dizer doutrinar.

O teísmo também se baseia na realidade... isso inclui o conhecimento de Deus.
Também se baseia na realidade. Mas deus é o fator de distorção da realidade. É um conceito imaginário, uma construção social e que influi muito na percepção da realidade.

Também com compactuo dessa confusão entre filosofia e religião. Primeiro pela religião ser dogmática e a filosofia ser questionadora. O fato de autores teístas escreverem sobre diversos temas não quer dizer nada, pois eles podem escrever coisas brilhantes. O problema é quando tentam justificar algo através das crenças e dos dogmas, como é comum no cristianismo, judaísmo e islamismo, as religiões mais representativas.
Como eu já apontei, comportamento humano.
Um que também é presente da filosofia.
O ceticismo filosófico vem justamente de correntes anti-dogmáticas e seus princípios de "certezas".
Sim é o comportamento humano, e este tende a ter crenças religiosas, a cultura impõe a crença em deus e a religião. E existem valores específicos dos religiosos em relação a crença em deus. Diferentes dos que não tem essa crença.

A religião também é tem base em pessoas questionadoras, como Cristo e Buda.
O Hinduísmo também é uma das religiões mais representativas, e também está cheio de pessoas "questionadoras".
Essa é sua interpretação da religião, mas considero como dogmáticas.

Questionar ou ser dogmático, é postura humana.
Humanos dos dois tipos são encontrados tanto na filosofia ocidental, quanto na religião.
Existem dogmas centrais na religião. E a crença em deus é o principal deles. Na filosofia não há dogmas, há divergências pois o que prevalece é a busca do saber. Bem diferente de buscar uma ligação com um conceito imaginário.

Qualquer um pode estudar as muitas religiões (e coloca-las em prática), como estuda as muitas filosofias.
A prática filosófica é o pensar. Você faz um uso místico da palavra prática no intuito de dar algum valor a religião. A prática religiosa é conhecida por todos, é visível, é possível estudar a respeito. Mas o principal é que a sua validade só admitida com base na fé, o que é algo irracional. Muitas são as evidências de que as práticas religiosas são dispensáveis, e a sua pregação a favor de tais "práticas", ou seja lá o que for, alegando que tem uma consciência melhor que os demais por isso, é apenas preconceito e discriminação.
A prática religiosa é, entre outras coisas, questionar e pensar... para que se possa entender corretamente os textos e as outras práticas.
Já as outras práticas são coisas como a meditação, por exemplo.
Algo que tem uma função e que vem sendo estudado pela ciência...
Nada de irracional nisso, muito menos "dispensáveis".
Você pode desconhecer as funções delas e não querer práticas, mas não pode dizer que são descartáveis só por não entende-las ou conhece-las.
Se quer falar da meditação então tudo bem, está sendo pesquisado e tem as suas vantagens para quem adota. Mas isso ainda não foi conclusivo e os estudos estão no início ainda. Tem muito o que desenvolver. E a partir do momento que é estudado pela ciência passa a ter um outro valor, pois vai ser pesquisado. Sai da esfera religiosa e passa para a científica.

Questionar e pensar não são práticas religiosas. São práticas humanas. E a religião não questiona e pensa sobre seus dogmas.

E fala de práticas, mas que práticas mais? Enquanto não passar pelo crivo da ciência ainda considero práticas descartáveis, pois o custo benefício é ruim, eu considero que tem mais desconhecimentos e deturpação da religião do que algum conhecimento válido.

Quanto a discriminação e preconceito... Uma das práticas e objetivo é o não julgar.
E todo mundo que discorda de você em relação a religião você julga como ignorante do assunto, alguém que não estudou e não sabe nada a respeito.  :hein:

Não há mal nenhum em falar sobre um estado de maior consciência e sobre o fim da ignorância.
Não é mal para você que não percebe o quanto é dogmática essa crença num "estado maior de consciência". E pior ainda quando julga que o "fim da ignorância" está nas suas citadas práticas religiosas.

Seria o mesmo que dizer que é preconceito dizer que as crianças nascem ignorantes e vão aprendendo ao longo da vida, ou achar discriminatório dizer que fazer uso do ceticismo e da razão nos permitem enxergar mais longe.
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. As suas crenças tem base apenas pessoal, e por isso mesmo são crenças, são originadas na experiência pessoal. Já o ceticismo e a razão são conceitos compartilhados por nós.

Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?
Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.
A ciência não permite isso, mas Hitler usou do darwinismo social mesmo assim.
A ciência não permite isso, mas usam o conhecimento científico para criar bombas atômicas de destruir duas cidades inteiras, criam tanques de guerra, armas químicas e biológicas, etc...
Mas isso foi em outra época e muitos avanços dos direitos humanos surgiram dessas "praticas" sociais. São situações abomináveis pelo sociedade. Mas radicais religiosos, crentes num paraíso, dão mais valor a suas crenças do que na sociedade humana.

Cristo também ensinou a não julgar, a amar o próximo, etc...
Isso não impediu as cruzadas...
Que se aproveite apenas o conceito de amar. O conceito de deus que fomenta o ódio entre extremistas religiosos. Querem que todos acatem suas crenças.

O uso que fazem da ciência e da religião, não são "a ciência" ou "a religião".
É só isso que está faltando entender.
A ciência de certa maneira ainda está subordinada a política, as instituições democráticas no mundo todo. E tem muita ligação com estes através das ciências sociais. É um interação benigna. Já a religião vai além do estado, é uma influência geralmente contra o laicismo e contra a ciência.

Não tem nada a ver com a filosofia isso. A filosofia abomina essas idéias e age em conjunto com as ciências sociais e naturais. Na sociedade humana não é permitido genocídio nem homicídio.
Pode não ser permitido... mas fazem mesmo assim.
A filosofia não permite, mas ateus fizeram isso nos governos comunistas.
Mas em função do autoritarismo.

Não existe essa de "a filosofia" não permite.
A filosofia não é uma pessoa que impõe regras: "Ei, não mate".
Qualquer um pode ler certos filósofos e interpretar que só as pessoas conscientes tem direito a vida, bem como pode ler evolucionistas e interpretar que o que manda é a lei do mais forte.
Com base nisso, fazem o que querem.
Mas eu me refiro a filosofia acadêmica e não de livros de filosofia. Nas universidades existem os departamentos de filosofia que se integram as ciências. Existem diversas publicações especializadas, nos moldes da comunidade científica, já que são as mesmas instituições que a compõe.

E veja que está usando de uma falácia, pois o consciente é referente a uma qualidade da espécie humana e não um estágio ou situação de enfermidade, doença ou até mesmo nível intelectual.
A consciência é algo desconhecido e subjetivo.
Alguns acham que os animais são conscientes, outros acham que apenas os humanos são conscientes.
Eu posso achar que pessoas com retardamento mental são inconscientes como animais e, por isso, sem direitos.
Essa afirmação é um absurdo. Mas a consciência é estuda pela filosofia da mente. E temos muitos avanços nessa área, grandes nomes com muitos trabalhos a respeito.

