Autor Tópico: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?  (Lida 268504 vezes)

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Offline Perdulario

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #150 Online: 09 de Março de 2008, 00:26:17 »
Acho que nem é beeem o caso de sugerir as coisas aos outros.
É um processo complicado, é uma desconstrução da personna mesmo.

Quando você começa a frequentar os terreiros de umbanda, e mesmo em algumas casas espíritas, o que você está buscando?
Dizem que é aquela velha e boa história de "linimento para a alma", "cura para o sofrimento" ou, na maioria dos casos, "porque aquele FDP não volta pra mim e porque não melhoro de vida?"

Só que do lado de lá do balcão tem um pilantra, um picareta, um dos mais baixos estelionatários que você já encontrou na vida.
Ele não quer sua grana, nem sua vida, nada disso.
Ele quer TUDO de você.

Mas como ele conseguirá isso?
Muito simples: imbuído de uma autoridade máxima na Terra, sendo um enviados dos orixás ou do diabo que seja, ele já carrega uma aura de respeito inconteste. Afinal, olha lá quanta gente fica ajoelhada pra ele, quantos médicos, advogados, engenheiros e até psiquiatras o reconhecem como um enviado de Deus! Pouca merda ele não deve ser, certo?

Começa aí. Você dá a um cara que você nunca viu na vida, que não faz a menor idéia de quem seja, um poder, uma superioridade roubada, falsificada, sem mérito algum... Só porque ele é pai-de-santo.

Ele sabe disso. E a partir desse momento em que ele percebe que você já se ajoelhou pra ele, pelo menos mentalmente, o cara (ou seus asseclas) cola no teu ouvido e começa a dizer que "nããããão, você não é você! você é um espírito que faz parte de uma hoste sagrada! você tem um guia espiritual aí do seu lado, um caboclo forte, um pai velho de grande sabedoria que querem muito que você chegue até eles!"

Porra! Você, que já tem uma vida de merda, que vem de um relacionamento pessoal falido, cheio de dúvida, cheio de medo, sem emprego, miserável e sem eira nem beira na vida...
Quando recebe uma mensagem dessas... Tu arreia!

E pensa assim: "puxa, se eu sou tudo isso, então eu vou ficando por aqui mesmo porque, noosa!, eu quero mesmo melhorar, quero ser uma pessoa melhor e quero o PODER DE SER MÉDIUM E DE SERVIR AOS SENHORES DO ASTRAL SUPERIOR!!"

Sacou?
É plantada uma conversa na pessoa e ela, fragilizada, racha no meio e aquele lodaçal, aquele pântano de mentiras se instala na vida dela. E esse chorume pútrido vai lhe tomando o bom senso, até que ela deixa de ser ela e vira capacho do pai-de-santo.
Que, pra manter a vítima alimentada, de vez em quando lhe dá uma dose de atenção, um reconhecimento qualquer, uma guia, uma palavra amiga, confessa um segredinho, usa de 'discurso indireto' pra te engambelar e te larga lá, delirando no meio da multidão, com você achando que está no melhor dos mundos...
Conversando com entidades mágicas, escapando das dores do mundo...

Enquanto o pai-de-santo está enfiando o pinto na boca da sua filha e passando candidíase pra toda a mulherada do terreiro.

Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #151 Online: 09 de Março de 2008, 00:42:51 »
A maior bobagem que vi saiu da boca de um sujeito que frequentava o terreiro de umbanda aonde eu frequentava, até ser expulso por criticar certas coisas.
A filha desse camarada, que deveria ter uns 16 anos e que também ia no lugar, disse que estava sendo beijada na boca pela pai-de-santo "Incorporado" pelo exu capa-preta.

O que o pai dela disse?
"Ah, minha filha, continue assim, pega bastante 'axé' do mestre!"

Umbanda é isso, senhores.
Umbanda é isso.
Infelizmente essas aberrações acontecem, e a Umbanda não consegue se livrar desse estigma pelo fato de não ser uma religião codificada, como as outras; não dá para saber o que ela realmente prega ou condena e os ensinamentos variam de centro para centro, sem que haja uma literatura básica para dirimir as divergências. Enfim...

