Ora, mas não é o objetivo final da ciência: a enunciação de dogmas;
Certamente que não

de certezas absolutas? Ou será que o objetivo da ciência seja perpetuar a dúvida; a verdade relativa?
Isso está mais próximo da verdade, sim; a ciência tem a obrigação auto-imposta de estar sempre em dúvida, por mais que tente diminuí-la sem jamais descartá-la.
Por acaso alguém ainda ousar duvidar que 2+2=4;
Matemática não é ciência, é uma técnica construída.
ou que é realmente o espermatozóide que fecunda o óvulo;
No momento, quase ninguém. Mas se surgirem evidências em contrário, sim, é perfeitamente possível que essa informação seja revista de alguma forma.
ou que todos os seres vivos morrem,
Essa é uma questão mais filosófica do que científica, pelo menos enunciada dessa forma. Por exemplo, não está claro como classificar o ciclo de vida dos vírus.
ou que a água é constituída de dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio?
Pode ser vista como uma definição mais do que um fato. Mas se for um fato, é um fato tão passível de revisão (havendo evidências que a motivem) quanto qualquer outro.
São princípios, que também podem ser chamados de "dogmas da ciência", por serem indiscutíveis e fundamentais;
Nenhum cientista diria isso.
e poderíamos até dizer que é uma heresia negar ou sequer contestar esses dogmas nos dias atuais.
Não faz sentido dizer isso, pelos motivos que citei acima.
Cuidado, porque nem tudo o que parece, é, e nem tudo o que não parece, não é. A enunciação de dogmas, embora pareça anti-científico, é na realidade um dos objetivos da ciência. Me refiro a dogmas verdadeiros, é claro.
Na boa, Leafar, isso só mostra que você tem muito a aprender sobre a definição de ciência e sobre epistemologia.
Eu até queria saber de onde vem essa definição tão exótica de ciência; Augusto Comte, talvez?