Autor Tópico: Pra que serve deus?  (Lida 24661 vezes)

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Offline Gaúcho

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #100 Online: 04 de Julho de 2009, 00:26:14 »
São Tomas de Aquino é o fim da varzea...
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Mussain!

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #101 Online: 04 de Julho de 2009, 08:48:06 »

Pô, mas temos que admitir que pelo menos sabe escrever direitinho. Melhor assim do que a escrita eriveltoniana. :hihi:

São Tomas de Aquino é o fim da varzea...
:lol:

Offline Contini

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #102 Online: 04 de Julho de 2009, 16:54:30 »

Pô, mas temos que admitir que pelo menos sabe escrever direitinho. Melhor assim do que a escrita eriveltoniana. :hihi:



Nada, acho que é copy/paste!
"A idade não diminui a decepção que a gente sente quando o sorvete cai da casquinha"  - anonimo

"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

    “O escopo da ciência é limitado? Sim, sem dúvida: limitado a tratar daquilo que existe, não daquilo que gostaríamos que existisse.” - André Cancian

Offline Mussain!

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #103 Online: 04 de Julho de 2009, 19:06:18 »

Pô, mas temos que admitir que pelo menos sabe escrever direitinho. Melhor assim do que a escrita eriveltoniana. :hihi:



Nada, acho que é copy/paste!

http://www.montfort.org.br/secao=cadernos&subsecao=ciencia&artigo=evolucionismo&lang=bra

 :'(    :biglol:


To com preguiça de pesquisar os linsks das mensagens dele, mas logo de prima achei este.  :lol:

Offline lusitano

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #104 Online: 05 de Julho de 2009, 19:35:03 »
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ronysalles
livre para aprender.

Re: Pra que serve deus?
  
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Presumindo que haja o tal legislador, eu gostaria de perguntar:

Como ele é? Onde ele está?
Qual seu propósito?
E Por que tem que ser este, como os teístas pensam, e não outra coisa?
Presumindo que ele tenha existido, quem nos garante que ele ainda está vivo?
E enfim, pra que ele serve? (no sentido prático para a humanidade)

Para começar, olhe-se ao espelho; em seguida olhe para a restante natureza :!:
Terá imediatamente uma visão empírica, em primeiríssima mão, daquilo que procura.
O resto são presunções mais ou menos especulativas, para a existência de um animal Cósmico, que está perante os sentidos de todos os humanos.

Para o meu gosto pessoal, parece-me que a melhor opinião filosófica, mística e religiosa a tomar, é que em realidade, só existe deus, sob a forma de universo cósmico; dado que em essência, ela é a natureza absoluta de tudo o que existe; conhecido e desconhecido, em todas as formas e aspectos.  É como um dramaturgo cinematográfico - que em simultâneo - é o argumentista, produtor, realizador e actor que interpreta todos os personagens da natureza, num fantástico filme multidimensional. Ao mesmo tempo que gera as maiores controversas e paradoxos, sobre a sua eventual e hipotética existência... :)


« Última modificação: 05 de Julho de 2009, 19:41:08 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline N3RD

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #105 Online: 06 de Julho de 2009, 07:21:15 »
E eu sou o papa.
Não deseje.

Offline lusitano

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #106 Online: 06 de Julho de 2009, 07:32:09 »
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N3RD
Re: Pra que serve deus?
 

-----------------------
E eu sou o papa.


Se você o diz... :) :) :)

« Última modificação: 06 de Julho de 2009, 07:41:05 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline X

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #107 Online: 06 de Julho de 2009, 09:05:30 »
E eu sou a Santa Cynthia do Natal! :)

Offline lusitano

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #108 Online: 07 de Julho de 2009, 08:11:00 »
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Cynthia Ode

"I'm stripped of all but pride"

Re: Pra que serve deus?
---------------------------------
E eu sou a Santa Cynthia do Natal!

Obrigado pela informação. No entanto, pelo seu avatar, já estava desconfiado disso :ok: :D

Se não se importa, fale-me um pouco mais de si, dado que sou um dos seus devotos. :) 8-) :) 8-) :)
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Offline VALFELIX35

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #109 Online: 03 de Agosto de 2009, 23:40:34 »
Se deliciem com São Tomás de Aquino e se for possível, refutem-no :

"Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista".

