Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138600 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Luiz F.

  • Nível 30
  • *
  • Mensagens: 1.752
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #500 Online: 08 de Março de 2011, 01:02:46 »
Interessante. Alarmista mas interessante.
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #501 Online: 08 de Março de 2011, 10:55:44 »
Alarmista e realista ao mesmo tempo. Tanto é verdade as disputas geoestratégicas na região, quanto é subestimado o poder de dissuação do Brasil na América do Sul. No campo político, econômico, e militar o Brasil é de longe a maior potência regional, com mais de 50% de todos os aspectos, e mais que isso, forma alianças de interesse regional que contrabaleceam a influência norte-americana na região, não quer dizer que somos uma potência hegemônica do cone Sul, mas sim que já estamos bem posicionados para defender os interesses que convém ao Brasil.

Já como potência mundial, o Brasil está se projetando e ainda é visto como uma potência média migrando para uma grande, tal qual a China e India, que estão migrando de uma potência média para duas superpotências, que de fato vão contrabalancear o poderio hegemônico dos EUA. Nesse ponto o texto tem suas razões, o Brasil de fato precisa se tornar uma potência militar que possa fazer um pouco de peso a esses três países, mas isso é no longo prazo, daqui a 30 anos ou mais, e nos ultimos anos foram feitos bastante movimentos nessa direção, como o submarino nuclear, novo porta aviões, reformulação do plano de defesa e eu vejo com bons olhos a postergação das compras dos caças para o ano que vem, pois com alguma certeza, depois da visita do Obama, Dilma deve optar pelos caças americanos e em troca pode vir a melhor tecnologia bélica do planeta, e uma aliança de convergência e não mais uma aliança de servidão como sempre foi a relação Brasil-EUA.

Offline Moro

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 20.984
Re: Potência militar
« Resposta #502 Online: 08 de Março de 2011, 12:04:05 »
Modo Lulista on

Lula com sua política diplomática progressista eliminou o ciclo de subservidao que determinavam as relações entre EUA e Brasil.

Modo Lulista off
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #503 Online: 08 de Março de 2011, 13:35:53 »
Modo Lulista on

Lula com sua política diplomática progressista eliminou o ciclo de subservidao que determinavam as relações entre EUA e Brasil.

Modo Lulista off

Na verdade esse ciclo começou a se fechar quando o Brasil ainda no governo FHC, começou a pleitear uma vaga no CS da ONU, e então os interesses dos dois países começaram a se chocar em alguns aspectos importantes da geopolítica, então no governo Lula essa ênfase de colocar interesses nacionais em primeiro lugar, mesmo que em choque (ou não) com a diplomacia americana, foi posta realmente em prática. O que não quer dizer que seja antiamericanismo como alguns gostam de propagandear. E também não que isso queira dizer muita coisa pros americanos, porque o Brasil não é nem de longe o centro ou fonte de seus problemas em relação à geopolítica e o Brasil converge em muitos pontos em relação a sua diplomacia. a única coisa de fato é que hoje somos mais independentes das vontades da superpontencia.

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: Potência militar
« Resposta #504 Online: 09 de Março de 2011, 09:27:02 »
Não basta ficar comprando coisas. É necessária uma indústria militar para garantir o status de potência no futuro. Mas para comprar 36 caças já é difícil, quando seria necessário uns 200, no mínimo...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Skorpios

  • Visitante
Re: Potência militar
« Resposta #505 Online: 14 de Março de 2011, 09:04:32 »
Citar
Metade dos armamentos do país está indisponível
13 de março de 2011, em Análise, Forças Armadas, Noticiário Nacional, por Baschera
Estudo do Ministério da Defesa revela fragilidade das Forças Armadas. Blindados, navios e caças sem condições de combate e concentração de tropas no Sudeste expõem deficiência.

Fernando Rodrigues
Igor Gielow

Um levantamento reservado com uma detalhada radiografia das Forças Armadas brasileiras mostra o sucateamento do equipamento militar do país. Explicita também as conhecidas distorções na distribuição de tropas no território nacional, confrontando o discurso oficial de que a Amazônia é uma prioridade. O estudo ao qual a Folha teve acesso é produzido pelo Ministério da Defesa e atualizado todo mês. Ele mostra que metade dos principais armamentos do país, como blindados, aviões e navios, está indisponível para uso.

O levantamento é usado provisoriamente pelo governo, enquanto não é elaborado o chamado “Livro Branco”, que trará, segundo decreto assinado neste ano, todo esse diagnóstico. O livreto obtido pela Folha tem 76 páginas e traz dados orçamentários, operacionais e de pessoal que são difíceis de encontrar com esse grau de detalhe.

