Engraçado Azumi,
A mim, pelo menos, deu a impressão de que o julgamento já estava feito... até com a deliberação da sentença (o sofrimento de ter uma filha molestada seria a pena).
Não me pareceu que alguns realmente mantinham uma posição questionadora.
Mas eu entendo... tem tanta gente que nunca teve contato com gente pobre de verdade, gente que nunca contemplou questionar nada, que criou os filhos do mesmo jeito que foi criado... Para estas pessoas, questionar é incomum.
Mas o duro é perceber que mesmo para pessoas com acesso a informação, questionar é difícil. Está pregada na cabeça a idéia...
Semana passada ou na anteiror, não me lembro, passou uma reportagem na TV aberta sobre abuso infantil. Eu lembro de 3 irmãos (duas meninas e um menino) que contaram que o molestador, um vizinho, ameaçou matar os pais deles caso contassem. Eles não abriram a boca... os pais só suspeitaram pois o cara foi denunciado por outra criança e eles iam muito lá (sob coação).
Mudança comportantal a mãe percebeu, mas nem todos imaginam de cara abuso, principalmente quem não vive essa realidade (ou não sabe que vive). Ela até pensou que fosse porque o mais velho estava entrando na adolescência (o menino).
Essa hipótese eu não acho totalmente descabida...
Eu sou mãe e não me acho toda poderosa. Sou observadora, mais que a média até, mas me achar onipotente, dizendo que mãe que não percebe é mãe incompetente ou conivente acho um pouco injusto demais.
Pessoas são diferentes, não dá pra esperar que todos ajam como agiríamos.