Autor Tópico: Potência militar  (Lida 138601 vezes)

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Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #525 Online: 12 de Maio de 2011, 16:18:39 »
Com apenas R$ 20 mi anuais, professores Pardais criam Exército do futuro

Centro Tecnológico cria radar que será usado nas Olimpíadas, novo blindado para a PM do Rio, carro 4x4 aerotransportável e monóculo de visão térmica
[...]

O míssil anticarro criado pelo CTEx é guiável por laser e tem alcance de até 3 km

Outra inovação do centro é o míssil superfície-superfície anticarro de combate (comumente chamado de tanque de guerra) guiável por feixe laser, com alcance de 3 km. O operador pode corrigir a mira do míssil após o disparo, mudando a posição do lançador e apontando-o ao alvo que tenha se deslocado (um carro de combate, por exemplo). “É uma arma sofisticada, de alto valor tático”, disse o coronel Castelo. A arma pode ser carregada por um homem – pesa 8kg, sem o míssil, e 23kg, com – e, por ser pequena, se camufla no terreno, funcionando com tripé.
[...]

Alguém já reparou que em quase todas as fotos e vídeos pró-armas anti-tanques, os "alvos" ficam graciosamente parados, esperando serem destruídos?

A foto acima é um caso conspícuo de implausibilidade, embora seja, evidentemente, uma peça de propaganda. O alvo está parado "no ponto de ônibus" enquanto que o soldado e a arma anti-tanque estão completamente desprotegidos e visualmente expostos.
Foto USGS

Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #526 Online: 12 de Maio de 2011, 16:51:24 »
Alguém já reparou que em quase todas as fotos e vídeos pró-armas anti-tanques, os "alvos" ficam graciosamente parados, esperando serem destruídos?

A foto acima é um caso conspícuo de implausibilidade, embora seja, evidentemente, uma peça de propaganda. O alvo está parado "no ponto de ônibus" enquanto que o soldado e a arma anti-tanque estão completamente desprotegidos e visualmente expostos.
Claro! Até porque creio que o exército brasileiro não tenha dinheiro sobrando para sair destruindo tanques em testes.

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Offline Liddell Heart

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Re: Potência militar
« Resposta #527 Online: 12 de Maio de 2011, 19:32:31 »
Com apenas R$ 20 mi anuais, professores Pardais criam Exército do futuro

Centro Tecnológico cria radar que será usado nas Olimpíadas, novo blindado para a PM do Rio, carro 4x4 aerotransportável e monóculo de visão térmica

Com escassos R$ 20 milhões anuais de orçamento, o Centro Tecnológico do Exército (CTEx) é o principal órgão responsável pela pesquisa e desenvolvimento de projetos tecnológicos da Força e conta principalmente com seus “professores Pardais” para criar novos produtos de Defesa para o País.

Com escassos R$ 20 milhões anuais de orçamento??? :hein:
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Offline SnowRaptor

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Re: Potência militar
« Resposta #528 Online: 12 de Maio de 2011, 23:24:49 »
20 milhões pra desenvolver cosias assim é pouquíssimo.

O blindado pro BOPE deve ter custado uns 300 mil só rpa construir, sem contar o projeto, testes etc.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
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arte.”

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Offline RobertoSAF

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Re: Potência militar
« Resposta #529 Online: 14 de Maio de 2011, 06:37:31 »
Um bom exército é que nem uma camisinha: é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter.
E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás?
Gênesis 3:9 sobre onisciência
 

Então, desceu o SENHOR para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam
Gênesis 11:5 sobre onipresença


 Esteve o SENHOR com Judá, e este despovoou as montanhas; porém não expulsou os moradores do vale, porque tinham carros de ferro
Juízes 1:19 sobre onipotência

Offline Liddell Heart

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Re: Potência militar
« Resposta #530 Online: 14 de Maio de 2011, 13:23:32 »
Um bom exército é que nem uma camisinha: é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter.

Mas quando você tem certeza que não vai ter relações sexuais?
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Offline Luiz F.

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Re: Potência militar
« Resposta #531 Online: 14 de Maio de 2011, 14:29:22 »
Um bom exército é que nem uma camisinha: é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter.

Mas quando você tem certeza que não vai ter relações sexuais?
Dá pra ter certeza de coisas do tipo?
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Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #532 Online: 24 de Maio de 2011, 17:42:52 »
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Brasil estuda aquisição de radares da China

    Seg, 02 de Maio de 2011 17:07
   
País precisa modernizar sistema de Defesa antiaérea para a Copa e a Olimpíada; equipamento é considerado prioridade pelo Exército.

