Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138596 vezes)

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Re: Potência militar
« Resposta #400 Online: 23 de Novembro de 2010, 18:23:50 »
Antes de começar a sucatear tudo, qual foi o número total de caças que a FAB teve?

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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #401 Online: 23 de Novembro de 2010, 18:47:32 »
Antes de começar a sucatear tudo, qual foi o número total de caças que a FAB teve?

Voce quer dizer, no auge (final dos anos 70) somente com os Mirage III e F-5?
Foto USGS

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Re: Potência militar
« Resposta #402 Online: 23 de Novembro de 2010, 19:18:15 »
Isso.

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Re: Potência militar
« Resposta #403 Online: 23 de Novembro de 2010, 19:22:27 »
OT:
Cliquei no link e tem um anúncio gigante do Gripen. Isso não levanta dúvidas sobre o teor das notícias?

Volta e meia um ou outro comentava isso lá. Acho que os caras ficaram tão cheios disso que deu nisso


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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #404 Online: 23 de Novembro de 2010, 19:29:07 »
32 Mirages III, sendo 9 bipostos e 23 monopostos e 57 F5 (o número exato destes eu não tenho certeza).
Foto USGS

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Re: Potência militar
« Resposta #405 Online: 23 de Novembro de 2010, 19:42:44 »
Ou seja, seriam 90 caças ou algo perto disso. Houve algum tipo de problema por termos dois modelos ao invés de um na época, que faz com que seja desaconselhável repetir a experiência? Lembrando que dessa vez o número será um pouco maior (120 caças)

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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #406 Online: 23 de Novembro de 2010, 19:48:16 »
Ou seja, seriam 90 caças ou algo perto disso. Houve algum tipo de problema por termos dois modelos ao invés de um na época, que faz com que seja desaconselhável repetir a experiência?

Em função da tecnologia da época, era comum o uso de aviões mais "especializados". O Mirage III fazia o papel de interceptador e de caça, ao passo que o F5 era mais caça e ataque ao solo. Na época os Xavantes eram aviões de ataque ao solo e apoio aproximado.

Hoje a tecnologia pode fazer com que uma plataforma seja efetivamente multi-função, de tal modo que não há (em tese) a necessidade de dois modelos para uma força aérea como a nossa. Outro problema de ter mais de uma plataforma é a questão do custo, incluindo o de manutenção.
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Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #407 Online: 24 de Novembro de 2010, 18:30:52 »
Ou seja, seriam 90 caças ou algo perto disso. Houve algum tipo de problema por termos dois modelos ao invés de um na época, que faz com que seja desaconselhável repetir a experiência? Lembrando que dessa vez o número será um pouco maior (120 caças)

Vai sonhando. Se para sairem 36, foram precisos 16 anos(se não for cancelado de novo), 120 só no próximo século. |(

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #408 Online: 25 de Novembro de 2010, 09:11:03 »
Se nao me engano a ideia de compra de caças vem desde o plano fenix, dos anos 90


Offline _Juca_

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Re: Potência militar
« Resposta #409 Online: 25 de Novembro de 2010, 09:57:57 »
Esse não é um programa para comprar caças e sim para postergar caças... :hihi:

Noticia de novembro de 2018:

A presidente Dilma, depois de 8 anos de discussão, só em seu governo, em que os caças da França foram eliminados e os caças russos, chineses, alemães, suiços, americanos, suecos foram reintroduzidos no programa FX 3, disse que é melhor deixar para seu sucessor, o presidente eleito pela coalizão PT-PMDB-PSDB-DEM-PSB-PP-PR-PMN, Aécio Neves, a decisão de compra dos 36 caças de sétima geração. ::)

Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #410 Online: 25 de Novembro de 2010, 19:21:15 »
Esse não é um programa para comprar caças e sim para postergar caças... :hihi:

Noticia de novembro de 2018:

A presidente Dilma, depois de 8 anos de discussão, só em seu governo, em que os caças da França foram eliminados e os caças russos, chineses, alemães, suiços, americanos, suecos foram reintroduzidos no programa FX 3, disse que é melhor deixar para seu sucessor, o presidente eleito pela coalizão PT-PMDB-PSDB-DEM-PSB-PP-PR-PMN, Aécio Neves, a decisão de compra dos 36 caças de sétima geração. ::)

Hehehehehehehehe.
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Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #411 Online: 26 de Novembro de 2010, 01:11:40 »
Eu já tinha estas informações, agora vi as fotos...







