Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138625 vezes)

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Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #1125 Online: 23 de Dezembro de 2013, 12:01:06 »
http://en.wikipedia.org/wiki/Deterrence_theory

Os pacifistas piram...

E onde que ameaçar a Bolívia entra nessa estratégia do JJ, de intimidação clara e formal?

Não sei do que você está falando... :|

Ih, foi mal, saiu errado.

Offline JJ

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Re:Potência militar
« Resposta #1126 Online: 25 de Dezembro de 2013, 08:19:42 »
A redução do número de bases ocorre com todas as forças aéreas, incluindo a maior e mais poderosa, a USAF.

Só que eles tem uma força muitíssimo maior do que vários países somados. Então diminuir um pouco não afetará de forma significativa a capacidade de Ataque deles.
.

É isso, valores são valores. Eu valorizo o diálogo, a diplomacia como resolução, você valoriza a ameaça militar. E tem bastante gente como você, louquinho pra falar grosso com gente com menos poder, coisa mais conhecida como tirania, por isso que forças armadas, em princípio, sempre são dissuasórias.



Eu valorizo os interesses nacionais. Eu valorizo os ganhos para os brasileiros em primeiro lugar.  Defender os interesses  nacionais e ganhos para os brasileiros não é  ser tirânico.  É sim, ser  correto com os brasileiros que pagam pesados tributos para que o Estado  faça coisas que beneficiem os brasileiros  (em primeiro lugar).





.
« Última modificação: 25 de Dezembro de 2013, 08:29:33 por JJ »

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1127 Online: 26 de Junho de 2014, 07:16:17 »
Muito interessante esse artigo.
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Forças Armadas - Entre a defesa e o ataque, em busca de uma postura para o futuro
A Estratégia Nacional de Defesa estimulou o governo a adotar programas estratégicos, dignos de uma potência militar, mas que ainda não se destacam, imersos num mar de iniciativas puramente emergenciais

Sessenta e seis meses depois de o governo ter aprovado a Estratégia Nacional de Defesa, o dispositivo militar brasileiro ainda se divide entre iniciativas de inegável importância estratégica – como a elevação do status de sua flotilha de submarinos leves ao patamar de uma moderna força de ataque formada por navios convencionais e nucleares –, e programas emergenciais aptos a não mais do que amenizar as graves deficiências desse escudo protetor, como a recente (e tardia) seleção e aquisição (?) de 36 aeronaves de caça suecas – que só poderão ser considerados disponíveis em um prazo muito dilatado, superior a dez anos.

As vulnerabilidades brasileiras no setor são notórias, e sob alguns aspectos até constrangedoras, se considerarmos que desde os anos de 1990 Brasília vem postulando um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Dono de uma das dez maiores economias do planeta, e de reservas significativas de petróleo, urânio, nióbio e manganês – valiosas para qualquer desenvolvimento tecnológico –, o Brasil só agora começou a implantar uma rede de vigilância eletrônica nas suas fronteiras terrestres, constituída de sensores fixos e móveis, o monitoramento por meio de VANTs (veículos aéreos não tripulados), e a organização de destacamentos (frações de tropa) de pronta resposta.

Apesar de ter sob sua jurisdição uma extensão marítima imensa, que oculta riquezas minerais (óleo e nódulos polimetálicos) e da fauna do Atlântico Sul, Brasília optou – erradamente – por não possuir uma guarda costeira. E, nesse capítulo das deficiências, é preciso dizer: mesmo o sistema de varredura do espaço aéreo, apesar de contar com boa cobertura radárica (de poucos pontos cegos), dispõe de meios de interceptação ainda insuficientes – até mesmo para coibir o tráfego de aeronaves desarmadas, que se deslocam a baixas altitudes para contrabandear drogas e armas.

Defasagem

Há um nítido descompasso na preparação das Forças Singulares.

A Marinha trabalha para receber, dentro de mais nove ou dez anos, o seu primeiro submarino nuclear (dos seis que estão previstos), mas é improvável que, nesse espaço de tempo, a Força Aérea consiga impulsionar o seu programa espacial, no sentido de garantir ao arsenal brasileiro, no futuro, mísseis de alcance intermediário, na casa dos 1.500 km.

A pesquisa de vetores movidos a propelente líquido (mais potente), indispensável à obtenção de armas balísticas, ainda caminha muito lentamente no país, assim como o esforço para dar às Forças Armadas um satélite militar de observação e de comunicações.

O submarino nuclear, o míssil intercontinental e o satélite de reconhecimento confeririam ao Brasil a condição de potência bélica – realidade que, hoje, parece ainda longínqua.

No plano internacional, apesar de requisitado de forma crescente pelas Nações Unidas, o governo só dispõe de uma capacidade muito limitada de intervir militarmente em situações de crise.

O empenho de forças nacionais na missão de imposição da paz (ou de “estabilização”, como a ONU prefere chamar) no Haiti, que já dura mais de nove anos, transformou-se rapidamente numa tarefa puramente policial – o que, no jargão militar, significa dizer experiência em teatro de operações de “baixa intensidade”. Houve, entretanto, um ganho inegável para as Forças Armadas. A necessidade de renovar os contingentes e o abastecimento de suprimentos a mais de 5.500 km de distância do Rio de Janeiro demandou, do Ministério da Defesa, o estabelecimento de uma rotina logística que, desde a 2ª Guerra Mundial, ainda não havia sido exigida às três Forças, e hoje é gerenciada com relativa tranquilidade.

