Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138586 vezes)

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Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #150 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:54:52 »
Acho que o erro da FAB foi ter eliminado os russos da concorrencia, mesmo nao ganhando serviria para empurrar o preço dos outros pra baixo

A vantagem do caça sueco é que se trata de um programa,  como as duas partes tem interresse em alavancar o produto é bem mais tranquila para tranferir tecnologia, pois se aprende fazendo

Mas...  a Embraer  eas demais sao empresas privadas, o compromisso delas é com o lucro, entao espero que nao ocorra o que aconteçeu com o AMX que na epoca custou o preço de 2 F-16 e tambem nao vejo vantagem em vender o Gripen-NG para os nossos vizinhos, querendo ou nao sempre serao os potenciais adversarios





Na realidade, o que se pretende é que a Embraer seja a base exportadora para a América Latina, o potencial de vendas, caso o Rafale seja mesmo escolhido, é muito grande por conta da força política do Brasil na Região, por isso a França joga pesado e transfere toda a tecnologia para o Brasil, porque o Rafale precisa de escala para baratear e vender.

Caso isso ocorra, a compra não deve ficar em 36 caças, mas seguramente passar dos 120. Só para o  Brasil, fora outros potenciais compradores.
Por isso Sarkozy vem tanto ao Brasil e o Lula vai tanto a França. É uma aliança.

E não duvido muito que saia outro relatório ou algum general da FAB venha a público dizer que não é bem assim, que o sueco não foi preferido, que os três atendem as exigências, etc...
« Última modificação: 07 de Janeiro de 2010, 10:02:32 por jucavini »

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Re: Potência militar
« Resposta #151 Online: 07 de Janeiro de 2010, 09:57:38 »
O ministro da defesa francês falou que o Rafaele é mais caro que o Grippen por lógica. Uma ferrari é mais cara que um Volvo.

Será que há tanta diferença assim? Sou quase convicto que ter dois grippen é melhor que um rafaele. Além de que o grippen é meio "fusca", permite troca de peças de todos os tipos, quando algum fornecedor fazer birra.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Potência militar
« Resposta #152 Online: 07 de Janeiro de 2010, 19:05:21 »
Vamos ver se com toda essa muvuca não acontece o mesmo que o FHC fez. Deixar a decisão para o sucessor. Pô, 20 anos para escolher um caça...Que zona. Para mim( e espero estar errado) o FX2 subiu no telhado.

Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #153 Online: 08 de Janeiro de 2010, 11:42:21 »

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #154 Online: 08 de Janeiro de 2010, 17:48:06 »
Pelo que pude ver aqui, nos jornais e em outros sites, o Grippen, operacionalmente falando, talvez fosse melhor. Pelo custo de produção e manutenção (não adianta ter uma Ferrari se ela vai ficar na garagem). Por outro lado, ele tem algumas desvantagens: a primeira é que ele não existe, é um projeto; também, por causa de seu raio de ação, teria de se construir novas bases no terrritório nacional (o que implica em custos das obras das bases e de formação e contratação de pessoal), o que talvez anulasse o seu baixo custo de produção; existem muitos componentes americanos, o que pode significar dificuldades na transferência de tecnologia. Essas escolhas também passam por outras esferas, como a política. A compra representa mais um passo na aliança político-militar com a França, e qual o valor da aliança?

Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #155 Online: 08 de Janeiro de 2010, 18:01:18 »
Pelo que pude ver aqui, nos jornais e em outros sites, o Grippen, operacionalmente falando, talvez fosse melhor. Pelo custo de produção e manutenção (não adianta ter uma Ferrari se ela vai ficar na garagem). Por outro lado, ele tem algumas desvantagens: a primeira é que ele não existe, é um projeto; também, por causa de seu raio de ação, teria de se construir novas bases no terrritório nacional (o que implica em custos das obras das bases e de formação e contratação de pessoal), o que talvez anulasse o seu baixo custo de produção; existem muitos componentes americanos, o que pode significar dificuldades na transferência de tecnologia. Essas escolhas também passam por outras esferas, como a política. A compra representa mais um passo na aliança político-militar com a França, e qual o valor da aliança?

Apoio as posições brasileiras no exterior, transferência total do Know how e da tecnologia ao Brasil e à Embraer.
Coisa que os suecos não podem e os americanos não querem.