Roberto Godoy


(O Estado de S.Paulo) O Brasil precisa criar uma nova e moderna estrutura de Defesa antiaérea para atender à necessidade da segurança da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, e pode comprar esse equipamento na China.

No dia 12 de abril, em Pequim, durante visita da presidente Dilma Rousseff, o assunto foi tratado entre representantes da China National Precision Machinery Import and Export Corporation (CPMIEC), a agência estatal responsável pelos equipamentos eletrônicos de Defesa e autoridades brasileiras. Em 2008, os chineses já haviam submetido uma proposta preliminar ao Comando do Exército.

Essa, todavia, não é a única possibilidade: os especialistas da Força terrestre estão pesquisando equipamentos junto a fornecedores da Inglaterra, França e Rússia. Itália e Rússia também estão na lista. Qualquer negócio só será tratado em 2012.

O Exército quer adquirir um sistema antiaéreo tridimensional digital, de modo variável de detecção. Chávez tem. A Venezuela contratou nove conjuntos JYL-1, chineses, com alcance de 450km. Cada unidade é operada por oito militares e é acompanhada por um centro de controle. Pode alimentar redes de coleta de informações e fornecer dados para a artilharia baseada em mísseis e canhões de disparo rápido.

O custo da encomenda de Hugo Chávez é estimado em US$ 150 milhões. Os radares da China oferecidos ao Brasil são mais avançados. O tipo SLC-2, por exemplo, localiza granadas de obuses, foguetes e mísseis táticos em pleno voo, no limite de 50km, permitindo fogo de interceptação com armas de saturação. Há tipos leves, de porte individual, que são capazes de identificar o movimento de veículos a 5km e de pessoal, a 2km. Os pesados, de transporte por carretas 6x6, atuam além de 400km.

A seleção e encomenda do novo sistema antiaéreo é prioridade no reaparelhamento do Exército brasileiro. Segundo uma fonte do Ministério da Defesa ouvida pelo Estado, a aquisição depende da liberação de recursos. Este ano as despesas militares foram drasticamente cortadas pelo governo e as discussões para o próximo ano nem sequer começaram.

O Exército emprega um equipamento nacional, o EDT-Fila, da Avibrás Aeroespacial agregado a canhões Bofors L-70 e Oerlikon de alta cadência - com tecnologia com cerca de 30 anos. Na década de 80, eram listadas baterias de mísseis franceses. O equipamento foi desativado.

No setor, o que o Exército tem de mais moderno são os mísseis de porte pessoal russos Igla-18, com sistema de guiagem infra. Mais de 100 unidades com cerca de 50 tubos lançadores foram compradas. Os testes não foram animadores: o índice de acerto ficou na faixa de 20%. O custo é de cerca de US$ 60 mil dólares.

Fonte: O Estado de S.Paulo



http://defesabrasil.com/portal/brasil/exercito/brasil-estuda-aquisicao-de-radares-da-china.html

Offline jpsouzamatos

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Re: Potência militar
« Resposta #533 Online: 29 de Maio de 2011, 13:57:31 »
E note-se que sempre podemos ter malucos desafiando nossos interesses.
Vai que algum presidente maluco invade plantas da petrobrás em algum país vizinho (eita! Morales já fez isso), ou invade construções de empresas brasileiras financiadas pelo BNDES dizendo que não vai pagar (eita! Correa já fez isso), ou mesmo invade nossas fronteiras (Há registros de que a Colômbia e a Venezuela, antes de Uribe e Chavez, já fizeram isso. Ou pesqueiros invadirem nossas águas territoriais para pescar (eita! japoneses e franceses já fizeram isso - e sabe-se lá mais quem)
Concordo com vc esses casos citados são quase declarações de guerra.

Offline jpsouzamatos

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Re: Potência militar
« Resposta #534 Online: 29 de Maio de 2011, 13:58:55 »
tem que ver o comparativo... há algum tempo li que eram bem inferiores aos americanos. Acho que a questão é a transferência de tecnologias, que não sei em que termos se dará
Se for incluir ética no negócio, eu pessoalmente vetaria compras de alguns lugares, incluindo EUA e Rússia.

Ao menos a França tem uma história recente mais ou menos pacífica. A última guerra foi a 2ª GM e mesmo assim dá pra dizer que foi defensiva.