Quando alguém precisa elaborar comparações com outros países, como fez a Folha em sua edição de 20 de fevereiro, a praxe é buscar fontes externas -confiáveis, mas não tão detalhadas. O documento usado nesta reportagem traz um inventário dos chamados meios de cada Força, ou seja, os principais equipamentos para uso em guerra.

O resultado dá argumentos aos defensores do reequipamento militar, um processo caro, demorado e que costuma esbarrar em obstáculos como pressões políticas.

O caso da Marinha é paradoxal. Especialistas consideram a Força a mais bem aparelhada, mas 132 dos seus 318 principais equipamentos estão parados. Metade dos 98 navios está no estaleiro. A aviação naval é figurativa: apenas 2 de seus 23 caças voam, e só para treino. Isso no fim de 2010 -hoje, só um funciona. O porta-aviões São Paulo ficou anos parado e agora está em testes.

DEFICIÊNCIA CRÔNICA

O Exército contribui para que o resultado geral de disponibilidade de meios atinja ilusórios 68% -isso porque a Defesa coloca na conta as “viaturas sobre rodas”, que basicamente são quaisquer veículos. Dessas, 5.318 das 6.982 estão funcionando. Dos 1.953 blindados do Exército, só metade está à disposição. Metade dos helicópteros está no chão, isso sem contar a deficiência crônica de defesa Aérea, maior fragilidade militar do país.

Por fim, a Força Aérea tem indisponíveis 357 dos seus 789 meios, que incluem 48 lançadores portáteis de mísseis, todos funcionando. O governo avalia ter 85 dos seus 208 caças disponíveis, o que parece algo otimista. Seja como for, a renovação da frota de combate, unificada em um modelo, está postergada novamente por causa de cortes orçamentários.

Fica também explícito um problema que a Estratégia Nacional de Defesa editada em 2008 promete combater. Na Estratégia, a Amazônia aparece como prioridade do Exército. Só que a disposição das tropas ainda reflete a ideia de que o país um dia poderia entrar em guerra com sua antiga rival, a Argentina, hoje longe de representar uma ameaça militar. A região Sul concentra 25% das Forças terrestres do Brasil, enquanto a área amazônica só tem 13% do efetivo. Outros 23% estão estacionados na área do Comando Militar do Leste, no Rio.

A concentração no Rio também é perceptível no poderio aéreo. Nada menos que um terço do efetivo da FAB está por lá, enquanto a enorme região Norte não soma 15% com dois comandos aéreos separados.

A Marinha também está baseada no Rio, de forma avassaladora: 71% do efetivo está lá. Há planos para criação de uma segunda esquadra no Nordeste e no Norte.

Essa concentração no Rio é uma herança dos tempos em que a cidade centralizava o poder no país.

ASSIMETRIA

A Estratégia critica essa assimetria na disposição geográfica das tropas, mas a mudança depende de vontade política e de recursos cuja justificativa sempre é difícil num país de tradição pacífica e cheio de problemas sociais.

Por fim, o mapa lembra também detalhes do comprometimento financeiro. Em outubro de 2010, o governo gastou quase igualmente com pessoal ativo, aposentados e pensionistas, somando uma folha salarial de R$ 2,9 bilhões naquele mês. No Orçamento de 2011, antes do corte anunciado recentemente pelo governo, a despesa com pessoal representava 72% do gasto total.

Ainda sobre pessoal, destaca-se a alta proporção de oficiais-generais. Há um deles para cada 971 homens. No mais poderoso exército do mundo, o americano, esse número salta para um para cada 1.400 soldados.
ANÁLISE DEFESA: Despreparo militar marca história do país

Num mundo de comunicação rápida, onde conflitos surgem a toda hora, falta de prontidão é receita de fracasso

Ricardo Bonalume Neto

Despreparo crônico em tempo de paz e, portanto, no começo de conflitos, é uma constante na história militar luso-brasileira. Por que seria diferente em pleno século 21? No passado, houve tempo para as Forças Armadas “pegarem no tranco” e terminarem bem-sucedidas em combate. Mas em um mundo de comunicações rápidas, de mísseis balísticos, de guerra eletrônica, essa tradicional demora na prontidão é uma receita perfeita para o fracasso.

Uma rara exceção no despreparo das Forças são as chamadas tropas de “pronto emprego” ou “ação rápida”. São núcleos de excelência que podem agir em emergências pontuais, como a aviação do Exército, os paraquedistas, os fuzileiros navais, os batalhões de selva. Um bom exemplo foi a rápida e eficiente reação em 1991, após guerrilheiros colombianos atacarem um posto de fronteira no rio Traíra e matarem três militares.

