Autor Tópico: Perguntas sem-vergonha sobre física...  (Lida 177324 vezes)

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Offline Gigaview

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1575 Online: 05 de Março de 2017, 21:26:46 »
No mundo imaginário, o pensamento está fora do espaço-tempo onde talvez seja possível incluir todos os constructos teóricos da ciência como outras dimensões capazes de abrigar tudo que não se encaixa no nosso espaço-tempo. Na prática, desconheço, talvez tenha alguma coisa estranha sendo investigada no CERN, não sei...

Existe uma teoria recente (Non-singular and Cyclic Universe from the Modified GUP) que defende que antes do Big Bang o universo estava numa fase cosmológica diferente. O Big Bang segundo essa teoria é apenas uma fase de transição. A teoria também prevê o fim da expansão e colapso do universo num ciclo de fases, sem criação.

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1576 Online: 06 de Março de 2017, 01:27:26 »
Pergunta: existe algo fora do espaço-tempo?

Perguntas corolário: existiram eventos anteriores ao Big Bang? Ocorrerão eventos  após o colapso final do universo? Ocorrem eventos dentro de um buraco-negro? Ocorrem eventos numa singularidade?

Sim, existe algo que ocasionou o espaço-tempo. Existe algo que não pertença a este algo?

Não faz sentido questionar se existem eventos anteriores ao Big Bang pois no Big Bang surgiu o tempo.

Colapso final do universo? Parece que já há a resposta definitiva: não haverá tal colapso, o universo irá continuar se expandindo para sempre rumo à sua morte termodinâmica.

Segundo Hawking não há passagem de tempo em um buraco negro.

Um universo surgindo do nada...



Offline Spencer

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1577 Online: 06 de Março de 2017, 09:16:59 »
Sei que muitos não se darão ao trabalho de assistir a este vídeo até o fim, mas vale a pena. Principalmente porque ao final o expositor demonstra curiosa perplexidade pelo o que se desconhece a respeito do Universo, ante o que de fato se conhece.

No encerramento de sua exposição ele diz algo, que por sinal eu já havia dito aqui, antes: após um tempo tudo o que haverá do Universo será uma única e simples Galáxia, pois tudo o mais estará a uma distância infinita e não detectável, e então, todas as teorias sobre o Universo terão desaparecido por falta de elementos a serrem observados.

O que não ocorrerá, se prevalecer a teoria dos "infinitos Universos num infinito espaço" (infinitos big bang), pois neste caso sempre haverá galáxias perambulando aqui e além.
 

Offline DDV

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1578 Online: 06 de Março de 2017, 16:57:36 »
No encerramento de sua exposição ele diz algo, que por sinal eu já havia dito aqui, antes: após um tempo tudo o que haverá do Universo será uma única e simples Galáxia, pois tudo o mais estará a uma distância infinita e não detectável, e então, todas as teorias sobre o Universo terão desaparecido por falta de elementos a serrem observados.

É uma visão solipsista a de que as coisas deixam de existir se não houver ninguém observando-as, visão que eu não compartilho.

A minha visão é o realismo: existe uma realidade exterior independente de mim.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1579 Online: 06 de Março de 2017, 17:06:40 »
No encerramento de sua exposição ele diz algo, que por sinal eu já havia dito aqui, antes: após um tempo tudo o que haverá do Universo será uma única e simples Galáxia, pois tudo o mais estará a uma distância infinita e não detectável, e então, todas as teorias sobre o Universo terão desaparecido por falta de elementos a serrem observados.

É uma visão solipsista a de que as coisas deixam de existir se não houver ninguém observando-as, visão que eu não compartilho.

A minha visão é o realismo: existe uma realidade exterior independente de mim.

Não foi isso que o Spencer quis dizer.

Para alguns a evolução do universo levará a condições tais que o método científico, caso fosse desenvolvido por uma civilização muito distante no futuro, será uma ferramenta inútil para compreender a verdeira origem e natureza do próprio universo.

Porque o empirismo só retornará respostas ilusórias.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1580 Online: 06 de Março de 2017, 17:09:11 »
No mundo imaginário, o pensamento está fora do espaço-tempo onde talvez seja possível incluir todos os constructos teóricos da ciência como outras dimensões capazes de abrigar tudo que não se encaixa no nosso espaço-tempo.

:hein: Isso me parece mais uma "forma de dizer" do que uma descrição física... de outra forma, é essencialmene dualismo, dizendo que pensamentos são "imateriais", "atemporais", num sentido literal.



Acho que qualquer coisa que não esteja "no espaço", não "é", e no "tempo", nunca "foi". Mas talvez isso seja muito dicionárico e fique devendo à física de ponta. :biglol:

Mas indo para coisas como "teorias de cordas", haveria coisas que "parecem" não existir no que mais trivialmente percebe como espaço e/ou tempo...

(talvez até a matéria escura)



Citar
Existe uma teoria recente (Non-singular and Cyclic Universe from the Modified GUP) que defende que antes do Big Bang o universo estava numa fase cosmológica diferente. O Big Bang segundo essa teoria é apenas uma fase de transição. A teoria também prevê o fim da expansão e colapso do universo num ciclo de fases, sem criação.

Achava que essa noção de ciclos de big bangs e crunches fosse já antiga... ainda que talvez versões antigas tenham sido descartadas e essa nova seja uma reavivação...