(Se for analisar pela história geral, bom, só Ctrl+S e mais ninguém salva).

Mas não sei se essa questão é levada em conta, educadamente recusando vendas de países bélicos...
Sou contra misturar ética com o negocio, temos que comprar o mais potente, seja lá de quem for.

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #535 Online: 17 de Junho de 2011, 08:29:41 »
Muito interessante.

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ANÁLISE COMDEFESA - O BRASIL GASTA MUITO EM DEFESA?


Após a publicação de recentes dados do SIPRI (World Military Expenditure, 2011) sobre gasto militar mundial, jornais e revistas brasileiros destacaram os volumes de recursos alocados para a área de Defesa no Brasil. Em 2010, o Brasil foi apontado como o 11º maior orçamento militar do mundo e o principal responsável pelo aumento dos gastos em Defesa na América do Sul, região que apresentou a maior taxa de crescimento em nível internacional. Mas, considerando-se apenas os números absolutos sem uma análise mais detalhada, comparada e de longo prazo do Orçamento Geral da União (OGU), essa realidade não é fiel às atuais necessidades das Forças Armadas nem à importância que a Defesa representa na agenda política do País.
 
 Em 2009, o gasto em Defesa no Brasil alcançou R$47,07 bilhões, o que corresponde a 4,4% do total de gastos do Governo Federal e representou o terceiro maior volume de recursos públicos, precedido pelos orçamentos dos Ministérios da Fazenda e da Previdência Social. Numa análise superficial, conclui-se que a Defesa é uma área altamente prioritária no Brasil. Contudo, considerando-se a estrutura dos gastos, observa-se que 83,75% foram destinados para pagamento de Pessoal e Encargos Sociais (37,78% referentes à pessoal ativo e 62,22% para aposentadorias, reformas e pensões); apenas 5,11% destinaram-se a investimentos.
 
A estrutura da gestão orçamentária, na qual prevalece baixo teor de investimento e elevados custos com pessoal, mantém-se inclusive numa análise do orçamento de Defesa por função, ou seja, as despesas com programas relacionados à Defesa, ainda que  não estejam sob responsabilidade do Ministério da Defesa1. A primeira implicação decorrente de tal discrepância é a dificuldade enfrentada pelas Forças Armadas em seus programas de modernização e reaparelhamento, já que, em vista do que é efetivamente aplicado para treinamento, operações de rotina, tecnologia e equipamento, o setor de Defesa ainda é contemplado com recursos insuficientes.

A segunda implicação se refere à distorção que esse desequilíbrio orçamentário causa no posicionamento do Brasil em rankings internacionais sobre gastos em Defesa. Em 2009, a Austrália, por exemplo, ficou na 12ª posição em orçamento militar no mundo (US$ 27,6 bilhões), imediatamente após a posição brasileira (US$ 27,78 bilhões). No entanto, se excluirmos os gastos com pensões, a Austrália gasta 85% a mais que o Brasil em questões relacionadas a Defesa (US$ 24,6 bilhões e US$ 13,3 bilhões respectivamente)2.
 
É possível ocorrer e propagar essa má interpretação dos dados porque os países utilizam metodologias próprias de cálculo dos gastos em Defesa, não havendo uma unificação dos aspectos relativos às informações orçamentárias nem às entidades que compõem a estrutura nessa área (muitos países incluem as Forças Civis ou a Guarda Nacional, por exemplo). Devido a essa discrepância, que dificulta as comparações em nível mundial e distorce a real importância dada à Defesa, a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas) e o CDS (Conselho de Defesa Sul-Americano) estão trabalhando na construção de um modelo de edição dos gastos em Defesa na região com o objetivo de garantir maior transparência.
 
Em um contexto, como o brasileiro, no qual é difícil justificar o gasto em Defesa, informações e dados mal interpretados podem comprometer a percepção da sociedade em relação à importância de se investir e fortalecer o setor. Iniciativas como a do CDS estimulam o diálogo e o debate, dando visibilidade ao tema e possibilitando a aproximação entre Defesa e Sociedade, e são essenciais na construção de qualquer política pública.

Outro ponto abordado com frequência é o crescimento dos gastos militares na América do Sul e o papel de protagonista desempenhado pelo Brasil nesse sentido. O fato se torna mais surpreendente, na avaliação de organizações e institutos nacionais e internacionais, devido à falta de ameaças militares reais para a maioria dos Estados da região e a existência de demandas sociais mais proeminentes.
 