Tomando esfrega dos F-4E da Luftwaffe durante o exercício Frisian Flag 2008 da OTAN, realizado na Base Aérea de Leewarden, na Holanda... meia dezena de jacas derrubadas pelo vovô. Soma-se mais 2 jacas derrubadas na CRUZEX V pelos também vovôs F-5M.

É... não sei qual é a do Nelsão, o que ele tá fazendo já é crime lesa pátria.

Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #412 Online: 26 de Novembro de 2010, 01:31:49 »
Espera, espera. O caça com um raio de curva maior que a Grande São Paulo "abateu" 5 Rafales?!?

E o Nelsão ainda recomenda? Tem muita coisa rolando por baixo do pano aí!
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #413 Online: 26 de Novembro de 2010, 01:48:53 »
Você não sabe nem da metade... o Nelsão simplesmente retirou do relatório apresentado ao digníssimo senhor presidente da republica todos os aspectos negativos envolvendo o Rafale. Ihhhh, tem muito mais coisas, tipo passar as férias em um castelo na França que é propriedade da dAssault e por ai vai.

Será que existe alguma comissão "por fora" rolando??? Acho que não.  ::)

Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #414 Online: 26 de Novembro de 2010, 10:14:15 »
Eu vi essa história de excluir do relatório todos os aspectos negativos. Faz pensar.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
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Offline Pregador

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Re: Potência militar
« Resposta #415 Online: 26 de Novembro de 2010, 10:24:26 »
Bem, a gente pode acabar comprando a jaca francesa, mas nada impede que os transformemos ao menos numa abóbora ou num melão, igual com os F-5.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #416 Online: 26 de Novembro de 2010, 11:02:25 »
5x no mesmo exercicio?

Caramba

Mas quantas vezes o F-4 foi abatido pelo Rafale?

Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #417 Online: 26 de Novembro de 2010, 11:30:51 »
5x no mesmo exercicio?

Caramba

Mas quantas vezes o F-4 foi abatido pelo Rafale?

A rainha de hangar não abateu nenhum F-4.... o sistema de armas do Rafale tava todo bugado.  ::)

http://www.cavok-aviation-photos.net/FF2008.html

Citar


For instance, the Finnish Air Force declined participation for reasons of the Dutch not being able to attend their ADEX exercise, oh well...

Fortunately, the French and the German Air Forces saved the multi type part of the exercise, the French debuting with Frisian Flag with their brand new Dassault Rafale. Up to five Rafales were present at the Dutch base, comprising three single seat Rafale C and a pair of two seat Rafale B. Unfortunately for the French however, the Rafales suffered from frequent problems, necessitating at least three visits by Saint Dizier´s Alpha Jets to bring in some required parts. Not an uncommon thing to see with any new weapons system.

5 Rafale´s foram enviados para a manobra e os 5 foram abatidos.

Citar


Old, but still going strong, the German Phantom. It should already have been retired years ago already, delays with the Eurofighter Typhoon program kept her in the air. However, the end is now in sight with an EF.2000 simulator building and other facilities now apparantly under construction at Germany's last F-4 base Wittmund. The Germans may have made short work of one or more Rafales during mock combat however, judging by the "Rafale Eater" inscription on the intake splitter plate of one of the jets.

É.... esta é a "belezinha" francesa que nenhum país do mundo quis comprar. Por que será?  ::)
« Última modificação: 26 de Novembro de 2010, 11:34:56 por Spitfire »

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #418 Online: 26 de Novembro de 2010, 13:43:58 »
Pobre Rafale, vai ser um mico da industria aeronautica francesa

Logo a Dassault que fez maravilhas como a familia mirage, jaguar, ouragan...

Offline Spitfire

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Re: Potência militar
« Resposta #419 Online: 26 de Novembro de 2010, 13:54:37 »
Eu vi essa história de excluir do relatório todos os aspectos negativos. Faz pensar.