Teste muito mais rigoroso terá início na virada de 2014 para 2015, quando um batalhão de infantaria do Brasil será transportado para o sul do Líbano – palco de conflito permanente entre extremistas árabes e as forças de defesa de Israel.

Nesse cenário tempestuoso do Oriente Médio, a simples obrigação de manter um navio de bom porte no litoral do Líbano, para a repressão ao tráfego naval suspeito de alimentar o terrorismo na região, vem impondo à esquadra brasileira sacrifício enorme, que recai sempre sobre as mesmas cinco fragatas classe Niterói – únicos barcos disponíveis com as características (de sensores, armamento e reconhecimento aéreo) requeridas pela ONU.

Uma nova exigência, apresentada por nações amigas da África Ocidental, no sentido de que o Brasil disponibilize um navio de guerra para integrar o grupo-tarefa multinacional incumbido do patrulhamento anti-pirataria no Golfo da Guiné, é visto com cautela no Ministério da Defesa, em função do gasto que tal participação irá requerer.

A Aeronáutica tem capacidade ainda menor de atuar no plano internacional.

Suas 43 aeronaves A-1 (AMX), de ataque ao solo, são comparáveis aos modelos que os italianos empregaram na guerra do Kosovo, na década de 1990, mas boa parte dos sistemas de navegação e de combate dos aviões brasileiros está ultrapassada. A modernização dessa frota só começou no ano passado, e a duras penas devido aos cortes orçamentários, estando, nesse momento, temporariamente paralisada.

Fragilidades

Os 36 supersônicos Gripen NG em processo de aquisição à indústria sueca são, obviamente, apenas um primeiro remendo no aparato que deve assegurar a inviolabilidade dos céus brasileiros. O território nacional exigiria um número de caças ao menos quatro vezes maior.

Além disso, o Comando da Aeronáutica não dispõe de esquadrões de ataque de longo alcance – antigamente enquadrados pelo binômio “aviação estratégica”. O país, por suas dimensões, comportaria ao menos duas dessas unidades. E a carência que esse dado representa não se cinge à defesa interna. A falta de uma aviação apta a realizar missões a longas distâncias reduz a praticamente zero, a chance de o elemento de combate da FAB vir a ser aproveitado (sob mandato da ONU) em cenários do exterior.

Outros serviços da Força Aérea – como o patrulhamento costeiro, o transporte e o de busca e salvamento – são igualmente atendidos por núcleos muito pequenos de aviões. Grupamentos que, dentro de certas restrições, servem para:

a - manter a qualificação dos pilotos, e,
b - atender atividades críticas, como a ligação aérea na Amazônia ou o patrulhamento de determinadas áreas marítimas (especialmente no saliente nordestino).

No fim da década de 1990, como forma de suprir as lacunas da defesa aérea e manter o elã de seus jovens pilotos de combate, a FAB optou por classificar o monomotor de ataque leve ao solo A-29 Super Tucano como aeronave de caça. Mas a verdade é que, sob certas circunstâncias, os Tucanos exibem dificuldades até mesmo para interceptar os voos ilícitos que empregam jatos de tipo executivo.

Como a FAB, também o Exército brasileiro ainda lida com a recuperação de suas capacidades básicas, o que pode ser observado pelo investimento na família de blindados sobre rodas Guarani – programa indispensável à conversão dos seus batalhões motorizados em unidades mecanizadas.

A Força Terrestre vem, acertadamente, priorizando a preparação das suas tropas de elite – de operações especiais e de paraquedistas –, e hoje já possui alguma capacidade de levar a cabo missões de infiltração e exfiltração, controladas à distância (do tipo daquela que atacou o esconderijo de Osama Bin Laden no Paquistão). Tais deslocamentos, normalmente feitos em helicópteros e à noite, exigem recursos tecnológicos sofisticados, além de muito treinamento.

Na América do Sul, a força mais bem adestrada no emprego de tropas helitransportadas é o Exército da Colômbia, empenhado há décadas em uma sangrenta guerra de guerrilha.

Mercê do apoio da indústria nacional, os generais brasileiros também investem em artilharia de foguetes e em mísseis. O poder de choque da corporação está, contudo, circunscrito a carros de combate e obuseiros autopropulsados que datam do início da década de 1980... Nesse momento, o Exército prepara-se para gastar cerca de US$ 400 milhões na aquisição e modernização de obuseiros AP M-109 e modernização de algumas centenas de viaturas  M-113.

A artilharia antiaérea (que vem sendo alvo de reformulação) é pequena e carece de padronização. A aviação do Exército necessita de unidades para atender suas tropas no Nordeste e no extremo sul do país, e só muito cautelosamente o Estado-Maior do Exército (EME) e o Comando de Operações Terrestres (COTER) fazem avançar as providências que resultarão na importação de aeronaves de asa fixa para seu corpo aéreo.   

Superação

As Forças Armadas brasileiras precisaram esperar longos 63 anos para superar, em definitivo, os preceitos operacionais e as concepções estratégicas herdados de sua experiência na 2ª Guerra Mundial.

