Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138593 vezes)

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Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #325 Online: 04 de Novembro de 2010, 09:52:20 »
Pelo que eu entendi, a proposta da SAAB é nos vender "o projeto" do avião e a tecnologia para construí-los e mantê-los, não?

Não consigo entender por que só isso já não chuta a bunda do Hornett e do Rafale...

O projeto Grippen NG esta atrasado em relação ao Rafale e muito mais em relação ao f-18 Super Hornet. O que precisamos definir são nossas necessidades prementes.

Se nossa necessidade é de um avião de imediato, para suprir a carência da nossa aeronáutica, o f-18 Super Hornet seria a melhor opção, uma plataforma já desenvolvida e testada... mas se nosso foco for reaparelhar a FAB e ao mesmo tempo desenvolver tecnologia em parceria, a melhor opção seria o Grippen NG.

Tenho simpatia pelo projeto do Grippen NG por uma questão bastante simples... dentre os concorrentes é o avião com a menor assinatura no radar, um caça extremamente furtivo... quase um stealth.  :ok:


Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #326 Online: 04 de Novembro de 2010, 10:02:11 »
Sem contar que com ITA e EMBRAER, e o empurrão certo da SAAB, dá pra fazer muita coisa. Só o "estrago" que a gente fez com o F-5, transformando-o num caça com capacidades de ataque além do horizonte dá uma ideia do potencial nacional.
Elton Carvalho

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Re: Potência militar
« Resposta #327 Online: 04 de Novembro de 2010, 10:57:22 »
É óbvio, sempre foi, que a parceria com os suecos seria o melhor par ao desenvolvimento de uma tecnologia nacional, de autonomia etc. Mas infelizmente, vai pesar, apenas, a questão política, de interesses escusos e a revelia dos verdadeiros interesses nacionais.



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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #328 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:04:47 »
Uma questão interessante.

A ONU reconhece como sendo o mar territorial o limite de 12 milhas náuticas (cerca de 21,7Km) e a zona contígua em mais 12 milhas náuticas. Porém os países que não são signatários dos tratados que regulamentam estes temas não estão, em tese, obrigados a seguirem as suas resoluções.

Isto não poderia abrir um precedente para que um Estado qualquer conteste a exploração brasileira de petróleo na plataforma continental, por exemplo?
Não é bem assim, o Brasil explora petróleo na zona econômica exclusiva que vai até 200 mm. Nossa plataforma continental também tem 200 mm e temos um projeto na ONU para aumentá-la para 350mm.

Sim, eu sei que a ZEE de 200 mn foi aceita de maneira geral há mais de 30 anos, e também sei que a ideia de expandi-la para 350 mn não está sendo bem recebida principalmente pelas principais potências navais do mundo.

E o Brasil tem uma plataforma continental menor (às vezes muito menor) que 200 mn na maior parte da sua costa, sem condiderar que a definição de plataforma continental hoje é geologicamente diferente do que era nos anos 60, mesmo com a introdução do parâmetro da cota batimétrica de 2.500 metros.


Praticamente todos os países do mundo são signatários da Convenção de Montego Bay. De país relevante somente os EUA não sáo signatários. Embora eles nunca tenham ratificado a convenção, sempre a respeitaram. É sabido também da existência de petróleo na costa dos EUA, e se questionassem aqui, poderia ser questionado lá também.

Pelo Direito Internacional o princípio de reciprocidade é válido, mas há um fator que poderia fazer com que isto não fosse possível: a US Navy.
« Última modificação: 04 de Novembro de 2010, 14:36:53 por Geotecton »
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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #329 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:18:16 »
Pelo que eu entendi, a proposta da SAAB é nos vender "o projeto" do avião e a tecnologia para construí-los e mantê-los, não?

Não consigo entender por que só isso já não chuta a bunda do Hornett e do Rafale...

É o "projeto", mas pero no mucho.