Esta frase, de um filósofo muito suspeito, por ser esotérico - Joseph de Maistre - tem muito de verdade.

Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.

Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão. Em todo caso, as provas de Aristóteles e de São Tomás a respeito da existência de Deus têm tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de retidão intelectual.

É para essas pessoas que fazemos este pequeno resumo dos argumentos de São Tomás sobre a existência de Deus, tendo por base o que ele diz na Suma Teológica I, q.2, a.a 1, 2, 3 e 4.

Inicialmente, pergunta São Tomás se a existência de Deus é verdade de evidência imediata. Ele explica que uma proposição pode ser evidente de dois modos:

1) em si mesma, mas não em relação a nós;

2) em si mesma e para nós.

Uma proposição é evidente quando o predicado está incluído no sujeito. Por exemplo, a proposição o homem é animal é evidente, já que o predicado animal está incluso no conceito de homem.

Quando alguns não conhecem a natureza do sujeito e do predicado, a proposição - embora evidente em si mesma - não será evidente para eles. Ela será evidente apenas para os que conhecem o que significam o sujeito e o predicado. Por exemplo, a frase: "O que é incorpóreo não ocupa lugar no espaço", é evidente em si mesma e é evidente somente aqueles que sabem o que é incorpóreo.

Tendo em vista tudo isso, São Tomás diz que:

a) A proposição "Deus existe" é evidente em si mesma porque nela o predicado se identifica com o sujeito, já que Deus é o próprio ente.

b) Mas, com relação a nós, que desconhecemos a natureza divina, ela não é evidente, mas precisa ser demonstrada. E o que se demonstra não é evidente. O que é evidente para nós não cabe ser demonstrado.

Portanto, a existência de Deus pode ser demonstrada. Contra isso, São Tomás dá uma objeção, dizendo que a existência de Deus é um artigo de fé. Ora, o que é de fé não pode ser demonstrado. Logo, concluir-se-ia que não se pode demonstrar que Deus existe. São Tomás ensina que há dois tipos de demonstração:

1) Demonstração propter quid (devido a que)

É a que se baseia na causa. Ela parte do que é anterior (a causa) discorrendo para o que é posterior ( o efeito).

2) Demonstração quia (porque)

É a que parte do efeito para conhecer a causa.

Quando vemos um efeito mais claramente que sua causa, pelo efeito acabamos por conhecer a causa. Pois o efeito depende da causa, e é, de algum modo, sempre semelhante a ela. Então, embora a existência de Deus não seja evidente apenas para nós, ela é demonstrável pelos efeitos que dela conhecemos.

A existência de Deus e outras verdades semelhantes a respeito dele que podem ser conhecidos pela razão, como diz São Paulo Rom. I, 19), não são artigos de fé. Deste modo, a fé pressupõe o conhecimento natural, assim como a graça pressupõe a natureza e a perfeição pressupõe o que é perfectível.

Entretanto, alguém que não conheça ou não entenda a demonstração filosófica da existência de Deus, pode aceitar a existência dele por fé.

É no artigo 3 dessa questão 2 da 1ª parte da Suma Teológica que São Tomás expõe as provas da existência de Deus. São as famosas 5 vias tomistas.

Iª Via - Prova do movimento

É a prova mais clara.

É inegável que há coisas que mudam. Nossos sentidos nos mostram que a planta cresce, que o céu fica nublado, que a folha passa a ser escrita, que nós envelhecemos, que mudamos de lugar, etc.

Há mudanças substanciais. Ex.: madeira que vira carvão. Há mudanças acidentais. Ex: parede branca que é pintada de verde. Há mudanças quantitativas. Ex: a água de um pires diminuindo por evaporação. Há mudanças locais. Ex: Pedro vai ao Rio.

Nas coisas que mudam, podemos distinguir:

a) As qualidades ou perfeições já existentes nelas.

b) as qualidades ou perfeições que podem vir a existir, que podem ser recebidas por um sujeito.

As perfeições existentes são ditas existentes em Ato.

