Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138588 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #200 Online: 25 de Março de 2010, 23:15:23 »
[...] sob um contexto maior da guerra da Grande Aliança contra Luís XVI. [...]
Acho que é Luís XIV e não Luís XVI. Luís XVI ainda não havia nascido na época.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Potência militar
« Resposta #201 Online: 25 de Março de 2010, 23:18:39 »
Os EUA têm sim uma participação muito efetiva em guerras. A partir do século XX, não conheço guerra em que a proporção de mortos entre os americanos e seus inimigos tenha sido inferior a 1/7. A guerra do vietnan não foi perdida no campo de batalha, foi perdida no campo das idéias em casa (acho que a proporção foi 1/10).

Sobre a WWII, é verdade que a URSS sofreu o maior impacto, mas também seu impacto foi desproporcional por que o exército russp havia sido destruido e desequipado. Stalin estava despreparado.
Hitler perdeu da URSS de burro (atrasar a guerra para ajudar mussolini, escolher uma guerra de extermínio e não usar o apoio dos soviéticos contra o stalin (vide a burrice da Ukrania), e os próprios desvios antes de moscou (inclusive ukrania).
Tendo isso em mente, os EUA tiveram uma participação marcante na Europa e derrubaram o complicadíssimo Japão.

Interessante que analisando um pouco conflitos, anglo-saxões em geral se dão muito bem em dar porrada nos outros.  A mãe Russia compra suas vitórias (e ainda mais as derrotas) com sangue, muito sangue.

Os franceses não se mostraram bom combatedores nos tempos modernos. Na WWII realmente sua participação foi pífia.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Partiti

  • Conselheiros
  • Nível 29
  • *
  • Mensagens: 1.502
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #202 Online: 25 de Março de 2010, 23:30:02 »
[...] sob um contexto maior da guerra da Grande Aliança contra Luís XVI. [...]
Acho que é Luís XIV e não Luís XVI. Luís XVI ainda não havia nascido na época.

Verdade, mudei o I de lugar...
"Trully, if there's evil in this world, it lies within the hearts of mankind" - Edward D. Morrison

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #203 Online: 25 de Março de 2010, 23:40:44 »
Nao sei porque o povo pega no pe do franceses, o movimento de resistencia e as Forças Francesas livres que lutaram junto aos aliados combateram muito bem

E na Russia, como disse um embaixador bulgaro para o Molotov " Nao importa o que aconteça voces vao vencer no final"

O alemaes foram arrastados para uma guerra da qual nunca poderiam vencer, guerra de atrito

O com o parque industrial sovietico escondido alem dos Urais os alemaes nunca conseguiriam quebrar a espinha do país


Offline Partiti

  • Conselheiros
  • Nível 29
  • *
  • Mensagens: 1.502
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #204 Online: 25 de Março de 2010, 23:43:08 »
Interessante que analisando um pouco conflitos, anglo-saxões em geral se dão muito bem em dar porrada nos outros.  A mãe Russia compra suas vitórias (e ainda mais as derrotas) com sangue, muito sangue. Os franceses não se mostraram bom combatedores nos tempos modernos. Na WWII realmente sua participação foi pífia.

Os Anglo-Saxões ganhando são uma novidade na história. Os Ingleses sempre foram ótimos marinheiros desde Alfredo, O Grande. Porém só começaram a ter grandes vitórias de exércitos britânicos comandados por britânicos numa guerra de igual para igual lá pela WWI, tirando uma batalha com Napoleão. Os americanos também só começaram a brigar de verdade com os outros lá pela segunda guerra, e entre eles na Guerra Civil. As guerras nas américas antes disso eram basicamente pirataria e escaramuças quando comparadas com as guerras do velho continente. De fato os anglo-saxões sempre foram bons em usar vantagens econômicas e só brigar quando tinham certeza que iam ganhar, ou que pelo menos não iam perder.

Já a Rússia sempre foi sem noção mesmo, era a sua maior vantagem competitiva com relação aos outros países, a Rússia é grande, e com muita gente. Ao botar todo mundo na guerra, ela garantia que poucos exércitos podriam se equiparar em números, negando a desvantagem em qualidade de armamentos e treinamentos que ela sempre teve.

A França é verdade, depois de Napoleão foi ladeira abaixo mesmo. Mas desde Rocroi até Waterloo ela foi o país mais temido da europa militarmente de longe, são quase 200 anos de história.
"Trully, if there's evil in this world, it lies within the hearts of mankind" - Edward D. Morrison

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Potência militar
« Resposta #205 Online: 25 de Março de 2010, 23:47:12 »
Mas brigaram ferozmente entre si na guerra civil. A guerra onde mais morreu americanos foi a guerra civil. Foi muito estudada por diversos especialistas (Churchill inclusive) como o prelúdio do que viria a acontecer.
Na guerra civil, os EUA já mostravam ao mundo seu poderio militar (e sua vocação para resolver conflitos mesmo que tenham que chegar à última consequência).

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #206 Online: 25 de Março de 2010, 23:54:37 »
Os franceses ainda tem um certo orgulho de suas vitorias dos tempos de gauleses e francos   :hihi:

E quanto a brutalidade da guerra civil americana, a culpa é do Clausewitz com aquele papo de guerra total e até as ultimas consequecias  :lol:

Sherman entao adorava

Offline Partiti

  • Conselheiros
  • Nível 29
  • *
  • Mensagens: 1.502
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #207 Online: 26 de Março de 2010, 00:14:47 »
Ah, a coisa nos EUA tendia sim a uma guerra até as últimas conseqüências mesmo, o Sul nunca poderia existir da maneira que existia sem escravos, como se houvesse a emancipação o Sul quebrava, resolveram quebrar lutando. O Norte só não ganhou antes por incompetência de seus generais (e competência do Gen. Lee) e por ser mais relutante em lutar até o fim. Quando resolveu fazer isso, ganhou.

