Falando como um mero usuário e apelando apenas à minha memória:
Vigorou por muito tempo a política de reserva de mercado que impedia a entrada de produtos de ponta do exterior com a intenção de fomentar a indústria nacional, também direcionada ao desenvolvimento da Zona Franca de Manaus.
Nesse sentido, o que existiu por muito tempo foi a entrada de produtos via Paraguai, com vista grossa na fiscalização de fronteira.
Mereceu até um comentário da então editora do Caderno de Informática de O Globo, Cora Rónai, que toda universidade brasileira deveria erigir em seu campus uma estátua em homenagem ao contrabandista desconhecido, impoluta figura a quem devemos o fato de o nosso atraso tecnológico não haver atingido níveis irrecuperáveis durante aquele período sinistro.
Por outro lado, talvez mais voltado à sua pergunta, as empresas nacionais montavam coisinhas simples que estavam surgindo no Tio Sam.
Por exemplo, aproveito esse seu gancho para relembrar meu primeiro computador, quando eu mesmo nem sabia direito o que queria com aquilo:

O meu era muito mais simples do que o da imagem acima. Não tinha dispositivo de disquete nem monitor. Eu precisava usar um gravador de fita cassete para armazenar programinhas em Basic, que era interpretado (e não compilado) pelo seu modesto processador. E para ver o que escrevia, tinha que usar uma pequena TV em preto e branco.
Assim:

Saudades...
Na época, eu nem sabia para que serviam as teclas de função F1, F2... (que não aparecem na imagem acima por ser de um modelo anterior, mas existiam no meu, um Exato PRO).
Tudo linha de comando, tudo em interface texto, tudo em preto e branco.
Gravação dos programas em fita cassete, tendo que ajustar o nível de volume para a gravação ocorrer sem erros.
Como alguém em sã consciência pode ter saudade disso???

Veja que esse computador era fornecido pela CCE. Os Apple II, TK-85 e CP500 eram fornecidos por empresas como Gradiente e outras, todas nacionais.