Ora, acontece que tendo conhecimento, você passa a ter melhores, ou no mínimo, mais instrumentos para se ter boas idéias.
Uma pessoa que tenha conhecimento correrá menos riscos em perder tempo com o que julga ser um grande idéia, quando na verdade ela não é. E, se de fato tal pessoa tiver uma grande idéia, usando do conhecimento acumulado, poderá aperfeiçoá-la e torná-la viável.
Einstein, antes de ter a grande idéia da relatividade geral, se mostrou excelente em lidar com o conhecimento estabelecido sobre física que se tinha até então, e foi trabalhando com base nesse conhecimento que desenvolveu a idéia da relatividade.
Newton era um maníaco, estudava obsessivamente tudo o que podia, inclusive o que não tinha qualquer ligação com o que o fez famoso (alquimia e misticismo), e por conta de seu empenho nos estudos, e utilizando do conhecimento adquirido, teve a grande idéia das suas leis naturais.
Os juristas que têm novas idéias aplicáveis no Direito debruçam-se incansavelmente sobre as teorias já formuladas, verificam falhas e críticas, e apontam as novas idéias baseadas no conhecimento adquirido.
Ter conhecimento é tão, ou em alguns casos, mais importante que ter boas idéias. É com base no estudo do conhecimento atual que se verifica se a idéia é viável ou inovadora, e é com base no conhecimento adquirido que tal idéia se aperfeiçoa.
Alguém que tem uma idéia, sem ter conhecimento adquirido, está na mesma posição de quem inventa a "Teoria Hectônica": só passa vergonha, confunde ciência com filosofia, não produz nada de prático, é inútil à humanidade, e se torna um miserável que poderia ter empenhado seu tempo em coisas viáveis e de fato relevantes.