As perfeições que podem vir a existir num sujeito são existentes em Potência passiva. Assim, uma parede branca tem brancura em Ato, mas tem cor vermelha em Potência.

Mudança ou movimento é pois a passagem de potência de uma perfeição qualquer (x) para a posse daquela perfeição em Ato.

M = PX ---->> AX

Nada pode passar, sozinho, de potência para uma perfeição, para o Ato daquela mesma perfeição. Para mudar, ele precisa da ajuda de outro ser que tenha aquela qualidade em Ato.

Assim, a panela pode ser aquecida. Mas não se aquece sozinha. Para aquecer-se, ela precisa receber o calor de outro ser - o fogo - que tenha calor em Ato.

Outro exemplo: A parede branca em Ato, vermelha em potência, só ficará vermelha em Ato caso receba o vermelho de outro ser - a tinta - que seja vermelho em Ato.

Noutras palavras, tudo o que muda é movido por outro. É movido aquilo que estava em potência para uma perfeição. Em troca, para mover, para ser motor, é preciso ter a qualidade em ato. O fogo (quente em ato) move, muda a panela (quente em potência) para quente em ato.

Ora, é impossível que uma coisa esteja, ao mesmo tempo, em potência e em ato para a mesma qualidade.

Ex.: Se a panela está fria em ato, ela tem potência para ser aquecida. Se a panela está quente em ato ela não tem potência para ser aquecida.

É portanto impossível que uma coisa seja motor e móvel, ao mesmo tempo, para a mesma perfeição. É impossível, pois, que uma coisa mude a si mesma.

Tudo o que muda é mudado por outro.

Tudo o que se move é movido por outro.

Se o ente 1 passou de Potência de x para Ato x, é porque o ente 1 recebeu a perfeição x de outro ente 2 que tinha a qualidade x em Ato.

Entretanto, o ente 2 só pode ter a qualidade x em Ato se antes possuía a capacidade - a potência de ter a perfeição x.

Logo, o ente 2 passou, ele também, de potência de x para Ato x. Se o ente 2 só passou de PX para AX, é porque ele também foi movido por um outro ente, anterior a ele, que possuía a perfeição x em Ato.

Por sua vez, também o ente 3 só pode ter a qualidade x em Ato, porque antes teve Potência de x e só passou de PX para AX pela ajuda de outro ente 4 que tinha a qualidade x em Ato. E assim por diante.

PX ---> AX PX (5) ---> AX PX (4) ---> AX PX (3) ---> AX PX (2) ---> AX (1)

Esta seqüência de mudanças ou é definida ou indefinida. Se a seqüência fosse indefinida, não teria havido um primeiro ser que deu início às mudanças.

Noutras palavras, em qualquer seqüência de movimentos, em cada ser, a potência precede o ato. Mas, para que se produza o movimento nesse ser, é preciso que haja outro com qualidade em ato.

Se a seqüência de movimentos fosse infinita, sempre a potência precederia o ato, e jamais haveria um ato anterior à potência. É necessário que o movimento parta de um ser em ato. Se este ser tivesse potência, não se daria movimento algum. O movimento tem que partir de um ser que seja apenas ato.

Portanto, a seqüência não pode ser infinita.

Ademais, está se falando de uma série de movimentos nas coisas que existem no universo.

Ora, esses movimentos se dão no espaço e no tempo. Tempo-espaço são mensuráveis. Portanto, não são movimentos que se dão no infinito.

A seqüência de movimentos em tempo e espaço finitos tem que ser finita.

E que o universo seja finito se compreende, por ser ele material. Sendo a matéria mensurável, o universo tem que ser finito.

Que o universo é finito no tempo se comprova pela teoria do Big Bang e pela lei da entropia. O universo principiou e terá fim. Ele não é infinito no tempo.

Logo, a seqüência de movimentos não pode ser infinita, pois se dá num universo finito.

Ao estudarmos as cinco provas de S. Tomás sobre a existência de Deus, devemos ter sempre em mente que ele examina o que se dá nas "coisas criadas", para, através delas, compreender que existe um Deus que as criou e que lhes deu as qualidades visíveis, reflexos de suas qualidades invisíveis e em grau infinito.