Entretanto, o gasto militar na América Latina em geral tende a estar concentrado nos fundos destinados a pagamento de pessoal, o que distorce as comparações em nível global, como comentado3. Em segundo lugar, é fundamental destacar que o aumento dos gastos militares sul-americanos no ano de 2010 não representa a tendência de crescimento nos últimos dez anos. Como podemos ver abaixo, no período de 2000-2010, a taxa de crescimento do gasto militar sul-americano está muito próxima à do mundo (mantendo praticamente estável sua participação no gasto militar global, por volta de 3,5% do total), e inferior ao gasto de regiões como América do Norte, Ásia e Oceania e África. Nesse período, só dois países sul-americanos (Colômbia e Equador – envolvidos em conflito diplomático desde 2008) tiveram seus gastos em Defesa aumentados na proporção de seus próprios PIBs; sete deles diminuíram (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Venezuela) e outro país permaneceu estável (Uruguai).

Em 2010, a América do Sul de fato apresentou o maior crescimento mundial nos gastos militares, como se pode ver abaixo. No entanto, esse aumento está relacionado a fatores conjunturais, como a crise financeira mundial de 2008, que afetou com maior intensidade outras regiões, e o bom momento econômico vivido pela maioria dos países sul-americanos, o que possibilitou maiores gastos em Defesa (área defasada tecnologicamente e carente de investimentos na grande maioria dos países). Esse fato pode ser percebido por meio de uma análise simples do PIB regional, cujo crescimento real em 2010 (6%) foi ligeiramente superior ao aumento dos gastos militares (5,85%).

Ainda que o Brasil tenha contribuído com US$ 2,4 bilhões dos US$ 3 bilhões do crescimento real dos gastos militares na América do Sul, no ano de 2010, dado o tamanho e peso de sua economia em termos regionais, isso não significa que o País é o que mais incrementou gastos em Defesa recentemente. Como se pode ver abaixo, nos últimos dez anos quatro países (Equador, Colômbia, Chile e Argentina) aumentaram os gastos militares em patamares superiores ao brasileiro; em 2010, três países (Peru, Paraguai e Equador) aumentaram seus gastos militares em maiores proporções que o Brasil. Os motivos que explicam o aumento dos gastos militares na América do Sul são diversos; vão desde o caráter cíclico dos programas de investimentos até o crescimento dos gastos com pagamento de pessoal.

No caso do Brasil, os recentes programas de reaparelhamento e modernização das Forças Armadas inseridos na Estratégia Nacional de Defesa (2008) são vistos ora como forma do País fortalecer seu poder militar e projetar influência, ora como investimento desnecessário em vista de suas carências sociais. Essa percepção desconsidera a realidade que enfrenta as Forças Armadas e a Base Industrial de Defesa, ambas prejudicadas pela volatilidade e imprevisibilidade dos gastos no setor de Defesa.
 
Em suma, é difícil conhecer as reais necessidades de Defesa de cada país e definir se os recursos que alocam para a área são suficientes ou não (no caso brasileiro, a economia pujante, a dimensão do território e das fronteiras e a imensa quantidade de recursos naturais são fatores que devem ser considerados).
 
Cautela e precisão devem ser levadas em conta na divulgação de dados e informações disseminados, pela importância que este têm na percepção, aceitação e opinião da sociedade quanto às políticas de Defesa.

 1 MATOS, Patrícia de Oliveira, O Orçamento de Defesa Nacional: Uma análise da participação do setor defesa no orçamento federal de 2000 a 2009. III Seminário de estudos: Poder Aeroespacial e Estudos de Defesa, UNIFA, 2010. 
2 The Military Balance, 2010. IISS 
3 Apesar dos dados divulgados pelo SIPRI terem problemas metodológicos e comprometerem muitas vezes os exercícios de comparação entre países, são úteis para análises de corte temporal.
 
INFORMAÇÃO:
TEL: +55 11 3549-4677
E-MAIL: COMDEFESA@FIESP.ORG.BR
WWW.FIESP.COM.BR/DEFESA


http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/1460/-ANALISE-COMDEFESA---O-BRASIL-GASTA-MUITO-EM-DEFESA-

Offline Geotecton

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Re: Potência militar
« Resposta #536 Online: 17 de Junho de 2011, 10:19:16 »
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ANÁLISE COMDEFESA - O BRASIL GASTA MUITO EM DEFESA?