Em 1711, o francês René Duguay-Trouin tomou o Rio de Janeiro em ousado golpe. A cidade estava despreparada. Reforços vieram do interior -rapidamente, para os padrões da época-, mas já era tarde demais. Em 1808, os franceses tomam Portugal e a família real foge para o Brasil -mas o comboio precisou de escolta da Marinha britânica. Na guerra com a Argentina pela província Cisplatina (Uruguai), de 1825 a 1828, o Brasil começou colhendo fracassos, até se afirmar -principalmente no mar- e terminar o conflito em “empate”.

O exército paraguaio estava mais preparado que o brasileiro e até invadiu território do país na Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870). A falta de preparo inicial levou a cinco anos de guerra. Em 1897 em Canudos, Bahia, o Exército também sofreu derrotas para os “jagunços” do líder religioso Antonio Conselheiro e mostrou sérias falhas de logística. Não havia tropas bem treinadas e equipadas para participar da Primeira Guerra Mundial (1914-1918); a Revolução Constitucionalista de 1932 foi uma série de improvisos do início ao fim pelos dois lados.

O Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em agosto de 1942, mas só em julho de 1944 a Força Expedicionária Brasileira desembarcou na Itália -e, mesmo assim, era apenas uma das três divisões de infantaria inicialmente planejadas, e seu armamento era todo de origem americana.

As Forças Armadas do país têm operado bem em missões de paz ou na recente ajuda à polícia do Rio. Mas, como demonstrou o terremoto no Haiti, foi a rápida intervenção dos EUA que evitou uma tragédia ainda maior.

FONTE: Folha de São Paulo.


http://www.forte.jor.br/

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Potência militar
« Resposta #506 Online: 11 de Abril de 2011, 20:45:42 »

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re: Potência militar
« Resposta #508 Online: 12 de Abril de 2011, 20:34:42 »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re: Potência militar
« Resposta #509 Online: 13 de Abril de 2011, 10:48:50 »

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re: Potência militar
« Resposta #510 Online: 13 de Abril de 2011, 13:00:20 »
Eu queria saber de onde tiraram este 8o. lugar. Será que não confundiram com desempenho econõmico ? :)

Abs
Felipe

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #511 Online: 13 de Abril de 2011, 13:51:15 »
Eu queria saber de onde tiraram este 8o. lugar. Será que não confundiram com desempenho econõmico ? :)

Abs
Felipe

Vem do tamanho do país, por inércia. O Brasil é um dos maiores países do mundo, em população, território e economia, automaticamente é um dos que mais investem em defesa em valores absolutos, mas em relação ao PIB é apenas mediano.

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re: Potência militar
« Resposta #512 Online: 13 de Abril de 2011, 14:57:51 »
E uma das piores coisas que ficaram da ditadura foi a postura reacionária de muitos, qdo o assunto é o militarismo. O passado parece cegar a visão de futuro dessa galera!!!

Aliás, uma pergunta para provocar : se não houvesso o golpe de 64 , vcs acham que ainda estaríamos em uma ditadura ?

Eu acho que sim.

Abs
Felipe

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #513 Online: 13 de Abril de 2011, 15:07:35 »
E uma das piores coisas que ficaram da ditadura foi a postura reacionária de muitos, qdo o assunto é o militarismo. O passado parece cegar a visão de futuro dessa galera!!!



Não entendi...

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re: Potência militar
« Resposta #514 Online: 13 de Abril de 2011, 15:17:11 »
Ola Juca,

É que muitos que criticam a ação militar de 64 trazem um "ranso", que gera uma negligência com relação a este assunto, a tal ponto que ficam cegos e não apoiam qqer iniciativa de investimento militar.
Abs
Felipe

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #515 Online: 13 de Abril de 2011, 15:38:29 »
Ola Juca,

É que muitos que criticam a ação militar de 64 trazem um "ranso", que gera uma negligência com relação a este assunto, a tal ponto que ficam cegos e não apoiam qqer iniciativa de investimento militar.
Abs
Felipe

Pode ser, mas não vi esse traço aqui no fórum. Eu apóio investimentos militares, desde que sejam compatíveis com as necessidades de defesa do país e não avancem para para muito além de 3% do PIB.

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re: Potência militar
« Resposta #516 Online: 13 de Abril de 2011, 15:47:48 »
Não..não...não to falando daqui do forum. É uma experiência que trago de fora, para o forum.

E repare que não falo que todos os críticos do regime militar adotam esta postura. Claro que o "muitos" pode ser contestado, pois é uma experiência pessoal minha, ao longo das conversas qeu tive sobre o tema.