Este primeiro motor não pode ser movido, porque não há nada antes do primeiro. Portanto, esse 1º ente não podia ter potência passiva nenhuma, porque se tivesse alguma ele seria movido por um anterior. Logo, o 1º motor só tem ATO. Ele é apenas ATO, isto é, tem todas as perfeições.

Este ser é Deus.

Deus então é ATO puro, isto é, ATO sem nenhuma potência passiva. Este ser que é ato puro não pode usar o verbo ser no futuro ou no passado. Deus não pode dizer "eu serei bondoso", porque isto implicaria que não seria atualmente bom, que Ele teria potência de vir a ser bondoso.

Deus também não pode dizer "eu fui", porque isto implicaria que Ele teria mudado, isto é, passado de potência para Ato. Deus só pode usar o verbo ser no presente. Por isso, quando Moisés perguntou a Deus qual era o seu nome, Deus lhe respondeu "Eu sou aquele que é" (aquele que não muda, que é ato puro).

Também Jesus Cristo ao discutir com os fariseus lhes disse: "Antes que Abraão fosse, eu sou" (Jo. VIII, 58). E os judeus pegaram pedras para matá-lo porque dizendo eu sou Ele se dizia Deus.

Na ocasião em que foi preso, Cristo perguntou: "a quem buscais ?", e, ao dizerem "a Jesus de Nazaré", ele lhes respondeu:

"Eu sou". E a essas palavras os esbirros caíram no chão, porque era Deus se definindo.

Do mesmo modo, quando Caifás esconjurou que Cristo dissesse se era o Filho de Deus, Ele lhe respondeu: "Eu sou". E Caifás entendeu bem que Ele se disse Deus, porque imediatamente rasgou as vestes dizendo que Cristo blasfemara afirmando-se Deus.

Deus é, portanto, ATO puro. É o ser que não muda. Ele é aquele que é. Por isso, a verdade não muda. O dogma não muda. A moral não evolui. O bem é sempre o mesmo.A beleza não muda.

Quando os modernistas afirmam que a verdade, o dogma, a moral, a beleza evoluem, eles estão dizendo que Deus evolui, que Ele não é ATO puro. Eles afirmam que Deus é fluxo, é ação, é processo e não um ente substancial e imutável.

É o que afirma hereticamente a Teologia da Libertação. Diz Frei Boff:

" Assim, o Deus cristão é um processo de efusão, de encontro, de comunhão entre distintos enlaçados pela vida, pelo amor." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, p. 169)

Ou então:

"Assim, Mary Daly sugere compreendermos Deus menos como substância e mais como processo, Deus como verbo ativo (ação) e menos como um substantivo. Deus significaria o viver, o eterno tornar-se, incluindo o viver da criação inteira, criação que, ao invés de estar submetida ao ser supremo, participaria do viver divino." (Frei Boff, A Trindade e a Sociedade, pp. 154-155)

É natural pois que Boff tenha declarado em uma conferência em Teófilo Otono:

Como teólogo digo: sou dez vezes mais ateu que você desse deus velho, barbudo lá em cima. Até que seria bom a gente se livrar dele." (Frei Boff, Pelos pobres, contra a pobreza, p. 54)

 

IIª Via - Prova da causalidade eficiente

Toda causa é anterior a seu efeito. Para uma coisa ser causa de si mesma teria de ser anterior a si mesma. Por isso neste mundo sensível, não há coisa alguma que seja causa de si mesma. Além disso, vemos que há no mundo uma ordem determinada de causas eficientes.

Assim, numa série definida de causas e efeitos, o resfriado é causado pela chuva, que é causada pela evaporação, que é causada pelo calor, que é causado pelo Sol. No mundo sensível, as causas eficientes se concatenam às outras, formando uma série em que umas se subordinam às outras: A primeira, causa as intermediárias e estas causam a última. Desse modo, se for supressa uma causa, fica supresso o seu efeito. Supressa a primeira, não haverá as intermediárias e tampouco haverá então a última.

Se a série de causas concatenadas fosse indefinida, não existiria causa eficiente primeira, nem causas intermediárias, efeitos dela, e nada existiria. ora, isto é evidentemente falso, pois as coisas existem. Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi causada.