Não existem grupos filosóficos terroristas, nem grupos de cientístas terroristas, grupos isolados. Já com a religião acontece.
Normalmente grupos com ideologias políticas que fazem uso da religião.
Nos EUA também teve o caso do cientista que mandou cartas com antrax pra diversas pessoas.
Uma arma quimica altamente refinada pela ciência.
Que tal os ecoterroristas?
Um grupo deles provocou 17 incêndios criminosos nos EUA.
Seus argumentos se baseiam em filosofias de direitos dos animais e no conhecimento científico de que estamos "matando o planeta", acabando com a bio-diversidade, alterando o clima do planeta, etc...
Eles estavam bravos com os matadouros e com as madereiras da região... elas foram justamente alguns dos alvos.
Olha que bonitinho o nome dos grupos: "Frente de Liberação da Terra" e "Frente de Liberação dos Animais".

Só que aqui, todo mundo entende que a culpa não é da ciência ou da filosofia.

Já com a religião... ninguém separa uma coisa da outra.
Não dá nem para comparar os problemas de origem religiosa com os demais. É uma grande desproporção.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #143 Online: 21 de Setembro de 2007, 23:54:51 »
De qualquer forma, essas coisas todas de "expansão de consciência" e etc são woo-wooices também sem comprovação não mais dogmáticas/infalseáveis do que qualquer outro tipo de dogma mais comum, mesmo que hajam advogados dessas práticas. Isso vale tanto para os woo-wooísmos caretas quanto para os Aldous-Huxleyianos.
Pois é...
Só que pra afirmar isso tem que provar.
Principalmente por isso ser algo "verificável".
Ou seja, não são infalseáveis como você diz.
Eles apresentam certas práticas que ou levam a um resultado ou não.
Basta testar e falsear.
Também não são dogmas como você diz, nem necessitam de crença em nada.

Sua postura não é a mesma dos cientistas, pois os próprios são neutros e estão a estudar o assunto. Por hora mais concentrados especificamente na meditação ao que parece... ela é apenas a parte mais visível de um todo de práticas. Como já disse, eles inclusive vem confirmando alguns relatos sobre o funcionamento disso.
Qualquer coisa de eventualmente benéfica que tragam pode ser extraída sem a necessidade da adesão às premissas e "explicações" tradicionais; por exemplo, yoga, taichi, feng shui e etc, etc, mesmo que tenham seu grau de funcionamento, não implicam na existência de energias shi, em ter "espaço para o dragão passar" e etc;
Mesmo na religião essas explicações divergem e algumas delas são apenas simbólicas, ou referentes ao conhecimento e crenças de uma época.
Até ai, nada demais.
Muitos dos "gurus" modernos já adaptam isso a uma linguagem mais atual e, ninguem precisa "acreditar" nas explicações.
não são diferentes de, por exemplo, relaxamento e ginástica "ocidentais", o efeito dos exercícios e da calma sobre o cérebro, no caso das atividades físicas, ou de simplesmente composição estética agradável, como que se tem em áreas como arquitetura, decoração e pintura, no caso de feng shui.
Depende do que está falando.
Ao testar monges, por exemplo, já descobriram que eles acabam controlando de forma consciente, funções da mente que antes os cientistas acreditavam ser apenas possíveis de controle inconsciente.
Pode apostar que o resultado final das praticas religiosas, em nada se assemelha a uma "ginástica".

O resultado é um outro estado da mente diferente da "vigilia" que é um dos estado do sono, passamos da vigilia ao estado verdadeiramente desperto da mente. Um estado de superconsciencia.

Bem, como eu disse, não acho que Dawkins & cia estejam negando que meditação tem efeitos sobre as funções cerebrais, que uma certa composição ambiental harmônica ou caótica também tem, que exercícios também, e cada um desses tem seus efeitos particulares  :umm:

Acredito que eles questionam principalmente as outras coisas, explicações tradicionais disso tudo, nesses casos das coisas que funcionam, mas principalmente, todo o resto da bagagem que não funciona, como orações para curar pessoas e etc, etc, bem como acreditar nas coisas/mitologias meramente por tradição, etc.

Acho que só faria sentido criticar Dawkins como você está pretendendo se ele estiver dizendo qualquer coisa no sentido de que meditação não tem efeito algum sobre a atividade do cérebro (o que, relembrando, tendo efeito, não corrobora necessariamente nenhuma explicação tradicionalmente atrelada à meditação e seus efeitos), e etc. Não acho que seja o caso.

Aceitar isso, aquilo dentro disso tudo que é realmente alvo de pesquisa científica, é muito diferente de woo-wooices do tipo de achar que tomando algumas drogas como LSD se atinge um "nível de compreensão superior" (ainda que a sensação de compreensão superior possa existir, provocada por esse ou outros mecanismos), ou que jejum ajuda a ver milagres e entrar em contato com deus, e etc

Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #144 Online: 22 de Setembro de 2007, 11:05:50 »
A construção de valores se dá após a crença/descrença em Deus.
Um ateu estudante de Budismo e um teísta cristão, podem ambos ter valores morais muito parecidos, quase idênticos.
A crença/descrença em Deus não imputam nenhuma moral especifica.
Discordo. Na religião é criado diversos valores baseados na crença, no caso do cristianismo por exemplo, os valores de amar a deus sobre todas as coisas, dizer que os demais que não são da igreja são do "mundo", no caso dos evangélicos, entre muitos outros. No caso do budismo tem a crença de que o mundo é uma ilusão,
Um ateu pode ser budista.
Essa é a questão.
Um teísta é alguém que acredita em Deus (ou conhece sua existência) um ateu é alguém que não acredita em Deus.
Ponto, crença/descreça sem nada "moral" embutido. A moral vem depois disso.
que faz com que se cria valeres como o de pessoas iluminadas, ou a caminha da iluminação, que tem uma visão e compreensão melhor do mundo que as demais. Nestes valores os demais vêem o mundo de maneira deturpada. Isso devido a crença
Sim... crença sua.
Essas coisas tem base em fatos, não em crenças.
Os valores morais são construídos com base em ideologias/filosofias, experiências e questionamentos pessoais.
Para um ateu sim, mas para um religioso existem as crenças religiosas também.
Um ateu pode ser religioso e ter uma religião.
A comparação é entre ateus e teístas, ambos posicionamento amorais a priori.
Tanto o teísta quanto o ateu podem desenvolver qualquer tipo de moral.
Para você ver que o valor de amar e obedecer a deus e buscar fazer a sua vontade é comum das religiões. São os valores principais. Os detalhes de como realizar, obedecer e amar a deus que variam de pessoas para pessoas. Mas a base dogmática é a mesma, a da crença em deus.
O Budismo é uma religião que não menciona Deus.
Não é uma característica da religião em si.
Isso tudo são características do homem.
As pessoas são dogmáticas e se julgam donas da verdade, são elas que não aceitam discussão e se aproveitam da crença dos outros.
Algumas "seitas" e "igrejas" tem essas característica por serem controladas por humanos com essas características.
Pegue o Budismo e suas seitas, ele organizam encontros entre seitas diferente para debates com argumentação e refutação.
Buda pregava que não devemos "acreditar" em nada só por "tradição" ou porque um "mestre" falou, etc... E sim, devemos acreditar apenas após analisar e se aquilo concordar com a razão.
Pegue Cristo, ele "questiona" a doutrina vigente e a autoridade eclesiástica. Ele próprio dá o exemplo.
Pegue o Hinduísmo e veja se são segregacionaistas... Eles pregam que todas as religiões são a mesma verdade de Deus, e que não devemos procurar por contradições nos livros sagrados de outras religiões.
Citou o budismo e alguns ícones religiosos mas com uma conclusão favorável. É possível diversas outras conclusões acerca da religião e de seus ícones. Isso é o que acontece muito nos fórum céticos. E muitos ateus, eu incluso, pensam que a religião não é necessária, é descartável e até mesmo ruim. 
Não... eu citei religiões especificas que fogem a todas as características que você citou como inerentes a religião.
Se fossem inerentes não poderiam existir religiões sem elas.
Ou seja, nada do que você citou, se mostra como características "inerentes" da religião.
No seu entendimento. Não achei seus argumentos satisfatórios para mudar o que estou dizendo de valores religiosos.
O seu achismo não refuta os meus argumentos.
Essa sua mania de pensar que é o dono da verdade do conhecimento religioso não me agrada nem um pouco. Conhecemos a religião, cada um tem sua experiência e que somadas são muitas. Além de ser muito pesquisado sobre isso. Você subestima o conhecimento religioso dos ateus. E faz isso através de falácia, dizendo que seu interlocutor não entende de religião. Assim você não está numa posição de discutir religião e sim de "ensinar", para não dizer doutrinar.
Desculpe, mas como eu estudo o assunto, reconheço quando alguém diz que 2+2 são 5...
Eu conheço ateus que estudam religião, ocultismo, misticismo, etc... Normalmente tem mais conhecimento sobre o assunto que a maioria.
Só que isso é bem raro de acontecer.
Também se baseia na realidade. Mas deus é o fator de distorção da realidade. É um conceito imaginário, uma construção social e que influi muito na percepção da realidade.
Isso pra quem acredita na inexistência de Deus.
Mas essa crença não torna isso uma verdade.
Sim é o comportamento humano, e este tende a ter crenças religiosas, a cultura impõe a crença em deus e a religião. E existem valores específicos dos religiosos em relação a crença em deus. Diferentes dos que não tem essa crença.
Nem sempre.
A crença/descrença em Deus não define os valores morais da pessoa.
Um ateu budista pode ter a mesma moral de um teísta budista.
Ateus também pode ser religiosos ou usar religiões como filosofias de vida.
Um ateu no ocidente vai compartilhar em muito da moral de um cristão, mesmo porque, são valores morais muito básicos.
Assim como um teísta também pode ser um humanista ou qualquer outra coisa.