E nem precisa pensar muito... uma pessoa que deliberadamente frauda um relatório para favorecer uma compra superfaturada, em um país minimamente sério, seria imediatamente destituída do cargo e processado por lesa pátria... but, here is Brazil, companheiro.  ::)

Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #420 Online: 02 de Dezembro de 2010, 21:14:14 »
Gripen NG: Saab sai na frente em disputa por caças

A Prefeitura de São Bernardo e a Saab, fabricante sueca do avião-caça Gripen, formalizaram ontem o compromisso do investimento de US$ 50 milhões, em cinco anos, para a criação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Alta Tecnologia.

A iniciativa independe da escolha do governo federal para a renovação da frota de 36 aviões-caça da FAB (Força Aérea Brasileira), porém, não deixa de ser um lobby para vencer o processo de licitação.

De acordo com o presidente da Saab, Hakan Buskhe, entretanto, o centro está alinhado com interesses do prefeito nos últimos anos. “Queremos realizar uma sinergia entre governo, academia (que envolve educação e pesquisa) e indústria, e não somente vir aqui para vender coisas. Nosso objetivo é fazer um intercâmbio de tecnologia e inovação entre os dois países.”

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), endossou, alegando que a relação com os suecos existe há muitos anos, muito antes da história dos caças. “Por isso a preferência por eles. Conversando com brigadeiros da FAB também percebo a preferência deles pelo Gripen.”

Marinho afirmou já ter conversado tanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como com a presidente eleita Dilma Rousseff. “Acho que as chances aumentaram depois das conversas. De qualquer forma, o governo vê com bons olhos prefeitos que se movimentam para conquistar mais investimentos”, disse, referindo-se à possibilidade de o governo bater o martelo pelos suecos. “A Saab andou mais rápido do que seus concorrentes, transferindo tecnologia e conhecimento para o Brasil. Um aporte dessa magnitude vai beneficiar não só São Bernardo, mas a região como um todo.”

DISPUTA – Na corrida pela vaga também está o Consórcio Rafale International – joint venture formada pela Dassault Aviation, Snecma e Thales -, que nesta semana, assim como a Saab, realizou visitas na FEI e na UFABC, para a possibilidade do desenvolvimento de futuros projetos, caso a francesa seja a eleita.

Para Marinho, a prospecção dos franceses na região é vista com otimismo. “Se eles querem ser escolhidos, têm de demonstrar para valer esse empenho na transferência de tecnologia.”

Segundo Jean-Marc Merialdo, representante do Rafale, é exatamente esse o trunfo deles. “Possuímos toda a tecnologia utilizada na construção da aeronave”, diz, alfinetando a Saab, que tem a turbina fabricada nos Estados Unidos. “Além disso, se o Rafale for escolhido, o governo francês já se comprometeu em comprar no mínimo dez aviões de carga KC390 da Embraer.”

Merialdo ressaltou que também têm relação antiga com o País, principalmente com São Bernardo. “A Omnisys (empresa eletrônica que tem entre seus acionistas o grupo francês Thales) realizou a primeira exportação brasileira de radar para Cingapura”, contou. A Boeing, terceira concorrente e fabricante dos FA-18 Hornet, ainda não se manifestou sobre transferir tecnologia ao Grande ABC.

Centro já tem parceria para desenvolver radar

O centro de pesquisa aplicada da Saab tem previsão de início das atividades em abril. No primeiro ano operacional serão aportados US$ 10 milhões entre cinco e dez projetos.

Um deles será realizado com a Atmos Radar, empresa da Capital com a qual a montadora vai estabelecer a transferência de tecnologia e a criação de produtos. Por ora, será, desenvolvido um radar para vigilância costeira.

É válido ressaltar que a UFABC e a FEI serão parceiras do projeto. Como o centro de pesquisa aplicada será composto, em um primeiro momento, por escritório que terá entre 300 m² e 500 m² – e provavelmente será situado no bairro Nova Petrópolis – , as pesquisas devem ser realizadas em laboratórios de terceiros.

