Autor Tópico: A reinvenção do socialismo cubano  (Lida 22033 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #100 Online: 26 de Janeiro de 2009, 13:01:10 »
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Uma sociedade mais justa para todos.

Nunca existiu nem existirá uma sociedade totalmente justa.

É bem fácil entender: Se toda a riqueza do mundo fosse distribuída,todos seriam pobres a e ainda assim haveriam miseráveis mais pobres ainda.

Se todos no mundo fossem chefes, quem seria o faxineiro ou se sujeitaria a fazer um trabalho assim? Ou se todos  fossem faxineiros, quem tomaria as decisões que podem quebrar ou levantar sua empresa?

Sempre vai haver diferenças, fim.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #101 Online: 26 de Janeiro de 2009, 13:04:02 »
Na verdade, a única coisa que deixa claro é que Che cometeu um erro em pensar que só porque funcionou em Cuba, funcionaria em qualquer outro lugar que fosse tentado.

Deixa claro que ele queria se meter em qualquer lugar que pudesse saquear e ganhar dinheiro e poder.


Offline Luiz Souto

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #102 Online: 26 de Janeiro de 2009, 14:56:57 »

Porque o regima socialista separa o poder econômico do poder político pelo fato do econômico passar a ser de todos (na teoria) e transforma o homem. A ditadura é só um meio pra se chegar no regima socialista.

Renato , não existem meios desligados dos fins , por isso que alguns meios nunca levarão a determinados fins.
Se você define socialismo como um sistema econômico formado pela associação dos produtores , no qual a alocação de recursos é feita ante hoc por decisão destes e não post hoc pelos mecanismos de mercado , então a ditadura é incompatível com o socialismo. Nesta definição ( que é a definição marxista clássica) a criação de mecanismos que substituam o mercado depende da ampliação e não da restrição dos direitos democrático e da criação e não da redução das instãncias de controle democrático.
Advogar a ditadura como meio é a defesa cínica do "socialismo real" onde o "Estado Operário" restringe os direitos dos trabalhadores ( que teóricamente o controlam) para evitar a ameaça da burguesia/contra-revolução  , ou seja , a maioria que comanda tem que ser privada de direitos para se defender da minoria que já fora derrotada.

Na verdade, a única coisa que deixa claro é que Che cometeu um erro em pensar que só porque funcionou em Cuba, funcionaria em qualquer outro lugar que fosse tentado.

Deixa claro que ele queria se meter em qualquer lugar que pudesse saquear e ganhar dinheiro e poder.

Se Che quisesse dinheiro e poder , não teria deixado Cuba.
Estes não eram os motivos dele , como bem colocou o Barata.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Offline Dbohr

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #103 Online: 26 de Janeiro de 2009, 15:29:14 »
Eu peço a todos que mantenham o bom nível de argumentação, e sugiro especialmente ao colega Arcanjo Lúcifer que tente não deixar que seu ódio irracional aos Comunistas interferir em seu raciocínio objetivo :ok:

O mesmo alerta vale para todos os tópicos Capitalismo x Comunismo. Não precisamos de debates religiosos fora das áreas apropriadas. De resto, continuemos!

Offline Südenbauer

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #104 Online: 26 de Janeiro de 2009, 15:34:37 »
Citação de: Doutor nome difícil
...Lançou-se em revoluções para melhorar o mundo à sua volta.
...
Era um assassino? Era. As opiniões políticas dele para mim também são idiotas e dignas de repreensão. No entanto o que fascina é justamente essa coragem de abandonar a conformidade da sociedade para fazer algo que realmente fosse verdadeiro.

Vamos melhorar a frase?

Vamos trocar "Lançou-se em revoluções para melhorar o mundo à sua volta." para ".... revoluções para colocar no poder uma parte do mundo que ele julgava ser merecedora de estar no poder, cagar com a vida da maioria e no final só beneficiar ele mesmo"...


vamos trocar "fosse verdadeiro" para "o que ele pensava que era verdadeira, por mais idiota que fosse o raciocínio"

Acho que assim fica bem melhor
Bah, tchê, tu não entendeu nada do que eu escrevi. Esquece...