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #156 Online: 08 de Janeiro de 2010, 19:31:52 »
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Quando os aviões viram notícia
Projeto F-X2
      
Sex, 08 de Janeiro de 2010 12:42
Confusões sobre o processo de compra de caças inundam a mídia e não ajudam a esclarecer o povo.

Leonardo Jones

Nos últimos dias tem se falado muito sobre a compra de caças novos para a FAB, os jornais tem publicado, cada um, duas ou três notícias relacionadas a isso por dia. Mas esse não é um assunto de domínio público, e muito menos corriqueiro para os veículos de mídia não especializados. Por conta desse repentino interesse pelos jornais à esse processo, muita confusão vem sendo feita e muitas afirmações erradas vem aparecendo nessas matérias, muitas vezes já no título.

Por conta dessa chuva torrencial de informações sobre o Programa FX-2, mais precisamente sobre um suposto vazamento de um relatório da FAB, tornou-se claro que alguns pontos precisam ser esclarecidos, mas para isso primeiro um breve resumo sobre o processo de seleção se faz necessário.

Pois bem, o programa FX-2, que visa à seleção de um novo caça para a Força Aérea Brasileira, está em curso há dois anos. Nesse tempo o processo de seleção seguiu rigorosamente procedimentos comuns a uma compra desta magnitude, com o RFI (Request for Information), que é um pedido de informações feito as empresas interessadas sobre detalhes de seus produtos, seguido da seleção de três finalistas no que foi chamado de “Short List”, e nela estão o  F/A-18E/F, o JAS-39 Gripen NG e o Rafale F3. Logo em seguida foi emitido o chamado RFP (Request for Proposal), que é um pedido de propostas das empresas fabricantes desses três modelos, são elas a Boeing, SAAB e Dassault respectivamente.
 
Após as propostas serem enviadas e analisadas, entra a fase de negociações, testes e avaliações técnicas onde os valores são discutidos, os equipamentos incluídos na provável compra são selecionados e as aeronaves são testadas e avaliadas em todos os aspectos operacionais.

A partir daí é que o agora tão famoso relatório da Força Aérea Brasileira vai tomando forma.

O relatório avalia o desempenho técnico de todas as aeronaves e as propostas comerciais de todas as empresas, mas não é, sozinho, suficiente para se fechar a compra por mais completo que possa parecer após tantas etapas.

Uma compra dessa importância, caças que serão a linha de frente da defesa de um país pelos próximos 30 anos, não é simples e muito menos barata. O que se busca é a proposta que melhor cubra todos os pontos vistos pela nossa estratégia de defesa como relevantes, e o relatório da FAB é responsável apenas por uma fração desses pontos.

Ainda falta a avaliação política, que engloba as análises a respeito da nossa relação com o país que nos oferece a aeronave, afinal vamos ter que possuir uma boa relação com esse país por todo o tempo que essa aeronave vai estar voando aqui no Brasil. Análises econômicas que levam em conta não só o valor a ser pago e como esse valor vai ser diluído, em quantas parcelas por quantos anos, mas também avalia, por exemplo, investimentos na indústria nacional prometidos por cada empresa interessada em nos vender seu produto. E avalia também acordos internacionais assinados pelo Brasil, tratados e a lista continua.

A avaliação política é tão ou mais complexa que a técnica feita pela FAB, e as duas precisam ser unidas para que a melhor proposta vença.

Está sendo feita muita confusão na mídia por conta disso, muitos dizem que o governo vai ignorar a avaliação da FAB e que a escolha vai ser apenas política. Mas em qualquer lugar do mundo a escolha desse tipo de coisa é política, o que não quer dizer nunca que a avaliação técnica vai ser posta de lado. Confunde-se avaliação política com escolha política.

O governo, através principalmente do Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, tem afirmado nos últimos dias que a escolha será política, e estão certos já que a decisão será do Presidente Lula. Mas será uma decisão política tomada com base na união, na fusão, da avaliação técnica feita pela FAB com a avaliação Política feita pelo governo. 
 
Não possui peso conclusivo para o processo de seleção se um relatório técnico apontou ou não um avião específico como o mais indicado, pois esse relatório é parte de algo maior, e portanto, decisões não serão tomadas com base apenas nesse suposto relatório vazado como deixa claro Celso Amorim ao afirmar ontem que "o barato pode sair caro."