Outra "possibilidade" é aquela de "multiversos", com novos universos surgindo de expansões no espaço "entre eles". Assim, houve um "antes" do nosso big bang.

Outra ainda, que acho que é ainda mais especulativa, é a de universos inteiros em buracos negros... ao menos um dos que cogita isso enxerga algo de "darwinista" na coisa, como poder haver universos que geram em si mais buracos negros, e assim tem "maior sucesso reprodutivo"... mas eu acho meio esquisito.

Offline DDV

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1581 Online: 06 de Março de 2017, 17:09:47 »
Para alguns a evolução do universo levará a condições tais que o método científico, caso fosse desenvolvido por uma civilização muito distante no futuro, será uma ferramenta inútil para compreender a verdeira origem e natureza do próprio universo.

Discordo.

Citação de: Pedro Reis
Porque o empirismo só retornará respostas ilusórias.


Incompletas, sim. Ilusórias, não.
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Offline DDV

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1582 Online: 06 de Março de 2017, 17:24:27 »
Acho que a realidade última é quântica, o nada não existe, e o espaço-tempo deve surgir e desaparecer 'do nada' igual as partículas fundamentais fazem, porém em situações especiais (como numa singularidade). Esse espaço-tempo em que estamos teve um início e terá um fim, mas o universo ("todas as coisas") é eterno.

Nossa mente, evoluída em um determinado ambiente, pode não ser capaz de compreender determinados fenômenos que sejam completamente diferentes de tudo o que conhecemos nesse espaço observável em que vivemos.


 

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Offline Gigaview

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1583 Online: 06 de Março de 2017, 18:47:59 »
Citar
Achava que essa noção de ciclos de big bangs e crunches fosse já antiga... ainda que talvez versões antigas tenham sido descartadas e essa nova seja uma reavivação...

Essa teoria é considerada complicadíssima porque une a mecânica quântica com a cosmologia e, apesar de bater em pontos já discutidos em outras teorias mais antigas, é inédita pela abordagem.

Espero que um físico explique.
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Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1584 Online: 06 de Março de 2017, 22:23:04 »
Por falar em Hawking o programa dele fez o experimento do laser.


Uma curiosidade que descobri pesquisando sobre o efeito da refração: Alfred Russel Wallace, um dos pais da Teoria da Evolução, andou se metendo em apostas com terraplanistas vitorianos.

O cara que criou a Sociedade Zetética se auto concedeu o título de Dr. e fez bom dinheiro vendendo poções de eficácia duvidosa como o "elixir da vida eterna". Na verdade chegou a ficar rico antes de ser processado e preso por estelionato.

Talvez a Sociedade Zetética tivesse a função de filtro, selecionando prováveis incautos para consumidores de seus "produtos". Se alguém pode ser convencido que a Terra é plana não é difícil vender elixir da eterna juventude para essa pessoa.

Mas depois que a Justiça encerrou a carreira de Samuel Rowbotham um de seus discípulos encontrou um modo de continuar ganhando dinheiro com a Terra plana: lançou uma aposta pública de que poderia provar que a Terra não tinha curvatura repetindo um experimento que Rowbotham fazia em um canal nas proximidades de Londres. ( Em dias com condições meteorológicas especiais ).

Quem topou a aposta foi ninguém menos que Wallace, que tinha conhecimentos de Física e Astronomia, e percebeu que o resultado incomum se devia a refração atmosférica da luz. Wallace posicionou a luneta sobre o canal em uma altura muito maior que a que Robowtham costumava usar, minimizando os efeitos da refração e a Terra voltou a ser redonda. O vigarista não se conformou e processou Wallace, e parece até que chegou a atentar contra a vida dele.

Foi preso mas a Justiça também mandou Wallace devolver o dinheiro da aposta. A chateação não terminou aí porque ele passou a ser duramente criticado na Royal Society por ter se metido em apostas em relação a coisa tão ridícula.
« Última modificação: 07 de Março de 2017, 16:12:21 por Pedro Reis »

Offline Pedro Reis

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1585 Online: 07 de Março de 2017, 16:14:08 »
Mas tá tudo errado nesse experimento aí do Hawking...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1586 Online: 10 de Março de 2017, 22:15:17 »
Vi em algum vídeo sobre um avião não-tripulado em desenvolvimento pela NASA que, embora agora fosse 100% elétrico, colocariam motor a combustão que no entanto funcionaria como gerador para os motores elétricos.

:?: Isso pode ser mesmo mais "energeticamente" eficiente do que o uso direto do motor a explosão, ou deve ser um compromisso a fim de preservar vantagens adicionais dos motores elétricos usados?

(Imagino que talvez sejam mais facilmente controlados eletronicamente, ainda mais um monte deles, acho que devia haver pelo menos uns doze)






Será que alguém já propos como alguma espécie de "alternativa" à Terra plana que na verdade a Terra é uma esfera de Dyson de uma civilização muito avançada e estamos programados para não perceber isso, numa ilusão?

A argumentação poderia começar com algo como "todos sabem que isso de "gravidade" é conversa para boi dormir, nesse aspecto os terra-planistas têm toda razão. O que eles no entanto não percebem é que a gravidade ARTIFICIAL na Terra se dá por força centrífuga, exatamente como em projetos de estações espaciais".