Offline Renato T

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #105 Online: 26 de Janeiro de 2009, 16:03:32 »

Porque o regima socialista separa o poder econômico do poder político pelo fato do econômico passar a ser de todos (na teoria) e transforma o homem. A ditadura é só um meio pra se chegar no regima socialista.

Renato , não existem meios desligados dos fins , por isso que alguns meios nunca levarão a determinados fins.
Se você define socialismo como um sistema econômico formado pela associação dos produtores , no qual a alocação de recursos é feita ante hoc por decisão destes e não post hoc pelos mecanismos de mercado , então a ditadura é incompatível com o socialismo. Nesta definição ( que é a definição marxista clássica) a criação de mecanismos que substituam o mercado depende da ampliação e não da restrição dos direitos democrático e da criação e não da redução das instãncias de controle democrático.
Advogar a ditadura como meio é a defesa cínica do "socialismo real" onde o "Estado Operário" restringe os direitos dos trabalhadores ( que teóricamente o controlam) para evitar a ameaça da burguesia/contra-revolução  , ou seja , a maioria que comanda tem que ser privada de direitos para se defender da minoria que já fora derrotada.


Na verdade, o conceito que uso em ditadura é como meio de se solidificar o estado, por isso digo como meio e não como fim. Me parece que existe uma grande possibilidade de contra-revolução, em geral, quando essa ocorre, independente da ideologia da revolução, e a ditadura seria um meio de tentar impedir essa contra-revolução. Passando desse período nós teriamos o socialismo marxista no modelo que você citou. O problema é que vejo a possibilidade de uma contra-revolução como tão iminente que se torna quase imprecindível que se faça alguma coisa, no caso, implantar uma ditadura, até que o "pior" já tenha passado. No caso da revolução cubana, tenho minhas dúvidas sobre se esse período de contra-revolução já passou e me parece cada vez mais que é um período que só vai passar quando o modelo econômico dominante for, de fato, o socialismo ou algo que possa combater a possibilidade de contra-revolução. O que pensa sobre isso, Luis? Concorda comigo?
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2009, 16:05:39 por Renato T »

Offline Luiz Souto

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #106 Online: 26 de Janeiro de 2009, 16:42:18 »
Não Renato , discordo totalmente.
Você coloca como se o risco de uma contrarevolução fosse a ameaça de uma força independente de determinantes históricos , como se a revolução fosse uma cidadela assediada na qual qualquer discordãncia se torna traição ( e este é o raciocínio que embasa esta visão).
Mas se o objetivo da revolução é ampliar e não reduzir o poder da população ( ou para ser mais preciso , dar poder às camadas da população que não o tinham) então a ampliação das liberdades é indispensável pra garantir o apoio e a adesão.
Se um grupo opositor faz críticas , de duas uma : ou ele está certo ou ele está errado. Se está certo a crítica serve para corrigir o erro, se está errado o livre debate expõe o erro. Garantir ampla liberdade de expressão é condição prévia para e não concessão a posteriori do socialismo ( ou da construção deste).
Se combate a oposição de idéias com idéias e a oposição armada com armas , não se combate idéias com armas.
Se a maioria dos membros de uma sociedade goza de mais direitos após uma mudança de regime do que antes , a base social para uma contrarevolução deixa de existir.
Construir uma sociedade mais justa exige  mecanismos de intervenção e controle real dos cidadãos sobre o Estado , exige participação e isto não vem por concessão ou por discursos mas apenas se a maioria considerar que tem realmente o poder de decidir. Apenas quando a maioria dos cidadãos considera que a gestão da sociedade é seu dever e não algo a ser delegado para outra instãncia ( seja o partido , ou o líder , ou o que quer que seja) é que se pode garantir que não deixarão barato a tentativa de retirar seus direitos.