O Ministro Nelson Jobim anulou tal confusão ao pedir, no final do ano passado, que o relatório da FAB não apontasse vencedor, pois não é esse o trabalho da FAB. É trabalho da FAB apontar os resultados das avaliações técnicas feitas. O vencedor, invariavelmente será apontado pelo Presidente Lula junto ao Conselho de Defesa Nacional em cima de todas as avaliações disponíveis.


http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/quando-os-avioes-viram-noticia.php

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #157 Online: 08 de Janeiro de 2010, 20:42:35 »
Profetizei, aconteceu... :susto: :histeria:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100108/not_imp492410,0.php

Citar
O conteúdo do novo relatório - modificado por pressão do governo, que permite apontar o francês Rafale como o melhor -

Kkkkkkkkkk...

Brasil não é um país sério, como disseram os nossos fornecedores.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Potência militar
« Resposta #158 Online: 08 de Janeiro de 2010, 21:16:43 »
Profetizei, aconteceu... :susto: :histeria:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100108/not_imp492410,0.php

Citar
O conteúdo do novo relatório - modificado por pressão do governo, que permite apontar o francês Rafale como o melhor -

Kkkkkkkkkk...

Brasil não é um país sério, como disseram os nossos fornecedores.

Não falei em outro tópico que estavam enchendo a bola do "cara do ano" só por interesse?

Se o cara colocar um x em um papel e comprar de outros, deixa de ser o "cara do ano" no mesmo minuto.


Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #159 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:07:13 »
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Amorim: “Às vezes, o barato sai caro”
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil   
Sex, 08 de Janeiro de 2010 09:55
Em visita a Paris, chanceler insiste que escolha será de Lula, que prefere o avião francês.


O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso amorim, reiterou ontem que a decisão final sobre a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) será estratégica e política. Em visita a Paris, amorim destacou que os dados técnicos, apesar de importantes, não serão determinantes para a escolha. “Caberá ao presidente, que lidera o país politicamente, tomar a decisão, levando em conta todos os dados, técnicos e outros”, esclareceu. “Às vezes, os técnicos dão uma impressão que vai num sentido e muitas vezes o barato sai caro”, acrescentou o chanceler, em referência à proposta sueca, a de menor preço.

No início da semana, vazou para a imprensa o teor do parecer técnico da FAB sobre as propostas, e o concorrente francês, o Rafale, foi considerado o pior dos três finalistas, atrás (pela ordem) do sueco Gripen NG e do americano F-18 Super Hornet. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já declararam preferência pelo Rafale, inclusive em nome da parceria estratégica(1) com a França. As declarações de amorim, feitas à saída de um evento no qual discursou o presidente Nicolas Sarkozy, foram questionadas no Senado. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), pretende pedir mais explicações ao ministro da Defesa.

O diretor da Saab no Brasil, Bengt Janer, disse ao Correio que não sabe o motivo da aparente desconfiança no Gripen NG. “Estamos propondo tudo que é preciso para ter um produto pronto, entregue dentro do prazo estipulado pela FAB. Então, o risco é nosso. Há um preço fixo para o projeto, e tudo que oferecemos está incluído na proposta”, afirmou. Janer lembrou que o ministro sueco da Defesa, Sten Tolg-fors, e seu vice, Hakan Jevrell, quando estiveram no Brasil, reforçaram ao governo o compromisso da Saab de “entregar o produto certo, no prazo certo e com o preço certo”. “Nós temos experiência de mais de 4 mil aeronaves produzidas, então não sabemos o que motiva essa declaração”, declarou o executivo.

Já a Dassault, fabricante do Rafale, mantém a confiança de que fechará o negócio. “No momento, não há pedido do Brasil, não nos informaram nada em especial, não sei de nada, mas todas as esperanças seguem vivas, disse Serge Dassault, principal acionista da empresa, à rádio francesa Classique.

Explicações

A Comissão de Relações Exteriores do Senado pretende cobrar mais explicações do ministro Nelson Jobim sobre a compra dos caças. O senador Renato Casagrande (PSB-ES) entregou ao presidente da comissão, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), um pedido para que Jobim apresente o relatório técnico da FAB sobre os concorrentes.