Deus é a causa das causas não causada. Esta prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: "Causa das causas, tem pena de mim". A negação da Causa primeira leva à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem causa, mas nega que haja uma causa do universo.

O famoso físico inglês Stephen Hawkins em sua obra "Breve História do Tempo" reconheceu que a teoria do Big-Bang (grande explosão que deu origem ao universo, ordenando-o e não causando desordem, como toda explosão faz devido a Lei da entropia) exige um ser criador. Hawkins admitiu ainda que o universo é feito como uma mensagem enviada para o homem. Ora, isto supõe um remetente da mensagem. Ele, porém, confessa que a ciência não pode admitir um criador e parte então para uma teoria gnóstica para explicar o mundo.

O mesmo faz o materialismo marxista. Negando que haja Deus criador do universo, o marxismo se vê obrigado a transferir para a matéria as qualidades da Causa primeira e afirmar, contra toda a razão e experiência, que a matéria é eterna, infinita e onipotente. Para Marx, a matéria é a Causa das causas não causada.

 

IIIª Via - Prova da contingência

Na natureza, há coisas que podem existir ou não existir. Há seres que se produzem e seres que se destroem. Estes seres, portanto, começam a existir ou deixam de existir. Os entes que têm possibilidade de existir ou de não existir são chamados de entes contingentes. Neles, a existência é distinta da sua essência, assim o ato é distinto da potência. Ora, entes que têm a possibilidade de não existir, de não ser, houve tempo em que não existiam, pois é impossível que tenham sempre existido.

Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não ser, houve tempo em que nenhum desses entes existia. Porém, se nada existia, nada existiria hoje, porque aquilo que não existe não pode passar a existir por si mesmo. O que existe só pode começar a existir em virtude de um outro ente já existente. Se nada existia, nada existiria também agora. O que é evidentemente falso, visto que as coisas contingentes agora existem.

Por conseguinte, é falso que nada existia. Alguma coisa devia necessariamente existir para dar, depois, existência aos entes contingentes. Este ser necessário ou tem em si mesmo a razão de sua existência ou a tem de outro.

Se sua necessidade dependesse de outro, formar-se-ia uma série indefinida de necessidades, o que, como já vimos é impossível. Logo, este ser tem a razão de sua necessidade em si mesmo. Ele é o causador da existência dos demais entes. Esse único ser absolutamente necessário - que tem a existência necessariamente - tem que ter existido sempre. Nele, a existência se identifica com a essência. Ele é o ser necessário em virtude do qual os seres contingentes tem existência. Este ser necessário é Deus.

 

IVª Via - Dos graus de perfeição dos entes

Vemos que nos entes, uns são melhores, mais nobres, mais verdadeiros ou mais belos que outros. Constatamos que os entes possuem qualidades em graus diversos. Assim, dizemos que o Rio de Janeiro é mais belo que Carapicuíba. Nessa proposição, há três termos: Rio de Janeiro, Carapicuíba e Beleza da qual o Rio de Janeiro participa mais ou está mais próximo. Porque só se pode dizer que alguma coisa é mais que outra, com relação a certa perfeição, conforme sua maior proximidade, participação ou semelhança com o máximo dessa perfeição.

Portanto, tem que existir a Verdade absoluta, a Beleza absoluta, o Bem absoluto, a Nobreza absoluta, etc. Todas essas perfeições em grau máximo e absoluto coincidem em um único ser, porque, conforme diz Aristóteles, a Verdade máxima é a máxima entidade. O Bem máximo é também o ente máximo.

Ora, aquilo que é máximo em qualquer gênero é causa de tudo o que existe nesse gênero. Por exemplo, o fogo que tem o máximo calor, é causa de toda quentura, conforme diz Aristóteles. Há, portanto, algo que é para todas as coisas a causa de seu ser, de sua bondade, de sua verdade e de todas as suas perfeições. E a isto chamamos Deus.