E foi uma guerra muito estudada por ser uma das poucas guerras de verdade do século XIX, por causa da pax britannica. Na europa só teve umas revoluções e as guerras de unificações italianas e alemãs que se resolviam em uma batalha, nada do nível que havia na época napoleônica.
"Trully, if there's evil in this world, it lies within the hearts of mankind" - Edward D. Morrison

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Potência militar
« Resposta #208 Online: 26 de Março de 2010, 00:17:27 »
...
A França é verdade, depois de Napoleão foi ladeira abaixo mesmo. Mas desde Rocroi até Waterloo ela foi o país mais temido da europa militarmente de longe, são quase 200 anos de história.

Ainda sobre a França. Normandos não são tão franceses assim.. ao menos em sua origem. O principal contraponto frances no continente europeu era a Alemanha que durante a maior parte desse período frances glorioso simplesmente não existia como nação.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #209 Online: 26 de Março de 2010, 08:35:49 »
...
A França é verdade, depois de Napoleão foi ladeira abaixo mesmo. Mas desde Rocroi até Waterloo ela foi o país mais temido da europa militarmente de longe, são quase 200 anos de história.

Ainda sobre a França. Normandos não são tão franceses assim.. ao menos em sua origem. O principal contraponto frances no continente europeu era a Alemanha que durante a maior parte desse período frances glorioso simplesmente não existia como nação.

Os Normandos eram descendentes de escandinavos vikings, mas na época de Guilherme já eram bem franceses. Mas os franceses são francos e francos são germânicos como os escandinavos, no final acabam sendo tudo um mesmo povo. Durante algum tempo a Alemanha era França, na época de Carlos Magno. E a Prússia foi um estado poderoso no século XIX. A Alemanha também foi muito poderosa na época do passado glorioso francês. Era o Sacro Império Romano Germânico e Barbarossa foi um imperador muito poderoso então. Mas, ainda assim, a França era mais ou tanto quanto.
Novamente sobre a WWII, qual ação deveria ter um estado ocupado???? Talvez resistência e montar um exército no exterior? E não foi o que fizeram?

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #210 Online: 26 de Março de 2010, 11:10:16 »
Napoleao estimulou a "germanofobia" enaltecendo o passado gaules da França, Vercingetórix e tudo mais  :umm:

Mas quanto ao FX2, alguem ai viu a propaganda da Saab na televisao?

http://www.aereo.jor.br/2010/03/25/propagandas-do-gripen-na-tv/

Isso nunca deu certo e a opiniao publica nunca deu bola para a defesa

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #211 Online: 26 de Março de 2010, 14:43:44 »

[...]

Novamente sobre a WWII, qual ação deveria ter um estado ocupado???? Talvez resistência e montar um exército no exterior? E não foi o que fizeram?

Por isto que eu fiz a seguinte observação: "Ainda assim a atuação francesa foi pífia e não são poucos os historiadores que consideraram a atitude dos franceses, particularmente os de Paris, excessivamente passiva frente aos Nazis. Claro que há de se reconhecer e contextualizar a situação então vivida, mas fica a observação."

Tais historiadores (li tal texto há mais de duas décadas), incluindo os não anglo-saxônicos, afirmaram que o grau de destruição sofridas por grandes e médias cidades francesas foi menor que as de outros países ocupados ou atacados pelos alemães. Deixo claro que não verifiquei, na época, quais foram as fontes daquela referência, de tal sorte que é possível que aquele trecho do texto apenas refletisse uma ilação francófoba.

Mas, me recordo em alguns documentários passados em televisão de canal fechado, que houve a menção de que pelo menos Paris havia sido relativamente bem preservada, pois o seu comandante de ocupação nazista, General Von Choltitz, era um homem culto e sabia da importância da cidade sob o ponto de vista histórico.

Quanto à resistência francesa ela efetivamente existiu e foi competente no limite de sua capacidade operacional.

Quanto ao exército no exterior com De Gaulle, sinceramente acho que a existência e atuação deles foi mais para manter um mínimo de dignidade da pátria francesa, do que para ser um ator militar importante, mesmo considerando que no final de 1944, a Alemanha já estava derrotada, embora ainda não de modo oficial.
 
« Última modificação: 11 de Fevereiro de 2018, 21:57:44 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #212 Online: 26 de Março de 2010, 15:08:56 »
Ainda sobre a França. Normandos não são tão franceses assim.. ao menos em sua origem. O principal contraponto frances no continente europeu era a Alemanha que durante a maior parte desse período frances glorioso simplesmente não existia como nação.

Eu acho que a França, em certa medida, ainda não se conforma com o fato de que ela deixou de ser a maior potência militar há 200 anos. Em 1981, em um dos primeiro números da revista Brasil Segurança e Defesa (tenho que conferir o nome dela), foi apresentada uma reportagem sobre a "Force de Frappe".

Um dos entrevistados afirmou que o objetivo desta força era o de dissuadir um ataque contra a França por parte da URSS e que ela poderia servir, se fosse necessário, como elemento de ataque inicial contra o mesmo adversário.

Na época os franceses tinham operacionalmente 2 submarinos da classe Le Redoutable, cada um com 16 mísseis e cada míssil com uma ogiva nuclear; 18 silos de mísseis Pluton (IRBM com uma ogiva nuclear) e 50 aviões Mirage com uma bomba nuclear (queda por gravidade) cada um. Ou seja, eles não possuíam sequer um míssil MIRV operacional naquela época, quanto mais um MARV.

Em função dos números acima, eu li e ouvi comentários de especialistas afirmando que a posição francesa de ser o "primeiro atacante" era simplesmente ridícula, pois para aquela 'força de frapê' (sic) bastavam 15 SS-18 soviéticos, cada um carregando de 10 a 14 ogivas MIRV.
« Última modificação: 06 de Maio de 2016, 09:17:18 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #213 Online: 26 de Março de 2010, 16:06:07 »
Os russos nos querem no PAK-FA   :)

http://www.aereo.jor.br/2010/03/25/russia-oferece-ao-brasil-desenvolvimento-conjunto-do-caca-pak-fa/
No fundo, acho que o que eles querem é o nosso dinheiro no PAK - FA.