Azeredo afirmou ao Correio que pretende ter uma reunião com o ministro ou chamá-lo para prestar esclarecimentos à comissão no início de fevereiro. O senador ressaltou, ainda, a necessidade de o governo decidir logo qual será o caça comprado para o programa F-X2, uma vez que a demora na escolha passaria uma imagem de insegurança. “Os outros países começam a se questionar sobre a demora. Se o relatório está pronto, o que impede a decisão?”, indagou.

Azeredo mostrou-se contrário às declarações de amorim sobre o caráter político da decisão final sobre os novos aviões. “O fator técnico e o financeiro são os mais importantes. O fator político também conta, mas a questão da transferência de tecnologia, que é primordial, está dentro da avaliação técnico-estratégica argumentou. Para o congressista, o correto seria “respeitar a decisão da FAB”.

Voto de confiança

Falando a um seminário empresarial em Paris, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, citou o nome do Brasil sete vezes e defendeu o pronto ingresso do país como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. “É indispensável, para resolver várias questões mundiais, que o Brasil e a Índia, por exemplo, estejam presentes (no conselho)”, disse Sarkozy a uma audiência na qual se encontrava o chanceler brasileiro, Celso amorim. O chefe de Estado defendeu a ampliação do organismo no marco de uma reforma geral das Nações Unidas, que, na sua avaliação, deve ser conduzida ainda neste ano.

Fonte: Correio Braziliense

http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/amorim-as-vezes-o-barato-sai-caro.php

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #160 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:10:48 »
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Vantagem para EUA e França
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil   
Sex, 08 de Janeiro de 2010 09:56
Novo relatório da aeronáutica para aquisição de 36 aeronaves teria indicado superioridade militar dos modelos americano e francês sobre o sueco.

O relatório final do Comando da aeronáutica sobre o projeto FX-2, que envolve a compra de 36 caças e um negócio estimado em R$ 10 bilhões, indica que as aeronaves Rafale, da companhia francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da americana Boeing, contam com características técnicas e militares superiores aos do Gripen NG, da sueca Saab. O documento teria sido entregue ontem ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e a um colaborador direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aeronáutica não confirmou as entregas, mas admitiu que o documento foi concluído e que está mantido sob sigilo.

O conteúdo do novo relatório contrasta com a versão anterior, na qual a aeronáutica hierarquizou os três concorrentes e apontou o Gripen NG no topo da lista. Ao caça Rafale, a aposta preferencial de Lula na concorrência, a aeronáutica reservara o terceiro e último lugar, em função especialmente de seu custo mais elevado. O vazamento dessa versão irritou a Presidência da República, que avaliou o ato como uma pressão adicional da FAB para fazer valer seus critérios na decisão final e o qualificou como nocivo à segurança nacional”.

A nova versão não traz uma hierarquia dos concorrentes, como a anterior. Mas expõe as vantagens dos caças Rafale e F1-8 Super Hornet, como os fatos de serem projetos já construídos, testados e birreatores, enquanto os Gripen NG são monorreatores.

Parlamentares que acompanham essa concorrência para a renovação da frota da aeronáutica consideram que o documento final apenas alivia a saia-justa que a Força costurou para a Presidência.

Mesmo que o relatório viesse a apontar claramente o Rafale como a escolha perfeita, as sucessivas tentativas da FAB de constranger o governo a recuar em sua preferência foram registradas pelo Palácio do Planalto e devem resultar em punição.

FRANÇA

Em meio à polêmica disputa pela venda dos caças ao Brasil, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), uma das principais ambições da diplomacia brasileira na gestão do presidente Lula. “Quando vamos, finalmente, colocar sobre a mesa a reforma do Conselho de Segurança da ONU?”, perguntou, em discurso ontem na abertura de evento que tinha na plateia o chanceler brasileiro, Celso Amorim.

Sarkozy citou, ainda, a parceria estratégica com o governo brasileiro e fez referências diretas a Lula, afirmando que tem pelo presidente brasileiro “muita admiração e amizade”.

Fonte: Jornal do Commercio

http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/vantagem-para-eua-e-franca.php

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #161 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:16:47 »
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Fabricantes veem ameaça à venda de caças
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil   
Sáb, 09 de Janeiro de 2010 13:01

Franceses, americanos e suecos temem que disputa política entre Aeronáutica e governo na escolha do avião adie decisão Concorrentes avaliam que é grande a chance de o Gripen, modelo preferido pela FAB, ser suplantado em relatório que Jobim entregará a Lula.