Aliás , o própio conceito de revolução merece ser reavaliado. Os exemplos clássicos , como a russa e a cubana , se tornaram anacrônicos ( e Gramsci já tinha sinalizado isso).
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Offline Ricardo RCB.

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #107 Online: 26 de Janeiro de 2009, 16:57:23 »
Pergunta a quem defende o modelo cubano.

Como a situação de um Estado (Povo, organizações, instituições, etc) melhora com a diminuição de liberdade de uma ditadura, ao invés do aumento da mesma (junto com a responsabilidade) de uma democracia?
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

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Offline DDV

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #108 Online: 26 de Janeiro de 2009, 16:59:25 »
Arcanjo Lúcifer, então Fidel Castro, Stalin e Mao estavam corretos em implantar e manter ditaduras para impedir que os "ratos" direitistas se multiplicassem?

Os ratos eram eles.


Sem comentários.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Dbohr

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #109 Online: 26 de Janeiro de 2009, 16:59:39 »
O que me vêm à mente nessas horas é o seguinte: como é possível propor uma "volta às raízes" do socialismo se todas ou quase todas as tentativas de implantá-lo terminaram em ditaduras? Eu, por exemplo, gosto muito da idéia da Social-Democracia, mas não sei dizer se chega a ser um pré-Socialismo. E para falar a verdade, também não sei se confiaria numa nova tentativa de implantar um regime Socialista, ainda que sem sangue derramado.

Offline Renato T

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #110 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:01:14 »
Não Renato , discordo totalmente.
Você coloca como se o risco de uma contrarevolução fosse a ameaça de uma força independente de determinantes históricos , como se a revolução fosse uma cidadela assediada na qual qualquer discordãncia se torna traição ( e este é o raciocínio que embasa esta visão).
Mas se o objetivo da revolução é ampliar e não reduzir o poder da população ( ou para ser mais preciso , dar poder às camadas da população que não o tinham) então a ampliação das liberdades é indispensável pra garantir o apoio e a adesão.
Se um grupo opositor faz críticas , de duas uma : ou ele está certo ou ele está errado. Se está certo a crítica serve para corrigir o erro, se está errado o livre debate expõe o erro. Garantir ampla liberdade de expressão é condição prévia para e não concessão a posteriori do socialismo ( ou da construção deste).
Se combate a oposição de idéias com idéias e a oposição armada com armas , não se combate idéias com armas.
Se a maioria dos membros de uma sociedade goza de mais direitos após uma mudança de regime do que antes , a base social para uma contrarevolução deixa de existir.
Construir uma sociedade mais justa exige  mecanismos de intervenção e controle real dos cidadãos sobre o Estado , exige participação e isto não vem por concessão ou por discursos mas apenas se a maioria considerar que tem realmente o poder de decidir. Apenas quando a maioria dos cidadãos considera que a gestão da sociedade é seu dever e não algo a ser delegado para outra instãncia ( seja o partido , ou o líder , ou o que quer que seja) é que se pode garantir que não deixarão barato a tentativa de retirar seus direitos.

Aliás , o própio conceito de revolução merece ser reavaliado. Os exemplos clássicos , como a russa e a cubana , se tornaram anacrônicos ( e Gramsci já tinha sinalizado isso).

Corrija-me se estiver errado mas, nesse caso, Luiz, como você disse no final, o próprio conceito de revolução tem de ser revisto e provavelmente abandonado, pois, em cenário algum, não consigo imaginar uma revolução como sendo algo diferente da quebra de um paradigma e a aceitação de outro no lugar e que essa passagem não provocara uma hesitação daqueles que ainda mantêm o paradigma antigo. Sendo assim, o único meio restante se torna um progresso em direção à uma mudança, no modelo de Chavez e Morales hoje, o que não considero uma revolução, e que, ao meu ver, será igualmente freado pela "oposição", como vem sendo no governo dos dois. E, nesse último caso, ficamos a mercê da sanidade da "oposição", já que eles tem poder bélico para depor um governante como Chavez.