A proposta é boa sim, mas acho que se o Brasil resolver entrar nessa, não deve considerar isso como um substituto para o FX-2 (como não duvido que algum político pense) e sim como um complemento. A idéia principal seria formar um grande contingente de pessoal qualificado em projeto e manutenção de caças, além da fabricação de peças sobressalentes. E quanto mais variedade melhor, ou seja, aprender duas visões distintas de projeto (uma russa e a outra do vencedor do FX-2) permite que se compare e se aproveite o melhor de cada uma. Além do mais, um projeto desse irá levar uns bons anos até que se complete, então já estaremos com alguns caças do FX-2 antes que o projeto do PAK-FA esteja finalmente terminado.

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #214 Online: 26 de Março de 2010, 17:52:37 »
Os EUA têm sim uma participação muito efetiva em guerras. A partir do século XX, não conheço guerra em que a proporção de mortos entre os americanos e seus inimigos tenha sido inferior a 1/7. A guerra do vietnan não foi perdida no campo de batalha, foi perdida no campo das idéias em casa (acho que a proporção foi 1/10).

Agnóstico, posso estar (e provavelmente estou) errado, mas me parece que a proporção de número de mortos na Guerra do Vietnã foi de 1 estadunidense para cada 35 vietnamitas, pois os números absolutos que possuo são de (cerca) 57.000 para os EUA e de (cerca) 2.000.000 para o Vietnã, sem considerar os feridos e desaparecidos, que no caso dos EUA seriam de mais de 500 mil.
Foto USGS

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #215 Online: 26 de Março de 2010, 20:50:09 »
Os russos nos querem no PAK-FA   :)

http://www.aereo.jor.br/2010/03/25/russia-oferece-ao-brasil-desenvolvimento-conjunto-do-caca-pak-fa/
No fundo, acho que o que eles querem é o nosso dinheiro no PAK - FA.

A proposta é boa sim, mas acho que se o Brasil resolver entrar nessa, não deve considerar isso como um substituto para o FX-2 (como não duvido que algum político pense) e sim como um complemento. A idéia principal seria formar um grande contingente de pessoal qualificado em projeto e manutenção de caças, além da fabricação de peças sobressalentes. E quanto mais variedade melhor, ou seja, aprender duas visões distintas de projeto (uma russa e a outra do vencedor do FX-2) permite que se compare e se aproveite o melhor de cada uma. Além do mais, um projeto desse irá levar uns bons anos até que se complete, então já estaremos com alguns caças do FX-2 antes que o projeto do PAK-FA esteja finalmente terminado.

Talvez em um FX-3


Offline Partiti

  • Conselheiros
  • Nível 29
  • *
  • Mensagens: 1.502
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #216 Online: 26 de Março de 2010, 22:39:49 »
Ainda sobre a França. Normandos não são tão franceses assim.. ao menos em sua origem. O principal contraponto frances no continente europeu era a Alemanha que durante a maior parte desse período frances glorioso simplesmente não existia como nação.

Então, a França surgiu na guerra dos 30 anos justamente como um contraponto aos "alemães" da época: os Hapsburgos.

Desde a derrota nas guerras italianas do século XVI a França estava passando por convulsões sociais e religiosas que impediam que a mesma atuasse de maneira decisiva no continente (Diga-se de passagem, o mesmo motivo, tirando o componente religioso, tirou a Inglaterra da jogada no século XV). Foi quando ela conseguiu se organizar e botar os nobres na linha que ela começou a dominar o continente.

Virtualmente, nesses duzentos anos era França contra todo mundo, poucos aliados franceses eram ainda decisivos nas guerras da época moderna (Tradicionalmente: Escócia, Suécia, Polônia e Império Otomano). E mesmo assim ela deu muito trabalho para quem tentou lutar contra ela.
"Trully, if there's evil in this world, it lies within the hearts of mankind" - Edward D. Morrison

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Potência militar
« Resposta #217 Online: 27 de Março de 2010, 00:02:25 »
...
A França é verdade, depois de Napoleão foi ladeira abaixo mesmo. Mas desde Rocroi até Waterloo ela foi o país mais temido da europa militarmente de longe, são quase 200 anos de história.

Ainda sobre a França. Normandos não são tão franceses assim.. ao menos em sua origem. O principal contraponto frances no continente europeu era a Alemanha que durante a maior parte desse período frances glorioso simplesmente não existia como nação.

Os Normandos eram descendentes de escandinavos vikings, mas na época de Guilherme já eram bem franceses. Mas os franceses são francos e francos são germânicos como os escandinavos, no final acabam sendo tudo um mesmo povo. Durante algum tempo a Alemanha era França, na época de Carlos Magno. E a Prússia foi um estado poderoso no século XIX. A Alemanha também foi muito poderosa na época do passado glorioso francês. Era o Sacro Império Romano Germânico e Barbarossa foi um imperador muito poderoso então. Mas, ainda assim, a França era mais ou tanto quanto.
Novamente sobre a WWII, qual ação deveria ter um estado ocupado???? Talvez resistência e montar um exército no exterior? E não foi o que fizeram?