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1587 Online: 13 de Maio de 2017, 14:45:06 »
:?: Existem localidades no universo onde ao olhar para o espaço se tivesse coisas como nebulosas visíveis a olho nu e coisas assim (fotos produzidas com longuíssima exposição e sobreposições de múltiplas fotos, além de talvez "colorização" artificial de radiações e etc normalmente invisíveis), ou essas coisas invariavelmente não passam de fabricações ateo-evolucionistas, essencialmente produzindo um universo que não pode ser observado diretamente (pois tal visão literalmente não existe), a fim de criar um visual psicodélico mais atraente às mentes impressionáveis, distraindo-as assim de se focarem nos ensinamentos da bíblia?

Offline Aleister Crowley

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1588 Online: 17 de Maio de 2017, 21:54:07 »
Pena que o Thomas Edson perdeu a briga

Mais ou menos, né? De Iitaipu até Bauru (acho) a eletricidade vai em DC.

DC não foi para frente como padrão exatamente porquê não podia ser transmitido a longas distâncias?

DC não foi para frente como padrão exatamente porquê não podia ser transmitido a longas distâncias?

O problema é que os 700 e poucos quilômetros de Itaipu até Bauru são muito próximos de um (sub)múltiplo do comprimento de onda de 60Hz nos fios de cobre, então daria um problema sériod e ressonância, ia precisar de um monte de indutores pra alterar o comprimento efeitvo da linha. Vale mais a pena vc elevar a tensão a milhões de volts e forçar a barra.

O problema do DC é que para transportar por longas distâncias você precisa de tensões muito altas e isso seria perigoso na última milha (entre a subestação e o consumidor final) e seriam necessárias várias estações "repetidoras" para prevenir as quedas te tensão se vc quisesse só trabalhar com tensões baixas.

No caso de Itaipu, eles podem elevar a tensão até 15MV (ou 50MV, não lembro direito) e colocar para passar por torres gigantes, longe do alcance das pessoas e boa. Usar AC seria problemático por causa da ressonância. Eu pergintei exatamente isso pro cara quando visitei lá.

Estava a saborear este tópico como quem não quer nada demais (senão um breve passatempo) quando FUI surpreendido pelo ''Elo CC''.

Então... Gostaria de maiores esclarecimentos sobre o ''Elo CC''.
A exposição do Snow referente ao ''Elo CC'' procede????  Obrigado!

QUAAAAAAAAAAAAAAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUAQUA...

Já que TODOS aqui foram BURRINHOS e INCAPAZES de responder a questão, deixa que O CROWLEY aqui se encarregue disso:

O SNOWRAPTOR está COMPLETAMENTE ERRADO!!!!!!!! ASNEIRA TOTAL O QUE ELE FALOU!!!!!!!!!!!!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK...

Eis a prova:

Citar
O Elo de Corrente Contínua tornou-se necessário porque a energia produzida no setor de 50 Hz de Itaipu não podia se integrar diretamente ao sistema brasileiro, onde a frequência é 60 Hz. A energia produzida em 50 Hz em corrente alternada é convertida para corrente contínua em Foz do Iguaçu (PR) e, então, é escoada até Ibiúna (SP), onde é, mais uma vez, convertida para corrente alternada, só que em 60 Hz.
As linhas deste elo têm, aproximadamente, 810 km de extensão. A conversão CA/CC é feita através de oito conversores em cada subestação, cada dois formando um polo, dois bipolos em ±600 kV. Esse sistema começou a operar em 1984.
As linhas em Corrente Alternada transmitem em 750 kV a energia produzida pelo setor de 60 Hz de Itaipu (frequência brasileira) para o centro de consumo da região Sudeste do Brasil. Essas linhas estão localizadas entre as subestações de Foz do Iguaçu e Tijuco Preto (SP), na região metropolitana de São Paulo, cada uma com extensão de cerca de 900 km.
Em Tijuco Preto existem sete transformadores, para 500 kV e 345 kV, de forma a permitir o adequado escoamento da energia. Ao longo do sistema existem ainda duas outras subestações, a de Ivaiporã (PR) e a de Itaberá (SP).
Em Ivaiporã há conexão com a região Sul do Brasil através de transformadores para 500 kV, o que permite que a energia gerada por Itaipu também atenda essa região do país.
As linhas e subestações implantadas por Furnas compõem um dos maiores e mais complexos sistemas de transmissão do mundo.   