Por esta prova se vê bem que a ordem hierárquica do universo é reveladora de Deus, permitindo conhecer sua existência, assim como conhecer suas perfeições. É o que diz São Paulo na Epístola aos Romanos (I, 19). E também é por isso que Deus, ao criar cada coisa dizia que ela era boa, como se lê no Gêneses ( I ). Mas quando a Escritura termina o relato da criação, diz que Deus, ao contemplar tudo quanto havia feito, viu que o conjunto da criação era "valde bona", isto é, ótimo.

Pois bem, se cada parcela foi dita apenas boa por Deus como se pode dizer que o total é ótimo? O total deve ter a mesma natureza das parcelas, e portanto o total de parcelas boas devia ser dito simplesmente bom e não ótimo. São Tomás explica essa questão na Suma contra Gentiles. Diz ele que o total foi declarado ótimo porque, além da bondade das partes havia a sua ordenação hierárquica. É essa ordem do universo que o torna ótimo, pois a ordem revela a Sabedoria do Ordenador. Por aí se vê que o comunismo, ao defender a igualdade como um bem em si, odeia a ordem, imagem da Sabedoria de Deus. Odiando a imagem de Deus, o comunismo odeia o próprio Deus, porque quem odeia a imagem odeia o ser por ela representado. Nesse ódio está a raiz do ateísmo marxista e de sua tendência gnóstica.

 

Vª Via - Prova da existência de Deus pelo governo do mundo

Verificamos que os entes irracionais obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.

Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si, a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.

Uma variante dessa prova tomista aparece na obra "A Gnose de Princeton". Apesar de gnóstica esta obra apresenta um argumento válido da existência de Deus.

Filmando-se em câmara lenta um jogador de bilhar dando uma tacada numa bola, para que ela bata noutra a fim de que esta corra e bata na borda, em certo ângulo, para ser encaçapada, e se depois o filme for projetado de trás para diante, ver-se-á a bola sair da caçapa e fazer o caminho inverso até bater no taco e lançar para trás o braço do jogador. Qualquer um compreende, mesmo que não conheça bilhar, que a segunda seqüência não é a verdadeira, que é absurda. Isto porque à segunda seqüência faltou a intenção, que transparece e explica a primeira seqüência de movimentos. Daí concluir com razão, a obra citada, que o mundo cego caminha - como a flecha ou como a bola de bilhar - em direção a um alvo, a um fim. Isto supõe então que há uma inteligência que o dirige para o seu fim. Há pois uma inteligência que governa o mundo.

Este ser sapientíssimo é Deus.


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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #110 Online: 04 de Agosto de 2009, 00:35:11 »
Eu só tenho algo a dizer, por ora: Tomás de Aquino seria reprovado em qualquer teste de redação.

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #111 Online: 04 de Agosto de 2009, 00:41:17 »
O desejo, diante as evidências universais significa o mesmo que nada. É subjetivo e em nada diverge: onde está a evidência desse ser em que você crê? Pois, ainda que o texto caracterize a especialidade desta "inteligencia" chamada fé, pergunto eu o "porquê" de uns as terem e outros serem céticos. Talvez um bug criacional tenha dado uma enorme vantagem para o Diabo, segundo a pespectiva cristã nesse mundo de incontáveis outras religiões.

Offline Contini

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #112 Online: 04 de Agosto de 2009, 07:57:26 »
Se deliciem com São Tomás de Aquino e se for possível, refutem-no :

"Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista".

Esta frase, de um filósofo muito suspeito, por ser esotérico - Joseph de Maistre - tem muito de verdade.

Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus.

Por isso, quando se dá as provas da existência de Deus para alguém, não se deve esquecer que a maior força a vencer não é a dos argumentos dos ateus, e sim o desejo deles de que Deus não exista. Não adiantará dar provas a quem não quer aceitar sua conclusão. Em todo caso, as provas de Aristóteles e de São Tomás a respeito da existência de Deus têm tal brilho e tal força que convencem a qualquer um que tenha um mínimo de boa vontade e de retidão intelectual.



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Verificamos que os entes irracionais obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.

Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si, a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.

Uma variante dessa prova tomista aparece na obra "A Gnose de Princeton". Apesar de gnóstica esta obra apresenta um argumento válido da existência de Deus.