A Marinha, por exemplo, passou quase quatro décadas submetida ao conceito americano de trainning navy – isto é, de uma força naval que necessitava dispor apenas de umas poucas embarcações para o adestramento do seu pessoal. Segundo esse raciocínio, chegada a hora de uma emergência, caberia aos Estados Unidos fornecer os navios que a marujada brasileira iria tripular. Tudo em perfeita sintonia com o espírito de cooperação interamericano da metade inicial da década de 1940, mas já perfeitamente anacrônico e inexeqüível nos anos de 1970.

A Aeronáutica mantinha aeródromos voltados para o Oceano Atlântico – herança da preocupação com os submarinos alemães, na metade inicial dos anos de 1940 –, e só agora executa um plano consistente de reposicionamento das suas bases e unidades aéreas com vistas à segurança das fronteiras terrestres do país. Nele se destaca o arco de defesa da Amazônia Ocidental, conformado pelo eixo São Gabriel da Cachoeira-Eirunepé-Vilhena, além do projeto de criação da base aérea do Amapá e o de ampliação do aquartelamento do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, no sul do Pará.

Por seu efetivo numeroso distribuído em dezenas de quartéis, o Exército é, tradicionalmente, a corporação militar menos ágil em promover mudanças orgânicas.

Entretanto, desde 2010 a Força Terrestre vem providenciando modificações importantes, como a fusão de unidades no sul do país – que dissolveu uma estrutura antiquada –, a transferência da Brigada Paraquedista para a região centro-oeste – o que permite a intervenção dessa organização de elite de maneira mais rápida e eficiente –, e a criação de uma brigada no território amapaense, indispensável à proteção da fronteira brasileira com a Guiana Francesa.

Conclusão

É preciso, contudo, enfatizar: nenhuma dessas providências terá sentido, caso o governo brasileiro – aí incluído o Legislativo Federal – não consiga definir qual o tipo de atuação deseja para as suas Forças Armadas.

A Era Fernando Henrique Cardoso apresentou ao concerto das nações um país candidato a ocupar vaga fixa no Conselho de Segurança, mas incapaz de cooperar com as missões de imposição da Paz convocadas pela ONU – paradoxo que logo enfraqueceu a postulação brasileira.

O período 2007/2010 apontou para um Brasil Potência à la Lula, de forte investimento nas Forças Armadas sob a justificativa de que era necessário proteger riquezas naturais como o pré-sal.

Sem apetite para os assuntos da inserção do Brasil no ecúmeno, a administração Dilma Roussef vem, contudo, tentando reverter a prioridade definida pelo PT lulista, como se os vários planos de alta relevância definidos pela Estratégia Nacional de Defesa pudessem ser descontinuados pelo simples estratagema do contingenciamento de verbas e dos cortes orçamentários.

São contrários ao investimento continuado na modernização das Forças Armadas os ministros Paulo Bernardo, das Comunicações (que consolidou essa posição enquanto chefiava a Pasta do Planejamento), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O mais provável é que, cedo ou tarde, esses colaboradores da presidenta acabem por descobrir que militares trabalham dentro de regras bem definidas, e as que se encontram em vigor na caserna são as ditadas pela Estratégia Nacional de Defesa, promulgada na gestão do chefe supremo dos petistas.

O trem militar pode, de fato, ser atrasado pela tesoura da área econômica – ou do próprio Palácio do Planalto –, mas talvez já não se disponha mais a obedecer uma ordem para parar.

Fonte

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1128 Online: 15 de Setembro de 2014, 07:45:52 »
Está saindo...

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SuperTucano ‘americano’ começará a voar este mês

A Embraer fará este mês a entrega do primeiro Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, da sigla em inglês). O avião foi produzido na fábrica que a companhia construiu em Jacksonville, na Florida.

O contrato envolve a aquisição de 20 aviões e está avaliado em US$ 427,5 milhões, mas pode atingir US$ 1 bilhão, com a compra de um total de 50 unidades. A negociação de um segundo lote, segundo o Valor apurou, deverá ser iniciada após a entrega da primeira aeronave.

As 20 aeronaves serão usadas para fornecer apoio aéreo leve, reconhecimento e capacidade de treinamento aos militares do Afeganistão. A Embraer informou que a cerimônia de entrega será realizada na fábrica de Jacksonville, onde foram feitas as atividades de pré-equipagem, montagens mecânica e estrutural, instalação e teste de sistemas e testes em voo. A unidade, localizada no aeroporto de Jacksonville, conta com 50 funcionários.
A entrega da primeira aeronave para os Estados Unidos será um evento histórico para a Embraer, pois é a primeira vez que a empresa vende um produto militar para a área de defesa americana.

Também neste ano a Embraer começa a fazer o pagamento de royalties para a Força Aérea Brasileira (FAB), sobre a exportação do Super Tucano. A FAB é a proprietária intelectual do projeto. O percentual de royaltie para o Super Tucano é de 1% sobre a nota fiscal emitida pela empresa para terceiros. A aeronave custa entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, dependendo da configuração e do tipo de armamento e de sensores que são incorporados.
A contratação da Embraer para o fornecimento dos aviões à Usaf foi duramente contestada pela concorrente americana Beechcraft, que perdeu a licitação para a brasileira. A Beechcraft alegava que a escolha da Embraer encarecia o custo de aquisição das aeronaves pelas Forças Armadas e comprometia empregos, mas o Departamento de Defesa dos EUA revogou a contestação e manteve o contrato.