Igor Gielow


Os três concorrentes para o fornecimento de 36 caças supersônicos à FAB (Força Aérea Brasileira) temem que a disputa política entre militares e o governo inviabilize a realização do negócio de até R$ 10 bilhões neste ano.

Segundo a Folha apurou, franceses, americanos e suecos têm essa mesma avaliação, ainda que haja diferença de interpretação no caso dos últimos -apontados pela Aeronáutica como donos da melhor oferta para suas necessidades, em relatório técnico que está nas mãos do ministro Nelson Jobim (Defesa).

Como é notório, Jobim e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm predileção pelo francês Rafale F3, por conta da aliança estratégica firmada com Paris. O avião, contudo, sai quase pelo dobro do Gripen NG no pacote proposto, e é mais caro que o americano Boeing F/A-18 Super Hornet.

A opção da FAB decorreu de dois fatores: o custo de aquisição e operação ao longo dos 30 anos de vida útil do avião, e a proposta mais aberta de desenvolvimento conjunto oferecida pelos suecos. Para americanos e franceses, o fato de o Gripen NG ser um modelo ainda em fase de testes o torna uma incógnita em termos de custo.

Em comum, todos acreditam que é grande a chance de a preferência da FAB ser suplantada por Jobim. O ministro já disse que vai reavaliar os pesos dados pelos militares a diversos itens analisados, o que pode mudar a classificação das aeronaves. Pela lógica, para favorecer o Rafale, ainda que a decisão final seja exclusiva de Lula.

O relatório foi aprovado na FAB no dia 18 de dezembro, e Jobim foi avisado pelo comandante da Força, Juniti Saito, de seu conteúdo.

Políticos do entorno do Planalto ventilaram a versão de que o texto seria preliminar e que foi alterado pela FAB ao gosto do Planalto, o que não é verdade. O que haverá é um relato de Jobim para Lula, após nova conversa com Saito.

Se uma mudança pró-Rafale ocorrer, especulam os concorrentes, o clima azedo entre governo e militares devido à ideia proposta de revisão da Lei da Anistia pode desandar. Lula poderia esfriar o debate jogando o tema para o Congresso.

Não que deputados e senadores tenham voz ativa na decisão, mas ao acatar um eventual ´´pedido de vistas´´ na reunião do Conselho de Defesa Nacional em que apresentará sua decisão, Lula poderá ganhar tempo.

O problema, para os concorrentes, é esse, embora não haja uma obrigação de data para a decisão. A campanha eleitoral se avizinha e o argumento de falta de legitimidade de uma gestão de saída pode servir de justificativa do adiamento.

Fonte: Folha de São Paulo

http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/fabricantes-veem-ameaca-a-venda-de-cacas.php

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #162 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:18:50 »
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Relatório não foi alterado, diz Aeronáutica
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil   
Sáb, 09 de Janeiro de 2010 13:03
Relatório já foi entregue ao Ministério da Defesa.

A Aeronáutica confirmou ontem que o seu comandante, Juniti Saito, formalizou na última quarta o envio do relatório do programa F-X2 para o ministro Nelson Jobim (Defesa), única autoridade civil a receber o material.

Segundo a Força, só existe uma versão do relatório, que foi elaborado pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate) e aprovado pelo Alto Comando da Força Aérea no dia 18 de dezembro.

Não houve recuo ou mudanças no texto, diz a FAB, que nega pressões políticas nesse sentido.

Fonte: Folha de São Paulo
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Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #163 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:21:48 »
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Governo deve optar pelo francês Rafale
Projeto F-X2
Escrito por Defesa Brasil   
Sáb, 09 de Janeiro de 2010 13:05

Aeronave se encaixaria melhor no projeto de defesa.

 


O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que os caças Rafale, da companhia francesa Dassault, se encaixam em um projeto maior de defesa e, portanto, devem vencer a concorrência do projeto FX-2, de aquisição de 36 aviões de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB).

A palavra final, em detrimento do modelo americano F-18 Super Hornet e do sueco Gripen NG, depende apenas de acertos sobre o preço desse lote, estimado inicialmente em R$ 10 bilhões.