Para lhe ser sincero, eu também não tenho afinidades com a umbanda ou com as religiões afro, nem mesmo culturalmente. Mas mesmo assim considero leviano taxar toda uma categoria por causa dos excessos de alguns, aliás pelos excessos do seu ex-centro em particular, pelo que estou entendendo. Conheço alguns umbandistas no Portal do Espírito e no Orkut; são de vários centros e já tive as minhas rusgas com eles, mas em princípio me parecem pessoas muito distantes dessa realidade que informa. Ou eles são exceções, ou a exceção é você.

Já que gosta de falar da maldade dos outros, porque não partilha conosco as maldades que já fez nos seus tempos de Umbanda/Espiritismo? Quando se converter ao protestantismo e se tornar um pastor de uma igrejinha qualquer, vai abrir tudo mesmo num emocionado testemunho...

Um abraço.
« Última modificação: 09 de Março de 2008, 01:05:44 por Leafar »
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #152 Online: 09 de Março de 2008, 01:02:36 »
Isto são apenas fatos isolados.
Fatos isolados, mas existem... E não são poucos.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Perdulario

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #153 Online: 09 de Março de 2008, 01:21:20 »
Leafar, eu sou um cara extremamente simples, apaixonado e estou nadando numa profunda e absurda ignorância.
Portanto, de minha parte, você só terá destempero. Já fui muito, mas muito condescendente, exatamente como você. Já pensei no seu lance aí de que "ah, mas não podemos generalizar, nem todo umbanista é assim, é leviandade de sua parte", etc, etc.

Só que a merda é que eu estive enfiado nesse meio da macumbaria por mais de 20 anos, mano. Já "corri gira" como dizem no metiê, já li livros, já fui em cada biboca no meio do cu da mata que você nem sonha em imaginar. Quanto mais ir lá visitar.
E conheci trocentos tipos de macumbeiros, umbandistas, catimbozeiros, iniciados na umbanda esotérica, pais-de-santo, enfim, eu me julgo minimante vivenciado na bagaça.

Tanto que após um período de "desaprendimento" e reflexão, eu me tornei um ateu. Não por birra, por raivinha ou mágoa, que eu já passei da idade dessas viaagens.
Mas é que não tem como eu ter "dedinhos" com pústulas, cara.

Não tenho um pingo respeito por qualquer religioso, especialmente os umbandistas e, sinceramente, quando você tiver visto o que vi e se tivesse conversado com as pessoas que conversei...
Você também teria a mesmíssima atitude.

Por isso, por essa vivência, é que eu mantenho minha postura em dizer que a umbanda é uma tremenda duma MERDA que se sustenta as custas da exploração da imbecilidade, do desespero e da ganância alheia.
Eu fui lá, cara. Eu vi. Eu vivi a parada. Então sei lá, acho que o que eu digo deve ter algum valor, não é mesmo?

Não fiquei papeando com macumbeirinho eletrônico do Orkut. Fui em cada terreiro que você nem passaria na porta.

Vivência é tudo.

Por isso eu mijo na cara de qualquer religioso. Tá bom assim ou você seleciona sua mijada? :biglol:
« Última modificação: 09 de Março de 2008, 01:24:10 por Perdulario »

Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #154 Online: 09 de Março de 2008, 01:26:54 »
Claro que o que diz tem algum valor. Mas se ficou lá vinte anos, é porque não era lá tão ruim assim. Ou era?
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #155 Online: 09 de Março de 2008, 01:33:17 »
Claro que o que diz tem algum valor. Mas se ficou lá vinte anos, é porque não era lá tão ruim assim. Ou era?
Era excelente, meu camaradinha!
Eu me sentia extremamente feliz, alegre, reconhecido, satisfeito, enfim, eu estava na mais completa plenitude!

Mas o lobo perde o pelo mas não perde o vício.
Saí de lá e passei por um grave processo de dúvida. Enquanto outros tantos foram buscar sei lá que terreiros ou seitas, eu parei e pensei a respeito.

Daí vomitei tudo e recuperei meu prumo.

Mas não acredite em mim. Não acredite nas conversinhas eletrônicas.
Vai lá dar a cara a tapa pra ver se as coisas tem fundamento ou não.
Porque eu já me liguei que você é daqueles que tentam contemporizar se baseando em achismo, suposições ou sei lá o que.