O Grippen tem muita tecnologia estadunidense, incluindo os motores (GE), armas (míssil AIM-120 AMRAAM, modelo A, por exemplo) e alguns aviônicos (radar e contra-medidas eletrônicas da Raytheon) e que podem não ser liberados pelo Congresso daquele país.
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Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #330 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:25:28 »
Os motores do Grippen não são Volvo, não?

Falha minha. É o Viggen que tem motor VOlvo. Ninguém quer um Viggen neste século.
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Re: Potência militar
« Resposta #331 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:26:03 »
Pelo que eu entendi, a proposta da SAAB é nos vender "o projeto" do avião e a tecnologia para construí-los e mantê-los, não?

Não consigo entender por que só isso já não chuta a bunda do Hornett e do Rafale...

O projeto Grippen NG esta atrasado em relação ao Rafale e muito mais em relação ao f-18 Super Hornet. O que precisamos definir são nossas necessidades prementes.

Se nossa necessidade é de um avião de imediato, para suprir a carência da nossa aeronáutica, o f-18 Super Hornet seria a melhor opção, uma plataforma já desenvolvida e testada... mas se nosso foco for reaparelhar a FAB e ao mesmo tempo desenvolver tecnologia em parceria, a melhor opção seria o Grippen NG.

Tenho simpatia pelo projeto do Grippen NG por uma questão bastante simples... dentre os concorrentes é o avião com a menor assinatura no radar, um caça extremamente furtivo... quase um stealth.  :ok:

É um belo avião mas tem um raio de combate na ordem de 800 Km o que é pouco se comparadas as dimensões lineares extremas do Brasil e representa pouco mais que a metade do F-18 e do Su-35.
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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #332 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:28:00 »
Os motores do Grippen não são Volvo, não?

Produzidos pela Volvo sob licença da GE (modelo F414-400, o mesmo do Super Hornet).
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Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #333 Online: 04 de Novembro de 2010, 11:49:02 »
Pelo que eu entendi, a proposta da SAAB é nos vender "o projeto" do avião e a tecnologia para construí-los e mantê-los, não?

Não consigo entender por que só isso já não chuta a bunda do Hornett e do Rafale...

O projeto Grippen NG esta atrasado em relação ao Rafale e muito mais em relação ao f-18 Super Hornet. O que precisamos definir são nossas necessidades prementes.

Se nossa necessidade é de um avião de imediato, para suprir a carência da nossa aeronáutica, o f-18 Super Hornet seria a melhor opção, uma plataforma já desenvolvida e testada... mas se nosso foco for reaparelhar a FAB e ao mesmo tempo desenvolver tecnologia em parceria, a melhor opção seria o Grippen NG.

Tenho simpatia pelo projeto do Grippen NG por uma questão bastante simples... dentre os concorrentes é o avião com a menor assinatura no radar, um caça extremamente furtivo... quase um stealth.  :ok:

É um belo avião mas tem um raio de combate na ordem de 800 Km o que é pouco se comparadas as dimensões lineares extremas do Brasil e representa pouco mais que a metade do F-18 e do Su-35.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_FX-2

                                                          Rafale       Gripen        Hornet
Alcance sem tanque externo                    1.850 Km    900 Km      2.346 Km
Alcance máx. com tanque externo            3.125 Km    4.070 Km    3.700 Km
Raio de ação de combate (estimado)        1.055 Km    1.850 Km    1.231 Km

Não confunda raio de combate com raio de alcance...  :wink: :ok:


Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #334 Online: 04 de Novembro de 2010, 13:57:26 »
Pelo que eu entendi, a proposta da SAAB é nos vender "o projeto" do avião e a tecnologia para construí-los e mantê-los, não?

Não consigo entender por que só isso já não chuta a bunda do Hornett e do Rafale...

O projeto Grippen NG esta atrasado em relação ao Rafale e muito mais em relação ao f-18 Super Hornet. O que precisamos definir são nossas necessidades prementes.

Se nossa necessidade é de um avião de imediato, para suprir a carência da nossa aeronáutica, o f-18 Super Hornet seria a melhor opção, uma plataforma já desenvolvida e testada... mas se nosso foco for reaparelhar a FAB e ao mesmo tempo desenvolver tecnologia em parceria, a melhor opção seria o Grippen NG.