http://www.furnas.com.br/detalhesNoticiaExterna.aspx?Tp=N&idN=3630

Citar
Itaipu: antes do Paraguai, Brasil já discutiu com a Argentina

Desde antes de sua construção, a usina hidrelétrica de Itaipu gerou discussões do Brasil com seus vizinhos. Se 2009 tem sido marcado pela negociação com o Paraguai em torno do valor da energia paga pelo Brasil ao parceiro, os pontos de vista opostos datam da década de 1960, quando o regime militar começava a tirar do papel a então maior hidrelétrica do mundo.
O Brasil começou a discutir a construção de uma hidrelétrica no lado brasileiro do rio Paraná na segunda metade da década de 1960. Segundo a professora Ivone Teresinha Carletto Lima, autora da tese  Itaipu: as faces de um megaprojeto de desenvolvimento  , de 2006, a idéia era desviar parte das águas do rio, para levá-las até Porto Mendes, no município de Marechal Cândido Rondon, no Paraná. A hidrelétrica seria totalmente brasileira. De acordo com a professora, ela foi projetada para ter o mesmo potencial de Itaipu e poderia produzir mais, mas o Paraguai entrou na questão e alegou que a área que estava acima das sete quedas não era brasileira, mas paraguaia.
Isso gerou uma grande disputa, pois nenhum dos países cedia. O Paraguai queria que Brasil considerasse a área das sete quedas como de litígio, ou seja, disputada entre os dois países. Mas o Brasil não admitiu essa possibilidade e considerou a área de propriedade da Nação. Por fim, para acabar com as discórdias, os dois países, que tinham regime militar na época, assinaram em 1966 a Ata do Iguaçu, em que o Brasil concordou que se fosse construída uma hidrelétrica no rio Paraná e que fosse feita em condomínio com o Paraguai.
Em 1973, foi feito o Tratado de Itaipu. A construção começou no início de 1975 e até 1985 estava praticamente pronta. Em 1982 (entre outubro e novembro) foi feito o alagamento. Abriram as comportas para alagar e represar o curso do Paraná e poder construir as turbinas no leito do rio. Também foi feito um canal de desvio. Em 1989, a hidrelétrica começou a produzir energia.

Argentina 
Na época, a Argentina não aceitava a obra de Itaipu, porque queria construir uma usina com o Paraguai, também no rio Paraná. Mas até hoje não executou a almejada Usina de Corpus. Segundo a professora Ivone, após começar a construção de Itaipu, os argentinos questionaram os níveis da barragem e do rio Paraná, que, segundo eles, prejudicaria a construção de Corpus.

Buenos Aires alagada 
O professor de Direito Christian Caubet, da Universidade de Brasília (UnB) e autor da tese  A barragem de Itaipu e o Direito Internacional Fluvial  , lembra que a Argentina argumentava que teria um prejuízo imenso com a construção de Itaipu. Ele recorda de uma conversa que teve com um general argentino, um dos arautos da geopolítica, que disse que, se Itaipu cedesse, os 40 km³ de água iriam descer até Buenos Aires e apagariam tudo do mapa.
"Ele me disse: ''O Brasil nem precisa de guerra porque vão afogar a gente''. Eu falei a ele: ''no dia seguinte, antes de explodir a barragem, o Brasil perderia a guerra, pois o País estaria completamente paralisado, porque teria perdido toda a energia. Como faríamos para girar as fábricas? Sem luz, a Argentina vai ganhar a guerra, porque o Brasil não poderia nem fabricar armas", diz.

A obra 
João Raicyk, que trabalhou na construção de Itaipu de 1979 a 1983 como auxiliar de laboratório no setor de geologia, e hoje é funcionário da Copel, e mora em Medianeira (PR), 48 km de Foz do Iguaçu (PR), participou ativamente do início da obra. Viu quando foi feito o canal de desvio do rio Paraná e quando começou a construção da barragem. Ele participou da perfuração e análise das rochas. Segundo Raicyk, 42 mil pessoas chegaram a trabalhar na obra no período mais intenso da construção. "A obra não parou, ela durava 24 horas. Nós trabalhávamos 12 horas e descansávamos outras 12."
Segundo ele, durante os quatro anos que ficou na obra de Itaipu, viu dois acidentes fatais - em um dos casos o operário caiu de cerca de 40 m de altura e a tela de proteção furou. O outro acidente ocorreu na parte de concretagem, quando foi descarregado acidentalmente concreto sobre uma pessoa.
Raicyk diz que foi um "orgulho" atuar na obra. "Primeiro, porque foi um dos primeiros trabalhos de carteira assinada. E um dos que fiquei mais tempo. É um orgulho muito grande eu ter dado a minha contribuição. E também ganhei alguns frutos - meu filho nasceu na obra", diz o auxiliar de laboratório no setor de geologia. Recém casado na época, a mulher de Raicyk era professora de uma escola dentro da área de moradia dos funcionários. "A estrutura era muito boa", afirma ele.
Os funcionários falavam duas línguas na obra - espanhol e português. Raicyk diz que não havia problema de comunicação entre os funcionários dos dois países.
"Houve uma comunicação muito boa. Na área de fronteira, o ''portunhol'' funcionava bem. Também havia uma amizade muito grande entre brasileiros e paraguaios. A única diferença é que eles ganhavam baseados no dólar e a gente não. Na época, o dólar chegou a 16 por 1 (US$ 1 custava 16 Cruzeiros). Tinha vezes que o salário deles dava quase 10 vezes o nosso. Isso era uma diferenciação muito grande", afirma.
Apesar dessa diferença, Raicyk diz que todos ganhavam muito bem. "Não tinha nada de negócio em banco. O pagamento era em dinheiro vivo. A inflação comeu bastante. Na cidade de Foz (do Iguaçu) começou uma exploração muito grande. De um mês para o outro quase dobrava os preços de comida e de aluguel." O consórcio responsável pela obra oferecia moradia, mas não havia suficiente para todos os trabalhadores. Raicyk era um dos que precisava pagar aluguel.