Vai lá e confere, mano!
Experiência de tabela não é experiência.
Do contrário, se você não vai lá ver as coisas e confirmar se rolou ou não...
Não bota panos quentes nas tretas que você não conhece, certo?
Na boa.

Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #156 Online: 09 de Março de 2008, 01:47:41 »
Ok. Pra bom entendedor, um pingo é letra.  :wink:
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Perdulario

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #157 Online: 09 de Março de 2008, 01:50:38 »
Ok. Pra bom entendedor, um pingo é letra.  :wink:
Ou seja: você não entendeu lhufas, não é mesmo?
Tá certo, tá certo.
Já que você é o cara das frases, anota essa: cada um dá o passo conforme o tamanho da perna, okapa?

Offline Luis Dantas

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #158 Online: 09 de Março de 2008, 07:33:45 »
Mas como ele conseguirá isso?
Muito simples: imbuído de uma autoridade máxima na Terra, sendo um enviados dos orixás ou do diabo que seja, ele já carrega uma aura de respeito inconteste. Afinal, olha lá quanta gente fica ajoelhada pra ele, quantos médicos, advogados, engenheiros e até psiquiatras o reconhecem como um enviado de Deus! Pouca merda ele não deve ser, certo?

Começa aí. Você dá a um cara que você nunca viu na vida, que não faz a menor idéia de quem seja, um poder, uma superioridade roubada, falsificada, sem mérito algum... Só porque ele é pai-de-santo.

Ele sabe disso. E a partir desse momento em que ele percebe que você já se ajoelhou pra ele, pelo menos mentalmente, o cara (ou seus asseclas) cola no teu ouvido e começa a dizer que "nããããão, você não é você! você é um espírito que faz parte de uma hoste sagrada! você tem um guia espiritual aí do seu lado, um caboclo forte, um pai velho de grande sabedoria que querem muito que você chegue até eles!"

E a partir daí a escolha começa a ser 1) acreditar nessa conversa fiada e se sentir prestigiado e seguro, por mais falsamente que seja ou 2) aceitar que no fim só se conseguiu pagar mico e conhecer um estelionatário, sem qualquer coisa parecida com alívio ou solução para os problemas que se tem.  Pior ainda, correndo o risco de entrar em conflito com o resto dos otários participantes, entre os quais geralmente há alguma pessoa supostamente bem-intencionada que te convidou a vir.

Uma das coisas mais interessantes de "A Falácia Espírita" de René Guenón é uma observação que ele faz, de que grupos espíritas e espiritualistas tem tanta aversão a questionamento e pensamento próprio que embora gostem muito de se expandir, tentam sempre que possível fazê-lo  de uma forma que não ameace a estagnação mental de seus pequenos grupos, através do encorajamento da formação de novos grupos do zero e não da expansão e renovação dos que já existem.

Gostei da sua descrição, Perdulario; tendo-a em mente fica mais fácil entender a insistência espírita em dizer que "não tem sacerdotes", que é obviamente equivocada.  Pelo visto em algum nível eles pressentem o quão próximos estão desses rituais indignificantes e tentam comer o bolo sem perdê-lo.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Luis Dantas

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #159 Online: 09 de Março de 2008, 07:45:21 »
Infelizmente essas aberrações acontecem, e a Umbanda não consegue se livrar desse estigma pelo fato de não ser uma religião codificada, como as outras; não dá para saber o que ela realmente prega ou condena e os ensinamentos variam de centro para centro, sem que haja uma literatura básica para dirimir as divergências. Enfim...

... enfim, não seria melhor se houvesse essa atitude que você propõe, que claramente não é mais do que uma tentativa de superar inseguranças através da fuga para o literalismo fundamentalista, não muito diferente da insistência de alguns cristãos menos estruturados em correr para a letra da Bíblia diante da menor insegurança.

Que os ensinamentos variem de centro para centro é muito natural, e está muito mais próximo de ser uma solução do que um problema: as cabeças variam, as linguagens variam, e ter uma codificação não tornaria os rituais mais seguros, pelo contrário, seria mais um obstáculo à honestidade intelectual e emocional.