A maioria dos teístas se diz "não praticante".
Um teísta não precisa ter uma religião e quando tem, não precisa concordar com tudo nela.
Veja se a maioria dos que se dizem católicos só fazem sexo após o casamento... não.
A religião também é tem base em pessoas questionadoras, como Cristo e Buda.
O Hinduísmo também é uma das religiões mais representativas, e também está cheio de pessoas "questionadoras".
Essa é sua interpretação da religião, mas considero como dogmáticas.
E eu considero dogmático o seu ponto de vista.
Você sim coloca os ateus como sendo melhores que os teístas.
Eu os coloco em pé de igualdade.
Questionar ou ser dogmático, é postura humana.
Humanos dos dois tipos são encontrados tanto na filosofia ocidental, quanto na religião.
Existem dogmas centrais na religião. E a crença em deus é o principal deles. Na filosofia não há dogmas, há divergências pois o que prevalece é a busca do saber. Bem diferente de buscar uma ligação com um conceito imaginário.
Imaginário é crença sua.
E como eu já expliquei, dogmas existem em todos os lugares e são dos humanos.
Existe religião sem Deus, religião que promove debates, etc...
Se quer falar da meditação então tudo bem, está sendo pesquisado e tem as suas vantagens para quem adota. Mas isso ainda não foi conclusivo e os estudos estão no início ainda. Tem muito o que desenvolver. E a partir do momento que é estudado pela ciência passa a ter um outro valor, pois vai ser pesquisado. Sai da esfera religiosa e passa para a científica.
Mas não muda seu valor.
A ciência só vai "confirmar" o valor que ela já tem.
Eu não preciso da confirmação de ninguém, estudo e investigo isso pessoalmente, então já sei seu valor.
Questionar e pensar não são práticas religiosas. São práticas humanas. E a religião não questiona e pensa sobre seus dogmas.
Depende da religião e do religioso.
E fala de práticas, mas que práticas mais? Enquanto não passar pelo crivo da ciência ainda considero práticas descartáveis, pois o custo benefício é ruim, eu considero que tem mais desconhecimentos e deturpação da religião do que algum conhecimento válido.
Mas está enganado.
Tem gente que ao invés de ficar esperando os cientistas descobrirem as coisas, vai lá e comprova elas pessoalmente.
A ciência confirmar a eficácia dessas práticas, em nada vai alterar a função e veracidade delas.
A religião tem muito mais conhecimento do que pensa, o problema são os espantalhos que criam dela.
Quanto a discriminação e preconceito... Uma das práticas e objetivo é o não julgar.
E todo mundo que discorda de você em relação a religião você julga como ignorante do assunto, alguém que não estudou e não sabe nada a respeito.  :hein:
Não.
Eu só diferencio quando alguém tem opinião diferente por algum ponto realmente complicado, ou quando está dizendo que 2+2 é 5.
Se eu falar isso você não vai dizer que eu não entendo de matemática?
Então... é a mesma coisa.
Não há mal nenhum em falar sobre um estado de maior consciência e sobre o fim da ignorância.
Não é mal para você que não percebe o quanto é dogmática essa crença num "estado maior de consciência". E pior ainda quando julga que o "fim da ignorância" está nas suas citadas práticas religiosas.
Não existe nada de dogmático na descrição de um fato.
Isso seria como chamar de dogmática a "crença" na gravidade.
Você não conhecer ou não acreditar é outra estória. Você pode questionar, ou mesmo "negar", mas os fatos permanecem os mesmos independente disso.
Seria o mesmo que dizer que é preconceito dizer que as crianças nascem ignorantes e vão aprendendo ao longo da vida, ou achar discriminatório dizer que fazer uso do ceticismo e da razão nos permitem enxergar mais longe.
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. As suas crenças tem base apenas pessoal, e por isso mesmo são crenças, são originadas na experiência pessoal. Já o ceticismo e a razão são conceitos compartilhados por nós.
Diga isso para um crente que fala em fé e discorda dos "céticos".
Não tem nada "compartilhado" nisso não.
E não... a iluminação não é uma crença, mas um fato.
Você desconhecer isso não o torna irreal. É algo bastante objetivo.
Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?
Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.
Mas as pessoas fazem mesmo assim...
O cristianismo também diz: "Não matarás e não julgue".
Ainda assim fizeram as cruzadas.
A religião também não permitia isso... mas fizeram.
A ciência não permite isso?
A bomba atômica, tanques de guerra, armas quimica e biológicas etc... foram feitas por quem?
Pela religião? Acho que não...
Mas isso foi em outra época e muitos avanços dos direitos humanos surgiram dessas "praticas" sociais. São situações abomináveis pelo sociedade. Mas radicais religiosos, crentes num paraíso, dão mais valor a suas crenças do que na sociedade humana.
Como em outra época?
Acabaram de criar uma tal bomba a vácuo... tão poderosa quanto a atômica, mas não tem deixa a mesma sujeira radioativa.
Você fala sobre um espantalho da religião e pelo visto tem uma noção idealizada da ciência que não corresponde com a realidade... e é muito crente na ciência também.
Tipo, aquela do "só depois que a ciência testar e adquirir é que vai ter valor...".
Essa é uma postura inclusive anti-científica.
Cristo também ensinou a não julgar, a amar o próximo, etc...
Isso não impediu as cruzadas...
Que se aproveite apenas o conceito de amar. O conceito de deus que fomenta o ódio entre extremistas religiosos. Querem que todos acatem suas crenças.
Tá... então o Dawkins e outros ateus fanáticos querem que todos acatem suas crenças ateistas e isso é culpa da ciência...
Esse é o raciocínio torto que você está fazendo com a religião.
O uso que fazem da ciência e da religião, não são "a ciência" ou "a religião".
É só isso que está faltando entender.
A ciência de certa maneira ainda está subordinada a política, as instituições democráticas no mundo todo. E tem muita ligação com estes através das ciências sociais. É um interação benigna. Já a religião vai além do estado, é uma influência geralmente contra o laicismo e contra a ciência.
Mais uma vez... isso é "uso" que fazem dela e não "ela".
A ciência também é usada para o controle econômico e militar.
Mas em função do autoritarismo.
O mesmo vale pra religião, em função do autoritarismo, do fanatismo e de outros interesses.
Você separa muito bem quando o caso é filosofia e ciência, mas aplica dois pesos e duas medidas quando o assunto é religião.
Não existe essa de "a filosofia" não permite.
A filosofia não é uma pessoa que impõe regras: "Ei, não mate".
Qualquer um pode ler certos filósofos e interpretar que só as pessoas conscientes tem direito a vida, bem como pode ler evolucionistas e interpretar que o que manda é a lei do mais forte.
Com base nisso, fazem o que querem.
Mas eu me refiro a filosofia acadêmica e não de livros de filosofia. Nas universidades existem os departamentos de filosofia que se integram as ciências. Existem diversas publicações especializadas, nos moldes da comunidade científica, já que são as mesmas instituições que a compõe.
Dá na mesma.
Se formos falar sobre instituições então... ai o bicho pega fogo.
Vou começar a citar laboratórios que usam crianças do terceiro mundo como cobaia.
Depois universidades ou quaisquer instituições não são "a ciência" muito menos "a filosofia".
A consciência é algo desconhecido e subjetivo.
Alguns acham que os animais são conscientes, outros acham que apenas os humanos são conscientes.
Eu posso achar que pessoas com retardamento mental são inconscientes como animais e, por isso, sem direitos.
Essa afirmação é um absurdo. Mas a consciência é estuda pela filosofia da mente. E temos muitos avanços nessa área, grandes nomes com muitos trabalhos a respeito.
Ninguém sabe onde fica a tal consciencia nem se existe de fato.
E pior, não chagam a um acordo sobre quem é ou não consciente, se animais são consciente e quais, etc...
A filosofia da mente não resolveu o problema, nem o tornou menor do que antes.
Os parâmetros pra dizer quem é ou não consciente são sempre bem subjetivos... mesmo por não sabermos o que é a consciencia. Muitos chegam a confundi-la com a razão e outras parte da mente.
Os unicos avanços dizem respeito sobre como nós "percebemos" o mundo, como processamos as imagens, como descartamos certos dados, etc...
Nada disso resolve o problema fundamental da consciencia já debatido pela filosofia desde a antiguidade.
Não dá nem para comparar os problemas de origem religiosa com os demais. É uma grande desproporção.
Não importa quem fez pior. Não é uma competição pra saber quem tem o Pint* maior.
O fato é que usam de qualquer meio o que demonstra que o problema não é a religião, mas o uso que fazem de qualquer coisa.
Vou ter que citar quanto morreram na URSS, ou devido a armas de destruição em massa ou qualquer coisa?
Tire a religião hoje do mapa, e os motivos ceintificos, politicos filosóficos e qualquer outros, vão crescer na mesma proporção.

Não é a religião ou a ciência que são ruins, mas o homem e o uso que nós fazemos dessas duas coisas.
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
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Offline NadaSei

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #145 Online: 22 de Setembro de 2007, 11:20:34 »
Bem, como eu disse, não acho que Dawkins & cia estejam negando que meditação tem efeitos sobre as funções cerebrais, que uma certa composição ambiental harmônica ou caótica também tem, que exercícios também, e cada um desses tem seus efeitos particulares  :umm:
Eles negam que a religião possua conhecimento.
Esse é o ponto.
A meditação e seu objetivo já são um conhecimento negado.
Acredito que eles questionam principalmente as outras coisas, explicações tradicionais disso tudo, nesses casos das coisas que funcionam, mas principalmente, todo o resto da bagagem que não funciona, como orações para curar pessoas e etc, etc, bem como acreditar nas coisas/mitologias meramente por tradição, etc.
Pois é... como podem "negar" as explicações sem saber pra que serve isso tudo?
Ele podem se manter neutros, não "negar" o conhecimento.
Quem digam então: "Não sabemos o quanto de conhecimento a religião possui, algumas coisas nelas devemos investigar para ver se são o que dizem ser, pra saber se é conhecimento ou crença."