Em uma revista "história" que tenha, é citado que mais franceses lutaram ao lado dos nazistas do que ao lado dos aliados. Os franceses sabem muito bem como puxar o próprio saco (estão corretíssimos), mas não creio que a frança teve qualquer papel relevante.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #218 Online: 27 de Março de 2010, 20:48:35 »
Divisao Charlemagne da SS e a França Vichy

A libertaçao da França pelos aliados foi mais devastadora do que a invasaoa nazista, houve muita magoa dos franceses na epoca

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #219 Online: 13 de Abril de 2010, 16:44:34 »
Preferência da FAB sempre foi por caças de origem norte-americana

Levantamento histórico mostra que a primeira opção sempre foi por caças de procedência dos EUA



A Força Aérea Brasileira (FAB) busca atualmente renovar sua frota de aeronaves de combate de alta performance. Este processo, largamente conhecido com F-X2, nada mais é do que a versão mais atual de outras escolhas que o Ministério da Aeronáutica (atual Comando da Aeronáutica) fez ao longo de sua história.

A FAB é hoje uma instituição madura que se aproxima dos seus 70 anos e já passou por outros dois “F-X”, se assim podemos chamar os processos de escolha de caças que ocorreram no passado. Tanto no primeiro como no segundo houve preferência por caças de origem norte-americana. Porém, os motivos que levaram a estas preferências possuem características um pouco distintas e cada processo de escolha deve ser avaliado dentro do seu contexto histórico.

Quando a FAB foi criada ela agregou uma série de equipamentos de origens distintas que pertenciam tanto ao Exército (Aviação Militar) como à Marinha (Aviação Naval). Muitos historiadores citam que estas aeronaves eram obsoletas e tinham pouca validade para o conflito que batia às portas do Brasil (a II Guerra Mundial).

Na verdade eram equipamentos típicos de Forças Armadas modestas daquela época, como era o próprio Brasil. É injusto comparar também este “acervo” herdado com os modernos equipamentos fornecidos pelos EUA durante a guerra. Estes novos equipamentos foram fornecidos ao Brasil diante de uma situação especial e a FAB beneficiou-se disso.

Quando a guerra acabou, o suprimento de equipamentos modernos a preços simbólicos (programa “Lend Lease”) também foi perdendo força. Por outro lado, a aviação de combate continuou evoluindo de forma espantosa no exterior.

O primeiro “F-X” da FAB
Assim, por volta de 1952, a FAB entendeu que era chegada a hora de atualizar sua frota, substituindo seus caças a hélice por caças a jato. Naturalmente, como havia ocorrido nos anos anteriores, os Estados Unidos foram procurados de imediato.

O interesse inicial era pelo caça F-86 Sabre, produzido pela North American, que fazia sucesso nos céus coreanos frente aos MiG-15. Pilotos brasileiros já haviam voado este avião quando visitaram alguns esquadrões da USAF nos Estados Unidos. Também foram voados os F-84 Thunderjet e os F-80 Shooting Star, considerados inferiores ao F-86 pelos pilotos da FAB.



Houve uma primeira solicitação junto às autoridades norte-americanas para o fornecimento de um lote de caças F-86. No entanto, o Departamento de Guerra Americano não pretendia fornecer esta moderna aeronave para nenhum país latino-americano. Nova investida foi feita diretamente ao Departamento de Estado dos EUA para a liberação do Sabre. A resposta negativa foi acompanhada do oferecimento de caças F-80 usados, o que foi recusado pela FAB.

A Brasil continuou insistindo e os EUA forneciam as mais variadas desculpas, como o preço de venda inflacionado pela grande procura do Sabre no mercado internacional. Grande parte da obstrução da venda vinha do Congresso norte-americano, que se negava a transferir material militar tecnologicamente avançado para nações ao sul do Rio Grande.

A FAB não podia mais esperar. Os P-40 e P-47D estavam próximos da obsolência e era urgente substituí-los. Com a negativa dos EUA, o Brasil deixou de lado sua preferência inicial e passou a procurar um caça de outra procedência. Em uma negociação que foi considerada o primeiro “offset” da FAB, o Brasil acertou com a Grã-Bretanha a troca de algodão por caças Gloster Meteor.



O Meteor não era exatamente a aeronave mais desejada pela FAB mas, diante da situação, foi aquela que melhor preenchia as necessidades da força (também a um custo de aquisição inferior ao dos modelos norte-americanos). Em outubro de 1953 voou no Brasil o primeiro dos 61 Meteor que a FAB operou.

O segundo “F-X” da FAB
Anos mais tarte, a frota de Meteor passou a apresentar fissuras e rachaduras em partes estruturais sensíveis como as longarinas das asas. Em função destes problemas, os Meteor passaram a voar com severas restrições a partir de 1966, somente 12 anos após sua aquisição.

A FAB começou a estudar um substituto para seus caças de primeira linha. Mais uma vez, o Brasil voltou-se aos EUA, com quem tinha tratados de cooperação militar. O desejo da Força Aérea era adquirir jatos Phantom II, mas a realidade exigia um pouco mais de modéstia. Foi então encaminhado um pedido de compra para caças Northrop F-5A, que atendiam plenamente aos requisitos operacionais da FAB.



Os norte-americanos, num primeiro momento, negaram-se a fornecer o F-5 e responderam com um lote adicional de F-80 usados. Diante da negativa, a FAB foi até o Canadá atrás de uma solução bastante interessante. A compra de um determinado lote de caças CF-5 de fabricação local. Esta compra foi, inclusive, veiculada pela imprensa nacional em 1967, dando como certa a vinda destes caças no ano seguinte. Mas a venda de tais aeronaves foi vetada pelos norte-americanos, cujo acordo de fabricação com os canadenses vinculava qualquer repasse a uma consulta prévia do Governo dos EUA. Como solução “tampão”, treinadores T-33 usados dos estoques da USAF foram recebidos pela FAB.

Estava claro, mais uma vez, que a FAB não teria os caças que queria. Como ocorreu no caso da substituição dos P-47D e P-40, buscou-se uma solução na Europa. A FAB passou a se concentrar nas seguintes possibilidades: Saab 35 Draken (Suécia), BAC Lightning (Grã Bretanha), Lockheed/Aeritalia F-104G (Itália) e Dassault Mirage III (França). Ao mesmo tempo, o que em meados dos anos 60 era uma simples substituição dos Meteor amadureceu como uma uma decisão mais complexa, vinculada à organização de um Sistema de Defesa Aérea, o que exigia caças também mais complexos.

