Antes de qualquer coisa, acho que temos que esclarecer um ponto aqui: como eu disse antes, estamos falando de um embrião ou feto, e não de "crianças inocentes" sendo assassinadas. Se vamos equiparar um aborto com o assassinato de uma criança que já existe, nem vale mesmo a pena discutir, já que estaremos partindo de premissas distintas. Não sei se este é o seu ponto.
Sei que é possível que a mãe fosse omissa na situação, e se realmente for, merece punição, mas o que não acho justo é julgá-la culpada desde o início.
Não, não estou de gozação. E vou logo avisando que não discuto nesses termos.
Certo, então levarei a sério sua idéia de que uma mãe nesta situação deveria, além de ser estuprada, dar à luz e logo em seguida se suicidar porque respeita a vida.
Não acho que o instinto materno seja inconstante, e não sei como você consegue dissociar as características instintivas do valor pela vida...
Fácil. Compare uma mulher que tem um filho com um homem que ela gosta e respeita com outra estuprada com violência, fica fácil dissociar, por mais "instintivo" que seja.
Além do que o amor materno nem é tão constante assim na prática, nem toda as mães são gentis e caridosas...
Fácil assim abdicar das nossas responsabilidades, mas o mundo é o que criamos em conjunto.
Estamos falando aqui de estupro e pedofilia, que "responsabilidade" a mãe tem neste caso? Mesmo que fosse "apenas" estupro de uma mulher adulta, que responsabilidade é essa?
E como assim, "mundo que criamos em conjunto"? Que eu saiba, no mundo "ideal", estupradores e pedófilos nem deveriam existir, por que pessoas que respeitam os outros indivíduos como eu e você teríamos responsabilidade nisso?
Mas volto ao início, toda esta discussão só faz sentido se não considerarmos um feto ou embrião em condições de igualdade com um bebê, por exemplo. Eu não considero, mas para quem penas desta maneira (não é crítica a que pensa assim), o aborto realmente não seria aceitável em caso algum. Não sei se é o seu caso, Azumi.