Citar
Para lhe ser sincero, eu também não tenho afinidades com a umbanda ou com as religiões afro, nem mesmo culturalmente. Mas mesmo assim considero leviano taxar toda uma categoria por causa dos excessos de alguns, aliás pelos excessos do seu ex-centro em particular, pelo que estou entendendo. Conheço alguns umbandistas no Portal do Espírito e no Orkut; são de vários centros e já tive as minhas rusgas com eles, mas em princípio me parecem pessoas muito distantes dessa realidade que informa. Ou eles são exceções, ou a exceção é você.

Você está tentando reduzir a denúncia de um problema real e significativo a uma questão de probabilidade estatística, Leafar.  Isso não faz bem nem para você nem para seu discurso.

Citar
Já que gosta de falar da maldade dos outros, porque não partilha conosco as maldades que já fez nos seus tempos de Umbanda/Espiritismo? Quando se converter ao protestantismo e se tornar um pastor de uma igrejinha qualquer, vai abrir tudo mesmo num emocionado testemunho...

Ah, as maravilhas do preconceito espírita, que chega a ter o condicionamento de sentir todos os questionamentos que recebe como prenúncio de pregação protestante... :)

Realmente, como diz o Talmud, o ser humano percebe os outros como ele próprio é, não como eles são.

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Offline Luis Dantas

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #160 Online: 09 de Março de 2008, 07:46:18 »
Isto são apenas fatos isolados.
Fatos isolados, mas existem... E não são poucos.

Você não entendeu NADA do que Dante disse, Leafar.  Fatos não são dogmas.  Para citar um dos seus "dogmas", 2+2=4 é uma definição, não um dogma.
« Última modificação: 09 de Março de 2008, 07:48:41 por Luis Dantas »
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Perdulario

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #161 Online: 09 de Março de 2008, 12:56:51 »
E a partir daí a escolha começa a ser 1) acreditar nessa conversa fiada e se sentir prestigiado e seguro, por mais falsamente que seja ou 2) aceitar que no fim só se conseguiu pagar mico e conhecer um estelionatário, sem qualquer coisa parecida com alívio ou solução para os problemas que se tem.  Pior ainda, correndo o risco de entrar em conflito com o resto dos otários participantes, entre os quais geralmente há alguma pessoa supostamente bem-intencionada que te convidou a vir.
Eu não sei dizer se existe esse momento divisor de águas, Luis.
Porque a pessoa que chegou a este momento que você disse já vem caminhando num processo de (auto?)convencimento.
Daí essa "entrega" pode rolar em qualquer momento mas ela se fortalece com a autoridade espiritual na tua frente que te levanta o Ego e diz aquilo que você quer ouvir: que seu sofrimento tem uma explicação mágica, que você é alguém especial, que isso e que aquilo.
É mais do que um alívio aos seus problemas. É um processo de desconstrução de sua personalidade pra que se coloque outra no lugar.
Escapismo? Sim, sem dúvida. Mas bem piorado.
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Gostei da sua descrição, Perdulario; tendo-a em mente fica mais fácil entender a insistência espírita em dizer que "não tem sacerdotes", que é obviamente equivocada.  Pelo visto em algum nível eles pressentem o quão próximos estão desses rituais indignificantes e tentam comer o bolo sem perdê-lo.
Os caciques do espiritismo disfarçam mas a verdade é que o sacerdócio só acontece quando uma entidade do astral vem e indica um camarada como sendo mais aquinhoado pelos deuses.
No ato já se reproduz uma hierarquia "física" e, portanto, aquele camarada mais especial é um sacerdote ou, no mínimo, uma liderança a ser obedecida.
Só que o espirita camufla essa autoridade, deixando você ficar de joelhos pra ele sem precisar carregar mantos, flâmulas ou medalhinhas.
Só no gogó!

Offline Fernando Silva

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #162 Online: 09 de Março de 2008, 13:17:31 »
Infelizmente essas aberrações acontecem, e a Umbanda não consegue se livrar desse estigma pelo fato de não ser uma religião codificada, como as outras; não dá para saber o que ela realmente prega ou condena e os ensinamentos variam de centro para centro, sem que haja uma literatura básica para dirimir as divergências. Enfim...
Religião codificada é religião congelada e dogmática: "Aceite e não discuta". Assim se evita que alguém venha com idéias novas e destrua tudo. Ou que pense demais e descubra que é tudo mentira.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #163 Online: 09 de Março de 2008, 13:32:36 »
Claro que o que diz tem algum valor. Mas se ficou lá vinte anos, é porque não era lá tão ruim assim. Ou era?