A formalização da aquisição dos Mirage III ocorreu em 1970, num pacote que também incluía toda essa nova filosofia de Defesa Aérea, com computadores e radares de última geração para controle do espaço aéreo brasileiro (tráfego civil e militar). Na época foi noticiado que o preço unitário do Mirage III era de cerca de 1,2 milhão de dólares.

Deve-se destacar que outros países latino-americanos procuraram os EUA com o mesmo propósito de comprar caças supersônicos e não obtiveram respostas positivas. Por este motivo, entre 1968 e 1972, Peru, Colômbia e Argentina compraram caças da Dassault. Ficava claro que os EUA estavam apenas perdendo clientes e não evitando aquilo que eles mais temiam, uma corrida armamentista na região.

A posição dos EUA foi revista e, em 1972, a Venezuela seria a primeira nação da América do Sul a adquirir caças CF-5A produzidos no Canadá (os mesmos que a FAB tanto queria na metade da década anterior).

Após a confirmação da aquisição dos Mirage III para interceptação e defesa aérea, que nos planos da força poderia ser acrescida de novos lotes da mesma aeronave, a FAB passou também a cogitar uma solução mais barata para o recompletamento da frota, com um caça tático de emprego múltiplo. O F-5A ainda era uma possibilidade ventilada pelo Ministério da Aeronáutica, facilitada pela mudança de posição dos EUA.

Acontece que em agosto de 1972 voou pela primeira vez o F-5E Tiger II, um caça derivado do ‘Freedom Fighter’, porém muito mais capaz. Era exatamente a aeronave que a FAB desejava na categoria de caça tático. A compra foi facilitada por uma decisão política ocorrida em 1973, quando Richard Nixon (presidente dos EUA) aprovou uma nova política de venda de armas menos restritiva aos países sul-americanos.

O resto da história é bastante conhecido: a FAB acabou adquirindo 36 F-5E ao custo médio unitário de 2,3 milhões de dólares (valores de meados dos anos 70), além de outros seis F-5B.

A concorrência atual
Hoje, mais uma vez, a FAB está diante de uma decisão que vai definir o futuro avião de caça. O atual programa F-X/F-X2 pode ser chamado de o “terceiro F-X” da história da FAB. Porém, a situação política é completamente diferente. As outras duas escolhas foram feitas durante um período da história chamado “Guerra Fria”. O contexto mudou, abrindo possibilidades jamais sonhadas há 20 anos. Tanto é verdade que dois caças de origem russa participaram da primeira fase do programa.

Pode-se dizer até que os EUA ofereceram o que há de mais moderno em seu inventário, dentro daquilo que pode ser colocado à venda (o F-22 não é oferecido a nenhum outro país e o F-35 foi esnobado pelo próprio ministro Jobim), e conforme o que foi solicitado pela FAB.

Além da versão mais moderna do F-16, que concorreu na primeira etapa do processo, os americanos também ofereceram o F/A-18E Super Hornet, que continua na briga. Deve-se destacar que esta é a mesma aeronave que a Austrália, aliada de longa data dos EUA e que operou os caças F-86 (este foi até fabricado localmente) e Phantom II tão almejados pela FAB, adquiriu recentemente e está recebendo no momento, como substituto de seus F-111 (considerando-se também os atrasos no F-35, programa que tem a Austrália como país parceiro).

A questão política que impedia o fornecimento de material militar moderno para o Brasil foi deixada de lado nesta nova ordem mundial. O problema é que, desta vez, praticamente tudo o que há de melhor no campo da aviação de caça no mundo (excluindo o Boeing F-15E e o citado F-22) foi oferecido ao Brasil. No entanto, é interessante notar que os norte-americanos não contam com a preferência de antigamente da FAB. Pelo menos, não oficialmente.

FOTOS: USN/USAF/MUSAL

http://www.aereo.jor.br/2010/04/12/preferencia-da-fab-sempre-foi-por-cacas-de-origem-norte-americana-2/

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Skorpios

  • Visitante
Re: Potência militar
« Resposta #220 Online: 14 de Abril de 2010, 13:27:42 »
Citar
De olho na AL, Rússia quer fazer armas no Brasil
Tecnologia
 
Qua, 14 de Abril de 2010 10:20
Veículos blindados e possível venda à Polícia Militar do Rio de Janeiro.
 

 
Marcos de Moura e Souza

(Valor Econômico) - Depois de verem as vendas de armamentos russos dispararem na América Latina, ao menos duas empresas do setor bélico da Rússia estudam agora a instalação de fábricas no Brasil. Ambas produzem veículos militares e acreditam que, uma vez no país, poderiam não apenas disputar mais contratos no mercado brasileiro, mas também teriam mais espaço em países vizinhas cuja parceria com a Rússia já é mais ativa.

Em entrevista ontem ao Valor, Oleg Strunin, representante da estatal russa de exportação de armas, disse que a ideia que vem sendo avaliada é montar veículos militares com peças brasileiras.

"Nós já oferecemos ao governo do Rio Grande do Sul construirmos uma fábrica de montagem de veículos Tigre, uma espécie de jipe blindado para forças policiais capaz de suportar disparos de até calibre .50", disse Strunin. A oferta foi feita em 2008, mas até agora, segundo ele, ainda está em fase de avaliação por parte do governo gaúcho. "Não há ainda nenhuma fábrica desses veículos na América Latina", disse Strunin. Os veículos, afirma ele, poderiam ter motores fabricados no Brasil.