Após a publicação de recentes dados do SIPRI (World Military Expenditure, 2011) sobre gasto militar mundial, jornais e revistas brasileiros destacaram os volumes de recursos alocados para a área de Defesa no Brasil. Em 2010, o Brasil foi apontado como o 11º maior orçamento militar do mundo e o principal responsável pelo aumento dos gastos em Defesa na América do Sul, região que apresentou a maior taxa de crescimento em nível internacional. Mas, considerando-se apenas os números absolutos sem uma análise mais detalhada, comparada e de longo prazo do Orçamento Geral da União (OGU), essa realidade não é fiel às atuais necessidades das Forças Armadas nem à importância que a Defesa representa na agenda política do País.
 
Em 2009, o gasto em Defesa no Brasil alcançou R$47,07 bilhões, o que corresponde a 4,4% do total de gastos do Governo Federal e representou o terceiro maior volume de recursos públicos, precedido pelos orçamentos dos Ministérios da Fazenda e da Previdência Social. Numa análise superficial, conclui-se que a Defesa é uma área altamente prioritária no Brasil. Contudo, considerando-se a estrutura dos gastos, observa-se que 83,75% foram destinados para pagamento de Pessoal e Encargos Sociais (37,78% referentes à pessoal ativo e 62,22% para aposentadorias, reformas e pensões); apenas 5,11% destinaram-se a investimentos.
[...]

Se o Brasil gastou 83,75% do seu orçamento de "defesa" com pagamento de salários, encargos e benesses aos militares (ou seja, R$ 39,43 bilhões) então fica nítido onde deve primeiro ocorrer um remanejamento: Nos salários, benesses e encargos deles e de seus familiares.

Que eles 'tenham vergonha na cara' e façam isto primeiro, antes de tentar convencer a sociedade a sacrificar coisas mais importantes em prol de um punhado de privilegiados.
Foto USGS

Offline Mr. Mustard

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Re: Potência militar
« Resposta #537 Online: 17 de Junho de 2011, 10:31:24 »
Que eles 'tenham vergonha na cara' e façam isto primeiro, antes de tentar convencer a sociedade a sacrificar coisas mais importantes em prol de um punhado de privilegiados.

Geo,

O Brasil ainda vai sofrer muito com o parasitismo de quem chegou ao poder. Ora os militares ora os politicos atuais entendem que benefícios e aposentadorias são justos por mérito. Aí você pergunta: que mérito?

Eu também não sei. E eu entendo que no caso dos militares, apenas servindo ao país em tempos de paz, o orçamento para pagamento de benefícios e salários já é alto, imagine os soldos a serem pagos em um pós-guerra?

Infelizmente este país vincula meritocracia ao poder, a hierarquia e não aos serviços propriamente ditos prestados ao povo brasileiro.

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #538 Online: 17 de Junho de 2011, 10:36:26 »
O que mais me incomoda nessa questão das pensões são aquelas mulheres que têm como profissão "pensionistas". Vivem em regime de união estável e mesmo assim recebem R$10mil a título de pensão pela morte do pai.

Se as FFAA fizessem uma investigação séria, boa parte dessas pensionistas perderia esse status. Mas entre eles mesmos isso é um tabu que só muita vontade política vai conseguir quebrar, porque o lobby das FFAA é ferrado em cima disso.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #539 Online: 23 de Junho de 2011, 08:45:06 »
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22 de Junho, 2011 - 09:15 ( Brasília )
Defesa
O partido da coca e as fronteiras

Editorial

Reportagem do GLOBO no último domingo mostrou o grau crescente de atuação e organização dos plantadores de folhas de coca e dos produtores em países andinos que compartilham oito mil quilômetros de fronteiras com o Brasil. Um dos exemplos disso é o fato de um líder cocalero, Evo Morales, ser o presidente da Bolívia desde 2006, com mandato até 2015.

Outro é a fundação do primeiro partido político cocalero peruano, em agosto, em Lima, promovido por organizações de produtores do Peru e entidades similares de Colômbia e Bolívia. Para o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, os cocaleiros "podem criar um partido político, a lei permite".

O cultivo da folha de coca é uma importante atividade econômica nesses países, onde 97% da produção destinam-se ao narcotráfico. Depois dos investimentos dos EUA no Plano Colômbia para erradicação das plantações, este país está perdendo a liderança na produção mundial de coca e de cocaína para o Peru. Mas o panorama geral é o mesmo: lucros astronômicos no percurso entre a plantação e a venda da cocaína nas ruas das grandes cidades no mundo.