O presidente da Saab, Hakan Buskhe, disse que a Suécia tem muito a contribuir com o País, principalmente na área de aviação, biotecnologia e nanotecnologia. Ele citou também um caso de sucesso em Gottenburgo, que pode servir de exemplo para a região. “Temos um parque tecnológico que agregou 275 empresas com 9.000 funcionários e três universidades com o mesmo número de estudantes.”

http://www.aereo.jor.br/2010/12/02/gripen-ng-saab-sai-na-frente-em-disputa-por-cacas/

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Re: Potência militar
« Resposta #421 Online: 02 de Dezembro de 2010, 21:23:07 »
Assim é que se faz, antes mesmo de qualquer decisão vai-se lá e monta um centro tecnológico.

Entendam, a parceria com os franceses é uma tremenda furada... prova disto são os submarinos que estamos desenvolvendo com a França no que se suporia ser na base de transferência total de tecnologia, pois bem, estávamos (Brasil) pesquisando sobre as baterias elétricas e a França já deu caô, disse que era tecnologia de uma outra empresa e que eles não queriam repassa-la ao Brasil e o escambau à quatro... tivemos que bater nas portas da Alemanha e comprar a tecnologia deles. 

Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #422 Online: 06 de Dezembro de 2010, 16:06:52 »
Informações que vem do vazamento do Wikileaks

Citar
WikiLeaks: França disposta a passar a tecnologia do Rafale ao Brasil

A França está disposta a fornecer ao Brasil os códigos informáticos do avião de combate Rafale se este for comprado pelos brasileiros, afirma uma mensagem diplomática americana de novembro de 2009 divulgada pelo site WikiLeaks e citada neste domingo pelo jornal francês Le Monde.

Com o Rafale, jamais vendido até agora para ao estrangeiro, a França espera descartar os aviões americano F/A-18 Super Hornet e o sueco Grippen, que também disputam o mercado brasileiro, afirma a mensagem.

“Os franceses garantiram aos brasileiros que entregarão os códigos informáticos do Rafale, que são o coração digital do aparelho, um gesto que os demais concorrentes estão reticentes em realizar”, acrescenta a embaixada neste documento.

“Quando (o presidente) Lula se queixou com (o presidente francês Nicolas) Sarkozy sobre o ‘preço absurdo’ dos Rafale, 80 milhões de dólares cada um, o presidente francês enviou a ele, segundo fontes do ministério das Relações Exteriores, uma carta pessoal enfatizando que a França estaria disposta a proceder a uma ‘transferência sem restrições’ das informações tecnológicas”, assegura.

“Se a venda do Rafale for realizada, a Dassault (sua montadora) poderá pedir aos Estados Unidos licenças de controle de exportação para as partes do avião construídas com tecnologia americana”, destaca a mensagem dos diplomatas americanos.

Segundo o texto divulgado, que cita fontes militares em Brasília, o Brasil “não apenas quer comprar os Rafales, como também produzir o avião em seu território e, eventualmente, vendê-lo na América Latina até 2030″.

O negócio que a França aspirar fazer com o Brasil supõe a venda de 36 aviões de combate, o que supõe um contrato multimilionário.

A decisão do governo Lula ainda não foi anunciada, e não há prazo para que isso ocorra.

Em outra mensagem divulgada pelo Wikileaks há alguns dias, o rei do Bahrein teria afirmado há um ano que o caça francês tem “tecnologia ultrapassada”.

Assim afirmou o soberano do Bahrein durante uma reunião realizada no dia 1o. de novembro de 2009 com o general americano David Petraeus para discutir a cooperação regional em matéria de defesa.

“O rei Hamad bin Issa al Khalifa pediu apoio ao general Petraeus (então comandante do exército americano encarregado do Oriente Médio) para que fabricantes de aeronaves dos EUA participassem do Salão Aeronáutico do Bahrein, previsto para janeiro de 2010″, segundo a carta escrita pela embaixada dos EUA em Manama.

“Disse que a França estava dando o seu total apoio a que o Rafale estivesse lá, mas concordou com Petraeus que o caça francês era de tecnologia ultrapassada”, segundo o informe diplomático.