Strunin, que representa a Rosoboroexport e é vice-chefe comercial da Embaixada da Rússia, disse que a estatal está negociando com a polícia do Rio de Janeiro uma possível compra desses veículos. As conversações levaram no ano passado o secretário estadual de Segurança Pública do Rio, José Mariano Baltrame, a visitar fábricas dos Tigres na Rússia. O argumento de Moscou é que os carros seriam úteis principalmente durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A Rosoboronoexport ofereceu também ao Rio armamentos e equipamentos. Strunin disse que não poderia fornecer detalhes da negociação nem de valores dos equipamentos.

A segunda empresa russa que estuda criar uma planta no Brasil é a fabricante dos caminhões Kamaz. "Estamos também interessados em produzir caminhões Kamaz aqui. A empresa está interessada em montar uma fábrica que use partes brasileiras, não só o motor, mas também outras peças", disse Strunin. Os caminhões, que podem ser usados no transporte de tropas, têm um histórico respeitável em terrenos hostis. Pilotos em caminhões Kamaz venceram várias edições do rally Paris-Dacar.

"O peso da América Latina nas vendas da empresa aumentou muito nos últimos anos. E queremos trabalhar mais com o Brasil por que é o país mais desenvolvido da região . E não só vender, queremos também produzir aqui", disse o representante russo.

O presidente russo, Dmitri Medvedev, se reúne amanhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília durante a cúpula dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Strunin disse que não sabia se o tema dos contratos com indústrias armamentistas entraria na pauta dos dois líderes.

O mercado latino-americano para equipamentos bélicos - tradicionalmente ocupado pelos EUA - se transformou no maior novo mercado para as empresas russas, segundo o relatório anual do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) sobre capacidade militar no mundo. O relatório foi divulgado em fevereiro. Segundo o estudo, em 2008 a Rússia, o segundo maior fornecedor de armas do mundo, vendeu um total de US$ 5,4 bilhões.

A Venezuela é o principal comprador de armas russas e na semana passada, após ter se encontrado com o venezuelano Hugo Chávez em Caracas, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse que a Venezuela pode comprar mais US$ 5 bilhões em armamentos. Nos últimos anos, o governo Chávez já comprou US$ 4 bilhões em armas russas.

Segundo Strunin, que também representa a corporação estatal Tecnologias Russas (que congrega 450 estatais, incluindo a Rosoboronoexport), a Colômbia e o México são outros dois grandes compradores de armamentos russos atualmente. E, desde 2008, o Brasil passou a ser um destino mais relevante para a indústria bélica russa. Naquele ano, o país assinou um contrato de compra de 12 helicópteros MI 35. Três deles já foram entregues. Os dois países têm outro contrato - firmado em 1994 - para a venda do sistema antiaéreo Igla. Trata-se de um armamento usado de curto alcance para derrubar aeronaves.

São esses os dois contratos em vigor com as Forças Armadas do Brasil que, segundo Strunin, estão agora interessadas no sistema antiaéreo de médio alcance (maior que o Igla) Tor 2m. "Já fizemos algumas apresentações desse equipamento e algumas delegações do Exército e da Força aérea visitaram a Rússia no ano passado [para obter mais detalhes da arma]. O Tor, diferentemente do Igla - uma arma portátil que um soldado pode apoiar no ombro -, se assemelha a um tanque. "Nenhum país da América Latina ainda comprou esse equipamento. A China é o grande comprador", disse Strunin.

Segundo o Ministério da Defesa, os principais países fornecedores de equipamento bélico para o Brasil são EUA, França, Reino Unido e Alemanha. No topo da lista de importação estão aeronaves, blindados e meios navais. O ministério disse que não possui um dado consolidado sobre o quanto em dólares o Brasil importa por ano e que as "compras são realizadas diretamente pelas Forças dentro de seus planejamentos e prioridades".

Do ponto de vista dos exportadores russos, a América Latina não apenas passou a importar mais armas da Rússia como ampliou seu leque de interesses. "Antes eram quase só helicópteros. Agora outros equipamentos e sistemas estão sendo comprados da Rússia", disse Strunin. E há ainda, segundo ele, um grande espaço para aumento das vendas.

"Antes a América Latina não sabia quase nada sobre armamentos russos - à exceção de Cuba e do Peru. Depois do fim da URSS, depois da Guerra Fria, muitos países que não queriam comprar armas russas porque outros poderiam ver com maus olhos passaram a se conhecer os fornecedores russos. E então a América Latina foi descobrindo que há outro mercado, mais barato e com equipamentos mais práticos", disse Strunin.

A Rosoboronoexport tem atualmente como principais compradores a Índia e a China, além de alguns países da Otan, como Grécia e Chipre, e países árabes.

Fonte: Valor Econômico


http://defesabrasil.com/site/noticias/tecnologia/de-olho-na-al-russia-quer-fazer-armas-no-brasil.php

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #221 Online: 15 de Abril de 2010, 20:29:58 »
Citar
EUA e Brasil consultaram vizinhos para evitar polêmica sobre acordo de Defesa, diz cônsul

O cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Thomas White, afirmou nesta quinta-feira que Brasil e EUA tomaram cuidados para que o acordo na área de Defesa, assinado na segunda-feira, não criasse polêmica entre países latino-americanos.

No ano passado, um acordo militar que previa o uso de bases na Colômbia por forças americanas provocou críticas dos países da região, entre eles o Brasil. Na época, o governo brasileiro chegou a cobrar explicações de Washington e Bogotá.

Segundo Thomas White, Brasil e EUA tentaram evitar que a polêmica se repetisse. "Temos capacidade de aprender", afirmou White. "Os dois países consultaram os vizinhos na região antes do anúncio do acordo, coisa que não foi muito bem feita no caso da Colômbia".

White reforçou que, ao contrário do acordo colombiano, esse não prevê que os Estados Unidos utilizem bases militares no território brasileiro. Segundo ele, a "ampla colaboração" com a Colômbia ocorre a pedido do governo colombiano, especialmente para combater as Farc. "É uma situação diferente", disse. "Isso não é uma questão para o Brasil."

