A construção de valores se dá após a crença/descrença em Deus.
Um ateu estudante de Budismo e um teísta cristão, podem ambos ter valores morais muito parecidos, quase idênticos.
A crença/descrença em Deus não imputam nenhuma moral especifica.
Discordo. Na religião é criado diversos valores baseados na crença, no caso do cristianismo por exemplo, os valores de amar a deus sobre todas as coisas, dizer que os demais que não são da igreja são do "mundo", no caso dos evangélicos, entre muitos outros. No caso do budismo tem a crença de que o mundo é uma ilusão,
Um ateu pode ser budista.
Essa é a questão.
Um teísta é alguém que acredita em Deus (ou conhece sua existência) um ateu é alguém que não acredita em Deus.
Ponto, crença/descreça sem nada "moral" embutido. A moral vem depois disso.
que faz com que se cria valeres como o de pessoas iluminadas, ou a caminha da iluminação, que tem uma visão e compreensão melhor do mundo que as demais. Nestes valores os demais vêem o mundo de maneira deturpada. Isso devido a crença
Sim... crença sua.
Essas coisas tem base em fatos, não em crenças.
Os valores morais são construídos com base em ideologias/filosofias, experiências e questionamentos pessoais.
Para um ateu sim, mas para um religioso existem as crenças religiosas também.
Um ateu pode ser religioso e ter uma religião.
A comparação é entre ateus e teístas, ambos posicionamento amorais a priori.
Tanto o teísta quanto o ateu podem desenvolver qualquer tipo de moral.
Para você ver que o valor de amar e obedecer a deus e buscar fazer a sua vontade é comum das religiões. São os valores principais. Os detalhes de como realizar, obedecer e amar a deus que variam de pessoas para pessoas. Mas a base dogmática é a mesma, a da crença em deus.
O Budismo é uma religião que não menciona Deus.
Não é uma característica da religião em si.
Isso tudo são características do homem.
As pessoas são dogmáticas e se julgam donas da verdade, são elas que não aceitam discussão e se aproveitam da crença dos outros.
Algumas "seitas" e "igrejas" tem essas característica por serem controladas por humanos com essas características.
Pegue o Budismo e suas seitas, ele organizam encontros entre seitas diferente para debates com argumentação e refutação.
Buda pregava que não devemos "acreditar" em nada só por "tradição" ou porque um "mestre" falou, etc... E sim, devemos acreditar apenas após analisar e se aquilo concordar com a razão.
Pegue Cristo, ele "questiona" a doutrina vigente e a autoridade eclesiástica. Ele próprio dá o exemplo.
Pegue o Hinduísmo e veja se são segregacionaistas... Eles pregam que todas as religiões são a mesma verdade de Deus, e que não devemos procurar por contradições nos livros sagrados de outras religiões.
Citou o budismo e alguns ícones religiosos mas com uma conclusão favorável. É possível diversas outras conclusões acerca da religião e de seus ícones. Isso é o que acontece muito nos fórum céticos. E muitos ateus, eu incluso, pensam que a religião não é necessária, é descartável e até mesmo ruim.
Não... eu citei religiões especificas que fogem a todas as características que você citou como inerentes a religião.
Se fossem inerentes não poderiam existir religiões sem elas.
Ou seja, nada do que você citou, se mostra como características "inerentes" da religião.
No seu entendimento. Não achei seus argumentos satisfatórios para mudar o que estou dizendo de valores religiosos.
O seu achismo não refuta os meus argumentos.
Essa sua mania de pensar que é o dono da verdade do conhecimento religioso não me agrada nem um pouco. Conhecemos a religião, cada um tem sua experiência e que somadas são muitas. Além de ser muito pesquisado sobre isso. Você subestima o conhecimento religioso dos ateus. E faz isso através de falácia, dizendo que seu interlocutor não entende de religião. Assim você não está numa posição de discutir religião e sim de "ensinar", para não dizer doutrinar.
Desculpe, mas como eu estudo o assunto, reconheço quando alguém diz que 2+2 são 5...
Eu conheço ateus que estudam religião, ocultismo, misticismo, etc... Normalmente tem mais conhecimento sobre o assunto que a maioria.
Só que isso é bem raro de acontecer.
Também se baseia na realidade. Mas deus é o fator de distorção da realidade. É um conceito imaginário, uma construção social e que influi muito na percepção da realidade.
Isso pra quem acredita na inexistência de Deus.
Mas essa crença não torna isso uma verdade.
Sim é o comportamento humano, e este tende a ter crenças religiosas, a cultura impõe a crença em deus e a religião. E existem valores específicos dos religiosos em relação a crença em deus. Diferentes dos que não tem essa crença.
Nem sempre.
A crença/descrença em Deus não define os valores morais da pessoa.
Um ateu budista pode ter a mesma moral de um teísta budista.