Daí a importância de o Brasil cuidar da vigilância de suas fronteiras, já que o país hospeda hoje algumas das principais rotas de tráfico de cocaína para os EUA e a Europa. Uma parte considerável da droga fica aqui, criando os problemas conhecidos.

A vigilância das fronteiras é imenso desafio. Como disse em recente entrevista ao GLOBO o general Enzo Martins Peri, comandante do Exército, são "16,8 mil quilômetros de fronteira seca com dez países vizinhos. Está entre as maiores do planeta. É o dobro, por exemplo, das fronteiras dos EUA com o Canadá e com o México, que somam 8,8 mil quilômetros".

Para ajudar a força terrestre no imenso trabalho de patrulha e vigilância, o Exército contará com o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), a ser apresentado em setembro, com cronograma de implementação em dez anos a um custo estimado de R$9,6 bilhões. Ele vai incorporar alta tecnologia, como radares de curto e longo alcance, equipamentos de visão noturna, torres de observação e transmissão de sinais, câmeras óticas e termais, imageamento por satélites, sistemas de treinamento e simulação, veículos aéreos não tripulados (vants), blindados para proteção de fronteiras, veículos de apoio, embarcações especiais.

Segundo o general Enzo Peri, o Sisfron "abrange distâncias continentais e vai lidar com deficiências de infraestrutura, afastamento dos grandes centros, diversidades regionais e, principalmente, com a permeabilidade das nossas fronteiras, desafios que já enfrentamos hoje".

É uma luta desigual. Os cartéis de narcotraficantes dispõem de somas imensas para aplicar em novas táticas de despiste e da audácia própria dos criminosos para fazer a droga chegar aos consumidores. Já o governo, e as Forças Armadas em particular, tem recursos limitados para investir. Quando estiver em ação, o Sisfron ajudará a proteger as fronteiras. Mas dez anos é um longo prazo, durante o qual o país precisará de um renovado esforço em homens e equipamentos para reduzir substancialmente o trânsito de drogas por seu território e sua oferta nas cidades.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/1570/O-partido-da-coca-e-as-fronteiras

Skorpios

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Re: Potência militar
« Resposta #540 Online: 13 de Julho de 2011, 07:45:23 »
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Protagonista econômico e coadjuvante militar
Gabriel Bonis 12 de julho de 2011 às 8:51h

 

Dono da sétima maior economia do mundo, País começa a investir em sua nova Estratégia de Defesa Nacional para reestruturar as sucateadas Forças Armadas. Por Gabriel Bonis

Nas últimas décadas, o avanço socioeconômico brasileiro alçou o País ao centro das atenções mundiais, ao lado de outras nações em desenvolvimento, como China, Índia e Rússia, integrantes do BRIC – o grupo das economias emergentes que mais crescem no mundo.

O destaque no cenário global e a estabilidade financeira ampliaram a influência política do Brasil, reforçada com o direito de sediar a Copa do Mundo de futebol e as Olimpíadas.


Porém, segundo dois dos mais importantes especialistas militares brasileiros ouvidos por CartaCapital, o Brasil ainda precisa lidar com o sucateamento das Forças Armadas, incompatíveis com o papel do País no âmbito mundial, e uma segurança nacional precária.

Os estudiosos alertam que os investimentos anunciados pelo governo, como a compra de 36 caças, navios nucleares e sistemas de monitoramento de fronteiras, serão eficientes apenas se houver desenvolvimento da indústria militar nacional e a criação de tecnologia própria. Muitos dos sistemas, inclusive, serão controlados à distância - isso em um País onde hackers evidenciam a fragilidade da defesa cibernética nacional invadindo sites oficiais e mesmo o email da então candidata à presidência da República.

É envolto em um novo cenário geopolítico, no qual desponta como a sétima maior economia do planeta – e em vias de se tornar a quinta -, que o governo brasileiro decidiu reajustar as sua políticas de segurança nacional e se reestruturar militarmente. “Apesar de as nossas Forças Armadas serem aparentemente suficientes no cenário regional, elas não são proporcionais ao que o Brasil representa em termos mundiais”, afirma o doutor em engenharia aeronáutica e astronáutica, o brigadeiro e professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Mauricio Pazini Brandão. “O Brasil é a potência líder ao Sul do Equador, mas temos um poder militar compatível com isso?”, questiona.