De acordo com o cônsul-geral, o acordo assinado na segunda-feira "formaliza a intenção" de aumentar a cooperação entre os dois países na área de defesa. "É mais uma indicação de intenções do que a criação de uma estrutura", explicou. "A ideia é incentivar uma colaboração cada vez mais ativa, mais rica e mais profunda entre os setores militares."

O consulado americano afirma que o documento promoverá cooperação nas áreas de pesquisa, desenvolvimento, logística e tecnologia; troca de informações sobre experiências operacionais; treinamento militar e educacional e exercícios militares conjuntos; além de troca de instrutores e estudantes em instituições de Defesa. "A ideia é ver onde nós podemos aprender com o outro", disse White.


Nelson Jobim e Robert Gates assinam acordo em Washington

O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou na segunda-feira que o acordo abre caminho para a venda de aviões Super Tucanos da Embraer para as Forças Armadas americanas. Por sua vez, os Estados Unidos querem vender caças ao Brasil.

Segundo o cônsul Thomas White, nenhuma das questões está prevista no acordo, mas o documento pode facilitar esse tipo de transação. "Um maior entendimento entre os dois setores – lado americano e lado brasileiro – vai ajudar nas conversações sobre aquisições de tecnologia militar", afirmou. "Isso vai fazer parte do diálogo."

Irã

Questionado sobre a possibilidade de a aproximação entre o governo Lula e o de Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, representar uma ameaça ao aumento da cooperação entre Estados Unidos e Brasil, Thomas White disse que, embora a questão seja importante, as relações "não vão ser dominadas por um assunto só".

"É importante não exagerar o que está acontecendo entre Teerã e Brasília", afirmou. "Estamos observando, é uma coisa importante, mas a diferença entre EUA e Brasil é tática, não quanto aos resultados que estamos buscando."

Segundo White, o presidente Lula defende a possibilidade de mais diálogo com o Irã, enquanto os Estados Unidos acreditam que o país já mostrou que não vai discutir "seriamente" seu programa nuclear.

"A questão imediata é se precisamos de algo mais para convencer o governo iraniano a tratar do assunto. De vez em quando precisamos fazer mais do que falar", afirmou White, em referência a uma possível nova rodada de sanções ao Irã, que será negociada no Conselho de Segurança da ONU. "As sanções não são o fim", acrescenta. "Queremos abrir um caminho para conversar e resolver a situação."

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/04/15/eua+e+brasil+consultaram+vizinhos+para+evitar+polemica+sobre+acordo+de+defesa+diz+consul+9459399.html
Citar
Trechos da parceria estratégica Brasil-Itália



O texto integral do acordo é um tanto extenso para ser colocado aqui, na íntegra, mas pode ser acessado diretamente no site do Ministério das Relações Exteriores, clicando-se aqui.

Selecionamos, abaixo, trechos relativos à Defesa, destacando especialmente os ligados à Marinha do Brasil.


“Ato assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Presidente do Conselho de Ministros da Itália, Silvio Berlusconi.

Washington, 12 de abril de 2010.

PARCERIA ESTRATÉGICA ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E A REPÚBLICA ITALIANA

PLANO DE AÇÃO

O Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva,

e

O Presidente do Conselho dos Ministros da República Italiana, Silvio Berlusconi,

Considerando os sólidos e tradicionais laços de amizade que unem o Brasil e a Itália, fortalecidos no decorrer do tempo pela presença significativa no Brasil de uma ampla comunidade de origem italiana;

Reiterando a disposição conjunta de trabalhar em estreita articulação em prol da paz e da segurança internacionais, do respeito aos direitos humanos, do fortalecimento do multilateralismo, da conservação do meio ambiente, do desarmamento e não-proliferação e da promoção do desenvolvimento com justiça social;

Renovando a disposição de aprofundar o diálogo político no âmbito da parceria privilegiada entre o Brasil e a Itália, doravante denominados as “Partes”;

Reafirmando o empenho de ampliar e diversificar o comércio Brasil-Itália, a cooperação industrial e o fluxo de investimentos bilaterais;

Cientes das vantagens e benefícios mútuos derivados da cooperação das respectivas indústrias nacionais;

Decidiram adotar o presente Plano de Ação com vistas ao aprofundamento da parceria estratégica Brasil-Itália:

(…)

IV – Cooperação em matéria técnico-militar e de defesa

Brasil e Itália recordam que a celebração conjunta, em Pistóia e demais cidades italianas, em abril de 2010, do 65º aniversário da campanha da Força Expedicionária Brasileira no teatro italiano de operações, durante a Segunda Guerra Mundial, é emblemática da amizade e da solidariedade entre o Brasil e a Itália e do apego de ambos os países aos valores da paz e da democracia.

As Partes registram a satisfação mútua pelos resultados do Programa AM-X de desenvolvimento, instalação e produção de aeronaves e os benefícios decorrentes da cooperação técnica e do intercâmbio bilateral do Programa para eventuais futuras colaborações no setor aeroespacial.

As Partes destacam a relevância do Acordo assinado pelo Estado-Maior do Exército Brasileiro com uma empresa italiana para a produção, em regime de parceria com a indústria brasileira, de dois mil e quarenta e quatro (2.044) veículos blindados para o transporte de pessoal, em um período de vinte (20) anos. De tal acordo emana a expectativa de colaboração entre a indústria brasileira e italiana para desenvolvimentos posteriores no campo de meios e sistemas terrestres.

As Partes reafirmam a relevância, para uma aproximação progressiva entre as Marinhas do Brasil e da Itália, da prática de reuniões bienais entre os respectivos Estados-Maiores de suas Forças Armadas, do intercâmbio regular de visitas de oficiais e do diálogo regular entre as duas Forças no campo do controle naval do tráfego marítimo.