Preço da energia 
Desde agosto, quando chegou ao poder, o presidente paraguaio Fernando Lugo reivindica uma revisão do Tratado de Itaipu, que regula as operações da represa construída com capital brasileiro. Segundo Lugo, o tratado contém cláusulas que prejudicam os interesses do Paraguai e que devem ser modificadas.
O preço do Kilowatt de energia foi acertado no tratado. Na época, o Paraguai não tinha como participar da obra, cabendo ao Brasil toda a construção. Para o Paraguai entrar com a metade do capital, o dinheiro foi emprestado pelo Banco do Brasil. No tratado, ficou estabelecido que o vizinho pagaria a dívida ao Brasil em 50 anos, até 2023. O tratado previa que quem não usasse 50% da energia venderia para o outro país, preferencialmente, a um preço fixo.
Segundo Ivone, o Brasil utiliza toda a parte brasileira e mais 45% da energia paraguaia. "O Paraguai só usa 5% da energia, porque ele não precisa de mais. Tem outras hidrelétricas menores para se manter no país. O objetivo do Brasil, na época da construção, era fornecer energia para o principal parque industrial brasileiro, que era a região Sudeste."
https://economia.terra.com.br/itaipu-antes-do-paraguai-brasil-ja-discutiu-com-a-argentina,a98117a7adc4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

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Diplomacia e diplomatas 

Até o momento, nada do que foi dito pelo governo brasileiro através seus inúmeros porta vozes esclareceu a posição do Brasil em relação ao Paraguai com relação à mudança de governo ali ocorrida.
Desde a guerra da Tríplice Aliança e depois que o Paraguai preferiu construir em parceria com o Brasil a Usina Hidrelétrica de Itaipu, postergando a hipótese de construir com a Argentina a usina de Yaciretá Apipê e até mesmo participar da usina de Corpus, nosso governo não toma uma atitude tão equivocada como essa.
Nossas relações com o Paraguai, com a parceria para construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, foram reconstruídas desde as negociações do tratado que permitiu a execução do gigantesco projeto através um processo de competência diplomática, determinação dos nossos governantes e dedicação dos nossos negociadores.
Pouco ou quase nada se escreveu até agora sobre Itaipu. Muito se fala sobre a monumental usina geradora de energia elétrica. Mas sobre o ente binacional constituído para tornar viável jurídica e fisicamente a usina há um incompreensível silêncio oficial e da própria imprensa.
O tratado celebrado entre Brasil e Paraguai que regulou e regula, com todas as alterações já inseridas, os procedimentos legais observados pelos dois países em relação à obra e à empresa constituída para gerir e operar a usina, discutido durante anos, constitui um dos mais importantes documentos já negociados pela diplomacia brasileira.
Mario Gibson Barbosa, Expedito Rezende, João Hermes Araujo são nomes da diplomacia brasileira presentes na história da construção dessa estrutura pioneira no Brasil, a empresa binacional, destinada a conduzir a gigantesca obra da usina hidrelétrica de Itaipu.
Naquele tempo, se discutia os interesses do Brasil. Ante o Paraguai, parceiro na obra, e ante a Argentina, que tudo fez para evitar que a obra se viabilizasse, a diplomacia brasileira empregou toda a sua inteligência e competência nas negociações do tratado, documento fundamental para tornar possível a conciliação dos interesses dos dois países.
Naquele tempo a diplomacia brasileira não estava atrelada a um processo de governo voltado para a defesa de ideologias sem compromisso com o país. Não havia esse simulacro de união regional chamado de Mercosul, associação esdrúxula em que Argentina e Venezuela se juntaram para estimular outros integrantes a explorarem o Brasil.
A fragilidade dos princípios patrióticos presentes nos métodos de governar da safra de políticos que ascendeu com Lula só não é maior que a irresponsabilidade com que governam. O populismo impregnado em suas ações, a desastrosa confrontação das regras legais com o cinismo da oferta de soluções para problemas sociais imediatos e a facilidade com que se carreia caminhões de dinheiro público para os bolsos de ladrões, impunemente, autorizam os vizinhos a quererem participar do butim.
No caminho das obras de Itaipu avançavam as discussões sobre os aspectos relacionados à utilização da energia gerada e todas a atenções se voltaram para o fato de que a frequência da corrente elétrica era diferente no Brasil e no Paraguai.
O problema era sério e a hora de soluciona-lo havia chegado. O governo paraguaio, na época Alfredo Stroessner era o presidente, na mesa de negociações, tentou obter do governo brasileiro, Ernesto Geisel era o presidente, um empréstimo de muitos, mas muitos milhões de dólares, para modificar a ciclagem no Paraguai, algo absolutamente impensável.
Geisel foi duro, negou-se a admitir a hipótese e, após estudar as alternativas que lhe foram submetidas por Costa Cavalcanti, diretor geral da empresa binacional, decidiu que a energia para o Paraguai seria entregue pela usina na frequência do país vizinho, solução tecnicamente viável.
Como a frequência no Paraguai era de 50hz e no Brasil, de 60hz, e pelo tratado cada um dos parceiros tinha direito a metade da energia gerada, assegurada ao Brasil a aquisição preferencial da energia que não fosse utilizada pelo Paraguai, a decisão do governo brasileiro foi no sentido de que a Itaipu binacional gerasse em 50hz com metade dos seu geradores e em 60hz a outra metade.
Assim, em vez de transferir para o Paraguai algo em torno de US$ 400 milhões, o governo brasileiro, através da Eletrobras e de Furnas, investiu na construção do chamado linhão de 500kv, em corrente contínua, entre Foz do Iguaçu (Paraná) e Ibiuna (São Paulo), garantindo empregos, impostos, fornecedores, indústria e comercio nacionais.
Como naquele tempo homens responsáveis pela gestão de recursos públicos, no Brasil, se davam o respeito, a solução dada pelo governo brasileiro afinal foi aceita pelo governo paraguaio sem que tivesse sido necessário enviar a Assunção o chanceler brasileiro para convencer Alfredo Stroessner ou o Congresso paraguaio.
Brasileiros e paraguaios sentaram-se à mesa de negociações durante meses, muitos meses, até que se conhecessem o bastante para confiar uns nos outros, quando foi constituída a Itaipu binacional, e passaram a se reunir regularmente seus diretores, assessores e demais integrantes da grande estrutura que foi montada.
Era curioso ver brasileiros falando portunhol e paraguaios sem nada entender tentando se fazer entender falando espanhês, guarani e uma terceira língua usada por ambas as partes que misturava português, espanholguaio auxiliado por sinais, tudo meio índio.
Em algum tempo, entre diretores e assessores os entendimentos começaram a fluir, e os trabalhos foram se tornando mais fáceis. Em alguns momentos a convergência de idéias se tornava quase impossível. Nesses momentos, se havia impasse, o assunto era submetido aos representantes dos ministérios das Relações Exteriores de ambos os países, que o examinavam à luz dos interesses nacionais de ambos os lados. No entanto, sempre foi encontrada solução para as dúvidas suscitadas.
A verdade é que os integrantes da diretoria e do conselho de administração, tanto os brasileiros como os paraguaios, eram homens determinados a fazerem o projeto avançar, tornar-se realidade. José Costa Cavalcanti, diretor geral, pelo Brasil, e Enzo Debernardi, diretor geral adjunto, pelo Paraguai, se respeitavam e logo passaram a confiar um no outro. Daí em diante tudo passou a avançar com menos dificuldade.
Cavalcanti e Debernardi foram as mais acertadas escolhas dos respectivos governos para capitanear a execução da monumental obra. Ambos preparados, obstinados, respeitados, experientes, homens de larga folha de serviços prestados aos respectivos países.
O sucesso de Itaipu repousa na inteligência dos que a construíram e no respeito recíproco observado por brasileiros e paraguaios às características de cada um, às regras legais de cada Estado e aos negócios internos de cada governo. Aí está o resultado desse sucesso iluminando a sua casa, assegurando o desenvolvimento do seu país.