Tenho simpatia pelo projeto do Grippen NG por uma questão bastante simples... dentre os concorrentes é o avião com a menor assinatura no radar, um caça extremamente furtivo... quase um stealth.  :ok:

É um belo avião mas tem um raio de combate na ordem de 800 Km o que é pouco se comparadas as dimensões lineares extremas do Brasil e representa pouco mais que a metade do F-18 e do Su-35.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_FX-2

                                                          Rafale       Gripen        Hornet
Alcance sem tanque externo                    1.850 Km    900 Km      2.346 Km
Alcance máx. com tanque externo            3.125 Km    4.070 Km    3.700 Km
Raio de ação de combate (estimado)        1.055 Km    1.850 Km    1.231 Km

Não confunda raio de combate com raio de alcance...  :wink: :ok:

O pior é que eu não confundi, pois as fontes que eu consultei apresentavam justamente as informações que eu passei.

De qualquer modo, mais tarde vou reve-las!
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Re: Potência militar
« Resposta #335 Online: 04 de Novembro de 2010, 14:16:13 »
E pelo que sei o Grippen pousa e decola em pistas curtas e se duvidar até em pistas improvisadas na selva. Isso para o nosso país seria uma vantagem.
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Re: Potência militar
« Resposta #336 Online: 04 de Novembro de 2010, 14:22:02 »
Uma questão interessante.

A ONU reconhece como sendo o mar territorial o limite de 12 milhas náuticas (cerca de 21,7Km) e a zona contígua em mais 12 milhas náuticas. Porém os países que não são signatários dos tratados que regulamentam estes temas não estão, em tese, obrigados a seguirem as suas resoluções.

Isto não poderia abrir um precedente para que um Estado qualquer conteste a exploração brasileira de petróleo na plataforma continental, por exemplo?
Não é bem assim, o Brasil explora petróleo na zona econômica exclusiva que vai até 200 mm. Nossa plataforma continental também tem 200 mm e temos um projeto na ONU para aumentá-la para 350mm.

Sim, eu sei que a ZEE de 200 mn foi aceita de maneira geral há mais de 30 anos, e também sei que a ideia de expandi-la para 350 mn não está sendo bem recebida principalmente pelas principais potências navais do mundo.

E o Brasil tem uma plataforma continental menor (às vezes muito menor) que 200 mn na maior parte da sua costa, sem condiderar que a definição de plataforma continental hoje é geologicamente diferente do que era nos anos 60, mesmo com a introdução do parâmetro da cota batimétrica de 2.500 metros.


Praticamente todos os países do mundo são signatários da Convenção de Montego Bay. De país relevante somente os EUA não sáo signatários. Embora eles nunca tenham ratificado a convenção, sempre a respeitaram. É sabido também da existência de petróleo na costa dos EUA, e se questionassem aqui, poderia ser questionado lá também.

Pelo Direito Internacional o princípio de reciprocidde é válido, mas há um fator que poderia fazer com que isto não fosse possível: a US Navy.

Ah sim, militarmente não teria conversa. No entanto, não acredito que os EUA partissem para isso, não no contexto atual, pois se assim fosse, a China poderia tomar o território alheio, a Rússia também e assim por diante. O mundo seria tão perigoso que nem os EUA iriam prosperar ou garantir sua defesa.

Você é geólogo, comc erteza sabe do que estpa falando. Certa feita li o projeto apresentado na ONU. Na verdade, o Brasil possui em determinadas regiões uma plataforma continental muito superior até que 350 mm e em outros pontos bem menor que 200mm. Pela Convenção, quando a plataforma acaba na chamada "área" ou quando começa o assoalho oceânico, acaba também a plataforma.
Ainda, segundo a convenção, é direito do Brasil o acesso a 350 mm, desde que prove que sua plataforma é maior. Não seria um juízo de possibilidade da ONU, eles necessariamente teriam que deferir, pelo texto claro. O problema é que se o Brasil levar, como eles vão resolver o confronto no ártico em que a Rússia, Noruega, Canada e EUA disputam a plataforma alegando serem extensões dos seus respectivos continentes?
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Re: Potência militar
« Resposta #337 Online: 04 de Novembro de 2010, 15:17:25 »
O projeto Grippen NG esta atrasado em relação ao Rafale e muito mais em relação ao f-18 Super Hornet. O que precisamos definir são nossas necessidades prementes.