A religião não se resume a mitos e pedidos de cura via oração.
Mesmo porque os mitos são parte do conhecimento.
Só que são transmitidos via estórinhas fictícias que alguns interpretam literalmente.
Querer negar a literalidade do mito é uma coisa, querer negar o conhecimento transmitido pelo mito é outra.
Acho que só faria sentido criticar Dawkins como você está pretendendo se ele estiver dizendo qualquer coisa no sentido de que meditação não tem efeito algum sobre a atividade do cérebro (o que, relembrando, tendo efeito, não corrobora necessariamente nenhuma explicação tradicionalmente atrelada à meditação e seus efeitos), e etc. Não acho que seja o caso.
A meditação é apenas um exemplo de diversas coisas dentro da religião.
A maior parte dela está voltada para o mesmo objetivo, as práticas visam levar o homem ao mesmo lugar, a meditação é apenas uma dessas práticas.
Aceitar isso, aquilo dentro disso tudo que é realmente alvo de pesquisa científica, é muito diferente de woo-wooices do tipo de achar que tomando algumas drogas como LSD se atinge um "nível de compreensão superior" (ainda que a sensação de compreensão superior possa existir, provocada por esse ou outros mecanismos), ou que jejum ajuda a ver milagres e entrar em contato com deus, e etc
Só que se a ciência conseguir desvendar o assunto vai descobrir que é isso que ocorre, um outro estado de consciencia mais lúcido que a vigília.
Você pode duvidar, mas não negar a possibilidade.

No caso do que falou do LSD, e de qualquer droga, mudamos nossa percepção e isso pode acarretar sim em conhecimentos que não adquirimos estando normais, mas nada de muito fantástico ou "superior".

Já o jejum, meditação, celibato e mais um monte de coisas, são todos partes da mesma técnica maior.
São todos usados juntos e com o mesmo objetivo, o de nos levar para o estado de superconsciencia onde nos unimos ao todo, ou se preferir a Deus. E sim, com isso passamos a ver Deus em tudo.
Se a ciência desvendar o assunto é isso que vai descobrir.
Se você acredita que religião não passa de fantasia, está confundindo a religião, com o que na verdade, são suas próprias fantasias sobre o tema.
Religião é ciência. (Conhecimento).

Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #146 Online: 22 de Setembro de 2007, 12:31:59 »
Mas o ateismo é a ausência dos dogmas religiosos, a ausência destes. É a filosofia de uma vida secular, baseada na natureza, no mundo natural e não em algo além. Por si só o ateísmo não tem nada de ruim. Os religiosos só atribuem um aspecto negativo ao ateísmo por considerarem a religião como positiva. Enumere se puder algum tipo de motivação política atéia. A que eu conheço é o laicismo e que não tem nada de ruim. E se houve esse erro de governos ateus no passado, já não existe mais. Bem diferente das motivações religiosas atuais.
Correção:
Citar
"O ateísmo ou ateía (não confundir com atéia, feminino de ateu), num sentido lato, refere-se à descrença em qualquer deus, deuses ou entidade divinas."

"A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas. Esta atitude impele os individuos a seguir os ditames da sua consciência (quer no caso em que se acredite que seja divinamente inspirada, quer pela razão, intuição, estética ou qualquer outro processo pessoal), em vez de seguir cegamente as regras, hierarquias e autoridades morais ou eclesiásticas de uma dada religião organizada."

Adriano, um Estado laico não é atéu! O Estado não nega a divindade, mas apenas separa a religião do Estado. 

 

Então fica a questão de interpretação, se você considera que Judeus não são um grupo político e que essas disputas de território não tem por traz a busca de uma "terra santa", que fique a seu critério. Eu avalio pela história, mas o meu posicionamento é de que a religião tem um caráter preponderante nas causas dos conflitos e na impossibilidade de um diálogo melhor articulado.
Judeus grupo político?! Não são um povo e com cultura própria???
A sua raiva diante a religião é tão grande que você já está confundido o povo com a religião... A religião é uma justificativa e não o motivo. Se fosse assim, eu não poderia andar no SAARA ( Uma área comercial no centro do município do Rio de Janeiro composta por comerciantes sírios, libaneses, judeus e árabes. ) sem levar um tiro... 


Não é nada inútil a história, não sei quem você diz que imagina isso. E é exatamente pela história, como no caso desse conflito árabe-israelense que podemos perceber a influência religiosa dos judeus querendo a "terra santa" e os árabes com sua religião islâmica. São sei tão bem os detalhes, mas querer reduzir esse confronto de culturas, de religiões a questões políticas é se esquecer da história e dar valor apenas as localizações geográficas de cada povo.
A cultura está ligada à religião, mas o que quero mostrar que não é o único motivo a qual os seus amigos estão querendo apresentar. Negar o fator político do conflito e dizer que a causa é, somente, religiosa e, no mínimo, preconceituosa. 
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Offline Mancha Negra

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #147 Online: 22 de Setembro de 2007, 12:45:01 »
O mesmo pode ser dito quando um líder atéu resolver liderar uma cruzada para matar todos os inimigos da Ciência. Vai ser interessante ver milhões de pessoas indo aos "campos de reeducação" para livrar o mundo da "maldita" escória religiosa da face da Terra...

É, como se ALGUÉM neste tópico ou como se o próprio Dawkins falasse em MATAR GENTE. Ouço alguma entidade fantasmagórica soprar "ESPANTALHO" em meu ouvido? Sim, ouvi, dã.
Eu disse no sentido da suposição e não estou acusando o Dawkins...
( Pelo menos, não disso... )


O ponto do "Ateus não matam religiosos" não é veridicamente comprovada pela História. Temos os exemplos do regime estalinista e da China em relação aos Xamanistas e na própria revolução russa que mataram inúmeros padres.

Ah, que BONITINHO, quando a religião MATA, é por motivos "políticos", quando um ditador ateu MATA, a motivação é O ATEÍSMO. Achei que estava MEIO NA CARA que é JUSTAMENTE NESSES CASOS de regimes ateus exterminando religiosos que a motivação política é bem óbvia, não o contrário.
Bem, você conhece o Setembro Negro ou a OLP? Pesquise a motivação dos dois grupos e vai entender... Ah, sim! A religião mata sim, veja o caso da Inquisição.

 
Você sabe a origem dessa guerra, dita, "religiosa"?
Sabe como ocorreu? Qualquer livro de história informa que depois a 2º Guerra Mundial, os Judeus foram "colocados", simpaticamente, na região que era ocupada pelos palestinos e a ONU fez um estado "duplo", Israel e a Palestina. Porém, certas tribos árabes tiveram que ser deslocadas da região de uma forma nada amistosa procando a irá dos países da região. Assim surgiu a guerra dos seis dias. Entre outras guerras "simpáticas" e "religiosas"...   

Oooooooooooooooooh, puuuuuuuuuuuxa viiiiidaaaaaaa... não é que o Dawkins fala no livro sobre como a religião, quando não é o motivo do início de um conflito transgeracional, atua como fomentadora e perpetuadora do mesmo quando isola grupos sociais e segrega a educação das crianças? Oooooooooooh, puuuuuuuuuuuuxaaaaaa. Esqueciiiiiii. Você NÃO LEU O LIVRO... ooooooooh.
Ooooooooooohhhh!!! Você não lê os livros de História??? Queeeeee coooooiiissaaa!!!! Por isso que confunde um conflito político com um religioso.
 