Coriolando Beraldo foi consultor jurídico e primeiro secretário do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva da Itaipu Binacional.
http://brasilsoberanoelivre.blogspot.com.br/2012/09/diplomacia-e-diplomatas.html#!/2012/09/diplomacia-e-diplomatas.html

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As relações Brasil e Paraguai: destinos unidos por Itaipu.

Desde o início do seu governo, Stroessner priorizou uma aproximação entre Assunção e Brasília para contrabalançar a influência argentina no território paraguaio, oriundas da dependência do Paraguai, devido as questões geográficas, do porto de Buenos Aires para as comunicações externas.
... O governo de Stroessner punha grande importância na nova relação por motivos econômicos e políticos. A razão econômica era que aquela aproximação representava um novo caminho para exportar e importar produtos sem a imperiosa necessidade de ir através do porto de Buenos Aires. A razão política era que Buenos Aires era a base e o quartel general da oposição ao seu governo...(MENEZES, 1987, p. 54).
Stroessner buscou atrair a atenção brasileira para o potencial hidráulico do Paraguai e enredá-lo, assim, na política e na economia paraguaia (BOETTNER, 2004). O Brasil, por sua vez, vislumbrava transformar o Paraguai em um aliado político e um importante mercado para o comércio e os investimentos brasileiros na região (MENEZES, 1987, p. 54).
Os laços se estreitaram ainda mais em 1957, quando as autoridades dos dois Estados assinaram acordos importantes, a construção e a pavimentação de estradas entre a fronteira brasileira e importantes cidades paraguaias como Concepción, a construção da usina de Acaray, a construção da ponte da Amizade, a qual ligaria a cidade de Foz Iguaçu com Puerto Stroessner; abertura de uma Missão cultural e a construção do Colégio Experimental Paraguai-Brasil, entre outros convênios (SILVA, 2006, p. 67). No entanto, o litígio territorial por Sete Quedas quase pôs tudo a perder. "Tudo parecia perfeito entre Brasil e Paraguai desde a administração de Juscelino Kubitschek. Mas a polêmica sobre Sete Quedas quase partiu ao meio aquela nova relação" (MENEZES, 1987, p.64).
O litígio territorial sobre Sete Quedas, ou Salto de Guairá, se iniciou com a divulgação do projeto de construção de uma imensa usina na região em 1962. O Paraguai, por meio de uma "re-interpretação" do Tratado de 1872, afirmou que a área da futura barragem era território paraguaio. No entanto, o Brasil re-interou que as cataratas encontravam-se em território brasileiro. Ambas as partes elevaram o tom das discussões nas diversas notas. Em 1964 e 1965, uma série de incidentes na fronteira colocou os dois países muito próximos de um conflito. O "mal estar" somente foi resolvido com a assinatura das "Atas das Cataratas", em 1966, que não resolvia a questão da soberania sobre Sete Quedas, mas garantia aos dois países uma igual participação em qualquer projeto hidroelétrico na área (ESPÓSITO NETO, 2008).
Pouco tempo depois, o governo brasileiro nomeou Gibson Barboza como embaixador brasileiro em Assunção. No seu livro de memória, Barboza relembra as tensões vividas na época. Afirma ser de sua autoria a idéia de construir Itaipu e "submergir" o litígio territorial com o Paraguai (BARBOZA, 1992).
Em 1967, os dois países criaram uma comissão mista para analisar a viabilidade e os detalhes técnicos da construção da obra. Após intensas negociações por anos a fio, os dois Estados assinaram o Tratado de Itaipu (1973), o qual versa sobre o aproveitamento hidroelétrico das cataratas de Sete Quedas. Assim, ambos Estados, apesar de suas assimetrias, tornaram-se sócios na empreitada de Itaipu. Os destino dos dois estariam, a partir de então, unidos pelo concreto e pela energia dessa grandiosa obra.
Essa iniciativa, no entanto, enfrentou uma obstinada oposição de Buenos Aires, pois as autoridades da Casa Rosada acreditavam que Itaipu representaria o rompimento do equilíbrio de poder na região, em favor do Brasil e em detrimento da Argentina (GUGLIAMELLI, 2007). Essa questão somente seria resolvida com Tratado Tripartite (1979).