A Embraer argumentou que cerca de 86% do valor em dólar do Super Tucano vem de componentes fornecidos por companhias ou países qualificados sob a lei “Buy American Act”, que exige um conteúdo americano superior a 50% para os produtos comprados fora dos EUA.

O parque industrial envolvido com o projeto do Super Tucano nos EUA reúne mais de 100 fornecedores de serviços e de componentes em 21 Estados americanos, o que corresponde a uma cadeia de fornecedores de 1400 funcionários nos EUA. Os dados foram informados pela Embraer no site “BuiltForTheMission”, com informações ao Super Tucano durante a concorrência LAS (Apoio Aéreo Leve), programa que selecionou a aeronave brasileira.
Com mais de 210 encomendas e um número superior a 170 aviões entregues, o Super Tucano está em operação em nove forças aéreas na América Latina, África e Sudeste Asiático. A aeronave executa missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras, ataque leve e contra-insurgência.

Com as instalações de Jacksonville, a Embraer reforça ainda mais a sua presença nos EUA e, especialmente na Flórida, onde emprega mais de 1200 pessoas. Nesta semana, inaugurou seu Centro de Engenharia e Tecnologia (Cete), em Melbourne, focado inicialmente em interiores de jatos executivos. A cidade também abriga uma unidade fabril de montagem final dos Phenom 100 e 300 e o Centro de Atendimento ao Cliente da Aviação Executiva.[/b]

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1129 Online: 16 de Setembro de 2014, 07:23:01 »
Como sempre...

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Nenhum dos principais presidenciáveis tem propostas específicas para defesa ou Forças Armadas

As Forças Armadas, que hoje comemoram 192 anos da independência do país, recebem pouco destaque nos programas de governo dos três principais candidatos ao Palácio do Planalto — Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). As referências ao tema nas plataformas de campanha são genéricas e limitam-se, quase sempre, à modernização da frota e à valorização dos militares como elementos essenciais para a segurança nacional.

“No Brasil, ainda existe a percepção de que as áreas militar e de segurança não dão votos”, declarou o coordenador do curso de relações internacionais das Faculdades Rio Branco, Gunther Rudzit.

No entanto, é uma área que envolve projetos bilionários e não pode ser alvo de desprezo por parte do futuro presidente da República. Quem tomar posse em 1º de janeiro de 2015, seja Dilma reeleita ou algum dos demais candidatos de oposição, terá diante de si uma pasta cujas dez maiores ações custarão ao governo aproximadamente R$ 115,8 bilhões.

Nesse pacote estão, por exemplo, a aquisição dos caças FX-2 da sueca Gripen, orçados em R$ 21,2 bilhões, mas cujo desembolso orçamentário mais robusto só deve acontecer a partir de 2016. Ou a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, no valor total de R$ 31,1 bilhões.

Gunther acredita que a ausência de ameaças externas concretas para o Brasil explica o fato de a área militar não levantar tanta preocupação de presidenciáveis e dos próprios eleitores. “As pessoas entendem que existem outras prioridades para gastar o dinheiro público”, completou o especialista no setor.
O Brasil gasta, em média, 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, o que representa, aproximadamente, R$ 72 bilhões. Cerca de 70% desse valor são consumidos com pagamento de pessoal. São 320 mil homens das Três Forças — Marinha, Exército e Aeronáutica —, incluindo militares da ativa, reservas e pensionistas — e manutenção das estruturas militares existentes.

No início de 2014, aproximadamente R$ 3,5 bilhões destinados a investimentos do Ministério da Defesa foram contingenciados, mas a expectativa é de que, até o fim do ano, R$ 2,5 bilhões retornem aos cofres da pasta.

O ministro Celso Amorim defende que o percentual seja elevado para algo em torno dos 2% do PIB — R$ 96 bilhões. Mesmo se as aspirações de Amorim fossem realizadas, ainda estaríamos abaixo da média dos gastos com segurança dos Brics — grupo de países formados por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Excetuando-se chineses e russos, que têm gastos muito maiores, a média de orçamento dos demais integrantes do bloco é de 2,4% do PIB dos respectivos países.
Mesmo sendo o partido que comanda o país há 12 anos e tendo iniciado boa parte dos atuais projetos bilionários de reequipamento do setor, o PT não tem claro, no programa de governo da reeleição de Dilma, o que pretende fazer ao longo dos próximos quatro anos.

Procurado pelo Correio, o comando de campanha respondeu que “o programa registrado no TSE e divulgado pela coligação Com a Força do Povo reúne as diretrizes gerais das políticas que serão implementadas. As propostas estão sendo discutidas e aprofundadas em grupos temáticos que já realizaram mais de 300 reuniões plenárias em todo o país, cujas contribuições estão sendo sistematizadas para fechamento do programa de governo”.

O presidente do PSB, Roberto Amaral, também reconhece que são genéricas as menções às Forças Armadas no programa de Marina Silva. No texto, há a promessa de fortalecer e de modernizar Exército, Marinha e Aeronáutica para o cumprimento da missão constitucional de defesa da pátria, de garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da manutenção da lei e da ordem. “Mas precisamos nos atentar, sobretudo, à segurança de nosso litoral, do pré-sal, e do espaço aéreo do país”, completou Amaral

Responsável pela capítulo de segurança no programa do tucano Aécio Neves, Cláudio Beato reconhece que as menções, neste momento, são pontuais, mas que o PSDB dará mais atenção ao tema caso chegue ao Planalto. “Pretendemos fortalecer as ações de inteligência nas fronteiras, em conjunto com a Polícia Federal e com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin)”, disse.