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Offline BetinhOzinhO

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #148 Online: 22 de Setembro de 2007, 13:29:14 »
Pegue o Hinduísmo e veja se são segregacionaistas... Eles pregam que todas as religiões são a mesma verdade de Deus, e que não devemos procurar por contradições nos livros sagrados de outras religiões.

Blargh, as religiões védicas que compõem o hinduísmo são culpadas de crimes contra a humanidade muito piores do que esse, como a instituição da sociedades de CASTAS que, embora ilegal atualmente na Índia, continua fazendo parte daquela cultura de merda.

Ooooooooooohhhh!!! Você não lê os livros de História??? Queeeeee coooooiiissaaa!!!! Por isso que confunde um conflito político com um religioso.

Ui, ui, ui, ui, ui! Não leu o livro, nhá, nhá, nhá, o livro trata das diferenças e de quando a religião perpetua um conflito originalmente político, nhá, nhá, nhá, não leu o livro, nhá, nhá, nhá.

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Offline Adriano

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Re: Livro: Deus - Um Delírio (Richard Dawkins)
« Resposta #149 Online: 22 de Setembro de 2007, 15:05:48 »
Discordo. Na religião é criado diversos valores baseados na crença, no caso do cristianismo por exemplo, os valores de amar a deus sobre todas as coisas, dizer que os demais que não são da igreja são do "mundo", no caso dos evangélicos, entre muitos outros. No caso do budismo tem a crença de que o mundo é uma ilusão,
Um ateu pode ser budista.
Essa é a questão.
Um teísta é alguém que acredita em Deus (ou conhece sua existência) um ateu é alguém que não acredita em Deus.
Ponto, crença/descreça sem nada "moral" embutido. A moral vem depois disso.
O budismo não é essencialmente ateu, apenas não dá valor a questão da existência ou não de deus. E que você considera o ateísmo e o teísmo amoral eu já sei, aliás esse é o seu ponto. Também é de outros ateus, mas eu discordo. Como já disse existem valores específicos envolvidos na crença de um criador.

que faz com que se cria valores como o de pessoas iluminadas, ou a caminha da iluminação, que tem uma visão e compreensão melhor do mundo que as demais. Nestes valores os demais vêem o mundo de maneira deturpada. Isso devido a crença
Sim... crença sua.
Essas coisas tem base em fatos, não em crenças.
Você está fazendo isso. Com base na sua crença religiosa está impondo que conhece de religião, pensa que está dizendo que 2+2=4, mas está dizendo 2+2=5. E fica me acusando de dizer que 2+2=5. É um fato concreto.

Os valores morais são construídos com base em ideologias/filosofias, experiências e questionamentos pessoais.
Para um ateu sim, mas para um religioso existem as crenças religiosas também.
Um ateu pode ser religioso e ter uma religião.
A comparação é entre ateus e teístas, ambos posicionamento amorais a priori.
Tanto o teísta quanto o ateu podem desenvolver qualquer tipo de moral.
A ateu religioso seria o budista, o que é discutível. E o bom é que já até fizeram um artigo sobre isso na Wikipédia. Portanto, não é exatamente correto atribuir o ateísmo ao budismo de uma forma geral.

E isso não muda a moral desenvolvida especificamente na crença em deus.

Para você ver que o valor de amar e obedecer a deus e buscar fazer a sua vontade é comum das religiões. São os valores principais. Os detalhes de como realizar, obedecer e amar a deus que variam de pessoas para pessoas. Mas a base dogmática é a mesma, a da crença em deus.
O Budismo é uma religião que não menciona Deus.
Existem os vedas[i/] no budismo, são uma espécie de deuses e não é negada a existência do deus Brahma. Apenas diminuiram a importância desse deus para dar mais valor ao samsara, que são os ciclos de reencarnações.

Citou o budismo e alguns ícones religiosos mas com uma conclusão favorável. É possível diversas outras conclusões acerca da religião e de seus ícones. Isso é o que acontece muito nos fórum céticos. E muitos ateus, eu incluso, pensam que a religião não é necessária, é descartável e até mesmo ruim. 
Não... eu citei religiões especificas que fogem a todas as características que você citou como inerentes a religião.
Se fossem inerentes não poderiam existir religiões sem elas.
Citou mudanças de moral quanto a sexualidade, e quanto a outros fatores seculares. Mas no geral permanece a adoração a um deus, e a obediência a esse suposto ser. Os valores relativos a um criador são comuns, embora mesmo esses variem.

Ou seja, nada do que você citou, se mostra como características "inerentes" da religião.
No seu entendimento. Não achei seus argumentos satisfatórios para mudar o que estou dizendo de valores religiosos.
O seu achismo não refuta os meus argumentos.
Não disse que são inválidos seus argumentos, mas não são relevantes para demonstrar a amoralidade teísta.

Essa sua mania de pensar que é o dono da verdade do conhecimento religioso não me agrada nem um pouco. Conhecemos a religião, cada um tem sua experiência e que somadas são muitas. Além de ser muito pesquisado sobre isso. Você subestima o conhecimento religioso dos ateus. E faz isso através de falácia, dizendo que seu interlocutor não entende de religião. Assim você não está numa posição de discutir religião e sim de "ensinar", para não dizer doutrinar.
Desculpe, mas como eu estudo o assunto, reconheço quando alguém diz que 2+2 são 5...
Eu conheço ateus que estudam religião, ocultismo, misticismo, etc... Normalmente tem mais conhecimento sobre o assunto que a maioria.
Só que isso é bem raro de acontecer.
Não desculpo não. Também estudo o assunto, e para mim quem está falando 2+2=5 é você. Mas costumo pensar que são opiniões divergentes, e que podemos discutir. Acho natural um pensar que o outro está errado, mas não ficar usando isso como argumento, pois geralmente é uma percepção mútua.

Também se baseia na realidade. Mas deus é o fator de distorção da realidade. É um conceito imaginário, uma construção social e que influi muito na percepção da realidade.
Isso pra quem acredita na inexistência de Deus.
Mas essa crença não torna isso uma verdade.
O que torna verdade a inexistência de deus é o fato dele não existir. Por isso que o teísmo é uma crença em deus. Se fosse uma realidade seria conhecimento. Já as evidências de que deus é uma criação humana, da cultura humana são inúmeras.

Sim é o comportamento humano, e este tende a ter crenças religiosas, a cultura impõe a crença em deus e a religião. E existem valores específicos dos religiosos em relação a crença em deus. Diferentes dos que não tem essa crença.
Nem sempre.
A crença/descrença em Deus não define os valores morais da pessoa.
Um ateu budista pode ter a mesma moral de um teísta budista.
Ateus também pode ser religiosos ou usar religiões como filosofias de vida.
Um ateu no ocidente vai compartilhar em muito da moral de um cristão, mesmo porque, são valores morais muito básicos.
Assim como um teísta também pode ser um humanista ou qualquer outra coisa.