Apesar do "casamento" entre o Brasil e o Paraguai, Assunção iniciou um "affair" com Buenos Aires, quando assinou os acordos para a construção de Yaciretá e Corpus, ainda em 1973.  Stroessner mudou a sua política externa de aliança com o Brasil para outra de uma "neutralidade pragmática" (MENEZES, 1987, p. 112).
...Na verdade, quem se encontrava em uma boa posição era o país Guarany pois o que ele perdesse em Itaipu com o rebaixamento da cota, recuperaria das usinas de Corpus e  Yacirita. Assim o desacordo era mais entre Brasil e Argentina, com o Paraguai em uma excelente posição, principalmente porque um daqueles projetos já estava em construção e desse modo seu poder de barganha aumentava. (MENEZES,1987,p. 112).
A partir do final da década de 1970, novos desentendimentos (ciclagem, preço de energia, entre outros), a crise econômica da década de 80 e mudanças sistêmicas levaram uma redefinição das relações entre o Palácio López e o Palácio do Planalto.
A questão da ciclagem da energia gerada por Itaipu estremeceu as relações brasileiro-paraguaias em 1977. Esse problema se iniciou quando Assunção exigiu que a metade das turbinas de Itaipu gerasse energia ao padrão 50Hz, ou seja, o adotado por todos os países do continente sul-americano, exceto o Brasil, cujo padrão é de 60 HZ. Na prática, o Brasil não poderia comprar a energia paraguaia de Itaipu, ao menos que investisse uma vultuosa soma na construção de um sistema de conversão da energia paraguaia para o padrão brasileiro (MENEZES, 1987: ESPÓSITO NETO, 2006). Outra solução possível era mudar o padrão do sistema paraguaio para 60 Hz, o que implicaria na troca de grande parte dos eletro-eletrônicos do Paraguai, mas sem nenhum ônus ao Tesouro brasileiro. Stroessner, ao retardar a decisão, procurou forçar uma nova barganha com as autoridades brasileiras. No entanto, essas já estavam cansadas da postura paraguaia e decidiram arcar com os custos do sistema de conversão (MENEZES, 1987, p.124).
Os inúmeros reclamos paraguaios por um papel mais proeminente na direção de Itaipu binacional (DEBERNARDI, 1996, p. 356) e os apelos de Assunção para um o aumento real no preço da energia paraguaia ao mercado brasileiro (MENEZES, 1987, p. 127: DEBERNARDI, 1996) foram outros motivos para o esfriamento no relacionamento brasileiro -paraguaio.
Na década de 80, outros fatores, como a crise econômica, a redemocratização e o endurecimento brasileiro no combate às atividades ilegais na fronteira com o Paraguai, como narcotráfico, contrabando, roubo de carros, entre outros, - os quais envolviam diretamente altas autoridades paraguaias - fizeram com que as relações brasileiro-paraguaias perdessem o seu "fôlego".
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000300051&script=sci_arttext

COMO SÃO BURRINHOS OS RATINHOS DO CLUBE CÉTICO!!!!!!!!!

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Secretum Finis Africae: ?

Offline Gigaview

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1589 Online: 18 de Maio de 2017, 00:43:12 »
Esse coitado do Alquimista precisa de tratamento psiquiátrico. Imagino que tenha sido abusado na infância, ou coisa pior. Também duvido que tenha base técnica para entender o que ele copia e cola, visto que é quase analfabeto (não completou o 1o. grau).
« Última modificação: 18 de Maio de 2017, 08:06:05 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Lorentz

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1590 Online: 18 de Maio de 2017, 09:19:10 »
« Última modificação: 18 de Maio de 2017, 09:52:23 por Lorentz »
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Spencer

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1591 Online: 18 de Maio de 2017, 12:18:10 »
desde a apresentação deste Crowley desconfiei tratar-se do Alquimista.
Fixação no ocultismo... Referências a AMORC e complexo de superioridade.
Sugestão à Administração do fcc: que estas últimas trollices dele sejam deletadas, a bem da integridade do fórum.
« Última modificação: 18 de Maio de 2017, 20:18:06 por Spencer »

Offline kokot

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1592 Online: 23 de Maio de 2017, 09:46:22 »
desde a apresentação deste Crowley desconfiei tratar-se do Alquimista.
Fixação no ocultismo... Referências a AMORC e complexo de superioridade.
Sugestão à Administração do fcc: que estas últimas trollices dele sejam deletadas, a bem da integridade do fórum.