Se nossa necessidade é de um avião de imediato, para suprir a carência da nossa aeronáutica, o f-18 Super Hornet seria a melhor opção, uma plataforma já desenvolvida e testada... mas se nosso foco for reaparelhar a FAB e ao mesmo tempo desenvolver tecnologia em parceria, a melhor opção seria o Grippen NG.

Tenho simpatia pelo projeto do Grippen NG por uma questão bastante simples... dentre os concorrentes é o avião com a menor assinatura no radar, um caça extremamente furtivo... quase um stealth.  :ok:

Se as nossas necessidades incluirem apenas o patrulhamento e defesa de fronteiras concordo que o F18 seria a melhor opção. É um modelo já existente, em um dos seus últimos estágios de desenvolvimento, já muito usado e que já provou seu valor em ação. Nesse caso acho que Rafale e Gripen NG vem atrás nessa ordem, mas não muito distantes.

Agora, se o acordo também visa incentivar a formação de uma indústria nacional e de um corpo técnico qualificado, ele realmente passa a ser a pior opção. E apesar de considerar o Gripen NG o melhor nesse aspecto, não creio que ele esteja muito à frente do Rafale. O Gripen terá a vantagem de fazer os nossos engenheiros trabalharem no projeto desde etapas muito anteriores ao Rafale, mas o Rafale justamente por ser um modelo novo também passará por muitas etapas de desenvolvimento normais a um modelo de caça, o que também permitirá uma boa participação do nosso pessoal técnico. A diferença é que o Rafale realmente existe enquanto que o Gripen NG ainda está em uma versão de demonstração. Se temos uma relativa urgência em adquirir os novos caças (o que meio mundo diz que temos) o Rafale seria uma melhor opção.

É claro, há muitas outras coisas que podem ser lembradas e pesadas nisso (me ocorrem várias mas não quero me alongar muito) então não creio que o resultado do processo de escolha possa ser considerado ruim, qualquer que seja o escolhido. Apesar de eu achar que o Rafale é a melhor escolha, não ficarei muito preocupado se o resultado for Gripen NG ou F18, apesar de achar que esse último seria um desastre no caso do segundo objetivo.

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Re: Potência militar
« Resposta #338 Online: 04 de Novembro de 2010, 15:35:12 »
Acho que só uma coisa no Rafale tem que os dois outros não tem, ausência de tecnologia americana, e portanto a possibilidade real de transferência de tecnologia. Pois alguém sonha que o congresso dos EUA vão transferir tecnologia de um dos seus principais aviões de combate? Isso só acontece com Israel.

Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #339 Online: 04 de Novembro de 2010, 15:38:44 »
Eu duvido que a frança transfira.
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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #340 Online: 04 de Novembro de 2010, 15:43:52 »
Eu duvido que a frança transfira.

Eu também!
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Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #341 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:12:13 »
Acho que só uma coisa no Rafale tem que os dois outros não tem, ausência de tecnologia americana, e portanto a possibilidade real de transferência de tecnologia. Pois alguém sonha que o congresso dos EUA vão transferir tecnologia de um dos seus principais aviões de combate? Isso só acontece com Israel.
Existem alguns problemas aí. Segundo dizem, a França normalmente apresenta problemas com as promessas de transferência de tecnologia. Normalmente durante o contrato eles afirmam que pode tudo mas depois para entregar é uma novela. Diferente dos EUA que é relutante em concordar com qualquer coisa, mas uma vez definido em contrato e aprovado pelo congresso, entregam tudo sem delongas.