Ateus também pode ser religiosos ou usar religiões como filosofias de vida.
Um ateu no ocidente vai compartilhar em muito da moral de um cristão, mesmo porque, são valores morais muito básicos.
Assim como um teísta também pode ser um humanista ou qualquer outra coisa.
A maioria dos teístas se diz "não praticante".
Um teísta não precisa ter uma religião e quando tem, não precisa concordar com tudo nela.
Veja se a maioria dos que se dizem católicos só fazem sexo após o casamento... não.
A religião também é tem base em pessoas questionadoras, como Cristo e Buda.
O Hinduísmo também é uma das religiões mais representativas, e também está cheio de pessoas "questionadoras".
Essa é sua interpretação da religião, mas considero como dogmáticas.
E eu considero dogmático o seu ponto de vista.
Você sim coloca os ateus como sendo melhores que os teístas.
Eu os coloco em pé de igualdade.
Questionar ou ser dogmático, é postura humana.
Humanos dos dois tipos são encontrados tanto na filosofia ocidental, quanto na religião.
Existem dogmas centrais na religião. E a crença em deus é o principal deles. Na filosofia não há dogmas, há divergências pois o que prevalece é a busca do saber. Bem diferente de buscar uma ligação com um conceito imaginário.
Imaginário é crença sua.
E como eu já expliquei, dogmas existem em todos os lugares e são dos humanos.
Existe religião sem Deus, religião que promove debates, etc...
Se quer falar da meditação então tudo bem, está sendo pesquisado e tem as suas vantagens para quem adota. Mas isso ainda não foi conclusivo e os estudos estão no início ainda. Tem muito o que desenvolver. E a partir do momento que é estudado pela ciência passa a ter um outro valor, pois vai ser pesquisado. Sai da esfera religiosa e passa para a científica.
Mas não muda seu valor.
A ciência só vai "confirmar" o valor que ela já tem.
Eu não preciso da confirmação de ninguém, estudo e investigo isso pessoalmente, então já sei seu valor.
Questionar e pensar não são práticas religiosas. São práticas humanas. E a religião não questiona e pensa sobre seus dogmas.
Depende da religião e do religioso.
E fala de práticas, mas que práticas mais? Enquanto não passar pelo crivo da ciência ainda considero práticas descartáveis, pois o custo benefício é ruim, eu considero que tem mais desconhecimentos e deturpação da religião do que algum conhecimento válido.
Mas está enganado.
Tem gente que ao invés de ficar esperando os cientistas descobrirem as coisas, vai lá e comprova elas pessoalmente.
A ciência confirmar a eficácia dessas práticas, em nada vai alterar a função e veracidade delas.
A religião tem muito mais conhecimento do que pensa, o problema são os espantalhos que criam dela.
Quanto a discriminação e preconceito... Uma das práticas e objetivo é o não julgar.
E todo mundo que discorda de você em relação a religião você julga como ignorante do assunto, alguém que não estudou e não sabe nada a respeito. 
Não.
Eu só diferencio quando alguém tem opinião diferente por algum ponto realmente complicado, ou quando está dizendo que 2+2 é 5.
Se eu falar isso você não vai dizer que eu não entendo de matemática?
Então... é a mesma coisa.
Não há mal nenhum em falar sobre um estado de maior consciência e sobre o fim da ignorância.
Não é mal para você que não percebe o quanto é dogmática essa crença num "estado maior de consciência". E pior ainda quando julga que o "fim da ignorância" está nas suas citadas práticas religiosas.
Não existe nada de dogmático na descrição de um fato.
Isso seria como chamar de dogmática a "crença" na gravidade.
Você não conhecer ou não acreditar é outra estória. Você pode questionar, ou mesmo "negar", mas os fatos permanecem os mesmos independente disso.
Seria o mesmo que dizer que é preconceito dizer que as crianças nascem ignorantes e vão aprendendo ao longo da vida, ou achar discriminatório dizer que fazer uso do ceticismo e da razão nos permitem enxergar mais longe.
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. As suas crenças tem base apenas pessoal, e por isso mesmo são crenças, são originadas na experiência pessoal. Já o ceticismo e a razão são conceitos compartilhados por nós.
Diga isso para um crente que fala em fé e discorda dos "céticos".
Não tem nada "compartilhado" nisso não.
E não... a iluminação não é uma crença, mas um fato.
Você desconhecer isso não o torna irreal. É algo bastante objetivo.
Eu posso interpretar o darwinismo como fez Hitler e o darwinismo social... e posso usa-lo como desculpa para sair matando um monte de gente e pregando a raça superior.
Culpa da ciência?
Não, não pode não. Existe os direitos humanos. Esse seu exemplo, seria o caso de uma pessoa psicopata ou sociopata, ou até mesmo caracterizar um genocídio. A ciência não permite isso.
Mas as pessoas fazem mesmo assim...