Olha ai a prova rs. De onde vem tamanho conhecimento.

http://www.clubedohardware.com.br/forums/topic/1205460-transmiss%C3%A3o-ac-ou-dc-para-longas-dist%C3%A2ncias/


Agora no fundo realmente o Snowraptor esta errado.

O motivo para usar DC nesse linha era que precisamos converter a parte da energia gerada em 50 Hz. O único jeito de fazer isso é retificar para DC e depois converter novamente para AC em 60 Hz.

Para transmitir em DC você precisa de 2 linhas ao invés de 3 (do sistema trifásico em Delta). Então transmite em DC e converte só em São Paulo para distribuição.

Offline Gigaview

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1593 Online: 23 de Maio de 2017, 20:19:58 »
desde a apresentação deste Crowley desconfiei tratar-se do Alquimista.
Fixação no ocultismo... Referências a AMORC e complexo de superioridade.
Sugestão à Administração do fcc: que estas últimas trollices dele sejam deletadas, a bem da integridade do fórum.

Olha ai a prova rs. De onde vem tamanho conhecimento.

http://www.clubedohardware.com.br/forums/topic/1205460-transmiss%C3%A3o-ac-ou-dc-para-longas-dist%C3%A2ncias/


Agora no fundo realmente o Snowraptor esta errado.

O motivo para usar DC nesse linha era que precisamos converter a parte da energia gerada em 50 Hz. O único jeito de fazer isso é retificar para DC e depois converter novamente para AC em 60 Hz.

Para transmitir em DC você precisa de 2 linhas ao invés de 3 (do sistema trifásico em Delta). Então transmite em DC e converte só em São Paulo para distribuição.

Prova de onde vem tamanho conhecimento? Não entendi a relação com o post do Spencer. Desenvolva...

Parece que você só postou para dizer que o Snowraptor estava errado. E daí se errou? Se errou mesmo, o que ainda é discutível, tenho a certeza que ele vai admitir o erro e a vida continua sem vencedores ou perdedores. É para isso que existe um clube de debates.

Digo isso porque o tópico do Clube do Hardware foi lançado com o objetivo de levar a diante uma vingancinha idiota dos trolls Cientista e Alquimista contra o CC para difamar o Snowraptor colocando-o na posição de um magister dixit equivocado que deve ser degolado para o bem do conhecimento científico, o que é absolutamente ridículo. A vingancinha é idiota porque só existe na cabecinha doente dessas duas figuras que vivem em função do que é discutido aqui no CC. Comportamento que não combina com a inteligência do Cientista, que já foi evidenciada quando não atuava como troll, mas que tem tudo a ver com a imaturidade, despreparo e debilidade mental do Alquimista, que não esconde seu amor homoafetivo que tem pelo seu mestre e parceiro de tantas artimanhas infantis e de mau gosto.
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Offline Criaturo

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1594 Online: 04 de Junho de 2017, 06:49:46 »
pensando bem, o seus pensamentos estão fora do mundo real!
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

Amo sofia mas, ela parece fugir de mim, de tão longe faz o meu amor platônico.

Offline Criaturo

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1595 Online: 04 de Junho de 2017, 06:52:08 »
a gravidade tem haver com atração de elétrons e prótons?
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Offline Criaturo

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1596 Online: 04 de Junho de 2017, 06:53:46 »
como funciona a química que impulsiona os músculos do corpo?
existência é igual a  ciência, sem nenhuma ciência sem existência.

Amo sofia mas, ela parece fugir de mim, de tão longe faz o meu amor platônico.

Offline Spencer

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1597 Online: 04 de Junho de 2017, 11:07:13 »
a gravidade tem haver com atração de elétrons e prótons?
Não tem. Ela é uma força de interação entre as massas dos corpos.
É também uma das quatro forças de interação da física.

Offline Spencer

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1598 Online: 04 de Junho de 2017, 11:18:04 »
como funciona a química que impulsiona os músculos do corpo?
Existe uma substância, a adenosina tri fosfatase que ao promover a ligação entre a miosina dos músculos e à actina (resulta no ácido lático que dá a sensação de cansaço muscular) produz uma reação contrátil local.
Todo e qualquer músculo atua por contração, jamais por expansão.
 

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Perguntas sem-vergonha sobre física...
« Resposta #1599 Online: 04 de Junho de 2017, 19:37:27 »
Citação de: Skorpios
"Tem haver com" significa "tem ter com", ou seja, não tem nada a ver com nada.



https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarc%C3%B3mero#N.C3.ADvel_molecular_da_contra.C3.A7.C3.A3o


<a href="https://www.youtube.com/v/sIH8uOg8ddw" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/sIH8uOg8ddw</a>


(não me perguntem nada, fiquei curioso com esse nível de detalhe e fiz a busca agora)

 

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