O Brasil já oficializou acordo de 20 bilhões de reais com a França para a compra de helicópteros e navios convencionas e com propulsão nuclear. Foto: Exército do Brasil

Para ele, os investimentos em defesa nacional, como a polêmica compra de 36 caças (adiada para 2012), são relativamente modestos se comparados ao de outras potências emergentes. As aeronaves serão comprados com transferência de tecnologia de EUA, França ou Suécia, pelo valor aproximado de 10 bilhões de reais.

“A Força Aérea da Turquia tem mais aviões de combate que o Brasil, apesar de uma extensão menor. Além disso, nem todos os equipamentos vão estar em condição de operar, afinal temos que separar unidades para treinamento e fazer a manutenção”, explica.

Tentando diminuir a disparidade econômica do poder militar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou a Estratégia Nacional de Defesa no final de 2008. O documento, elaborado pelo então ministro do Planejamento Estratégico, Roberto Mangabeira Unger, e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, define a reorganização das Forças Armadas e investimentos.

Os primeiros aportes ocorreram com o acordo de cerca de 20 bilhões de reais com a França em 2009, para a compra de submarinos convencionais, helicópteros e transferência de tecnologia de um submarino de propulsão nuclear.

No Exército, a novidade é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, estimado em cerca de 10 bilhões de reais. Com previsão de ser concluído até 2019, traz radares de imagem e de comunicação e veículos aéreos não tripulados e blindados para a proteção de fronteiras. A estratégia ainda prevê o aumento do número de Pelotões Especiais de Fronteira de 21 para 49, com prioridade para a região amazônica.

Indústria nacional


A estratégia visa ainda à reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e política, para assegurar o atendimento das necessidades de equipamentos das Forças Armadas com soluções nacionais. “Precisamos desenvolver nossas próprias tecnologias e deixar de comprá-las do exterior, afinal, o cérebro é a grande defesa de um país”, afirma o doutor notório saber em Ciência Política e professor titular de Relações Internacionais e Estudos Estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eurico de Lima Figueiredo.

A Embraer já supre grande parte das necessidades militares da aeronáutica, mas ainda não possui a capacidade de montar caças. “A intenção é utilizar a aquisição de tecnologia desses aviões para capacitar o Brasil no seu desenvolvimento”, diz Brandão. No entanto, Figueiredo discorda que a tecnologia será transferida totalmente. “Às vezes o cerceamento tecnológico é sutil. As empresas mostram como se faz, mas se não há o domínio das ferramentas de nada adianta a tecnologia”, explica.

Segundo o professor da UFF, o mesmo vale para os navios franceses, que poderiam correr o risco de não poderem operar corretamente. “O Brasil está comprando da França basicamente a tecnologia da construção do casco, mas o problema é o sistema de armas, é preciso dominá-lo uma vez que o abastecimento pode parar”.

O investimento no setor possibilita o desenvolvimento de tecnologia de alto grau, formação de mentes e vendas lucrativas de patentes. “Aqueles que apostaram na educação, base da ciência e tecnologia, formaram profissionais de alto nível e criaram tecnologias que influenciaram todo o sistema produtivo, como o microondas e internet”, destaca Figueiredo.

Abaixo da média


Apesar dos esforços federais, o Brasil é o integrante do BRIC com o menor investimento em segurança nacional, de acordo com dados do instituto independente de pesquisa sueco Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI).

As informações da instituição, baseadas em fontes abertas e também em dados oficiais, apontam que o País gastou 28 bilhões de dólares em 2011 em despesas militares, contra 114,3 bilhões de China, 52,5 bilhões de Rússia e 34,8 de Índia. Em comparação com potências no setor, como EUA (687 bilhões) e França (61,2 bilhões), o Brasil fica ainda mais distante.

Além disso, outro fator que pode comprometer os planos de reaparelhamento das Forças Armadas brasileiras é o corte no orçamento do Ministério da Defesa. Em 2011, o orçamento é de 11 bilhões de reais.

Mesmo com a queda da arrecadação, o País negocia a aquisição de tecnologia israelense para aviões não tripulados (Vants). As aeronaves, utilizadas em missões longas, perigosas e com risco de contaminação, trabalham com sistemas de controle externos que, teoricamente, poderiam ser invadidos e atacados por hackers.