Com base nessa escolha já consolidada, o Palácio do Planalto decidiu descartar qualquer referência mais favorável às aeronaves concorrentes que constar do segundo relatório do Comando da Aeronáutica, entregue na quinta-feira ao ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Como contrapartida para a Aeronáutica, que terá seu trabalho de análise praticamente ignorado na escolha final, o Planalto afasta a hipótese de punição ao comando da Força pelo recente vazamento do relatório preliminar do FX-2.

O argumento definitivo, do ponto de vista da Presidência, não está presente na análise técnico-militar, mas na avaliação de políticas estratégica e industrial. Nesse quesito, o caça Rafale não teria concorrente.

O FX-2 está inserido em um projeto mais amplo do governo para a área de defesa. Esse pacote envolverá a compra de um total de 120 caças, entre os quais os 36 do projeto FX-2.

Nesse plano, as condições exigidas são a transferência de tecnologia, reservas de mercado e a soberania de uso das aeronaves.

Fonte: Jornal do Commercio
http://defesabrasil.com/site/noticias/projeto-f-x2/governo-deve-optar-pelo-frances-rafale.php

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #164 Online: 09 de Janeiro de 2010, 21:34:22 »
Resumo da ópera:
1) A FAB fez uma besteira com o vazamento do relatório, apenas por pirraça;
2) O caça escolhido será o Rafaele;
3) Talvez fique a decisão apenas para o próximo governo (que, se o for o Serra, pode significar o seputamento ou congelamento do programa, como no caso do FX... Aguardem FX3).

De uma maneira geral, os militares brasileiros não possuem uma visão de defesa nacional integral. Eles pensam muito fragmentadamente: Exército no Exército, Marinha na Marinha e Aeronáutica na Aeronáutica. Acho que é ainda resquício dos ministérios militares...

Offline _tiago

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Re: Potência militar
« Resposta #165 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 10:27:17 »
E o caça escolhido foi o Rafaele!

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Re: Potência militar
« Resposta #166 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 10:30:24 »
O Grippen seria a escolha mais racional.

"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Potência militar
« Resposta #167 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 18:29:48 »
Provávlemente será o Rafale. Até porque o NG não existe. E o preço dele é uma projeção.


Offline Zeichner

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Re: Potência militar
« Resposta #168 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 19:26:45 »
Mas o gripen já existe e já foi testado.
o NG seria um upgrade para carregar mais armamentos e aumentar autonomia, ou seja, melhorar o que já se sabe bom.

Diferente dos Rafale, que além de muiiiiiiiiiiiiito mais caro já provou que caem.

Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #169 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 20:14:41 »
Não é um upgrade, é um projeto novo. Existe apenas uma versão de demonstração (diferente do Grippen na ativa).
Todo avião, já foi provado, cai. :)

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #170 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 20:26:22 »
Mas alguns caem mais do que outros. É esse o caso?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Zeichner

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Re: Potência militar
« Resposta #171 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 22:35:28 »
dois já foram pro saco. Cairam em cima do Costeau, na costa francesa.

Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #172 Online: 04 de Fevereiro de 2010, 23:08:14 »
Resumo da ópera:
1) A FAB fez uma besteira com o vazamento do relatório, apenas por pirraça;
2) O caça escolhido será o Rafaele;
3) Talvez fique a decisão apenas para o próximo governo (que, se o for o Serra, pode significar o seputamento ou congelamento do programa, como no caso do FX... Aguardem FX3).

De uma maneira geral, os militares brasileiros não possuem uma visão de defesa nacional integral. Eles pensam muito fragmentadamente: Exército no Exército, Marinha na Marinha e Aeronáutica na Aeronáutica. Acho que é ainda resquício dos ministérios militares...

O vazamento foi para constranger o governo mesmo, o caça da suécia, a única vantagem dele é o preço. E todo mundo sabe que o governo já escolheu o Rafale, por que a França vai repassar toda a tecnologia, coisa que os americanos não são capazes de fazer, nem o suecos podem garantir.O Lula deve anunciar nas próximas semanas, e é caso encerrado. Talvez só estejam esperando os franceses tirarem mais um bilhãozinho ou dois mais do que já tiraram do preço.

Lula não deixará para o próximo presidente, por que não se pode adiar mais a escolha dos caças, que vão substituir os caças que daqui há uns 3 ou 4 anos não poderão mais ser operacionais. Do próximo presidente provavelmente virá a escolha da continuação desse projeto franco-brasileiro.

Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #173 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 11:58:25 »


Se fosse simplesmente um problema de custo, o Gripen NG seria a escolha óbvia. Se a idéia fosse a transferência de tecnologia, tanto o Gripen quanto o Rafale possuem boas propostas. Mas como projeto de defesa, o Gripen é sem dúvida a pior opção. Um caça de pouca autonomia é bom para países pequenos, não para países de dimensões continentais como o Brasil. Se pensarmos na extensão de fronteira que os caças teriam que patrulhar, a coisa fica mais clara. Seria necessário ter muitas bases aéreas na região da fronteira ou vários aviões-tanque para reabastecimento aéreo, sendo que caças com maior autonomia conseguiriam desempenhar a mesma tarefa sem isso e em número menor. Por isso lamentei que o Sukhoi tivesse sido eliminado da escolha, porque nesse aspecto era o avião que melhor se encaixava, apesar de também ter seus problemas.

Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/02/04/oferta-da-boeing-nao-tem-precedentes-diz-embaixador/]Poder Aéreo[/url]
Oferta da Boeing não tem precedentes, diz embaixador



Ao entregar suas credenciais de embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon reforçou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a escolha do caça FX18 Super Hornet da Boeing, na concorrência aberta pela Força Aérea Brasileira (FAB), envolverá uma oferta de transferência de tecnologia “sem precedente” e a elevação do grau de confiança de Washington para com Brasília. “A oferta americana não tem paradigma. Isso demonstra a nossa confiança no Brasil”, afirmou. “Estamos dispostos a dar passos com o Brasil que, no passado, não pudemos dar.”

Shannon sustentou sua expectativa de que a Boeing ainda possa ser a escolhida baseado nas declarações dos ministros Celso Amorim, das Relações Exteriores, e de Nelson Jobim, da Defesa. Os dois negaram que a francesa Dassault tivesse vencido a concorrência por ter reduzido em US$ 2 bilhões o valor total de venda dos 36 jatos requeridos pela FAB.

Indiretamente, Shannon concordou que a “franqueza é sempre bem-vinda na diplomacia” e que essa premissa não foi observada no processo de escolha dos caças da FAB. Por duas vezes durante a entrevista, insistiu que a concorrência tem caráter estritamente comercial e que um resultado desfavorável à Boeing não afetará as relações de amizade e de aliança de seu país com a França ou a Suécia. Mas não chegou a incluir o Brasil nessa pequena lista.

Indicado para a embaixada no Brasil pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em maio de 2009, Shannon obteve o necessário aval do Senado americano para assumir o posto somente no final de dezembro passado. Ele passou a atuar oficialmente como embaixador em Brasília a partir de hoje, ao entregar as cartas credenciais ao presidente Lula. Como seu antecessor, Clifford Sobel, deixara o País em agosto passado, boa parte do lobby americano em favor dos jatos de combate da Boeing foi prejudicada ao longo dos últimos seis meses.

“A relação Brasil-EUA é importante demais para que a ausência do embaixador americano venha a atrapalhar. Mas essa ausência não ajudou”, admitiu Shannon.

Em setembro passado, o governo brasileiro anunciou sua preferência pelo Rafale, da Dassault. No mesmo mês, o Comando da Aeronáutica entregou a Jobim um relatório no qual apontara sua preferência pelos caças Gripen, da companhia sueca Saab. Em uma escala, a FAB havia colocado o F18 Super Hornet no segundo lugar e o Rafale, no terceiro e último.

Nas próximas semanas, o governo americano promoverá uma demonstração real das habilidades do F18 no Rio Janeiro, durante uma operação conjunta das Forças Armadas dos dois países. Para tanto, o porta-aviões Carl Vinson, da Quarta Frota, se deslocará do Haiti para o Brasil.

Citação de: [url=http://www.aereo.jor.br/2010/02/05/suecos-e-americanos-tambem-oferecem-desconto-nos-cacas/]Poder Aéreo[/url]
Suecos e americanos também oferecem desconto nos caças
 
Ministério da Defesa emite nota na qual nega que o acordo já tenha sido fechado. Novo embaixador dos EUA no Brasil diz que “os dois países podem trabalhar para melhorar a franqueza”, mas nega abalo nas relações.