E...?

Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #164 Online: 09 de Março de 2008, 15:41:48 »
Claro que o que diz tem algum valor. Mas se ficou lá vinte anos, é porque não era lá tão ruim assim. Ou era?

E...?
Falou horrores dos "pai-de-santo" e dos "macumbeiros", contou "causos" aqui de arrepiar, como o da garota de 16 anos; citou inúmeros trambiques, mas quando eu perguntei se era bom, ele disse que "era excelente... que se sentia extremamente feliz, alegre, reconhecido, satisfeito, enfim, que estava na mais completa plenitude!"; e por vinte anos. Em outro tópico disse que se lixava para humanidade. Em outro, disse que gostaria de acabar com a raça de uma vizinhança. Mui buena gente, antes e agora.

Só posso supor que, ou participava ou era condescendente com a calhordice por uns vinte anos, a menos que me diga que só descobriu tudo nos últimos meses ou que passou esse tempo todo mudando de centro esperando encontrar um bom.

O caso é simples: ele sempre esteve lá por interesses pessoais, e saiu porque por algum motivo o ambiente passou a não interessar-lhe mais pessoalmente. Se era certo ou errado o que lá se passava, parece que nunca lhe interessou. Hoje também é ateu por interesses pessoais, pois já se notou em outros tópicos que não se interessa pela verdade, seja ela qual for, e quando se tornar protestante (porque o perfil dele é o de um futuro protestante), também o será por interesses pessoais, pois quererá ser "salvo de graça" após tudo isso (mas claro que vai esperar chegar mais próximo ao fim da vida para um sincero arrependimento, como muitos fazem). Como vê, para bom entendedor, um pingo é letra.

A verdade é: seguir o Espiritismo, parece que nunca seguiu; talvez tenha sido um freqüentador de centros ou federações Quanto à Umbanda, pelo pouco que já li e apesar de todas as minhas discordâncias, acho que ele também nunca pertenceu. Mas deixo a palavra para algum umbandista que queira se defender.

Com relação ao Espiritismo, se algum dia já se declarou espírita, o nosso amigo pertenceu à classe dos chamados Falsos Irmãos. Kardec havia falado deles já em março de 1863. Leiam o artigo Falsos Irmãos e Amigos Inábeis.

Só alguns parágrafos:

Alguns, ao que dizem, contraem enorme despesa com livros espíritas, de que os livreiros não se dão conta, e uma excessiva propaganda. Mas, por obra do acaso, a escolha de seus adeptos é infeliz; uma fatalidade os leva a se dirigirem de preferência a pessoas exaltadas, de idéias obtusas ou que já deram sinais de aberração; depois de um insucesso que deploram gritando em toda parte, constata-se que essa gente se ocupava do Espiritismo, do qual, a maior parte do tempo, não entendia patavina. Aos livros espíritas que esses zelosos apóstolos distribuem generosamente, muitas vezes adicionam, não críticas, pois seria falta de habilidade, mas livros de magia e feitiçaria ou escritos políticos pouco ortodoxos, ou ignóbeis diatribes contra a religião, a fim de que, surgindo um malogro qualquer, fortuito ou não, se possa confundir tudo numa verificação posterior.

Como é mais cômodo ter as coisas à mão, para ter comparsas dóceis, o que não se encontra em toda parte, alguns organizam ou fazem organizar reuniões onde se ocupam de preferência daquilo que o Espiritismo recomenda não se ocuparem, e onde se tem o cuidado de atrair estranhos, que nem sempre são amigos. Aí o sagrado e o profano estão indignamente confundidos; os mais venerados nomes são associados às mais ridículas práticas da magia negra, acompanhadas de sinais e palavras cabalísticas, talismãs, tripés sibilinos e outros acessórios. Alguns acrescentam, como complemento, e por vezes, visando ao lucro, a cartomancia, a quiromancia, a borra de café, o sonambulismo pago, etc. Espíritos complacentes, que aí encontram intérpretes não menos complacentes, predizem o futuro, lêem a buena-dicha, descobrem tesouros ocultos e tios na América e, caso necessário, indicam a cotação da Bolsa e os números premiados da loteria. Depois, um belo dia, a justiça intervém ou a gente lê num jornal a descrição de uma sessão de Espiritismo à qual o autor assistiu e conta o que viu com os próprios olhos...