Offline Geotecton

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Re:Potência militar
« Resposta #1130 Online: 16 de Setembro de 2014, 08:32:40 »
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[...]
O Brasil gasta, em média, 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com defesa, o que representa, aproximadamente, R$ 72 bilhões. Cerca de 70% desse valor são consumidos com pagamento de pessoal. São 320 mil homens das Três Forças — Marinha, Exército e Aeronáutica —, incluindo militares da ativa, reservas e pensionistas — e manutenção das estruturas militares existentes.
[...]

Eu acho que o percentual de gasto com pessoal é maior que 70.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Potência militar
« Resposta #1131 Online: 16 de Setembro de 2014, 17:00:25 »
Não sei, não sou especialista, mas se houver a iminência de guerra, com umas pecinhas no tabuleiro ( dinheiro, influência e concessões) o Brasil consegue uns aviõeszinhos pra ontem, até com certa facilidade. e consegue se armar muito mais, gastando relativamente bem menos do que eles.
Sim, e aí coloca os pilotos de ST e de F5-M nos "aviõezinhos" que conseguir, e nem precisa de inimigos para derruba-los.
O melhor mesmo seria acabar com as nossas forças armadas e investir o dinheiro economizado com elas em mais  aviões
para transporte de "autoridades".
Pois para isso não falta verba.

O que eu quis dizer é que com muito pouco, sem grande esforço, o Brasil poderia dar conta de qualquer conflito na AS contra vizinhos, apenas com a desproporcional força política e econômica que separa os países. Para nos, não é interessante estrategicamente que mostremos força desmedida contra países muito menores, não interessa um continente armado até os dentes e uma corrida armamentista com países com medo do Brasil, coisa que já é um pouco natural dada a diferença . Ao contrário do que gente como o JJ acha, a cooperação, o diálogo e os acordos diplomáticos fazem muito mais, melhor e mais barato, pelo interesse brasileiro do que a intimidação que já é natural comoo disse.

Porque o Morales nacionalizou aquela empresa? Porque representava a grande empresa estrangeira de um grande pais que dominava a economia local. Ou seja, eles nos vêem de baixo pra cima sem que precisemos mostrar os tanques.

Concordo com o Juca, entrar em guerra com a Bolívia por causa de uma refinaria seria um leve exagero :hihi:, mesmo que o Brasil fosse uma potência militar.
 

Se o Brasil fosse uma potência militar, provavelmente já não haveria essa folga toda para comeaçar. Mesmo sem qualquer advertência explícita. (Ou, ao menos fora dos cenários de companheiragem internacional)

É uma tremenda ingenuidade acreditar que apostar em diálogo e diplomacia como alternativas que substituem completamente a capacidade efetiva de defesa. É como achar que a melhor saída é "dialogar" com bandidos, em vez de se ter polícia, portões, cadeados, cadeia.


Offline _Juca_

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Re:Potência militar
« Resposta #1132 Online: 16 de Setembro de 2014, 17:46:30 »
Não sei, não sou especialista, mas se houver a iminência de guerra, com umas pecinhas no tabuleiro ( dinheiro, influência e concessões) o Brasil consegue uns aviõeszinhos pra ontem, até com certa facilidade. e consegue se armar muito mais, gastando relativamente bem menos do que eles.
Sim, e aí coloca os pilotos de ST e de F5-M nos "aviõezinhos" que conseguir, e nem precisa de inimigos para derruba-los.
O melhor mesmo seria acabar com as nossas forças armadas e investir o dinheiro economizado com elas em mais  aviões
para transporte de "autoridades".
Pois para isso não falta verba.

O que eu quis dizer é que com muito pouco, sem grande esforço, o Brasil poderia dar conta de qualquer conflito na AS contra vizinhos, apenas com a desproporcional força política e econômica que separa os países. Para nos, não é interessante estrategicamente que mostremos força desmedida contra países muito menores, não interessa um continente armado até os dentes e uma corrida armamentista com países com medo do Brasil, coisa que já é um pouco natural dada a diferença . Ao contrário do que gente como o JJ acha, a cooperação, o diálogo e os acordos diplomáticos fazem muito mais, melhor e mais barato, pelo interesse brasileiro do que a intimidação que já é natural comoo disse.

Porque o Morales nacionalizou aquela empresa? Porque representava a grande empresa estrangeira de um grande pais que dominava a economia local. Ou seja, eles nos vêem de baixo pra cima sem que precisemos mostrar os tanques.

Concordo com o Juca, entrar em guerra com a Bolívia por causa de uma refinaria seria um leve exagero :hihi:, mesmo que o Brasil fosse uma potência militar.
 

Se o Brasil fosse uma potência militar, provavelmente já não haveria essa folga toda para comeaçar. Mesmo sem qualquer advertência explícita. (Ou, ao menos fora dos cenários de companheiragem internacional)

É uma tremenda ingenuidade acreditar que apostar em diálogo e diplomacia como alternativas que substituem completamente a capacidade efetiva de defesa. É como achar que a melhor saída é "dialogar" com bandidos, em vez de se ter polícia, portões, cadeados, cadeia.