Filmando-se em câmara lenta um jogador de bilhar dando uma tacada numa bola, para que ela bata noutra a fim de que esta corra e bata na borda, em certo ângulo, para ser encaçapada, e se depois o filme for projetado de trás para diante, ver-se-á a bola sair da caçapa e fazer o caminho inverso até bater no taco e lançar para trás o braço do jogador. Qualquer um compreende, mesmo que não conheça bilhar, que a segunda seqüência não é a verdadeira, que é absurda. Isto porque à segunda seqüência faltou a intenção, que transparece e explica a primeira seqüência de movimentos. Daí concluir com razão, a obra citada, que o mundo cego caminha - como a flecha ou como a bola de bilhar - em direção a um alvo, a um fim. Isto supõe então que há uma inteligência que o dirige para o seu fim. Há pois uma inteligência que governa o mundo.

Este ser sapientíssimo é Deus.


Putz, não tem um link só com todas as refutações para esse lixo, se bem que certos tipos de crente só sabem fazer copy/paste e nem tem capacidade intelectual para entender o que postaram e nem "retidão intelectual" para analisar as refutações.

Parece o caso de quem posta o refutadíssimo Tomas de Aquino...
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"Eu não tenho medo de morrer, só não quero estar lá quando isso acontecer"  - Wood Allen

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Offline Gaúcho

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #113 Online: 04 de Agosto de 2009, 10:03:13 »
Citação de: Troll
Se deliciem com São Tomás de Aquino e se for possível, refutem-no :

:clapping: : :apoiado: :1o:  :dedos:  :babao:
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Fred General

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #114 Online: 05 de Agosto de 2009, 14:12:15 »
Mesmas perguntas, mesmas respostas.
Vamos até o fim-do-mundo, só pra poder variar?
Se os pés ficarem cansados, pararemos num bar... Enquanto a chuva cai!!

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #115 Online: 17 de Agosto de 2009, 03:12:30 »
É incrível como alguém que se diz ateu ou agnóstico deixa pode carecer tanto de racionalidade diante de fatos, então vamos lá:

O universo é regido por leis básicas que chamamos de leis físicas como : Entropia, Gravidade, Aceleração, etc...Sem estas leis nada do que existe poderia existir. Então a pergunta é a seguinte:

1) O que existiu primeiro, as leis que regem o universo ou o universo antes das leis?
2) Segundo o aurélio (dicionário) lei significa:

s. f.
1. Preceito ou regra estabelecida por direito.
2. Norma, obrigação.

Sendo assim, toda lei presupõe a vontade de alguém para algo, ou seja, um raciocinio lógio objetivando um resultado pré definido. Assim sendo, não pode haver lei sem qua haja um legislador. A gravidade não pode ter surgido ao acaso uma vez que o acaso não raciocina. Obviamente o universo possui um arquiteto inteligente.


"Apelo à definição literal do dicionário" é fogo hein? Não é a toa que existe a "lei de Poe".

Offline HFC

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #116 Online: 17 de Agosto de 2009, 14:01:11 »

Sendo assim, toda lei presupõe a vontade de alguém para algo, ou seja, um raciocinio lógio objetivando um resultado pré definido. Assim sendo, não pode haver lei sem qua haja um legislador. A gravidade não pode ter surgido ao acaso uma vez que o acaso não raciocina. Obviamente o universo possui um arquiteto inteligente.


É por isso que o legislador fez emendas transitórias da "Lei  da Gravidade" (Lei 000004/000001) para permitir que Jesus andasse sobre as águas e subisse ao céus !!!  :histeria: :histeria: :histeria:
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Offline HFC

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #117 Online: 17 de Agosto de 2009, 14:02:22 »
 :biglol: :biglol:
Ó que pecado, eu escrevi errado Legislador ...
 :histeria: :histeria:
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Offline N3RD

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #118 Online: 17 de Agosto de 2009, 15:40:27 »
 :biglol:
Não deseje.