Abs
Felipe

Offline Derfel

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.887
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #517 Online: 13 de Abril de 2011, 16:32:35 »
Mas os maiores investimentos militares dos últimos anos foi no governo Lula, desde os programas de reaparelhamento das FFAA até a questão salarial.

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #518 Online: 13 de Abril de 2011, 16:45:50 »
Produção de helicópteros coloca Brasil entre gigantes mundiais

A partir de 2012, País começa a fabricar nova geração de aeronaves para as Forças Armadas em parceria com empresa franco-alemã

Em 2012, o Brasil começará a produzir uma nova geração de helicópteros militares e poderá ter uma das quatro maiores empresas mundiais do setor. De tecnologia franco-alemã, os EC 725 serão montados em Itajubá (MG), com investimento total de R$ 420 milhões. As Forças Armadas receberão 50 modelos até 2020, ao custo de 1,8 bilhão de euros.

A produção brasileira do EC 725 será feita pela Helibras. A fabricante nacional de helicópteros – única na América Latina – é controlada pela multinacional franco-alemã Eurocopter, que possui unidades de negócios na França, Alemanha e Espanha. A expectativa é de que a fábrica brasileira produza tanto quanto as empresas instaladas nos países associados.

Como haverá transferência de tecnologia, o grupo não quer que a Helibras fique restrita à produção militar e já foca em áreas como segurança pública, petróleo e gás. O próximo passo para atrair o mercado será a construção de um simulador de voos no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, a Helibras responde por 4% do faturamento total da Eurocopter, cuja receita anual é estimada em 170 milhões de euros.

As três primeiras aeronaves da frota foram apresentadas nesta terça-feira (12) na 8ª edição da LAAD Defence & Security, na capital carioca. A feira de equipamentos de segurança e defesa também reúne produtos para o mercado governamental – Polícia, Bombeiros e Forças Armadas.

Os novos modelos pretender dar agilidade no transporte de tropas para operações militares e de busca e resgate. “Também serão usados no controle da chamada ‘Amazônia azul’, onde ficam nossas reservas petrolíferas”, afirma o almirante Júlio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha.

A produção nacional existe desde 1978, mas o Brasil só fabrica helicópteros AS 550, conhecidos como “Esquilos”. O modelo é bastante utilizados pelas polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.

De acordo com especialistas, as quatro maiores empresas mundiais são a Eurocopter, Agusta (Itália), Sikorsky (EUA) e Bell (EUA). A parceria entre Helibras e Eurocopter foi impulsionada em 2008, com a criação da Estratégia Nacional de Defesa pelo governo brasileiro. Atualmente, 11% do valor agregado nos três modelos EC 775 entregues às Forças Armadas são nacionais. Significa dizer que equivale ao percentual de peças e componentes fabricados pela indústria brasileira. Por contrato, até 2020, o Brasil terá de projetar e construir seu primeiro modelo com 50% de “valor agregado” nacional.

“Esses helicópteros são os mesmos usados pela Petrobras para levar funcionários às plataformas de petróleo. Porém o deles é um modelo civil, EC225. As aeronaves militares serão adaptadas”, afirmou Sérgio Roxo, gerente de vendas militares da Helibras. “Os do Exército, por exemplo, receberão duas metralhadoras laterais. Os da Marinha vão carregar mísseis. Todos terão um sistema de defesa passiva, que detecta ataques externos.”

http://economia.ig.com.br/empresas/industria/producao+de+helicopteros+coloca+brasil+entre+gigantes+mundiais/n1300068063920.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

Offline Feliperj

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.147
Re: Potência militar
« Resposta #519 Online: 13 de Abril de 2011, 16:55:04 »
Mas eu não estou acusando o governo. Falei de experiências pessoais :)

Abs
Felipe

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re: Potência militar
« Resposta #520 Online: 13 de Abril de 2011, 18:16:59 »
Eu queria saber de onde tiraram este 8o. lugar. Será que não confundiram com desempenho econõmico ? :)

Abs
Felipe

Vem do tamanho do país, por inércia. O Brasil é um dos maiores países do mundo, em população, território e economia, automaticamente é um dos que mais investem em defesa em valores absolutos, mas em relação ao PIB é apenas mediano.

Boa parte do que se gasta em "defesa" se escoa em salários e em benesses (para o alto oficialato).
Foto USGS

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re: Potência militar
« Resposta #521 Online: 13 de Abril de 2011, 20:05:00 »
Eu queria saber de onde tiraram este 8o. lugar. Será que não confundiram com desempenho econõmico ? :)

Abs
Felipe

Vem do tamanho do país, por inércia. O Brasil é um dos maiores países do mundo, em população, território e economia, automaticamente é um dos que mais investem em defesa em valores absolutos, mas em relação ao PIB é apenas mediano.