É claro, ainda sou da opinião de que, se a França começar a enrolar para entregar tudo, é só bater o pé ameaçando desistir do contrato, cancelar os pagamento e ir para outro fabricante que eles se ajeitam e param de enrolar.

E, de qualquer maneira, o Gripen NG também seria feito sem componentes americanos, com exceção da turbina (que realmente é algo importante)



Comparado com o modelo anterior, a dependência americana é muito menor.



Talvez os americanos não concordem com a transferência de tecnologia da turbina, mas não sei se isso está incluso na proposta do Rafale.
« Última modificação: 04 de Novembro de 2010, 16:20:18 por Unknown »

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Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #342 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:26:30 »
Acho que só uma coisa no Rafale tem que os dois outros não tem, ausência de tecnologia americana, e portanto a possibilidade real de transferência de tecnologia. Pois alguém sonha que o congresso dos EUA vão transferir tecnologia de um dos seus principais aviões de combate? Isso só acontece com Israel.

Os processadores sao intel

Na verdade, nao há como fugir disto

Quanto ao alcance, se o Gripen for comprado as pencas, da para distribuir legal pelo territorio, junte isso a frota de reabastecedores

Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #343 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:34:50 »
Eu duvido que a frança transfira.

Eu duvido mais ainda que o congresso americano, mas é f. depender dos outros, de qualquer maneira.

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« Resposta #344 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:38:39 »
Os processadores sao intel

Na verdade, nao há como fugir disto
Dificilmente processadores seriam algum problema.

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Offline Spitfire

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« Resposta #345 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:38:51 »
Eu duvido que a frança transfira.

Eu também!

Mais um aqui.... aliás, em matéria de transferência de tecnologia, a França se comprometeu a transferir tecnologia para a produção dos helicópteros franceses EC725 (um sucatão, o cúmulo da gambiarra sobre o antiquíssimo SA330 Puma) até 2012... e até agora necas de pitibiriba.

Este é o problema dos franceses, dá medo fazer negócio com eles, prometem entregar até a mãe, mas quando a hora chega eles sempre deixam a desejar... custo altíssimo de venda, elevado custo operacional, baixíssima qualidade no suporte/reposição e ainda ficam fazendo corpo mole para cumprir o acordado.

O Rafale é um avião muito capaz... o problema são os franceses.  :ok:

Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #346 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:41:35 »
Eu duvido que a frança transfira.

Eu duvido mais ainda que o congresso americano, mas é f. depender dos outros, de qualquer maneira.

O norte-americano não promete mundos e fundos, mas honra tudo aquilo que foi posto no papel... basta ver que nossos F-5 (versão XYZ-BR eu sei  :hihi:) tem todo suporte técnico em dia, até com peças de reposição... já os Mirage, Gzuis me salva.  :wink:

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Re: Potência militar
« Resposta #347 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:51:45 »
Bom, os americanos se comprometeram a fornecer todas as peças para o F18. O negócia seria fechar com o grippen e conseguir um compromisso dos EUA em fornecer os motores hehe.
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Offline Spitfire

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« Resposta #348 Online: 04 de Novembro de 2010, 16:59:42 »
Bom, os americanos se comprometeram a fornecer todas as peças para o F18. O negócia seria fechar com o grippen e conseguir um compromisso dos EUA em fornecer os motores hehe.

Prefiro os da Volvo... eles fazem com 1 só turbina aquilo que nem os F-18 e os Rafale fazem com 2.  :hihi:

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Re: Potência militar
« Resposta #349 Online: 08 de Novembro de 2010, 16:38:41 »
Valor Econômico: Lula escolherá o Rafale e poupará Dilma

Jobim assumiria “custo político” e pode permanecer no cargo

A escolha do caça francês Rafale para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB) tem um preço político que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende deixar para a sucessora, Dilma Rousseff, uma ex-guerrilheira vista ainda com desconfiança por militares de gerações mais antigas.