O cristianismo também diz: "Não matarás e não julgue".
Ainda assim fizeram as cruzadas.
A religião também não permitia isso... mas fizeram.
A ciência não permite isso?
A bomba atômica, tanques de guerra, armas quimica e biológicas etc... foram feitas por quem?
Pela religião? Acho que não...
Mas isso foi em outra época e muitos avanços dos direitos humanos surgiram dessas "praticas" sociais. São situações abomináveis pelo sociedade. Mas radicais religiosos, crentes num paraíso, dão mais valor a suas crenças do que na sociedade humana.
Como em outra época?
Acabaram de criar uma tal bomba a vácuo... tão poderosa quanto a atômica, mas não tem deixa a mesma sujeira radioativa.
Você fala sobre um espantalho da religião e pelo visto tem uma noção idealizada da ciência que não corresponde com a realidade... e é muito crente na ciência também.
Tipo, aquela do "só depois que a ciência testar e adquirir é que vai ter valor...".
Essa é uma postura inclusive anti-científica.
Cristo também ensinou a não julgar, a amar o próximo, etc...
Isso não impediu as cruzadas...
Que se aproveite apenas o conceito de amar. O conceito de deus que fomenta o ódio entre extremistas religiosos. Querem que todos acatem suas crenças.
Tá... então o Dawkins e outros ateus fanáticos querem que todos acatem suas crenças ateistas e isso é culpa da ciência...
Esse é o raciocínio torto que você está fazendo com a religião.
O uso que fazem da ciência e da religião, não são "a ciência" ou "a religião".
É só isso que está faltando entender.
A ciência de certa maneira ainda está subordinada a política, as instituições democráticas no mundo todo. E tem muita ligação com estes através das ciências sociais. É um interação benigna. Já a religião vai além do estado, é uma influência geralmente contra o laicismo e contra a ciência.
Mais uma vez... isso é "uso" que fazem dela e não "ela".
A ciência também é usada para o controle econômico e militar.
Mas em função do autoritarismo.
O mesmo vale pra religião, em função do autoritarismo, do fanatismo e de outros interesses.
Você separa muito bem quando o caso é filosofia e ciência, mas aplica dois pesos e duas medidas quando o assunto é religião.
Não existe essa de "a filosofia" não permite.
A filosofia não é uma pessoa que impõe regras: "Ei, não mate".
Qualquer um pode ler certos filósofos e interpretar que só as pessoas conscientes tem direito a vida, bem como pode ler evolucionistas e interpretar que o que manda é a lei do mais forte.
Com base nisso, fazem o que querem.
Mas eu me refiro a filosofia acadêmica e não de livros de filosofia. Nas universidades existem os departamentos de filosofia que se integram as ciências. Existem diversas publicações especializadas, nos moldes da comunidade científica, já que são as mesmas instituições que a compõe.
Dá na mesma.
Se formos falar sobre instituições então... ai o bicho pega fogo.
Vou começar a citar laboratórios que usam crianças do terceiro mundo como cobaia.
Depois universidades ou quaisquer instituições não são "a ciência" muito menos "a filosofia".
A consciência é algo desconhecido e subjetivo.
Alguns acham que os animais são conscientes, outros acham que apenas os humanos são conscientes.
Eu posso achar que pessoas com retardamento mental são inconscientes como animais e, por isso, sem direitos.
Essa afirmação é um absurdo. Mas a consciência é estuda pela filosofia da mente. E temos muitos avanços nessa área, grandes nomes com muitos trabalhos a respeito.
Ninguém sabe onde fica a tal consciencia nem se existe de fato.
E pior, não chagam a um acordo sobre quem é ou não consciente, se animais são consciente e quais, etc...
A filosofia da mente não resolveu o problema, nem o tornou menor do que antes.
Os parâmetros pra dizer quem é ou não consciente são sempre bem subjetivos... mesmo por não sabermos o que é a consciencia. Muitos chegam a confundi-la com a razão e outras parte da mente.
Os unicos avanços dizem respeito sobre como nós "percebemos" o mundo, como processamos as imagens, como descartamos certos dados, etc...
Nada disso resolve o problema fundamental da consciencia já debatido pela filosofia desde a antiguidade.
Não dá nem para comparar os problemas de origem religiosa com os demais. É uma grande desproporção.
Não importa quem fez pior. Não é uma competição pra saber quem tem o Pint* maior.
O fato é que usam de qualquer meio o que demonstra que o problema não é a religião, mas o uso que fazem de qualquer coisa.
Vou ter que citar quanto morreram na URSS, ou devido a armas de destruição em massa ou qualquer coisa?
Tire a religião hoje do mapa, e os motivos ceintificos, politicos filosóficos e qualquer outros, vão crescer na mesma proporção.
Não é a religião ou a ciência que são ruins, mas o homem e o uso que nós fazemos dessas duas coisas.