Boa parte do que se gasta em "defesa" se escoa em salários e em benesses (para o alto oficialato).

Sem dúvida.

Offline Zeichner

  • Nível 32
  • *
  • Mensagens: 2.123
  • Sexo: Masculino
  • Somos feitos da mesma substância dos sonhos. - Wi
Re: Potência militar
« Resposta #522 Online: 13 de Abril de 2011, 21:42:40 »
De um ponto de vista, estamos menos piores que o vizinhos.
Vi num site sobre as condições de trabalho e salários de burocratas, e um policial na bolívia chega a dar pena. Quase mandei uma havaiana pro sujeito.
o link:
http://www.mdig.com.br/?itemid=18586

acham que num país que pagar menos de 250 pilas pra um policial tem algum tipo de exército que não corra se alguém bater o pé mais forte?
E não deve ser muito diferente nas outras nações à nossa volta, em sua maioria.

Skorpios

  • Visitante
Re: Potência militar
« Resposta #523 Online: 26 de Abril de 2011, 07:33:08 »
Citar

Volta às armas para a indústria de defesa
A indústria bélica está em polvorosa no Brasil. O governo vai investir mais de R$ 30 bilhões no reaparelhamento das Forças Armadas. Fusões e aquisições movimentam o mercado e atraem novas empresas, como a Embraer e a Odebrecht

Para a indústria de defesa brasileira, o nome Osório carrega um fardo histórico. Projetado pela extinta Engesa, em meados da década de 1980, era tido, à época, como um tanque inovador, mais moderno e mais barato que os concorrentes. Mesmo com credenciais como essas, o Osório não conseguiu sair do estágio do protótipo da Engesa.

Numa concorrência aberta pelo governo da Arábia Saudita, foi derrotado por um similar dos Estados Unidos, o M1 Abrams. Reza a lenda que foi uma jogada diplomática não muito leal dos americanos, que acusaram o Brasil de estar alinhado à antiga União Soviética. A derrota ajudou a precipitar a falência da então maior fabricante de blindados da América Latina, que havia investido US$ 100 milhões no protótipo do Osório.

Com a morte do tanque brasileiro, boa parte da indústria local de armamentos perdeu o rumo por muito tempo. Agora, quase duas décadas depois, o fracasso do Osório começa a ser exorcizado com um novo ciclo de investimentos. Nos próximos 15 anos, mais de R$ 30 bilhões devem ser gastos para reaparelhar as Forças Armadas. A boa notícia é que, em vez de ser gasto na compra de equipamentos de segunda mão, descartados por outros países – prática recorrente até há pouco tempo –, esse dinheiro será aplicado na indústria nacional, chamada a desenvolver tecnologias para modernizar as obsoletas frotas do Exército, Marinha e Aeronáutica. “Saímos da vida vegetativa para o renascimento da indústria”, diz Carlos Pierantoni, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (Abimde).

A justificativa para o novo ciclo de investimentos está no plano do governo de estruturar uma capacidade dissuasória contra ataques à América do Sul. “Temos recursos na região que serão objeto de disputa em 50 anos: água, solo, capacidade energética”, afirma o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A nova Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê duas frentes principais de investimentos: para o monitoramento das fronteiras e para a mobilidade de tropas.

A perspectiva de participar como fornecedor dos grandes projetos militares gera uma movimentação intensa no setor bélico brasileiro. Há duas semanas, o LAAD, maior evento de defesa da América Latina, realizado no Rio de Janeiro, reuniu 663 expositores de 40 países, o dobro de 2009.

Um dos “xodós” das Forças Armadas é o cargueiro KC 390, em desenvolvimento na Embraer, que deve consumir US$ 1,7 bilhão em investimento até o voo do primeiro protótipo, em 2014. Candidata a conquistar 30% do mercado mundial, a Embraer já soma 60 intenções de compra de oito países e dois parceiros internacionais na produção: a Argentina FAdeA, para construção de partes da asa, e a tcheca Aero Vodochody, que fornecerá aeroestruturas. A Embraer também já mapeou oportunidades para investir em sistemas de defesa antiaérea e radares e desenvolve um veículo aéreo não tripulado em parceria com a gaúcha AEL Sistemas S.A.