...Certamente perguntarão se todas as torpezas de que acabamos de falar se devem, invariavelmente, a manobras ocultas ou a uma comédia com fins interesseiros, ou se, também, não podem resultar e um movimento espontâneo; numa palavra, se todos os espíritas são homens de bom-senso e incapazes de se enganar?

Pretender que todos os espíritas sejam infalíveis seria tão absurdo quanto a pretensão dos nossos adversários de deterem o privilégio exclusivo da razão. Mas se alguns se enganam, é que se equivocam quanto ao sentido e ao fim da doutrina. Neste caso sua opinião não pode fazer lei, e é ilógico e desleal, conforme a intenção, tomar a idéia individual pela idéia geral, e explorar uma exceção. Seria o mesmo que tomar as aberrações de alguns sábios como regras da ciência. A esses diremos: se quiserdes saber de que lado está a presunção da verdade, estudai os princípios admitidos pela imensa maioria, se não, pela unanimidade absoluta dos espíritas do mundo inteiro.

Podem, pois, os crentes de boa-fé enganar-se e não os incriminamos por não pensarem como nós. Se, entre as torpezas relatadas acima, algumas não passassem de opinião pessoal, nelas não veríamos senão desvios isolados, lamentáveis; seria, porém, injusto responsabilizar a doutrina, que as repudia abertamente. Mas se dizemos que pode ser o resultado de manobras interesseiras, é que nosso quadro é feito sobre modelos. Ora, como é a única coisa que o Espiritismo tem realmente a temer no momento, convidamos todos os adeptos sinceros a se porem em guarda, evitando as armadilhas que lhes poderiam estender. Para tanto, jamais seriam bastante circunspetos quanto à escolha dos elementos a introduzir nas reuniões, nem repeliriam com excessivo cuidado as sugestões que tendessem a desnaturar o caráter essencialmente moral. Mantendo nisto a ordem, a dignidade e a gravidade que convém a homens sérios, que se ocupam com coisas sérias, fecharão o acesso aos mal-intencionados, que se retirarão quando reconhecerem que aí nada têm a fazer. Pelos mesmos motivos, devem declinar de toda solidariedade com as reuniões formadas fora das condições prescritas pela sã razão e os verdadeiros princípios da doutrina, se não os puderem conduzir ao bom caminho.
(grifos meus)

Só espero que após tudo isso não role uma macumbinha para prejudicar a minha vida ou da minha família. Ui medinho... :medo:

Um abraço.
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rizk

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #165 Online: 09 de Março de 2008, 16:14:11 »
E eu faço muito menos que o Leafar e tomo advertência, hein.

Offline Fernando Silva

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #166 Online: 09 de Março de 2008, 16:15:29 »
Falou horrores dos "pai-de-santo" e dos "macumbeiros", contou "causos" aqui de arrepiar, como o da garota de 16 anos; citou inúmeros trambiques, mas quando eu perguntei se era bom, ele disse que "era excelente... que se sentia extremamente feliz, alegre, reconhecido, satisfeito, enfim, que estava na mais completa plenitude!"; e por vinte anos.
A religião é um entorpecente. Ela tem esse poder de controlar a pessoa a ponto de ela relativizar as coisas ou achar que "de alguma forma, há uma explicação para tudo isto".
Só assim eu consigo explicar por que absurdos óbvios na Bíblia não me chamavam a atenção. E olhe que, ao contrário do Perdulário, eu não tinha rigorosamente nenhuma recompensa psicológica com minha crença. Eu fazia o que achava que era certo, mais nada, mesmo achando aquilo tudo um saco.
Eu era controlado pelo implante na minha mente. Felizmente consegui me livrar dele sem traumas.
Para outros, é como se livrar de um vício. É difícil e deixa cicatrizes.

Offline Fernando Silva

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #167 Online: 09 de Março de 2008, 16:19:03 »
Só posso supor que, ou participava ou era condescendente com a calhordice por uns vinte anos, a menos que me diga que só descobriu tudo nos últimos meses ou que passou esse tempo todo mudando de centro esperando encontrar um bom.
Nós também achamos que o racismo da DE, que você aprova e tenta justificar, é calhordice.