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Mas se o objetivo da revolução é ampliar e não reduzir o poder da população ( ou para ser mais preciso , dar poder às camadas da população que não o tinham) então a ampliação das liberdades é indispensável pra garantir o apoio e a adesão.
Porque? A longo prazo não seria possível dar poder à população?
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2009, 17:04:24 por Renato T »

Offline Renato T

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #111 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:03:59 »
Pergunta a quem defende o modelo cubano.

Como a situação de um Estado (Povo, organizações, instituições, etc) melhora com a diminuição de liberdade de uma ditadura, ao invés do aumento da mesma (junto com a responsabilidade) de uma democracia?

Não melhor, mas à meu ver, é necessário para se manter a revolução até que ela se consolide. É justamente isso que estou discutindo com o Luiz.

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #112 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:05:19 »
Se os militares tivessem deixado o Jango assumir, as chances são que hoje nunca teríamos ouvido falar em Zé Dirceu, Tarso Genro, Lula, PT...

... e nem em FHC, Mário Covas, Serra e PSDB, mas isso é detalhe. Aliás, vamos lembrar que os 3 ali também foram opositores da Ditadura, tinham ideais comunistas e foram presos ou exilados. Não é tão preto no branco assim, Arcanjo.

E na boa, tente deixar o seu ódio irracional por comunistas de lado na hora de argumentar. Mal comparando, seria como se você saísse por aí propondo a prisão de todos os crentes.  ;-)

Ou talvez a coisa fosse bem pior que hoje se ele tivesse assumido.

Lembre que nos anos 60 quase aconteceu uma guerra nuclear entre EUA e URSS  porque usaram Cuba como base para armas nucleares russas, e Fudeu ainda financiava guerrilhas em um monte de lugares desde que tomou o poder.

A imagem que passavam na época  e tudo que aconteceu justificava  a aversão que os militares tinha por essa gente, se é que podemos chamar assim.

Então meu ódio por esse pessoal não é tão irracional assim  , ainda mais se como eu disse antes vc comparar os nomes dos vagabundos da época, o que fizeram e o que fazem hoje no governo.

Está se referindo a ACM, Maluf e Collor? Eles são crias da ditadura.

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Imagine se tiverem liberdade total para fazerem o que bem entenderem.


Estes aí que eu citei não só tinham total liberdade, como tinham privilégios concedidos pelos militares (inclusive foram nomeados para cargs biônicos), ou seja, me parece que os ditadores militares não tinham tanto problema assim com essa turma como seria de se esperar pelo louvor que você dá ao militares.
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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #113 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:08:57 »
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Na época da guerra fria não houveram santinhos, e ambos os lados, independente das bandeiras levantadas, cometerem seus erros.

Sei que não existem santos, mas se o cara financiava luta armada no exterior tinha que ter resposta.

Então tudo isso é porque Fidel financiava luta armada no exterior? Ora, então pelo seus próprios critérios os EUA são vilões da pior espécie e merecem uma "resposta" dos seus inimigos...



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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #114 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:12:27 »
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Em um país sério, gente como certos ministros do governo Lullalá que participaram de assaltos a bancos , homicídios e seqüestros estariam cumprindo pena de prisão perpétua ao invés de receber medalhas e indenizações.

É verdade, e os militares que participaram da ditadura seriam condenados à morte.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #115 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:19:18 »
Pergunta a quem defende o modelo cubano.

Como a situação de um Estado (Povo, organizações, instituições, etc) melhora com a diminuição de liberdade de uma ditadura, ao invés do aumento da mesma (junto com a responsabilidade) de uma democracia?

Não melhor, mas à meu ver, é necessário para se manter a revolução até que ela se consolide. É justamente isso que estou discutindo com o Luiz.