Perto da Bolívia somos uma superhipermegaultradeoutragaláxia potência militar.

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1133 Online: 16 de Setembro de 2014, 17:49:50 »
E mesmo assim nos tomam refinarias, aumentam o preço do gaz definido em contrato. Que dirá se não fossemos tudo isso...
Opa espera, são amigos do rei.... :twisted:

Offline Derfel

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Re:Potência militar
« Resposta #1134 Online: 16 de Setembro de 2014, 18:13:13 »
Gás?

Offline Geotecton

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Re:Potência militar
« Resposta #1135 Online: 16 de Setembro de 2014, 19:31:13 »
E mesmo assim nos tomam refinarias, aumentam o preço do gaz definido em contrato. Que dirá se não fossemos tudo isso...
Opa espera, são amigos do rei.... :twisted:

Gás?

Hehehehehehehehehe.
Foto USGS

Offline DDV

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Re:Potência militar
« Resposta #1136 Online: 16 de Setembro de 2014, 23:44:40 »
E mesmo assim nos tomam refinarias, aumentam o preço do gaz definido em contrato. Que dirá se não fossemos tudo isso...
Opa espera, são amigos do rei.... :twisted:

Gás?

Hehehehehehehehehe.

Um dia da caça...    :D
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1137 Online: 17 de Setembro de 2014, 07:01:26 »

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1138 Online: 22 de Outubro de 2014, 06:47:24 »
Boa notícia...
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Embraer apresenta o avião de transporte militar KC-390

A Embraer apresentou hoje o primeiro protótipo do avião de transporte militar KC-390 produzido na fábrica de Gavião Peixoto (SP). O evento contou com a presença do Ministro da Defesa, Celso Amorim, o Comandante da Força Aérea Brasileira, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, comitivas e representantes de mais de 30 países. Após esta apresentação, a Companhia poderá realizar importantes testes em solo antes do primeiro voo da aeronave, previsto para ocorrer até o final deste ano.

Durante a cerimônia, o ministro Celso Amorim ressaltou a importância do desenvolvimento do KC-390 para o país, não só no sentido de fortalecer a base indústrial de defesa, gerando empregos e tecnologia de ponta, mas também no fortalecimento da auto-estima brasileira. "Momentos como este nos enchem de orgulho, essa aeronave é um prodígio de avanço tecnológico", disse.

A aeronave é capaz de levar tropas a qualquer região do país com rapidez, além de transportar equipamentos militares desmontados, como o novo blindado Guarani, produzido para o Exército Brasileiro.

Seu desenvolvimento atende diretamente a uma diretriz da Estratégia Nacional de Defesa (END), no sentido de aumentar a capacidade de mobilidade das tropas brasileiras e permitir que os meios operativos das três Forças Armadas se complementem de forma integrada.

“Este marco significativo do Programa KC-390 demonstra a capacidade da Embraer de gerenciar um projeto complexo e de alta tecnologia como este e de executá-lo dentro do planejamento previsto”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “O rollout abre caminho para o início dos testes em solo como preparação para o primeiro voo”.

“O KC-390 será a espinha dorsal da aviação de transporte da FAB. Ele poderá operar tanto na Amazônia quanto na Antártica. As turbinas a jato conferem bastante agilidade à aeronave, que cumprirá todas as missões, mas muito mais rápido e melhor”, afirmou o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Juniti Saito.

Após o evento, a aeronave vai continuar com as avaliações iniciais de sistemas que culminarão com o primeiro acionamento do motor e, em seguida, os testes de vibração em solo e demais ensaios planejados. Este avião é o primeiro de dois protótipos que serão usados nas campanhas de desenvolvimento, testes de solo, testes de voo e certificação.

O KC-390 é um projeto conjunto da Força Aérea Brasileira com a Embraer para desenvolver e produzir um avião de transporte militar tático e reabastecimento em voo que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica brasileira.

Trata-se de uma aeronave projetada para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de missões: transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras.

No dia 20 de maio de 2014, a Embraer e a Força Aérea Brasileira assinaram o contrato de produção em série para a entrega de 28 aeronaves KC-390 e suporte logístico inicial. Além da encomenda da Força Aérea Brasileira, existem atualmente intenções de compra de outros países totalizando 32 aeronaves.

Offline Sergiomgbr

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Re:Potência militar
« Resposta #1139 Online: 27 de Outubro de 2014, 22:16:21 »
Já existem duas empresas brasileiras que conseguiram desenvolver turbinas com tecnologia nacional, uma delas é a Polaris, constituída de ex funcionários da Embraer.

A turbina da Polaris serviria também para mísseis. A pergunta é, por que não investem neles?



http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/brasileiros-criam-microturbina-para-misseis
« Última modificação: 27 de Outubro de 2014, 22:19:41 por sergiomgbr »
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Offline SnowRaptor

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Re:Potência militar
« Resposta #1140 Online: 27 de Outubro de 2014, 22:37:40 »
Turbinas ou motores?