A maioria dos teístas se diz "não praticante".
Um teísta não precisa ter uma religião e quando tem, não precisa concordar com tudo nela.
Veja se a maioria dos que se dizem católicos só fazem sexo após o casamento... não.
Se não gosta do termo moral, podemos usar outros que vão significar a mesma coisa, pois são conclusões acerta do entendimento de que acha um criador e que isso modifica profundamente a vida do crente. Não estou falando das influências dessas conclusões na sexualidade e em outras áreas. Mas influenciam muito, mudando conforme a interpretação da "vontade" de deus de cada um e de cada religião. 

A religião também é tem base em pessoas questionadoras, como Cristo e Buda.   
O Hinduísmo também é uma das religiões mais representativas, e também está cheio de pessoas "questionadoras".
Essa é sua interpretação da religião, mas considero como dogmáticas.
E eu considero dogmático o seu ponto de vista.
Você sim coloca os ateus como sendo melhores que os teístas.
Eu os coloco em pé de igualdade.
Não discuto sobre pessoas. Discuto sobre idéias, pensamentos e teorias. O que considero superior é o pensamento ateísta. Superior por estar mais adequado com a realidade. Coloco em pé de igualdade as pessoas, que podem expor e discutir suas idéias.

Questionar ou ser dogmático, é postura humana.
Humanos dos dois tipos são encontrados tanto na filosofia ocidental, quanto na religião.
Existem dogmas centrais na religião. E a crença em deus é o principal deles. Na filosofia não há dogmas, há divergências pois o que prevalece é a busca do saber. Bem diferente de buscar uma ligação com um conceito imaginário.
Imaginário é crença sua.
E como eu já expliquei, dogmas existem em todos os lugares e são dos humanos.
Existe religião sem Deus, religião que promove debates, etc...
Você explica a sua opinião. O que não quer dizer que seja a realidade. Essa defesa da religião, dizendo que os problemas são as pessoas é algo sem sentido. Todas as idéias, teorias e tudo o mais são produtos da cultura humana. E religião é praticamente sinônimo de dogma. Uma das definições de religião é essa, conjunto de dogmas.

Se quer falar da meditação então tudo bem, está sendo pesquisado e tem as suas vantagens para quem adota. Mas isso ainda não foi conclusivo e os estudos estão no início ainda. Tem muito o que desenvolver. E a partir do momento que é estudado pela ciência passa a ter um outro valor, pois vai ser pesquisado. Sai da esfera religiosa e passa para a científica.
Mas não muda seu valor.
A ciência só vai "confirmar" o valor que ela já tem.
Eu não preciso da confirmação de ninguém, estudo e investigo isso pessoalmente, então já sei seu valor.
Diz que sabe. Mas como é algo pessoal e não passível de livre comunicação que a ciência possibilita, pois ela é democrática, possibilita acesso ao conhecimento produzido e as metodologias utilizadas. Eu não confio em prática religiosa e não dou valor a essas experiências místicas. É por isso que sou cético, privilegio o ceticismo científico.

Questionar e pensar não são práticas religiosas. São práticas humanas. E a religião não questiona e pensa sobre seus dogmas.
Depende da religião e do religioso.
Que são considerados religião e religioso justamente por possuírem e praticarem dogmas e rituais místicos.

E fala de práticas, mas que práticas mais? Enquanto não passar pelo crivo da ciência ainda considero práticas descartáveis, pois o custo benefício é ruim, eu considero que tem mais desconhecimentos e deturpação da religião do que algum conhecimento válido.
Mas está enganado.
Tem gente que ao invés de ficar esperando os cientistas descobrirem as coisas, vai lá e comprova elas pessoalmente.
A ciência confirmar a eficácia dessas práticas, em nada vai alterar a função e veracidade delas.
A religião tem muito mais conhecimento do que pensa, o problema são os espantalhos que criam dela.
A ciência vai verificar o que tem valor na religião. O que é muito pouco. Não dá nem pra comparar a ciência com a religião, é um absurdo, mas fé é fé, crença e isso aí. Tem que ser respeitada, então se quer acreditar que existe conhecimento na religião que acredite.

Quanto a discriminação e preconceito... Uma das práticas e objetivo é o não julgar.
E todo mundo que discorda de você em relação a religião você julga como ignorante do assunto, alguém que não estudou e não sabe nada a respeito.  :hein:
Não.
Eu só diferencio quando alguém tem opinião diferente por algum ponto realmente complicado, ou quando está dizendo que 2+2 é 5.
Se eu falar isso você não vai dizer que eu não entendo de matemática?
Então... é a mesma coisa.
Quem está falando de 2+2=5 é você. Acredita na iluminação. Coloca crenças pessoais como obtidas no contexto religioso ou místico como sendo um argumento válido dentro de um contexto cético.

Toda experiência humana é uma prática pessoal. E isso não tem valor de argumento, é a chamada evidência anedótica. Não adianta você dizer que experimentou, que teve uma prática mística que lhe deu o conhecimento real. Isso não tem valor no ceticismo.

Não há mal nenhum em falar sobre um estado de maior consciência e sobre o fim da ignorância.
Não é mal para você que não percebe o quanto é dogmática essa crença num "estado maior de consciência". E pior ainda quando julga que o "fim da ignorância" está nas suas citadas práticas religiosas.
Não existe nada de dogmático na descrição de um fato.
Isso seria como chamar de dogmática a "crença" na gravidade.
Você não conhecer ou não acreditar é outra estória. Você pode questionar, ou mesmo "negar", mas os fatos permanecem os mesmos independente disso.
Evidência anedótica. Não confunda com evidência científica e com as teorias e leis científicas. Embora esteja sempre fazendo essas comparações descabidas entre o conhecimento científico e uma experiência pessoal e mística, a chamada evidência anedótica.

Seria o mesmo que dizer que é preconceito dizer que as crianças nascem ignorantes e vão aprendendo ao longo da vida, ou achar discriminatório dizer que fazer uso do ceticismo e da razão nos permitem enxergar mais longe.
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. As suas crenças tem base apenas pessoal, e por isso mesmo são crenças, são originadas na experiência pessoal. Já o ceticismo e a razão são conceitos compartilhados por nós.
Diga isso para um crente que fala em fé e discorda dos "céticos".
Não tem nada "compartilhado" nisso não.
E não... a iluminação não é uma crença, mas um fato.
Você desconhecer isso não o torna irreal. É algo bastante objetivo.
Espero que entenda o que seja essa falácia, a evidência anedótica. Não tem valor algum no contexto do ceticismo científico. É contrário a evidência científica, constatada através do método científico.

Não entendi esse cético entre aspas.  :hein:

Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.
Mas as pessoas fazem mesmo assim...
O cristianismo também diz: "Não matarás e não julgue".
Ainda assim fizeram as cruzadas.
A religião também não permitia isso... mas fizeram.
A ciência não permite isso?
A bomba atômica, tanques de guerra, armas quimica e biológicas etc... foram feitas por quem?
Pela religião? Acho que não...
A religião teve a sua época, mas na minha opinião já passou essa época e ela já não tem mais razão de ser, de existir. Teve seu valor imposto numa época que estava associada ao poder e ao estado. Com o secularismo perdeu seu poder ante ao estado e só lhe resta as organizações religiosas.