E quem dá aos revolucionários o direito de decidir o que é melhor para o resto do povo?
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Offline Luiz Souto

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #116 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:19:42 »
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Em um país sério, gente como certos ministros do governo Lullalá que participaram de assaltos a bancos , homicídios e seqüestros estariam cumprindo pena de prisão perpétua ao invés de receber medalhas e indenizações.

É verdade, e os militares que participaram da ditadura seriam condenados à morte.

No caso , os que estiveram envolvidos com atentados terroristas ( como os contra a OAB , ABL e outros) , os envolvidos em assassinatos ( lembrem-se de certa casa em Teresópolis) , etc, etc, etc...

Então tudo isso é porque Fidel financiava luta armada no exterior? Ora, então pelo seus próprios critérios os EUA são vilões da pior espécie e merecem uma "resposta" dos seus inimigos...


Como finaciaram a derrubada de Arbenz , Mossadegh , Allende... E financiaram os contras na Nicarágua ( cujo manual elaborado pela CIA recomendava o assassinato de alfabetizadores...)
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #117 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:32:11 »
Reiterando o que já foi dito aqui: a população brasileira não é e nunca foi muito simpática às idéias comunistas, muito menos em apoiar ou participar ativamente de movimentos armados.

Essas idéias, que já não têm muita acolhida na população, tenderiam a cair de podre e desaparecerem gradualmente SE alguns idiotas da direita e dos EUA não tivessem a brilhante idéia de atacarem a democracia e a liberdade individual, dando de graça para os esquerdistas a reputação de defensores da democracia e liberdade.


Nesse fórum, por exemplo, eu vejo muito mais direitistas do que esquerdistas defendendo ou justificando ditaduras (os únicos esquerdistas que já vi justificando ditaduras foram Renato T e Hugo). Porém, a imagem que vejo os direitistas tentarem passar aqui é a de que são os maiores defensores da democracia e liberdade...ou seja: não entendo nada do que acontece aqui.


Só pra constar... Justifico ditaduras como um todo, independente de ideologia, e não tenho ditadura como um fim, mas sim como um meio. É um simples aparato que te permite freiar o avanço do inimigo em certas ocasiões.

Essa opinião sua poderia ser aplicada em inúmeras áreas. Vou citar apenas 2 exemplos de aplicabilidade: a pesquisa científica e um jogo de futebol.

1-Pesquisa Científica: Justifico censura, perseguição, tortura, morte e doutrinação dogmática como um todo, independente de qual teoria ou idéia eles estão a serviço. E não tenho a censura, perseguição ou doutrinação dogmática como um fim, mas como um meio: é simples um aparato que te permite frear o avanço e a credibilidade das teorias ou idéias rivais em certas ocasiões.

2-Jogo de Futebol: Justifico a violência e a compra de juízes como um todo, independente de qual time essas coisas estão favorecendo. E não tenho a violência e a compra de juízes como um fim, mas como um meio: é um simples aparato que te permite impedir a vitória do time adversário em certas ocasiões.


Há muitas outras áreas onde essas idéias que Renato T defende podem ser aplicadas (em relação às leis penais e civis, à conquista de parceiros amorosos, etc).

É uma simples questão de escolher entre fazer as coisas baseadas em regras consensuais, evitando a violência e a guerra, ou não.

Renato T, ao que parece, acha que as disputas política não podem ser colocadas sob regras civilizadas e racionais que impeçam derramamento de sangue e destruição, ele acha que a política deve ser necessariamente como uma guerra franca e aberta onde tudo é válido.

É uma opinião peculiar essa.

Citação de: Renato T
Colocaria no mesmo contexto do que seria sitiar uma cidade: É errado, mas funciona muito bem para se chegar aos objetivos desejados e, se durar muito, começa a ficar insustentável.

Ou seja, a política necessariamente deverá ser uma guerra aberta e sem regras, conforme já comentado.
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Offline DDV

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #118 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:33:46 »
Pergunta a quem defende o modelo cubano.