Lula deve anunciar a opção pelos Rafale antes da conclusão de seu mandato para evitar que Dilma assuma uma demanda de forte potencial de crise na área da Defesa, um ministério de apenas 11 anos, mas pelo qual já passaram seis ministros civis e uma dezena de interinos militares.

A decisão de Lula será tomada com base em parecer do Ministério da Defesa. A FAB nunca escondeu sua preferência pelo caça de fabricação sueca Gripen. O ministro Nelson Jobim vai assumir o custo político da decisão, mas está cotado para permanecer no cargo no próximo governo.

A compra de um lote de 36 caças para a FAB é apenas uma de muitas outras questões que envolvem a sucessão no Ministério da Defesa. Entre elas está a afirmação do poder civil, um processo que teve início efetivo quando Jobim aceitou comandar a Pasta, em julho de 2007.

Jobim tem defensores no PMDB, seu partido de origem, e no PT. Mas está na Defesa como sendo da “cota pessoal” do presidente. Neste período os comandos das três forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) passaram de fato a seguir a linha de comando: antes as forças faziam suas peças orçamentárias, e o Ministério da Defesa apenas homologava. Agora a formulação é feita pelo ministério. Há troca de ideias com a tropa, mas o MD é quem define as prioridades e a política de compras.

Também neste período foi aprovada a Estratégia Nacional de Defesa, em torno da qual havia igualmente dúvidas entre os militares. É o marco legal que rege toda a política de defesa e que, em última análise, justifica a opção pelos Rafale, mesmo o caça francês custando mais caro que alguns dos concorrentes.

De fato, o avião francês, na proposta inicialmente oferecida ao governo brasileiro, sairia por quase o dobro do preço do Gripen sueco, o avião preferido da FAB. Mas a Defesa argumenta que há mais em jogo do que apenas o valor de compra do caça.

Estariam em jogo, também, questões como a transferência de tecnologia e parcerias estratégicas. Um exemplo muito citado, ultimamente, é a negociação para a venda de seis aviões de transporte KC-390, a ser fabricado pela Embraer para a Argentina: Buenos Aires condicionou a compra à transferência de tecnologia. Este é um item hoje presente em qualquer negociação relativa a material de defesa.

O anúncio a ser feito por Lula é o da decisão de comprar os 36 caças Rafale. Mas a conversa terá desdobramentos nas negociações dos termos contratuais. A tecla que o governo Lula insiste em bater é a da intransigência na questão relativa à transferência tecnológica.

Externamente, também há um reposicionamento do país em termos de Defesa. No caso da aliança do atlântico, por exemplo, o Brasil tem se posicionado contrário à tentativa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de criar um novo novo conceito de soberania compartilhada Atlântico Norte-Atlântico Sul.

O pré-sal ajuda a explicar as restrições brasileiras. A camada está dentro da faixa de soberania reconhecido pelo tratado do mar, que é de 350 milhas milhas. Os EUA não são signatários da convenção, portanto, do ponto de vista do direito internacional – segundo avaliação feita no Brasil -, se quiserem podem arrumar um pretexto para intervir na região para explorar o petróleo do pré-sal.

No momento, Jobim se encontra na Europa. Em compromissos na Itália e na Alemanha, o ministro vai dizer que de maneira alguma o Brasil concorda com a internacionalização do Atlântico porque os EUA não são signatários do tratado do mar. Sem esta adesão, os brasileiros não se sentem seguros em relação ao respeito à soberania do país: esta seria uma garantia que ninguém poderia dar, do ponto de vista do direito internacional.

O discurso que Jobim levou para os europeus é o de quem trabalha a médio e longo prazos. O ministro deve lembrar que alguns integrantes da Otan são parceiros do processo de reaparelhamento das Forças Armadas e que há grandes possibilidades de cooperação neste campo entre Brasil e Europa. Possibilidades que serão “tanto maiores quanto menor for o apoio da Europa a esquemas diplomáticos-militares que venhamos a entender como tentativas de reduzir a margem de autonomia do Brasil”, como afirmou numa recente manifestação.

