Resumindo. Os caças suecos tem pouca autonomia para o território brasileiro, os caças franceses tem pouca rodagem e estão precisando de escala para se tornar mais viáveis e os caças americanos não contemplam o projeto brasileiro de transferência de tecnologia para produção nacional. Esses são os principais pontos negativos de cada um.
O F-18 é o avião mais indicado para o teatro de operações que o Brasil planejou, pois ele ainda é uma plataforma avançada que permite incorporar praticamente todas as novas tecnologias aeronáuticas e apresenta uma capacidade de carga útil muito maior que os outros dois caças considerando o mesmo alcance e ou raio de combate
Não vi nenhum laudo técnico desabonando o caça francês a ponto de não estar na finalíssima.
Eu também não li nenhum relatório, mas li uma notícia em um
site especializado em defesa que a Força Aérea daria preferência ao F-18, se viesse acompanhada a transferência de tecnologia e, depois dele viria o Grippen. O Rafale foi preterido por seu preço unitário, custo de manutenção, inferioridade do radar de busca no modo
look down e pela aviônica menos avançada.
A preferência que o Jobim e o Lula tinham pelo caça francês era porque os franceses entregariam toda a tecnologia disponível e possivelmente abririam uma parceria para montar aviões no Brasil.
Eu sempre considerei este cenário uma mera fantasia, pois eu duvido que os franceses entreguem qualquer tecnologia militar mais sensível para o Brasil ou qualquer outro país fora da OTAN.
A França também fez gestos de boa vontade política no campo internacional, ao apoiar o pleito brasileiro no CS e ao vender o casco do submarino nuclear, e parecia que a venda dos caças eram favas contadas. Mas Sarkozy começou a cagar para trás com a diplomacia brasileira e o lobby americano começou a se fortalecer.
A França apoiou o pleito brasileiro porque ela sabia que isto jamais seria conseguido, por causa da total oposição dos demais membros permanentes.
Dos meandros do que acontece internamente é muito difícil saber, mas é certo que os caças franceses no fim, foram renegados por Lula, ainda que Jobim os quisesse.
Lula os "renegou" quando viu que a França realmente não o apoiava sobre a questão do CS.
A sua "impressão" está equivocada.
Ok. Se estou equivocado me desculpe.
Estamos de acordo aqui.
Os militares idealizaram já nos anos 70 uma diplomacia política muito mais independente dos EUA.
Os militares tinham desconfianças em relação ao EUA, mas rezavam pela cartilha deles e deviam muitos favores para a CIA e os EUA.
A despeito de ser uma época geoestratégica totalmente diferente, o fato é que os militares romperam com o alinhamento automático com a política estadunidense.
Mas não estão. Porquê?
Porque isso leva tempo, como já dissemos nós dois. Eles vão estar lá sim.
Sim, leva e levará muito tempo.
Está claro que voce ainda não havia lido até o fim a minha postagem anterior, pois eu não nunca duvidei dos méritos do Brasil neste pleito. Por isto eu vou lhe desculpar pelo uso do termo pejorativo, a despeito de eu gostar de cachorros vira-latas. 
Não foi um termo pejorativo meu caro Geo, não quis lhe ofender, e nem perto disso. http://pt.wikipedia.org/wiki/Complexo_de_vira-lata
Eu apenas fiz uma brincadeira com voce, _Juca_.
Desculpe _Juca_, mas este argumento das "reservas hídricas" é simplesmente pífio sob o ponto de vista hidrogeológico.
Primeiro porque nós não possuímos a "maior reserva de água doce" do planeta, "mérito" que cabe à Antártida, secundada pela Groenlândia (Sim, o gelo é considerado como água disponível nesta avaliação).
Segundo porque o Brasil, a despeito de manter a maior disponibilidade de água em estado líquido, não "possui" a "maior reserva" por um simples motivo: o ciclo hidrológico não permite "ter" água mas apenas dispô-la. Por isto que se usa o conceito de "tempo médio de permanência" quando se discute sobre a existência e uso de água em um sistema.
Antárdida e Groelância tem terras agricultáveis?
Não!
Você sabe o que eu quis dizer, não sabe? Assim qual outro país tem mais "tempo médio de permanência" ? Qual outro país tem mais terras agricultáveis disponíveis, incluindo solo, clima e água para irrigação?
Na postagem original sobre a água não ficou claro para mim que voce enfatizava o uso agrícola.
Caro _Juca_.
A "riqueza" da floresta está na madeira e principalmente na biodiversidade. Se voce desmatar tudo e replantar, mesmo com espécies nativas, haverá uma grande perda de biodiversidade da fauna e até mesmo da flora. Então, no meu entender, o desmatamento pode causar um estrago no projeto "Brasil Grande".
O desmatamento é uma faca de dois gumes. Por um lado acaba com a floresta, por outro abre caminho para a agricultura e pastagens, que são atividades econômicas muito rentáveis e importantes, gostemos ou não.
Sem as florestas e outros biomas naturais não há como ter agricultura e pastagens economicamente viáveis.
Quanto à riqueza da floresta, o grande desafio é explorar seus recursos sem destruí-la, o que é difícil sem dúvida.
É difícil porque a decisão não é científica e sim política.
Sim, mesmo porque eu não afirmei o contrário.
Você não contestava o relação da pujança econômica com o fato de pleitear um assento no CS?
Não! E isto ainda não havia ficado claro para voce?
Continua sendo uma posição respeitável.
De fato, e continuamos a crescer muito.
Concordo.
Bom sob o viés econômico, mas nem tanto sob o viés estratégico.
Investimentos em capital produtivo são disputados a tapas pelos países. Não importa a nacionalidade do capital, o que importa são os empregos e a renda que eles vão trazer para o país. É claro que todo país deve ter uma indústria de capital nacional forte e inovadora, isso conta estrategicamente, sem dúvida, mas capital estrangeiro também conta. E numa economia globalizada, as vezes é muito difícil dar uma nacionalidade a qualquer capital.
A sua explicação é exatamente o que eu penso.
Viu como voce foi precipitado em me atribuir o "complexo de vira-latas" meu caro _Juca_? 
Será mesmo Geo? Se fui, me parece que sua resistência foi mais pelo governo do Lula estar a pleitear o cargo do que pelo mérito do Brasil, estou certo?
Sim, _Juca_, voce foi precipitado.
E não importa qual tenha sido o governo a pleitear o cargo, pois o resultado seria o mesmo, pelo motivo que eu já expliquei: Ser membro do CS permanente é o posto mais importante da ONU, a real fonte de poder naquela organização.
E somente ocorrerá alguma modificação significativa se (e quando) os membros permanentes quiserem, em especial o EUA.
Eu concordo, mas eu ressalto que a mudança não será logo e inda terá que ocorrer a modificação do estatuto da ONU.
O que é certo é que esse modelo vai cair.
Talvez.
Talvez não tenhamos mais um conselho permanente, e sim um conselho rotativo, onde os países mais importantes ficarão mais tempo, ou algum outro mecanismo de poder maior para eles. Talvez tenhamos algum outro tipo de governança, e o CS vai mudar de formato e de composição.
Talvez.