Como a situação de um Estado (Povo, organizações, instituições, etc) melhora com a diminuição de liberdade de uma ditadura, ao invés do aumento da mesma (junto com a responsabilidade) de uma democracia?

Não melhor, mas à meu ver, é necessário para se manter a revolução até que ela se consolide. É justamente isso que estou discutindo com o Luiz.

E quem dá aos revolucionários o direito de decidir o que é melhor para o resto do povo?

Ótima pergunta.

Eu também gostaria MUITO de saber isso.
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Offline Herf

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #119 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:36:19 »
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Uma sociedade mais justa para todos.
Nunca existiu nem existirá uma sociedade totalmente justa.
O erro do socialista não está em querer uma sociedade mais justa e lutar por isso. Está em achar que o socialismo  é algo justo.

Offline Luiz Souto

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #120 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:39:37 »
Pergunta a quem defende o modelo cubano.

Como a situação de um Estado (Povo, organizações, instituições, etc) melhora com a diminuição de liberdade de uma ditadura, ao invés do aumento da mesma (junto com a responsabilidade) de uma democracia?

Não melhor, mas à meu ver, é necessário para se manter a revolução até que ela se consolide. É justamente isso que estou discutindo com o Luiz.

E quem dá aos revolucionários o direito de decidir o que é melhor para o resto do povo?

Esta é a questão. Quem detém efetivamente o poder?
Inicialmente vamos combinar: a revolução "clássica" , a tomada do Palácio de Inverno, está fora da agenda , se tornou anacrônica. Anacrônica porque só possível em uma sociedade pouco organizada , em que a instãncia de poder estava sobre a sociedade e era por está visto como algo externo. Como coloca Gramsci , esta é a característica de uma sociedade fluida , sem sociedade civil organizada ( ou seja , sem instâncias de poder fora das do Estado). As sociedades atuais não são mais assim , são complexas mesmo em países menos desenvolvidos como na América Latina.
A luta não é pela revolução , entendida como momento de tomada do poder mas como construção de uma hegemonia que leva à ascenção de um contra-poder. Na Venezuela e na Bolívia há uma revolução? Não no sentido clássico , sim no sentido de mudança de hegemonia*.
Consolidar uma revolução , Renato , é consolidar o poder de quem detém o poder. Se este é delegado a um partido ( por mais revolucionário , sincero , depojado , etc...que seja) há em última análise usurpação pois o poder corrompe e sempre corrompeu. Apenas a eterna vigilãncia e divisão das instâncias de poder é que permite que seus abusos sejam coibidos. É pela ampliação da democracia que se aprende a governar , a errar e corrigir , a avaliar e modificar.
Achar que uma vanguarda detem a capacidade de decidir a cada momento o melhor caminho e que a ampliação da autonomia dos cidadão pode ficar para depois é patinar na velha concepção leninista de partido , pela qual os trabalhadores espontaneamente não conseguem ultrapassar a consciência sindicalista , devendo a consciência socialista ser-lhes trazida pela vanguarda.

* passo por cima de minhas críticas à direção chavista para não embolar o tópico
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Offline Dodo

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #121 Online: 26 de Janeiro de 2009, 17:42:53 »
O erro do socialista não está em querer uma sociedade mais justa e lutar por isso. Está em achar que o socialismo  é algo justo.

E porque o socialismo é injuto? Por ser mal por natureza?
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Ricardo RCB.

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #122 Online: 26 de Janeiro de 2009, 18:01:21 »
Ok, Luiz Souto, gostei da sua resposta.

Aguardo a do Renato T, agora.

Só para citar a Bolívia, eu acho que eles estão fazendo uma besteira maior que o Godzilla. Mas o povo aprovou. A maioria necessária aprovou, então eles tem o direito de seguir por esse caminho.

