Ué, Lua, acho justíssimo que se valha do conhecimento e linguagem da sua área de estudo ou trabalho. Agora, você me pede para que não coloque palavras? As palavras estão lá, você diz que pouco importa se o estupro é contra uma criança ou um adulto. Isso só demonstra a tênue diferenciação e a insignificância dos agravantes, aqui levados em consideração por você. Há uma maleabilidade para com os crimes contra a criança. A legislação brasileira é falha e, por muitas vezes, favorece a bandidagem, não é de hoje que se sabe disso.
Azumi, vou ser paciente com você e explicar de novo: Eu afirmei que o estupro é um crime hediondo em qualquer de suas formas, seja ele praticado contra crianças ou contra adultos. Você não entendeu isso? Quando eu afirmei que o estupro contra crianças é um crime qualificado com causa de aumento de pena eu quis te dizer que a lei penal, atendendo ao interesse constitucional, protege a criança e aplica penalidades mais severas para quem atenta contra crianças e adolescentes.
Você disse que há maleabilidade para crimes praticados contra criança. Quero que me aponte onde isso acontece. Quero que você me mostre que o sistema penal brasileiro não é aplicado de forma falha em crimes praticados contra crianças ou adultos. Seria interessante você mostrar onde, na lei penal ou qualquer outra lei, há essa maleabilidade referente aos crimes contra criança. Até onde sei, a lei é falha no geral, ou seja, adultos e crianças.
Quanto à tal 'tênue diferenciação e a insignificância dos agravantes' que você me atribui, ela também é fruto de sua imaginação, Azumi. Eu fui bem clara ao afirmar que a criança recebe proteção integral e é justamente essa a causa de o estupro praticado contra elas ser considerado qualificado e o fato de ter sido perpetrado pelo padrasto gerar uma causa de aumento de pena. Isso para você é uma tênue diferenciação? Para mim não é. A sdisposições gerais dos crimes contra os costumes, a meu ver, são diferenciações de suma importância para qualificar a criança como objeto de proteção estatal. Não coloque palavras onde não disse, é a segunda vez que você age dessa forma.
Bom, mas na verdade, não estou aqui para discutir essas questões de culpabilidade. Isso, eu já havia discutido há muito tempo. Já havíamos combinado em cessar a discussão, pois estávamos andando em círculos. O fato é que vocês não leram nada do tópico, e vieram aqui, só para ficar com essa provocação boba. Sabe? Não costumo me expressar em nome de segundos e terceiros... Tudo que expresso aqui é em meu nome. Se juristas, psicólogos, sociólogos, antropólogos, etc. e tal... Quiserem expressar a sua opinião, que venham aqui e expressem. Senão, no máximo que posso fazer, como o fiz, é pescar alguma na rede, e citá-la. Outra, também ajo por conta própria. Não me junto a bandos, a patotinhas.
Azumi, querida... Li o tópico inteiro. Não é da minha índole dar pitacos em tópicos que não li ou que desconheço o assunto. Novamente: não me atribua acusações com base em seus achismos. O fato de discordar de você não significa que eu não li o tópico ou caí de pára-quedas nele.
Sim, você se expressa em nome de segundos e terceiros. O post que você dedicou a Flávia é prova disso. Eu me expresso em nome de outras pessoas e não tenho vergonha de admitir que o faço. Na verdade, eu leio muito justamente por isso: para reunir informações diferentes e construir um conhecimento crítico que me permita raciocinar ceticamente. Isso não é plágio, é aquisição de conhecimento que considero necessário. Ah, e eu preciso trazer Thomas Bacellar, Raul Guimarães, Damásio de Jesus, Freud e outros para postar o que eles pensam aqui? Pensei que eu pudesse apresentar argumentos meus que, felizmente, encontro paralelo em pessoas que admiro. Se essas forem as novas regras do fórum, eu, e acredito que a maioria dos foristas, estamos seriamente encrencados. Já pensou não poder citar ninguém só porque você não gosta?
Agora vos pergunto: por que ao invés de ficarem com essa provocação dantesca, vocês não dão continuidade ao tópico, discutindo o assunto entre si?
Agora, se me permite, tenho de marcar presença no fórum da faculdade...
Discordar de você virou provocação dantesca? Então acho que provoco praticamente todo mundo por aqui. Aliás, todo mundo provoca todo mundo, já que muitos discordam entre si - o que acho harmonioso, considerando que estamos num fórum cético.
Cara Azumi, se você não consegue encarar argumentos diferentes dos seus como argumentos das outras pessoas, realmente é melhor que nos deixe discutir o assunto entre nós. Até onde sei (e sou imensamente grata por fazer parte do cc), o ambiente aqui sempre proporcionou discussões agradáveis, acaloradas e produtivas, na maioria das vezes. No entanto, meus argumentos nunca foram tomados como provocações simplesmente porque eram diferentes dos do meu 'opositor'.
Não se dê tanta importância, Azumi. Não tenho porque provocar você ou qualquer outro forista. Meu interesse aqui não é esse e creio que também não é o seu.
Um abraço.