As perspectivas de negócios são tantas que a empresa, sediada em São José dos Campos, criou em março uma divisão específica para executar sua estratégia no setor de defesa. “Estima-mos participar de projetos com valor de até US$ 15 bilhões nos próximos 15 anos”, disse à DINHEIRO Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

A empresa não tem medido esforços para demarcar território no setor. Em março, adquiriu a Orbisat, fabricante paulista de radares, por R$ 28,5 milhões. Neste mês, anunciou a aquisição de 50% da Atech, responsável pelo projeto básico do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), que vai consumir US$ 6 bilhões.

Com a aquisição, um negócio avaliado em R$ 36 milhões, a Embraer ganha espaço para ser a gestora das próximas etapas de instalação de radares e integração dos sistemas. “As Forças Armadas darão esse papel a uma companhia brasileira”, diz o general Antonino Guerra, comandante de comunicação e guerra eletrônica do Exército.
A Embraer não está sozinha nesse páreo.

Segundo o general Guerra, empresas de outros segmentos demonstraram interesse no projeto. O grupo Odebrecht, potência nas áreas petroquímica e de infraestrutura, aposta muitas fichas na área de defesa. Em 2008, o grupo já havia fechado contrato, no valor de R$ 20 bilhões, com a francesa DCNS para construir submarinos convencionais e de propulsão nuclear, além do estaleiro em que serão fabricados, no Porto de Sepetiba, no Rio de Janeiro.

No ano passado, a Odebrecht assumiu a Mectron, fabricante paulista de mísseis, e firmou uma joint venture com a francesa Cassidian, braço de defesa do grupo EADS. Esses movimentos foram consolidados há duas semanas com a criação de seu braço bélico, a Odebrecht Defesa e Tecnologia. “Acreditamos nesse mercado, mas é um projeto de longuíssimo prazo”, diz Roberto Simões, presidente da nova divisão. Outras aquisições este ano, porém, não estão descartadas.

Nesta nova etapa para o setor, um dos maiores incentivos para as empresas locais é a exigência das Forças Armadas de um percentual mínimo de componentes nacionais nos projetos em curso. A Iveco, de Minas Gerais, fábrica de caminhões da Fiat, estima em um total de 100 as empresas brasileiras que participarão da produção do blindado Guarani, que começa a ser fabricado em Sete Lagoas (MG), no fim de 2012. O contrato de R$ 6 bilhões, firmado com o Exército, prevê a entrega de 2.044 unidades com 60% de índice de nacionalização. “Todas as tecnologias, de mecânica e eletrônica à fabricação do motor, foram desenvolvidas no Brasil”, afirma Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. Outra empresa instalada em Minas que vê benefícios no índice de nacionalização é a Helibrás, fabricante do helicóptero EC-725 Super Cougar. A empresa tem uma encomenda de 50 aeronaves, que serão produzidas em Itajubá (MG).

Parte das peças serão importadas da matriz – seu principal controlador é a Eurocopter, do grupo EADS – e 50% dos componentes serão nacionais. Alguns helicópteros, porém, não devem ser produzidos no Brasil. Eduardo Marson, presidente da Helibrás, não vê nisso um problema. “Nossos fornecedores locais serão integrados à enorme cadeia global da Eurocopter”, diz..

Tornar-se fornecedor em escala global é o sonho de produção de qualquer fabricante que se preze. Ainda mais num segmento que movimenta US$ 1,5 trilhão por ano no mundo. Mas o mercado interno também pode garantir pedidos da indústria para o setor civil. A paulistana Atmos, por exemplo, que desenvolve radares meteorológicos para uso militar, já pensa numa nova finalidade para seus sistemas. “A Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 vão impulsionar nosso mercado”, diz Cláudio Carvas, presidente da Atmos.

Diversificar mercados é também uma chance de as empresas se tornarem menos suscetíveis às restrições no orçamento do Ministério da Defesa, uma das primeiras pastas a sofrer cortes quando o governo precisa apertar o cinto. Em 2011, a tesourada atingiu R$ 4,3 bilhões dos investimentos, forçando o Ministério da Defesa a malabarismos para manter programas como o do blindado Guarani.