Talvez estejam certos e eu descubra que minhas críticas não tinham fundamento. Talvez não. Mas foi uma decisão popular, democrática. (Eu andei revendo algumas posições sobre democracia, expandindo algumas definições que eu tinha).
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Donald Kendall

Offline DDV

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #123 Online: 26 de Janeiro de 2009, 18:45:23 »
Mente doentia a minha, né?  :biglol:

(Falando sério):

Infelizmente, pessoas perversas que não se importam com o sofrimento das demais são bastante comuns. Um dos motivos, aliás, de termos um estado democrático de direito sólido é justamente impedir que pessoas como essas adquiram demasiado poder, em qualquer escalão, e causem dor e sofrimento a outras sem que nada possa ser feito para impedi-las ou evitá-las.


Renato T, o que você acharia de sua mãe, seu pai, seu irmão, irmã, tio, tia, amigo, namorada, esposa, filho, filha ou você mesmo sendo torturados e mortos em nome de uma idéia de um suposto bem maior que virá em um futuro indefinido, idéia essa cuja viabilidade não encontra nenhuma base sólida mínima na
economia e na realidade, idéia essa à qual você não foi chamado para opinar ou votar, que você discorda  em parte ou em todo, ou que você simplesmente não conhece ou acha idiota?

Nota: Citei parentes seus não por querer apelar pra um suposto "egoísmo" de pensar apenas nos seus próximos, apenas porque, como eu não tenho certeza absoluta que você se importe com os sofrimentos dos demais, citei logo os mais próximos para garantir que você tenha uma noção mínima do que seja sofrimento.

Citação de: Renato T
Agora, sério
Os fins justificam os meios é relativo. Depende do peso dos meios

Concordo.

Centenas de milhões de pessoas mortas, tortura, fome e indigência propositalmente provocados, trabalhos forçados, privações e proibições inimagináveis e surreais, ausência de um mínimo de liberdade e autonomia, etc. 

Concorda comigo que isso são meios de muito peso, não?

Que tipo de fim justificaria estas coisas? Em que bases se ancoram sua viabilidade ou mesmo necessidade?

Deve ser um fim que traga tantas benesses e felicidades indizíveis com tanta certeza e garantia que todas essas atrocidades e sofrimentos produzidos em sua busca se reduzam a quase nada perto dele.

Que fim seria esse? Estou bastante curioso.

Renato T, faça de conta que você está se dirigindo à todas as pessoas do país tentando convencê-las a levar a cabo essa idéia; você irá convencê-las a estarem sujeitas a todos estes sofrimentos e riscos já citados, ou seja, você irá apresentar à elas esse objetivo que você propõe, o prazo mínimo e máximo paraa sua realização, demonstrar de forma cabal a possibilidade ou viabilidade do mesmo com base na economia, história, lógica, psicologia, etc. As pessoas irão então votar se aceitam o risco ou não, baseado em seus argumentos. (o sistema de governo a ser adotado, a forma de eleição, etc é assunto pra depois).

O espaço está aberto. Apresente aí seus argumentos para convencer as pessoas a se sujeitarem a atrocidades, sofrimentos e riscos inimagináveis. Estamos curiosos no aguardo...

   
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Prefiro uma ditadura comunista que busca um bem maior, mesmo que não o alcance e erre muito

Conhece alguma ditadura cujo governantes não estejam buscando um "bem maior"?

(Vamos por hora considerar que esse "bem maior" é algo consensual e definido).

Uma analogia: você prefere então abdicar de uma vida financeiramente mediana e viver na miséria gastando todo o dinheiro que ganha apostando na Mega-Sena, na esperança de ganhar milhões?

OBS: 2 coisas devem ser consederadas na analogia:

1- O prêmio na Mega-Sena, apesar de algo altamente difícil e improvável de ganhar, é algo definido e comprovadamente possível, ao contrário "bem maior" comunista.

2- As consequências de gastar tudo apostando na Mega-Sena recaem apenas na pessoa que decidiu fazer isso, o contrário do que ocorre na busca pelo "bem maior" comunista.


