Foi um susto, inclusive. Fui creio que em 2006 com F. à missa e o padre disse que, no grego (ou no aramaico, vai saber), a palavra que a gente tem por virgem significava, antes, "moça". Como as mocinhas não eram casadas, o significado veio por analogia. E a gente se pergunta quantos não MORRRERAM por isso, hm.
Em hebraico, "mulher jovem" é "almah", que é a palavra usado por Isaías no caso da tal criança.
Virgem é "betullah", que Isaías usa quando quer dizer "virgem". Ou seja, ele conhecia as duas palavras e fazia distinção entre elas.
O resto é aquele velho papo de "em hebraico, blá-blá na verdade queria dizer blé-blé" e que serve para justificar qualquer coisa.
Quanto à virgindade pós-parto de Maria, os católicos acreditam que Jesus foi filho único e que Maria permaneceu virgem. Já os protestantes acham que ela teve outros filhos e não têm sua virgindade permanente como dogma.
Alguns acham que Jesus não nasceu pelos meio normais e sim desmaterializou-se e rematerializou-se fora do ventre.
A importância dada à virgindade me faz lembrar desta frase:
"Como uma mulher há de se reconhecer em Maria quando a ladainha de Nossa Senhora louva Maria
como
mater inviolata? Isso torna todas as outras mães
matres violatae, mulheres que foram violadas,
mal tratadas, conspurcadas, injuriadas, envergonhadas e profanadas - pela maternidade." (Uta
Ranke-Heinemann)