Você está misturando os assuntos. Enriquecimento "sem limites", injustiça sócio-econômica, pirâmide social exagerada e cruel são problemas sérios, mas não tem uma relação particularmente direta com a questão dos direitos autorais e da pirataria.
Você diz que não, mas está intimamente ligada, principalmente a venda de CDs e DVDs em camelôs, por pessoas que não tem nem acesso a internet, essas cometem um "crime" mais sofisticado e "menos danoso".
Não vejo com otimismo a mercantilização da cultura, algo necessário para toda a sociedade, de forma a garantir uma melhor formação humana.
Que viagem, Adriano... roubo é roubo. Se você quer ver esse roubo como inofensivo e como instrumento de busca da justiça social, não posso dizer que me surpreendo. Mas também não posso dizer que vejo como levar a sério.
Que viagem a sua..., pirataria não é roubo e nem deveria ser crime e sim tratado como qualquer outro tipo de ato comercial, no direito civil.
Tênis produzido com mão-de-obra quase escrava na China
Álcool produzido em condições degradantes de trabalho e poluição do meio-ambiente
Brinquedo produzido com mão-de-obra infantil
Jogo de futebol transmitido graças à propina ofertada ao presidente da confederação.
Existe diferença entre pirataria relativa a propriedade intelectual com a falsificação de produtos.
Qual a diferença?
Existe diferença legal e conceitual. A propriedade intelectual não existe, quanto mais divulgada a idéia de um autor melhor para ele. O que se vende agregado a idéia são os meios físicos de distribuição, como os CDs e DVDs, além dos cinemas.
O que se vende além da idéia, é o valor da produção , ou você acha que um filme de açãosó tem o custo das idéas?Matrix custou 150 milhõesde dólares para ser produzido.Você investe uma grana dessas se não for para ter lucro?
A guerra também propriciou incríveis invenções para a humanidade, como a internet. Nem por isso a queremos. Distribuição cultural através de CDs e DVDs e cinema apenas é muito restrito, a pirataria ocorre em grande parte devido a internet e a facilidade de acesso. Que as empresas se adaptem e ofereceram o novo serviço ou saibam taxa-lo.
Primeiro, responda a pergunta.
Já respondi a pergunta, o que quis dizer com a comparação é que a situação atual é outra, e que se danem os lucros das produtoras de filmes, essa é uma questão tão fútil, não me importo com os lucros milhonários do setor. Não penso que merecam isso e nem acho justo. Que vão ganhar dinheiro de outra maneira se for necessário, o que sei é que não existe essa possibilidade alarmista de acabar a produção cultural. Quem quiser ajudar as empresas que doe dinheiro direto a elas ou compre seus produtos. Sou contra a criminalização da cópia digital, o estado não tem que defender interesses particulares e empresarais.
Segundo, o que a guerra tem a ver com isso?A não ser que você esteja tentando fazer um paralelo entre o lucro de uma empresa e a guerra..... o que seria estúpido.Aindústria de cinema gera milhões de empregos, imagino que mais que a pirataria,e downloads ilegais não geram emprego nenhum...
Defender empregos inúteis é um erro na inovação. É um apelo social mas de muito menor valor do que o acesso de conteúdo a muitas pessoas através das novas tecnologias. O que é estúpido para você não é para mim, e o lucro exacerbado é muito prejudicial, até mesmo por uma ecologia humana, em que o planeta não suporta os mesmos níveis de consumo dos países desenvolvidos se estes forem estendidos para todas as pessoas do planeta. É uma corrupção não prevista na lei, mas que afeta a sociedade.
Terceiro, se as distribuidoras começarem a distribuir cópias pela internet, cobrandopor downloads, isso acabaria com os downloads ilegais?Ambos sabemos que não.
Seria uma forma melhor de obtenção de renda. Se a questão moral é realmente envolvida é mais fácil fazer as pessoas pagarem por dowloads de seus artistas preferidos do que pagarem um preço absurdo por meios ultrapassados de distribuição. É o mercado atual, embora as empresas estão querendo manter o lucro o quanto puder, através da manutenção do arcaico monópio de distribuição.