Offline Fundamentalista

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #119 Online: 17 de Agosto de 2009, 20:22:59 »
Citar
É por isso que o legislador fez emendas transitórias da "Lei  da Gravidade" (Lei 000004/000001) para permitir que Jesus andasse sobre as águas e subisse ao céus !!!

citarei uma Analogia usada em um outro forum, se realmente existe um Deus criador.. então ele faz o que bem entender

"Conhece jogos online? tipo ultima online? ragnarok, counterstriker ou algo do tipo???
espero que sim
Nesses jogos vc é uma mente dentro de um universo limitado, limitado por quem?? por quem criou o jogo e suas leis, o diretor desse projeto, esse jogo nao existira se não fosse por esse diretor, esse diretor mantem e prove esse jogo
e pode alterar as leis desse jogo quando quiser atravez de sua programação, se ele quiser pode aumentar ou diminuir o valor da emulação de gravidade e forças de todo o tipo, pode inserir ou retirar objetos em suas cenas quando desejar, pode banir jogadores ou dar qualidades aos seus protegidos que mais ninguem tem!!!! se ele quiser pode criar um usuario para si mesmo e entrar no jogo e andar pelos outros jogadores e ninguem sabera quem ele realmente é a nao ser que ele mesmo o revele ou ainda pode começar a fazer coisas sobrenaturais nesse jogo que os jogadores normais so poderiam dizer "maldito cheater" ou "é coisa do administrador" e chamar isso de "milagres" e ainda legislar Leis, clausulas para o bom andamento do jogo, como castigar os que falam palavrões ou definitivamente banir por atitudes mais hediondas e deixa-los numa cadeia indefinidamente

Esse diretor é o Deus desse jogo e pode interagir com ele como desejar
a já houviu o cliche "a vida é um jogo"? auhauahha
paz"

:)

Offline Spitfire

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #120 Online: 17 de Agosto de 2009, 22:14:13 »
Deus serve para pretexto.

Se algo ruim nos acontece é mais fácil admitir que foi a vontade de Deus e não fruto de, por exemplo, nossas próprias escolhas equivocadas e/ou falta de competência/talento/esforço. Também serve quando outros obtém sucesso, "foi graças a vontade de Deus", é difícil para um ser humano reconhecer que outro ser humano tenha mais virtudes e portanto seja merecedor dos objetivos conquistados.

O diabo também tem a mesma função, porém serve para justificar nossa própria incapacidade (sou merecedor, fiz tudo certo, mas o diabo atrapalhou)... "Fui despedido? É culpa do diabo!" (olho gordo, trabalho, encosto ou qualquer outro bullshit que o valha)...

Deus (e derivados igualmente bullshitísticos) serve(m) de desculpa para nossa própria ignorância, principalmente sobre nós mesmos.
« Última modificação: 17 de Agosto de 2009, 22:16:26 por Spitfire »

Offline Luiz Souto

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #121 Online: 17 de Agosto de 2009, 22:31:04 »
Como dizia  Spinoza: a vontade de deus é o abrigo da ignorância.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline diego_h

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #122 Online: 17 de Agosto de 2009, 23:25:08 »
ja eu (que sempre fico com pe atras para teistas) acho que é o contrario, crentes sustentam a seguinte ideia:
1-se foi é pq jave quis
2-se nao foi é pq vc nao teve fe

isso serve para que nao se doam ao sentir que sua fe é em vão. ou que seu pai nao lhes ouve...
Equipe: Gracie Barra BH SM - Professor: Mucio Maia

"É amplamente aceito que a passagem de politeismo para monoteismo é uma evolução da especie...
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“Uma visita ao hospício mostra que a fé não prova nada.” Friedrich Nietzsche

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Offline X

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #123 Online: 18 de Agosto de 2009, 06:53:43 »
É trágico saber que existem milhares de pessoas com dúvidas concretas e reais por aí, mesmo na igreja desses mesmos rapazes, e que não possuem idéia de um fórum como esse, ou de uma literatura esclarecedora, uma vez que suas entidades os segregam do mundo com argumentos tais como: "O mundo conspira contra você..."; "Gente do mundo vai te arrasatar pra longe da salvação...". São mimados com bombardeios de respostas, uma e outra vez, e nada. Sentem volúpia inexplicável no "tapa na cara". Não sabem a sorte que têm em achar coisa do tipo na internet, tão facilmente! :)

Offline X

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Re: Pra que serve deus?
« Resposta #124 Online: 18 de Agosto de 2009, 06:54:42 »
Bug!

 

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