Há outro tema na agenda não-oficial do ministro da Defesa: tentar desmitificar algumas teses em curso no velho continente sobre o Brasil e a América do Sul.

Uma delas é a de que o programa nuclear brasileiro está passando por um desvirtuamento. Em resumo, que o país teria voltado a namorar a ideia de construir a bomba. Jobim vai insistir no discurso brasileiro: o programa tem fins pacíficos. A própria Constituição do país veda o uso bélico da energia nuclear.

A outra tese é a de que há uma corrida armamentista na América do Sul. O reaparelhamento das forças, no Brasil e em outros países da região, decorreria, na realidade, do momento econômico favorável vivido por esses países. No entendimento da Defesa da “vida útil dos equipamentos militares se perdeu” e há uma necessidade premente de modernização tecnológica. Na realidade, além da penúria financeira, havia o receio dos civis de fortalecerem o poder militar que os afastou durante anos do poder.

Jobim está cotado para ficar no cargo. O próprio Lula já lhe disse que gostaria que ele permanecesse. O coordenador da transição da equipe de Dilma já lhe telefonou para marcar uma conversa. Antes de aceitar comandar a Defesa, em julho de 2007, Jobim já fora abordado por emissários de Lula em cinco ocasiões.

A primeira vez por Tarso Genro, seu conterrâneo e governador eleito do Rio Grande do Sul, outra por Franklin Martins, ministro da Comunicação de Governo, além de uma sondagem feita pelo próprio Lula e duas mais pelo ex-deputado Sigmaringa Seixas, em uma delas acompanhado do ministro do STF, Gilmar Mendes.

O problema é que Jobim montara um escritório de advocacia, a cada dia mais bem sucedido ao deixar o Supremo, e como ex-presidente do STF já recebe, na aposentadoria, o teto salarial do servidor público. Ou seja, ele não ganha nada para ser ministro.

Mas essa é uma decisão a ser tomada na volta do ministro, á partir da próxima quarta-feira. No PT e em setores próximos à equipe de Dilma há o entendimento de que a consolidação do poder civil no Ministério da Defesa é um um processo de no mínimo cinco anos. A base legal está pronta, mas ainda há muito o que fazer em termos de reestruturação. Ou seja, Jobim seria necessário pelo menos por mais dois anos. É quem detém este quebra-cabeças na memória.

Há também demandas políticas por concluir. São os casos dos questão dos desaparecidos da guerrilha do Araguaia, a abertura dos arquivos e a instalação da Comissão da Verdade, pelo Congresso. Assuntos que estiveram na origem da maioria das crises que envolveram o Ministério da Defesa no governo Lula, além do caos do setor aéreo.

Ironicamente, o programa de direitos humanos do governo Lula deu a Nelson Jobim a oportunidade de impor a autoridade de um civil num ministério refratário ao comando de um sem-farda (que ele, aliás, tratou de vestir em operações das três forças). Ex-presidente do Supremo, ele visitou cada um dos 11 ministros do tribunal para expor a defesa da tese de que a anistia concedida em 1979 era recíproca, ou seja, se aplicava também a militares acusados de envolvimento na tortura. Ganhou. Mas no processo teve de demitir um general de quatro estrelas que criticara o projeto de criação da Comissão da Verdade, a qual chamou de “comissão da calúnia”. Com o reconhecimento da reciprocidade da lei da anistia, a comissão agora pode ser instalada sem que nenhum militar ou civil que reconheça ter vivido nos porões da tortura venha a ser por isso processado e condenado.

FONTE: Valor Econômico, via Ministério do Planejamento

NOTA DO PODER AÉREO: A eventual aquisição do Rafale para a FAB demandará recursos bastante elevados de custeio e que estão bem fora da realidade brasileira. Se o Governo vier mesmo a optar pelo caça francês, terá de aumentar sensivelmente o aporte de recursos para a FAB nos próximos anos, para que os aviões tenham um nível de operacionalidade crível.

http://www.aereo.jor.br/2010/11/08/valor-economico-lula-escolhera-o-rafale-e-poupara-dilma/

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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