Danieli

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #168 Online: 09 de Março de 2008, 16:59:11 »
E eu faço muito menos que o Leafar e tomo advertência, hein.

:sim:

Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #169 Online: 09 de Março de 2008, 17:01:06 »
Só posso supor que, ou participava ou era condescendente com a calhordice por uns vinte anos, a menos que me diga que só descobriu tudo nos últimos meses ou que passou esse tempo todo mudando de centro esperando encontrar um bom.
Nós também achamos que o racismo da DE, que você aprova e tenta justificar, é calhordice.
Primeiro precisa delimitar a calhordice. Se refere à calhordice doutrinária ou à minha calhordice? Se você considera os ensinamentos uma calhordice, é um direito seu. Mas eu não creio nisso e já coloquei vários argumentos para justificar que os textos são eminentemente justos e racionais.

Já para dizer que há calhordice da minha parte, teria que demonstrar primeiro que eu defendo as teses mesmo sabendo que seriam más; ou que eu violei ou violo em algum momento aquela regra do "fazer ou desejar ao próximo o que desejaria que me fizessem". Não é o meu caso. Com relação a essas teses, só há duas opções: ou estou certo, ou peco por ignorância.  Mas calhordice não, pois esta só é caracterizada quando o mal é praticado com conhecimento de causa.

Um abraço.
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Perdulario

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #170 Online: 09 de Março de 2008, 17:24:46 »
Falou horrores dos "pai-de-santo" e dos "macumbeiros", contou "causos" aqui de arrepiar, como o da garota de 16 anos; citou inúmeros trambiques, mas quando eu perguntei se era bom, ele disse que "era excelente... que se sentia extremamente feliz, alegre, reconhecido, satisfeito, enfim, que estava na mais completa plenitude!"; e por vinte anos. Em outro tópico disse que se lixava para humanidade. Em outro, disse que gostaria de acabar com a raça de uma vizinhança. Mui buena gente, antes e agora.
Ora, ora, ora!
Um patrulhador do comportamento alheio!

Amiguinho, serei breve e citarei meu considerado Paulo Francis: só os idiotas são coerentes.
Você perde um tempo imenso ao tentar me decodificar. Eu sou o que sou, uma imensa contradição, um Patolino textual, as vezes um Taz despirocado.
Você é caretinha, certinho, quer tudo arrumadinho e ADORA ver no alheio os pecados que certamente você desejaria ter.
Deixa dilson!
Citar
Só espero que após tudo isso não role uma macumbinha para prejudicar a minha vida ou da minha família. Ui medinho...
A maior de todas as macumbas é aquela que você enfia na sua própria mente, cara. Não rola do lado de cá, no Real. Rola aí na tua Consciência, alimentada pela tua Culpa.

A arrogância precede a queda. Lembra dessa? Anotaí!

Offline Diegojaf

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #171 Online: 09 de Março de 2008, 17:35:31 »
Owww... caramba...

Acabem com as gentilezas ou vamos começar a distribuir cartões aqui...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Mussain!

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #172 Online: 09 de Março de 2008, 17:50:12 »
Acho que nem é beeem o caso de sugerir as coisas aos outros.
É um processo complicado, é uma desconstrução da personna mesmo.

Quando você começa a frequentar os terreiros de umbanda, e mesmo em algumas casas espíritas, o que você está buscando?
Dizem que é aquela velha e boa história de "linimento para a alma", "cura para o sofrimento" ou, na maioria dos casos, "porque aquele FDP não volta pra mim e porque não melhoro de vida?"

Só que do lado de lá do balcão tem um pilantra, um picareta, um dos mais baixos estelionatários que você já encontrou na vida.
Ele não quer sua grana, nem sua vida, nada disso.
Ele quer TUDO de você.

Mas como ele conseguirá isso?
Muito simples: imbuído de uma autoridade máxima na Terra, sendo um enviados dos orixás ou do diabo que seja, ele já carrega uma aura de respeito inconteste. Afinal, olha lá quanta gente fica ajoelhada pra ele, quantos médicos, advogados, engenheiros e até psiquiatras o reconhecem como um enviado de Deus! Pouca merda ele não deve ser, certo?