Componentes Americanos No Rafale

Ataque à proposta francesa

Ainda que os franceses ofereçam um caça menos capaz a custo mais alto, o Rafale vem sendo considerado vencedor desde o início da concorrência FX2.

Embora as avaliações técnicas dos aviões devam resultar em vantagem significativa para o Super Hornet, precisamos tomar medidas para erodir a vantagem política francesa.

Embora um elemento importante disso seja enfatizar o custo mais baixo da Boeing, há diversas outras medidas que podem oferecer argumentos contra os franceses.

O primeiro passo será lembrar os brasileiros de que seu interesse pelo Rafale foi causado pela suposição de que os Estados Unidos não liberariam tecnologia. Já que aprovamos a liberação da tecnologia relevante, deveríamos perguntar se os brasileiros ainda precisam dos franceses como segurança.

Nos últimos meses, o esforço francês de vendas vem se baseando em alegações enganosas, se não fraudulentas, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês (o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos). Mas isso não precede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa (DTSA) encontrou “alta presença” de conteúdo norte-americano, o que inclui sistemas de mira, componentes de radar e sistemas de segurança que requererão licenças norte-americanas.

Próximos passos:

- Ainda que não pareça que os dados tecnológicos oferecidos na proposta francesa violem os regulamentos da Regulamentação Internacional de Comércio de Armas (ITAR), o PM/DTCC [departamento de controle do comércio de defesa, na divisão de assuntos político-militares do Departamento de Estado] e a DTSA devem continuar a monitorar o marketing francês para garantir que a Dassault não contorne as restrições do ITAR.

– Investigar a decisão indiana de excluir o Rafale em sua concorrência para caças e determinar se existiu algum motivo que torne o avião menos atraente para o Brasil.

– Garantir que os brasileiros estejam cientes de que esperamos conceder licenças de retransferência para os componentes de origem norte-americana no avião francês, e que já aprovamos a transferência de alguns dados técnicos. KUBISKE

http://www.aereo.jor.br/2010/12/05/wikileaks-franca-disposta-a-passar-a-tecnologia-do-rafale-ao-brasil/

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Re: Potência militar
« Resposta #423 Online: 06 de Dezembro de 2010, 16:51:59 »
Esclarecedora foi o comentário do embaixador norte-americano:

Citar
“Nos últimos meses, o esforço FRANCÊS de vendas vem se baseando em alegações ENGANOSAS, se não FRAUDULENTAS, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês (o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos).

Mas isso não precede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa (DTSA) encontrou ALTA presença de conteúdo norte-americano, o que inclui SISTEMAS DE MIRA, COMPONENTES DE RADAR e SISTEMAS DE SEGURANÇA, QUE REQUERERÃO licenças norte-americanas.


Ou seja.... o conceito "100% fucking american free" que alguns desinformados propagam é falso.  ::)
« Última modificação: 06 de Dezembro de 2010, 16:54:49 por Spitfire »

Offline Luiz F.

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Re: Potência militar
« Resposta #424 Online: 06 de Dezembro de 2010, 18:07:28 »
Esclarecedora foi o comentário do embaixador norte-americano:

Citar
“Nos últimos meses, o esforço FRANCÊS de vendas vem se baseando em alegações ENGANOSAS, se não FRAUDULENTAS, de que seu caça envolve apenas conteúdo francês (o que o isentaria dos incômodos controles de exportação dos Estados Unidos).

Mas isso não precede. Uma análise da Administração de Segurança da Tecnologia de Defesa (DTSA) encontrou ALTA presença de conteúdo norte-americano, o que inclui SISTEMAS DE MIRA, COMPONENTES DE RADAR e SISTEMAS DE SEGURANÇA, QUE REQUERERÃO licenças norte-americanas.


Ou seja.... o conceito "100% fucking american free" que alguns desinformados propagam é falso.  ::)

Até porque, hoje em dia, duvido que exista qualquer sistema de alta tecnologia no mundo em que não haja tecnologia americana.

Feliz ou infelizmente eles são os detentores das mais avançadas tecnologias atuais, e o são com total merecimento.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

 

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