A Turbina não faz nada sem o compressor e o combustor
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

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Re:Potência militar
« Resposta #1141 Online: 27 de Outubro de 2014, 23:11:26 »
Pelo que eu resenhei eles tem o aparato completo pra por na asa do avião drone ou missil e voar. Inclusive eles tem uma versão maior protótipo já operacional, ou quase, para jatos tripulados, que estaria parada por falta de verbas para ensaios finais e certificação internacional.
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Offline SnowRaptor

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Re:Potência militar
« Resposta #1142 Online: 27 de Outubro de 2014, 23:12:14 »
Isso é um motor, não uma turbina. A turbina é um pedaço do motor.
Elton Carvalho

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Re:Potência militar
« Resposta #1143 Online: 27 de Outubro de 2014, 23:26:08 »
Pelo que eu resenhei eles tem o aparato completo pra por na asa do avião drone ou missil e voar. Inclusive eles tem uma versão maior protótipo já operacional, ou quase, para jatos tripulados, que estaria parada por falta de verbas para ensaios finais e certificação internacional.
Uma das matérias que eu lí a respeito,

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fotoluiskleindivulgacao

LUIS KLEIN, DIRETOR DA POLARIS

Fabricar turbinas aeronáuticas é coisa pra gente grande. No mundo todo, contam-se nos dedos das duas mãos as empresas capazes de produzir essas máquinas.

Pois em 2013 esse clube pra lá de restrito ganhou mais um sócio, a brasileira Polaris. Fundada em 1999 por engenheiros vindos da Embraer, a companhia localizada em São José dos Campos, no interior de São Paulo, criou a primeira turbina aeronáutica brasileira a ser fabricada em série.

Batizada de TJ-1000, trata-se de um modelo de pequeno porte, para uso em mísseis ou em aviões não tripulados, os chamados drones – embora seja descendente de uma turbina de grande porte, hoje parada no estágio de protótipo por falta de verbas para certificação.

Embora seja um tradicional fabricante de aviões, sistemas e componentes aeronáuticos, o Brasil sempre se ressentiu da dependência estrangeira para obtenção de turbinas.

Em entrevista à Época Negócios, Luis Klein, diretor da Polaris, explica a importância da fabricação nacional do produto, relata como foi a criação do projeto e critica a falta de apoio governamental à empresa.

Como foi o desenvolvimento da turbina?

Desde que a empresa surgiu nós trabalhamos nessa área de turbinas e geradores. Começamos com turbinas pequenas, até chegarmos a um modelo aeronáutico de grande porte, como aqueles usados nos grandes aviões. Foi o primeiro protótipo nacional de uma turbina desse tipo, mas não saiu desse estágio. Hoje ela está encostada, parada.

O problema é que para que essa turbina possa ser colocada numa aeronave, ela precisa de uma certificação internacional, que custa US$ 80 milhões, além de uma série grande de outros ensaios e testes. Todo o processo custa muito caro e leva cinco anos.

Então resolvemos criar outra turbina, menor, que pudesse ser usada em mísseis ou em drones, conhecidos oficialmente como VANTs (Veículos Aéreos Não-Tripulados).

Como não tem tripulação, ela não precisa ser certificada. A incorporação e a venda do produto são muito mais rápidas. Esse foi o modelo que estamos produzindo, a TJ-1000, a primeira turbina aeronáutica a entrar em produção efetiva na América Latina.

Quanto tempo levou esse processo? Quanto foi investido?

O processo todo de desenvolvimento levou dois anos e foram investidos R$ 4,5 milhões, vindos de um investimento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Foi um produto desenvolvido especificamente para uma indústria de armamentos (a Avibrás, de São José dos Campos, em São Paulo) que fabrica veículos lançadores de foguetes e mísseis para o exército brasileiro. As turbinas serão utilizadas num desses mísseis (o AVMT-300 Matador, um míssil tático de cruzeiro). A série inicial de produção, de 11 turbinas, já foi entregue para a Avibrás.

Qual é o tamanho do mercado nacional para a turbina? É puramente militar ou também tem aplicação civil?

O mercado de aviões não tripulados vai aumentar muito nos próximos anos, principalmente no campo civil. A Amazon, por exemplo, está testando protótipos de drones para fazerem entregas na casa dos clientes. Existem estudos que mostram uma demanda de 15 mil unidades só dentro dos EUA. No futuro, pode-se imaginar um monte de outras aplicações. Não faz sentido encher um avião de encomendas do Correio, levar até Fortaleza e daí despachar uma van para uma cidade do interior do Ceará onde vai entregar só um pacote. O veículo não tripulado pode fazer isso muito melhor.

Essa utilização não é apenas para o comércio, mas pode chegar também a outros setores como a agricultura. Para que você vai contratar um piloto e comprar um avião agrícola para fazer pulverização de campos, quando você pode ter um VANT, muito mais barato? Você baixa as coordenadas e as rotas da sua fazenda no Google e calcula a altura e a quantidade de defensivo que serão necessárias. Daí basta apertar o enter e o drone faz tudo sozinho. É infinitamente mais barato. Sem contar a parte de vigilância e segurança.

Qual a importância de desenvolver uma turbina dessas no Brasil?

Os fabricantes de turbinas são um clube muito fechado, formado apenas por cinco empresas gigantes. Então dominar essa tecnologia é extremamente importante para o Brasil. No caso de modelos desse tipo, com essas dimensões, é ainda mais raro. Elas só são fabricadas hoje por uma única empresa, a francesa Turbomeca. Outras empresas não se interessam por uma turbina desse tamanho (1,20 metro de comprimento, 34 cm de diâmetro e 70 quilos de peso). Não faz sentido para a Boeing ou para a Rolls-Royce, por exemplo, que tem seu foco no mercado de turbinas de grande porte. Mas acho que o governo não percebeu a importância disso.