Começa aí. Você dá a um cara que você nunca viu na vida, que não faz a menor idéia de quem seja, um poder, uma superioridade roubada, falsificada, sem mérito algum... Só porque ele é pai-de-santo.

Ele sabe disso. E a partir desse momento em que ele percebe que você já se ajoelhou pra ele, pelo menos mentalmente, o cara (ou seus asseclas) cola no teu ouvido e começa a dizer que "nããããão, você não é você! você é um espírito que faz parte de uma hoste sagrada! você tem um guia espiritual aí do seu lado, um caboclo forte, um pai velho de grande sabedoria que querem muito que você chegue até eles!"

Porra! Você, que já tem uma vida de merda, que vem de um relacionamento pessoal falido, cheio de dúvida, cheio de medo, sem emprego, miserável e sem eira nem beira na vida...
Quando recebe uma mensagem dessas... Tu arreia!

E pensa assim: "puxa, se eu sou tudo isso, então eu vou ficando por aqui mesmo porque, noosa!, eu quero mesmo melhorar, quero ser uma pessoa melhor e quero o PODER DE SER MÉDIUM E DE SERVIR AOS SENHORES DO ASTRAL SUPERIOR!!"

Sacou?
É plantada uma conversa na pessoa e ela, fragilizada, racha no meio e aquele lodaçal, aquele pântano de mentiras se instala na vida dela. E esse chorume pútrido vai lhe tomando o bom senso, até que ela deixa de ser ela e vira capacho do pai-de-santo.
Que, pra manter a vítima alimentada, de vez em quando lhe dá uma dose de atenção, um reconhecimento qualquer, uma guia, uma palavra amiga, confessa um segredinho, usa de 'discurso indireto' pra te engambelar e te larga lá, delirando no meio da multidão, com você achando que está no melhor dos mundos...
Conversando com entidades mágicas, escapando das dores do mundo...

Enquanto o pai-de-santo está enfiando o pinto na boca da sua filha e passando candidíase pra toda a mulherada do terreiro.

Isso mesmo. Mas não deixo de ressaltar: "Nem todos são assim". :) Pessoas são sugestionáveis, e pior ainda quando têm problemas.... e, lógico, quando esses são "problemas sérios", segundo a mesma. Dá uma passada aqui e vc verá o que eu realmente penso a respeito de todo esse assunto de "aceitar algo" - Seja ele religioso, político e etc:
../forum/topic=10904.0.html

(Mas ultimamente estou sem tempo e posso não responder :))


Offline Leafar

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #173 Online: 09 de Março de 2008, 18:21:47 »
Amiguinho, serei breve e citarei meu considerado Paulo Francis: só os idiotas são coerentes.
Você perde um tempo imenso ao tentar me decodificar. Eu sou o que sou, uma imensa contradição, um Patolino textual, as vezes um Taz despirocado.

(grifos meus)
Ok. Já havia reparado que coerência não era bem o seu forte (é você quem disse hein... veja acima; não o estou ofendendo). Só queria mostrar isso para os que te aplaudiram, pois eu mesmo às vezes sou acusado por aqui de ser incoerente (não porque eu queira, evidentemente) e normalmente tenho que me defender para não ficar desmoralizado. Contudo, se não estou errado, existem lugares apropriados para a falta de coerência voluntária, que são as seções de papo-furado, piadas e brincadeiras, Orkut e quem sabe até a área de testes. É só uma sugestão, pois não sou dono da casa...

E se quer ainda mais uma sugestão gratuita, pois acho que não há uma regra para isso, eu lhe recomendaria que, senão que não usasse, mas que pelo menos diminuísse o uso de palavras de baixo calão. Se é certo que um palavrão de vez em quando, usado na hora certa, é até engraçado e nos faz rir, usá-los o tempo todo fica tosco. E esse fórum sempre teve bom nível.

Encerro por aqui, antes que eu acabe levando um cartão (se é que já não levei depois dessa, apesar do meu cuidado ao escolher as palavras depois da bronca).

Um abraço.
« Última modificação: 09 de Março de 2008, 18:26:33 por Leafar »
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Re: Qual foi a maior besteira que você já ouviu de um religioso?
« Resposta #174 Online: 09 de Março de 2008, 18:26:33 »
Não vai levar, acho.... Pelo menos não vi nada de mal no que vc falou até agora..... nem motivo para encerar o debate.....

 

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