Por outro lado, o setor tem se mostrado otimista com a elevação dos investimentos, que quadriplicaram nos últimos cinco anos, chegando a R$ 7,7 bilhões em 2010. Segundo o Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo (Sipri), entidade que mede e analisa orçamentos de defesa em todo mundo, o Brasil foi o principal responsável pela alta de 5,8% dos gastos militares da América Latina. “O Brasil está buscando projetar seu poder e influência por meio da modernização militar’’, constatou a entidade.


http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/703/Volta-as-armas-para-a-industria-de-defesa

Offline Unknown

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 11.331
  • Sexo: Masculino
  • Sem humor para piada ruim, repetida ou previsível
Re: Potência militar
« Resposta #524 Online: 12 de Maio de 2011, 14:21:45 »
Com apenas R$ 20 mi anuais, professores Pardais criam Exército do futuro

Centro Tecnológico cria radar que será usado nas Olimpíadas, novo blindado para a PM do Rio, carro 4x4 aerotransportável e monóculo de visão térmica


O radar Saber será usado nas Olimpíadas de 2016 e na Copa do Mundo

Com escassos R$ 20 milhões anuais de orçamento, o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) é o principal órgão responsável pela pesquisa e desenvolvimento de projetos tecnológicos da Força e conta principalmente com seus “professores Pardais” para criar novos produtos de Defesa para o País. O CTEx se vale hoje de convênios com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) – responsável por 70% dos recursos e maior parceira nos últimos cinco anos –, e a Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro).


Oficial opera o radar, a partir de sua tela de computador e avisa unidades de defesa antiaérea sobre eventual ameaça

Adaptando-se às circunstâncias, os cerca de 700 militares – 15% deles oficiais engenheiros – e civis do centro desenvolvem, entre outras coisas, novos veículos blindados para a polícia, carros aerotransportados para paraquedistas, monóculo de visão térmica e um radar de baixa altitude que será usado nos Jogos Mundiais Militares este ano, na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.

A “menina dos olhos” do coronel Roberto Castelo, assessor da subchefia do CTEx, é o radar móvel Saber M60, que tem o objetivo de integrar sistema de defesa antiaérea de baixa altura e proteger pontos sensíveis – como indústrias, usinas e instalações governamentais –, no raio de 60km e altura até 5km. Montável em 15 minutos e pesando 200kg, identifica aviões e helicópteros.

O aparelho é ligado a um centro de comando e controle instalado em furgão também feito pelo CTEx, e conectado ao sistema de defesa antiaérea do Exército. Quando a ameaça é identificada, a unidade antiaérea mais adequada para fazer a proteção recebe o alerta. Basta um clique de mouse para revelar a posição do avião, altura, distância e o ângulo em relação ao centro de operações antiaéreas, e disparar.


Blindado projetado pelo CTEx, a pedido do governo do Rio, pode ser usado pelo Bope

De acordo com o Exército, o Saber é o mais moderno do mundo em sua classe. O radar foi criado para complementar a defesa antiaérea, porque muitas aeronaves escapam dos radares tradicionais, voltados para maiores altitude, em especial em regiões montanhosas. “Fecha 100% da cobertura e está com uma procura muito grande”, disse o coronel Castelo, que participou do projeto.

O CTEx também criou o protótipo da nova geração de blindados que pode passar a ser usado pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e por outras unidades da Polícia Militar do Rio, em substituição aos atuais Caveirões. Menor, mais robusto e ágil, o Vespa 02 (Viatura Especial de Patrulhamento) foi financiado pela Faperj, a pedido do governo do Rio e seguindo especificações da PM e já passou por testes na Restinga da Marambaia. (link)

Destinado a operações em favelas, é robusto, tem blindagem para fuzis, seteiras (buracos para pôr o cano das armas e disparar), proteção do cofre do motor e capacidade para oito homens, além do motorista e um passageiro no frente. O novo modelo introduziu a pestana (capa de aço no parabrisa), com acionamento interno e aumentou a parte interna, agora com capacidade para transportar oito policiais. É mais alto que os anteriores, pesa 7,2 toneladas e atinge 100 km/h. Como “luxos”, tem ar-condicionado, sirene e tração nas quatro rodas, para facilitar a circulação em aclives e declives e garante a aderência, evitando derrapagem.


Atirador visto com visão térmica

“É uma solução customizada e ouvi bastante o Bope, que participou dos requisitos. É um projeto para atender a baixo custo e usa chassi e motor a diesel da Volks. Temos capacidade de fazer, preço interessante, Não será preciso importar”, disse o major Paulo Aguiar, responsável pelo projeto, cujo custo foi de R$ 430 mil. Além do emprego em segurança pública, uma variante do veículo também pode ser adaptada futuramente para o uso do Exército em missões de Paz da ONU.

O primeiro Vespa foi apresentado em 2007 e ficou mais conhecido como “Caveirinha”. Era menor e voltado para o patrulhamento de vias especiais, não para incursões em favelas. Quebrou durante o uso pela PM nos 60 dias em que ficou com a corporação. Segundo o Exército, o problema foi causado pelo uso inadequado do carro. O motorista teria tentado passar, em alta velocidade, por cima de uma mureta que divide as pistas da Avenida Brasil. “Nenhum carro é indestrutível”, disse o major Aguiar, que atuou nos dois projetos, com mais três engenheiros.