À luz desta crescente cooperação, as Partes decidem desenvolver um relacionamento privilegiado no campo da defesa, embasado na parceria industrial e transferência de tecnologia. Este relacionamento privilegiado entre os dois países no campo da defesa será matéria de acordo específico entre os respectivos Ministérios da Defesa. Deverá conferir, em princípio, prioridade aos seguintes projetos de colaboração:

· desenvolvimento e produção de unidades navais, especificamente navios-patrulha oceânicos, fragatas e navios de apoio logístico, incluindo sistemas de combate, de navegação, de armamento e de contramedidas eletrônicas;

· intercâmbio de experiências e de tecnologia no setor de transporte terrestre e no desenvolvimento de produção de veículos blindados e sistemas para o Exército Brasileiro;

· sistemas de proteção do espaço terrestre e marítimo;

· manutenção de motores para aeronaves e navios;

· sistemas de Radar para a defesa aérea (Radar 3D);

· aviões e sistemas de treinamento;

· aplicações espaciais militares e de segurança referentes a: comunicações militares via satélite; ou observação da Terra via satélite-radar e serviços baseados no SAR (Radar de Abertura Sintética).


As Partes poderão, ademais, incluir áreas adicionais de colaboração na lista de projetos prioritários supracitados, tais como:

· sistemas para o Projeto “Amazônia Azul”;

· Sistemas para a Defesa Nacional; e

· digitalização dos sistemas do Exército Brasileiro (Soldado do Futuro, Sistema de Gerenciamento de Combate etc).


(…)

XVII – Implementação

A implementação das atividades mencionadas no presente Plano de Ação será tratada pelas áreas competentes de ambos as Partes, sob a coordenação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália. O acompanhamento da implementação das atividades do Plano de Ação será coordenado, dentro de sua esfera de competência, pelo Conselho Brasil-Itália de Cooperação Econômica, Industrial, Financeira e para o Desenvolvimento, que se reúne anualmente no marco do “Acordo-Quadro de Cooperação Econômica, Industrial e para o Desenvolvimento entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Italiana”, assinado em 12 de fevereiro de 1997, que instituirá Grupo de Trabalho específico que se reunirá em base periódica.”

FONTE: Ministério das Relações Exteriores

IMAGEM: Marina Militare (Marinha Italiana)

VEJA TAMBÉM:


http://www.naval.com.br/blog/2010/04/13/trechos-da-parceria-estrategica-brasil-italia/

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re: Potência militar
« Resposta #222 Online: 16 de Abril de 2010, 10:03:09 »
Até isso sair do papel vai levar tempo

Skorpios

  • Visitante
Re: Potência militar
« Resposta #223 Online: 16 de Abril de 2010, 19:32:13 »
Até isso sair do papel vai levar tempo

Bota tempo nisso. Mas pelo menos estão se mexendo.

Skorpios

  • Visitante
Re: Potência militar
« Resposta #224 Online: 17 de Maio de 2010, 14:17:37 »
Citar
Mídia : O Globo

Data : 10/05/2010

Marinha quer licitar navios escolta no valor de 9 bi de euros

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO (Reuters) -- A Marinha do Brasil pretende licitar entre o final deste ano e o próximo a construção de 18 navios escolta no valor de 500 milhões de euros cada, uma competição de 9 bilhões de euros e cuja exigência de conteúdo nacional será menor do que a habitual.

“São navios muito complexos, é difícil atingir o índice de nacionalização de outras embarcações por causa das armas”, explicou o contra-almirante Francisco Deiana durante apresentação em seminário do setor naval na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Os navios deverão ser construídos no Brasil em associação com um estaleiro projetista internacional, informou o militar, prevendo o prazo de 5 anos para a construção.

Destinados à proteção da costa, possivelmente na região do pré-sal da bacia de Santos, onde estão localizadas reservas de petróleo que podem mais que dobrar as atuais reservas brasileiras, os navios escolta terão que ter no mínimo 40 por cento de conteúdo nacional, um índice baixo se comparado aos exigidos em programas da Petrobras e suas subsidiárias, em torno dos 70 por cento.

“O modelo estratégico é ter um projeto já consagrado que seja adaptado para a nossa realidade e construído no Brasil”, disse o militar, citando França, Itália e Alemanha como possíveis países que disputariam a encomenda.

“São países que possuem projetos semelhantes e já fizeram apresentação para nós, mas não temos preferência”, se apressou em esclarecer antecipando uma possível polêmica que pode surgir nessa compra a exemplo do que ocorreu com a licitação de caças pelo governo brasileiro.

Ele admitiu no entanto que a decisão da compra, assim como no caso dos caças, deverá obedecer às lógicas estratégica e política do governo.

“A Marinha emite o parecer técnico, mas existem outros componentes estratégicos e políticos”, afirmou.

A licitação faz parte de um plano maior de modernização da frota da Marinha brasileira, já iniciada e que soma ao todo investimentos entre 70 e 80 bilhões de euros nos próximos 20 anos, segundo Deiana.

A primeira iniciativa foi a parceria estratégica com o governo francês em 2008 para construção de quatro submarinos diesel-elétricos convencionais e o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, com transferência de tecnologia.

A pedra fundamental do estaleiro em Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro para construir o submarino nuclear será lançada em junho, segundo Deiana, em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Deiana informou ainda que o terceiro lote da licitação de 27 navios patrulha de 500 toneladas, no valor de 80 milhões de reais cada, será feita ao longo deste ano para mais 4 ou 6 unidades. O índice de nacionalização esperado é de 60 por cento.

Também até o final deste ano a Marinha espera assinar os contratos das 3 primeiras unidades com opção para mais 2 de uma encomenda de 12 navios patrulha de 1.800 toneladas, ao custo de 230 milhões de reais cada.

Outras encomendas estão na lista de compras da Marinha, como embarcações do sistema de segurança aquaviário, de patrulhas fluviais, apoio logístico e navios hidrográficos.



http://defesabr.com/blog//10/05/2010/fx-naval-pretende-construir-no-brasil-18-escoltas-para-a-mb/

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!