Jocax meu véio. Estou lendo um artigo da Scientific American que fala de uma nova teoria de universos múltiplos. Quando acabar de ler posto aqui. Acho que ela meio que impossibilita a existência do Vácuo quântico e de qualquer nada pré-existente ao big bang. Gostaria tb da opinião do Fayman.
Bem, já li. Não foi lá muito fácil de entender mas aí vai:
O que sabemos do clássico é que o universo está em expansão, um dia foi extremamente diminuto, concentrado em um ponto infinitesimal que continha toda a massa e toda a energia, tendo extraordinária temperatura. Por motivos de difícil explicação, este ponto se expandiu e deu no universo que conhecemos hoje. Antes do ponto (que chamamos de singularidade) não havia nada, ou havia um nada. A ciência fala do Vácuo Quântico (VQ). O Jocax fala do Nada Jocaxiano (NJ).
Importante dizer que este universo é tudo que existe. Contem toda massa, energia e espaço. É finito, porém ilimitado (não se pode achar seus limites), pois não há o lado de fora do universo. Ele não se expande em direção ao espaço vazio, mas leva consigo o espaço.
O tempo surgiu quando o ponto, inicialmente uma singularidade, começou a se expandir. Antes da expansão não há tempo, nem espaço.
Isto posto, passemos à matéria de scientific American. Os autores são Timothy Clifton e Pedro G. Ferreira, cosmólogos da Universidade de Oxford. Na verdade versa sobre energia e matéria escura.
Matéria e Energia escura são uma espécie de ad hoc que os calculistas arrumaram para resolver o problema das equações de Einstein usadas para calcular a taxa de expansão do universo. Acontece que o universo é pouco denso e sem utilizar este recurso matemático, as equações não dão uma resposta viável. O universo precisaria ser mais denso, ou seja, possuir cerca de 80% a mais de matéria. Há artigos científicos mostrando detecção e medições de Matéria escura, mas a coisa é meio polêmica.
Os caras estão propondo um universo heterogêneo a partir da observação de supernovas. Ele seria formado de bolhas. Infinitas bolhas de baixa densidade(eles chamam de Voids, porque têm baixa densidade de matéria e energia). Entre as bolhas há alta densidade de matéria. Cada bolha se expande com taxa de expansão própria. Assim, não haveria um expansão única do universo, mas infinitas expansões. O universo não teria surgido de um único big bang, mas há infinitos e cíclicos big bangs. As bolhas estão a se expandir e contrair. A maior concentração de matéria está nos interstícios entre os “universos bolha”.
Bem, há uma série de questionamentos que eu faria sobre tempo e espaço, mas este modelo resolve dois problemas: Não precisa de matéria e energia escura e nem de um VQ ou NJ.
Já ouvi falar de outros modelos de universo tb. Um tem forma toróidal. O outro, eu li na Wiki. Neste modelo alguns cientistas postulam que o universo não é tão grande como parece. As galáxias mais distantes seriam, na verdade, um reflexo das mais próximas. E por aí vai...
Com a palavra os cosmólogos e amantes da cosmologia que transitam este fórum.