Gaúcho, off-road 4x4 parceria entre Brasil e Argentina, é 100% mobilidade e 0% blindagem

Outro veículo, com propósitos completamente diversos é outro lançamento do CTEx, o “Gaúcho”, parceria binacional com o Exército da Argentina – para otimizar recursos e aumentar a escala de produção –, feito só com componentes do Mercosul. Uma espécie de jipe aberto, com tração e suspensão independente nas quatro rodas, o veículo trafega em qualquer terreno e servirá para ações de reconhecimento. Parece com jipes dos Comandos em Ação, brinquedos que fizeram sucesso nos anos 80 e 90.

“O Gaúcho é 100% mobilidade e 0% blindagem. Além disso, é praticamente uma viatura descartável, que pode ser deixada no terreno”, explicou o major Santoro, gerente do projeto.

O carro foi desenhado para poder ser empilhado sobre outro, permitindo o transporte de até cinco unidades em aviões Hércules, e lançamento ao solo com paraquedas. O veículo, que porta uma metralhadora MAG 7.62mm e duas armas leves anticarro. O protótipo custou R$ 270 mil, mas esse valor deve baixar cerca de 30% com a escala de produção. O Brasil vai adquirir apenas cerca de cem a 200 unidades, para a Brigada de Infantaria Paraquedista.


O míssil anticarro criado pelo CTEx é guiável por laser e tem alcance de até 3 km

Outra inovação do centro é o míssil superfície-superfície anticarro de combate (comumente chamado de tanque de guerra) guiável por feixe laser, com alcance de 3 km. O operador pode corrigir a mira do míssil após o disparo, mudando a posição do lançador e apontando-o ao alvo que tenha se deslocado (um carro de combate, por exemplo). “É uma arma sofisticada, de alto valor tático”, disse o coronel Castelo. A arma pode ser carregada por um homem – pesa 8kg, sem o míssil, e 23kg, com – e, por ser pequena, se camufla no terreno, funcionando com tripé.

Com propósito semelhante, o CTEx desenvolveu também a Arma Leve Anticarro (Alac), de ombro. Conhecida como bazuca, tem alcance útil de até 500 metros e dispara munição de 84mm, que perfura blindagens de até 30cm e detona munição a temperatura de até 1000ºC. É uma arma descartável e de baixo custo, equivalente à sueca AT-4 ou à argentina M-57.


Tenente Degethoff mostra a arma leve anticarro (ALAC)

Lembra-se do filme “O Predador”, em que a besta protagonista via os soldados independentemente da camuflagem e do escuro? O CTEx desenvolveu equipamentos de visão térmica, como o usado no reparo (suporte) de metralhadora (.50” ou 7.62mm) automatizado para viaturas blindadas sobre rodas ou lagartas.

Mais que equipamento de visão noturna, a câmera com imagem termal é mais avançado que o de visão noturna, porque é capaz de mostrar imagens sem nenhuma luminosidade, enquanto a outra funciona intensificando luz residual. Além disso, consegue identificar alguém escondido atrás de folhagem mesmo durante o dia, por exemplo.

Outro equipamento é o monóculo Olhar VDN-X1, para observação diurna ou noturna, mesmo em condições de neblina ou cobertura de fumaça. Pode ser acoplado em capacetes, metralhadoras e fuzis.
Para quem pergunta por que o Brasil precisa investir em tecnologia se pode comprar material já pronto e mais barato, o coronel Castelo já tem uma resposta pronta.


Para o coronel Castelo, do CTEx, país com aspiração internacional precisa investir em tecnologia de Defesa

“Todo país que aspira a uma posição de destaque precisa ter o domínio sobre tecnologia de defesa. Não é preciso ter tudo, mas sim deter o conhecimento para produzir, se necessário. Pode ter origem importada, mas precisa ter indústria de defesa e competência para fazer, atualizar e acompanhar a última tecnologia. Defesa não é barato”, disse.

Castelo citou como exemplo a proibição, pelos EUA, da venda de aviões Tucano pelo Brasil para a Venezuela porque tinham componentes norte-americanos.

A indústria de Defesa do Brasil já teve uma posição internacional relevante. Para Castelo, a queda se deveu muito mais ao fim da Guerra Fria do que à redemocratização dom País. “Houve muito material excedente dos dois blocos e saturou o mercado com produtos usados muito baratos. A indústria que não tinha mercado interno se enfraqueceu."

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/com+apenas+r+20+mi+anuais+professores+pardais+criam+exercito+do+futuro/n1596945073362.html

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!