Por que?

O governo brasileiro ficou de apoiar a gente, mas nada foi feito. Recentemente estivemos numa feira de armamentos e convidamos várias autoridades, como o Celso Amorim (Ministro da Defesa) e o Saito (Juniti Saito, comandante da aeronáutica). Eles passaram pela feira e estiveram a 15 metros do nosso estande, mas não se dignaram a ir até lá.

Recentemente o Brasil assinou o contrato para o primeiro avião a ser fabricado 100% dentro da Unasul, mas como não temos turbina por aqui eles querem usar um modelo russo, quando poderiam usar a nossa turbina.

Tanto o desenho quanto os componentes e a equipe são 100% brasileiros. Não existe um único parafuso que tenha vindo do exterior. Olha, é um absurdo. Tem uma turbina recebendo uma verba mensal enorme para ser desenvolvida dentro do ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica), enquanto nós, que temos o modelo pronto, somos solenemente ignorados.

Algum outro país da América Latina já tinha conseguido fabricar um produto desses?

Não, somos os primeiros. Tanto que já temos governos de cinco países da região interessados na nossa turbina. Não posso dizer quais são, mas já temos quase fechadas a exportação de 100 unidades, também para uso em mísseis. Já o governo do Brasil não quer escutar a gente. Por aqui o exército comprou a tecnologia do míssil, mas não a da turbina.

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=35278

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Offline Sergiomgbr

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Re:Potência militar
« Resposta #1144 Online: 27 de Outubro de 2014, 23:52:13 »
Aqui, a referência é claramente a um motor,

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Turborreator TJ200

No caso da Polaris, isso só foi possível, porque a empresa desenvolveu, com apoio da FINEP, um compressor inovador, tipo axial, denominado TwinBlade, capaz de gerar altas taxas de compressão com menos estágios – O novo compressor encontra-se em fase de testes em um motor Polaris TJ1200, de 1200 lbf de empuxo. A nova tecnologia de compressor axial é de propriedade da Polaris e é uma inovação mundial em Turbinas. O compressor axial utilizado no projeto desse turbojato é transônico e é capaz de gerar uma razoável taxa de compressão, reduzindo consideravelmente o consumo de combustível. Nesses tipos de pequenos motores, o gargalo tecnológico é a eficiência, o que implica em menor consumo de combustível para gerar o empuxo adequado.

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=37547

Motor?

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Offline SnowRaptor

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Re:Potência militar
« Resposta #1145 Online: 28 de Outubro de 2014, 00:22:18 »
Motor.
Elton Carvalho

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imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
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Re:Potência militar
« Resposta #1146 Online: 28 de Outubro de 2014, 01:11:07 »
Tá certo. Meu interesse foi mesmo no fato que era a coisa toda que fizesse um avião voar, e pra completar, tem também a parte dos controles. Pacote completo...
Até onde eu sei eu não sei.

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1147 Online: 28 de Outubro de 2014, 07:14:11 »
Aleluia, até que enfim saiu... :clap:

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Diário Oficial da União 27 de Outubro 2014


Comando da Força Aérea Brasileira
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL
 
COMISSÃO COORDENADORA DO PROGRAMA
AERONAVE DE COMBATE

 
EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 2/2014
 
Nº Processo: 67701.013100/2008-35.

Objeto: Aquisição de 28 (vinte e oito) aeronaves de caça multiemprego monoposto e 8 (oito) aeronaves de caça multiemprego biposto, Apoio Logístico Inicial e Simuladores de Voo; e Suporte logístico Contratado associado à aquisição de 28 (vinte e oito) aeronaves de caça multiemprego monoposto e 8 (oito) aeronaves de caça multiemprego biposto.
 
Autoridade Solicitante: Brig Ar José Augusto Crepaldi Affonso.
 
Autoridade Ratificadora: Ten Brig Ar Juniti Saito.
 
Contratada: SAAB AB.
 
Justificativa: Aquisição de recursos bélicos aéreos. Valor: SEK 39.882.335.471,65 (trinta e nove bilhões, oitocentos e oitenta e dois milhões, trezentos e trinta e cinco mil e quatrocentos e setenta e um coroas suecas e sessenta e cinco centavos). Amparo Legal: Inciso IX do art. 24 , da Lei nº 8.666/93, c/c Inciso I do art 1º, do Dec. 2.295/97.

Nota DefesaNet

Valor: SEK 39.882.335.471,65 (trinta e nove bilhões, oitocentos e oitenta e dois milhões, trezentos e trinta e cinco mil e quatrocentos e setenta e um coroas suecas e sessenta e cinco centavos) equivalente a U$ 5,4 Bilhões no câmbio de 27 Outubro 2014.

Offline Geotecton

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Re:Potência militar
« Resposta #1148 Online: 28 de Outubro de 2014, 07:20:49 »
Os petistas agradando os militares mas escolhendo o avião menos indicado.
Foto USGS

Skorpios

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Re:Potência militar
« Resposta #1149 Online: 28 de Outubro de 2014, 07:35:27 »
Os petistas agradando os militares mas escolhendo o avião menos indicado.

Concordo, e superfaturado. Mas pelo menos tem uma chance de deixarmos de voar peças de museu.

 

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