Mas isso foi em outra época e muitos avanços dos direitos humanos surgiram dessas "praticas" sociais. São situações abomináveis pelo sociedade. Mas radicais religiosos, crentes num paraíso, dão mais valor a suas crenças do que na sociedade humana.
Como em outra época?
Acabaram de criar uma tal bomba a vácuo... tão poderosa quanto a atômica, mas não tem deixa a mesma sujeira radioativa.
Você fala sobre um espantalho da religião e pelo visto tem uma noção idealizada da ciência que não corresponde com a realidade... e é muito crente na ciência também.
Tipo, aquela do "só depois que a ciência testar e adquirir é que vai ter valor...".
Essa é uma postura inclusive anti-científica.
Está julgando meus conhecimentos sobre ciência e religião. Tudo bem, natural, mas que seja feito mediante o ceticismo científico, que aliás fazem parte das regras do fórum. Com base na fé e na crença não passa de proselitismo religioso.

Cristo também ensinou a não julgar, a amar o próximo, etc...
Isso não impediu as cruzadas...
Que se aproveite apenas o conceito de amar. O conceito de deus que fomenta o ódio entre extremistas religiosos. Querem que todos acatem suas crenças.
Tá... então o Dawkins e outros ateus fanáticos querem que todos acatem suas crenças ateistas e isso é culpa da ciência...
Esse é o raciocínio torto que você está fazendo com a religião.
Não tem nada de torto no pensamento de Dawkins, nem de fanático, é professor da cátedra de Compreensão pública da Universidade de Oxford, uma das mais tradicionais universidades do mundo. E está fazendo um bom trabalho de divulgação da ciência, com diverso livros publicados, e apenas mostra a tortura do pensamento religioso e da religião.

O uso que fazem da ciência e da religião, não são "a ciência" ou "a religião".
É só isso que está faltando entender.
A ciência de certa maneira ainda está subordinada a política, as instituições democráticas no mundo todo. E tem muita ligação com estes através das ciências sociais. É um interação benigna. Já a religião vai além do estado, é uma influência geralmente contra o laicismo e contra a ciência.
Mais uma vez... isso é "uso" que fazem dela e não "ela".
A ciência também é usada para o controle econômico e militar.
E isso é analisado pelas ciências socais. E aqui as ciências até se confundem com os estados nacionais e seus interesses. Mas as ciências naturais enquanto produção do conhecimento é bem isenta dessas influências. E tem muito conhecimento produzido que bate de frente com as crenças religiosas. 

Mas em função do autoritarismo.
O mesmo vale pra religião, em função do autoritarismo, do fanatismo e de outros interesses.
Você separa muito bem quando o caso é filosofia e ciência, mas aplica dois pesos e duas medidas quando o assunto é religião.
Eu vejo a religião como influência preponderante em muitos conflitos mundiais e no terrorismo da Al-Qaeda. Bem diferente de qualquer manifestação ateísta atual, onde os "fanáticos" matam apenas idéias, através de livros e debates.

Mas eu me refiro a filosofia acadêmica e não de livros de filosofia. Nas universidades existem os departamentos de filosofia que se integram as ciências. Existem diversas publicações especializadas, nos moldes da comunidade científica, já que são as mesmas instituições que a compõe.
Dá na mesma.
Se formos falar sobre instituições então... ai o bicho pega fogo.
Vou começar a citar laboratórios que usam crianças do terceiro mundo como cobaia.
Depois universidades ou quaisquer instituições não são "a ciência" muito menos "a filosofia".
Pelo jeito não conhece o conceito de comunidade científica. A comunidade científica é formada pelas universidades e demais instituições de pesquisa. É a realidade material da ciência. Instituições criminosas não são científicas.

A comunidade científica  é o que fornece a imparcialidade da ciência, para que a avaliação ocorra pelos pesquisadores e especialistas da área. Tem um papel muito forte no método científico, o que garante a objetividade desse.

A consciência é algo desconhecido e subjetivo.
Alguns acham que os animais são conscientes, outros acham que apenas os humanos são conscientes.
Eu posso achar que pessoas com retardamento mental são inconscientes como animais e, por isso, sem direitos.
Essa afirmação é um absurdo. Mas a consciência é estuda pela filosofia da mente. E temos muitos avanços nessa área, grandes nomes com muitos trabalhos a respeito.
Ninguém sabe onde fica a tal consciencia nem se existe de fato.
E pior, não chagam a um acordo sobre quem é ou não consciente, se animais são consciente e quais, etc...
A filosofia da mente não resolveu o problema, nem o tornou menor do que antes.
Os parâmetros pra dizer quem é ou não consciente são sempre bem subjetivos... mesmo por não sabermos o que é a consciencia. Muitos chegam a confundi-la com a razão e outras parte da mente.
Os unicos avanços dizem respeito sobre como nós "percebemos" o mundo, como processamos as imagens, como descartamos certos dados, etc...
Nada disso resolve o problema fundamental da consciencia já debatido pela filosofia desde a antiguidade.
Essa é a sua opinião sobre a consciência, mas é bem diferente do que a discutida na filosofia da mente. Pelo menos o que eu conheço. Está falando com base num "problema fundamental da consciência", mas são é visto assim na filosofia, existem várias teorias muito bem elaboradas e com grandes avanços na definição da consciência e de seu funcionamento. Os avanços são em grande parte resultados das reflexões e discussões acerca dos avanços das neurociências.

Não dá nem para comparar os problemas de origem religiosa com os demais. É uma grande desproporção.
Não importa quem fez pior. Não é uma competição pra saber quem tem o Pint* maior.
O fato é que usam de qualquer meio o que demonstra que o problema não é a religião, mas o uso que fazem de qualquer coisa.
E exatamente nos estudos do homem, na antropologia, que existem as melhores teorias demonstrando a criação do conceito de deus e de religião.

Vou ter que citar quanto morreram na URSS, ou devido a armas de destruição em massa ou qualquer coisa?
Tire a religião hoje do mapa, e os motivos ceintificos, politicos filosóficos e qualquer outros, vão crescer na mesma proporção.
A principal causa da violência na URSS foi o autoritarismo, criticado inclusive pelos comunistas e socialista posteriores.

Penso que tirando a religião, a possibilidade de melhor entendimento mundial aumenta. Muito da violência dos conflitos é devido a crença em deus e num outro mundo. Assim não dão valor e esse mundo.

Não é a religião ou a ciência que são ruins, mas o homem e o uso que nós fazemos dessas duas coisas.
Sim, mas a ciência está sob o controle humano, da comunidade científica e nos estados nacionais. Já a religião é algo que compromete, pois busca na irrealidade a justificação de atos benignos e comete atos malignos baseados nessa irrealidade.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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