 
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por isso à uma democracia darwinista imutável;

Ditadura é que é "imutável", e não democracia. Na democracia existe alternância pacífica do poder.

Vide a Alemanha Ocidental e a Coréia do Sul, comparadas com suas irmãs oriental e do norte: Quais "mudaram" mais nesses 50 anos? (mudança para melhor, claro)

 
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Prefiro uma vida curta e feliz à uma vida longa e triste

Nos países comunistas as pessoas têm uma vida curta e triste. Algumas tem uma vida longa e triste, e uma minoria, que controla o poder, tem uma vida longa e feliz.

Nos países democráticos a maioria das pessoas costuma ter vida longa, algumas felizes, outras tristes (em proporção DRAMATICAMENTE inferior aos países comunistas, tanto em quantidade quanto em "grau" de tristeza). A proporção de pessoas de vida feliz e/ou longa é dramaticamente maior.

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Enfim... Prefiro ver em alternativas do que se fazer à simplismente aceitar o que é considerado melhor sem se discutir.


Você está dizendo que uma ditadura permite mais "ver as alternativas" do que uma democracia?

 
« Última modificação: 26 de Janeiro de 2009, 18:49:23 por DDV »
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Renato T

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Re: A reinvenção do socialismo cubano
« Resposta #124 Online: 26 de Janeiro de 2009, 18:54:11 »
à pergunta do Ricardo: Vamos abstrair o fato de que estar ou não certo sobre o rumo a ser tomado na revolução. O que sobra é: Quem da à alguém o direito de decidicir o que é melhor para o resto do povo? A resposta à isso é ética. Você carrega consigo parte da imagem que formará o quadro final e se você quiser que seja um belo quadro, então a obrigação de agir é também sua. É isso que te da direito de agir e tomar a responsabilidade para si quando os outros não querem faze-lo, se existe a necessidade de se tomar a liderança em algo para que seja feito o melhor - seja qual for sua ideia de melhor - é também obrigação sua faze-lo e você tem esse direito concedido pela ética. A questão real é o que é o certo a se fazer (e não se deem ao trabalho de me perguntar o que é certo, sabemos que isso não vai dar em lugar algum), pois o direito de faze-lo você tem.

Referente ao post do Luis:

Certo. Aceito os termos de revolução que você coloca e concordo contigo em que a revolução clássica se tornou anacrônica e continuo concordando até a parte da ampliação da democracia, embora discorde das premissas de que o poder corrompeu, corrompe e sempre corromperá, mas vá lá.
Agora chega o ponto em questão. Não é se a vanguarda detêm a capacidade de guiar eternamente o povo, mas sim de guia-lo até que ele possa andar sozinho. E é nesse ponto que a ditadura digo que vem a calhar e isso é inerente a ideologia que esta sendo seguida: Enquanto existir a possibilidade dos objetivos serem estraçalhados será necessário que se mantenha um estado de guerra e um governo ditatorial. Não digo que hoje a ditadura deva ser aplicada e nem mesmo que é correto faze-lo, ela é anacrônica, igual ao modelo que tomamos de revolução clássica, o que digo é que uma revolução no modelo clássico, não sobreviveria se não fosse seguida por uma ditadura para consolidar seu poder. No caso da revolução bolivariana, ela não está sendo feita de uma hora para hora, como a revolução clássica, mas sim construida pouco a pouco, por isso não há a necessidade de uma ditadura. No caso de Cuba, quem sabe fosse a hora de se passar de um regime ditatorial para um regime essencialmente democrático, mas nada me garante que a revolução cubana sobreviveria a tal, portanto, é ainda possível que o regime ditatorial castrista seja válido (se adimitirmos que o que ele busca é realmente o certo a se fazer) e que só deva voltar a democracia quando não houver mais ameaça ao Estado como um todo.

EDIT: A resposta saiu meio misturada, eu movi o que saiu fora do lugar para o lugar certo.
« Última modificação: 27 de Janeiro de 2009, 09:01:17 por Renato T »

 

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