Surpresos pela negociação direta do governo brasileiro com a fabricante francesa Dassault, os concorrentes na disputa pelo fornecimento dos novos caças da FAB reclamam o direito de oferecer novos preços para seus aviões. Conforme a Folha revelou ontem, a Dassault baixou em US$ 2 bilhões a oferta pelo pacote de seu caça, o Rafale. O avião, favorito do governo Lula, foi então escolhido em uma reunião entre o presidente e o ministro Nelson Jobim (Defesa) na terça passada. Ainda não há previsão do anúncio formal.

“Ficamos surpresos [com a escolha do Rafale], mas ainda esperamos o resultado final. Se houver a oportunidade, gostaria de poder oferecer preço ainda mais baixo. Estamos dispostos a isso. Sempre trabalhamos com o preço apresentado na revisão das propostas em outubro. Não tivemos mais contato com a FAB depois disso”, afirmou Bengt Janér, diretor da sueca Saab no Brasil.

O caça sueco, o Gripen NG, foi o escolhido na avaliação técnica da FAB por ser mais barato, além de oferecer transferência de tecnologia e conhecimento maior por ser um projeto em desenvolvimento. Para o representante da outra concorrente, a Boeing norte-americana, “pareceu algo estranho” a França ter negociado com o Brasil após a entrega das propostas finais à FAB em outubro. “Não tivemos a mesma oportunidade, mas, se isso for possível agora, estaremos muito felizes em conversar com o governo”, disse Mike Coggins.

Nota da Defesa

Ontem a Defesa ainda tentou consertar o estrago na nota em que protocolarmente negou que o acordo já estivesse fechado, dizendo que “levará em consideração outras informações enviadas pelos governos interessados e pelos proponentes”. Mas o fato é que apenas a França teve tal privilégio.

Jobim defende Paris, com quem já assinou R$ 22,5 bilhões em acordos militares, como parceira estratégica. O pacote oferecido pela empresa sueca era o mais barato, de US$ 6 bilhões, incluindo aí US$ 1,5 bilhão pela manutenção por 30 anos. Isso compreende os 36 caças, logística, armamentos e toda transferência de tecnologia. O pacote da Dassault baixou para US$ 10,2 bilhões (sendo US$ 4 bilhões em manutenção). O F-18, por US$ 7,7 bilhões (US$ 2 bilhões de manutenção).

Fechado o acordo com os franceses, o valor total (quase R$ 20 bilhões na cotação de ontem) chega perto do total de investimentos previstos no PAC em 2009 -embora o pagamento seja em vários anos. Os aviões substituirão diversos modelos em uso. Os 12 Mirage-2000, a linha de frente da defesa aérea, devem parar em 2014, e outras aeronaves estão ultrapassadas. A Dassault não quis fazer comentários.

O novo embaixador dos EUA, Thomas Shannon, aproveitou ontem sua primeira entrevista em Brasília e defendeu o F-18. Questionado se faltara “franqueza” ao Brasil, foi diplomático: “Franqueza é algo bom na diplomacia, e os dois países podem trabalhar para melhorar a franqueza. O Super Hornet é um grande caça”.

Mas também foi cauteloso. Considerou que se trata de uma “concorrência comercial”, ligada à “diplomacia comercial”, e disse que o resultado, qualquer que seja, não vai afetar a relação dos EUA nem com o Brasil nem com os outros dois competidores. Shannon se encontra hoje às 16 horas com Jobim.

No fronte diplomático, na semana que vem é a vez sueca, com a visita ao país do influente chanceler do país, Carl Bildt. Numa viagem precursora à visita do rei sueco no mês que vem, ele irá discutir o caso com seu colega Celso Amorim. Todos os concorrentes, apesar de palavras de otimismo, sabem que agora só uma reviravolta improvável tira o fornecimento dos aviões da França.

"That's what you like to do
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And when I'm dead and gone
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Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #174 Online: 05 de Fevereiro de 2010, 18:36:25 »
Mas o gripen já existe e já foi testado.
o NG seria um upgrade para carregar mais armamentos e aumentar autonomia, ou seja, melhorar o que já se sabe bom.

Diferente dos Rafale, que além de muiiiiiiiiiiiiito mais caro já provou que caem.

O Grippen também já caiu. Claro o NG não, também nunca voou. O F18 então já caiu uma porção.

 

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