Nas últimas semanas, sites oficiais do governo federal foram vítimas dessas invasões. “Os Vants podem voar autonomamente segundo programado em software e, desde que não sofram uma violação eletrônica, vão executar a programação”, explica Brandão.

Para evitar esse tipo de situação, o Exército ficou responsável na Estratégia Nacional de Defesa pela área cibernética – a Aeronáutica responde pela espacial e a Marinha, pela nuclear. “É preciso criar sistemas de defesa contra o terrorismo cibernético. Hoje o Brasil tem o necessário, mas não o suficiente”, diz Figueiredo.

Ambições internacionais

l

De acordo com o doutor em Relações Internacionais, o reposicionamento da defesa nacional vislumbra, além de capacitar o Brasil para se defender de forças externas, o ingresso como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Todos os cinco integrantes fixos (China, EUA, França, Reino Unido e Rússia) possuem armamentos nucleares e de destruição em massa. “Vai haver uma reformulação no Conselho e o escolhido a entrar no grupo vai precisar ter condições tecnológicas e não depender de favores”.

Caso o plano do governo seja adotado como previsto, Figueiredo acredita que o Brasil tem chances de conquistar um assento permanente no Conselho, mas no momento o País ainda não possui tais condições.

“Nos últimos dez anos sofremos transformações no campo econômico, mas não temos defesas eficazes. Já existem elementos de biotecnologia capazes de causar mortes em massa e precismos nos defender disso também”.


http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/protagonista-economico-e-coadjuvante-militar

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Re: Potência militar
« Resposta #541 Online: 05 de Agosto de 2011, 07:44:19 »
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04 de Agosto, 2011 - 21:20 ( Brasília )
Defesa
Militares consideraram Amorim a pior escolha possível para a Defesa
Segundo fontes das Forças Armadas, há resistência contra o ex-chanceler devido às suas decisões 'completamente ideologizadas' durante o governo Lula
Tânia Monteiro, da Agência Estado

BRASÍLIA - A indicação do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa já está provocando reações contrárias em Brasília. Militares dos altos comandos das Forças Armadas consultados pela reportagem consideraram esta "a pior escolha possível" que a presidente poderia ter feito.

Segundo esses interlocutores, Amorim contrariou "princípios e valores" dos militares nos últimos anos quando esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores e até ex-ministro Nelson Jobim contornava as polêmicas causadas por decisões "completamente ideologizadas" de Amorim. Essas fontes questionam por que o governo decidiu colocar de novo um diplomata sobre os militares. Eles lembram que isso não deu certo com José Viegas e "não vai dar de novo". Para esses militares, a decisão da presidente foi precipitada, mas vão ter que engolir.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/2220/Militares-consideraram-Amorim-a-pior-escolha-possivel-para-a-Defesa

Offline André Luiz

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Re: Potência militar
« Resposta #542 Online: 06 de Agosto de 2011, 22:45:56 »
Amorim na defesa, a turma do itamaravilha vai gostar

A esquerda vai transformar as forças armadas em meras guardas nacionais

Offline Diegojaf

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Re: Potência militar
« Resposta #543 Online: 07 de Agosto de 2011, 05:54:27 »
Amorim na defesa, a turma do itamaravilha vai gostar

A esquerda vai transformar as forças armadas em meras guardas nacionais
Acho difícil piorar. Eles estão completamente sucateados. O que salva ali é realmente força de vontade do povo que rala...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re: Potência militar
« Resposta #544 Online: 07 de Agosto de 2011, 07:58:26 »
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Dilma reúne comandantes militares e diz que eles ficam onde estão
Objetivo do encontro é acalmar os militares, que reagiram negativamente à escolha do ex-chanceler Celso Amorim
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Tânia Monteiro,
O Estado de S.Paulo

Para acalmar os militares, que [ontem], 4, reagiram negativamente à escolha do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa no lugar do demitido Nelson Jobim, a presidente Dilma Rousseff reuniu nesta sexta-feira, 5, cedo, no Palácio da Alvorada, os comandantes militares.

Ela garantiu aos três chefes das Forças Armadas - Exército, Marinha e Aeronáutica - e mais ao chefe do Estado Maior Conjunto, general José Carlos De Nardi, que o novo ministro não vai fazer mudanças nos Comandos Militares.

O Estado apurou que a presidente Dilma pediu aos comandantes que "mantenham a normalidade institucional". O almirante Moura Neto é o comandante da Marinha; o chefe da Aeronáutica é o brigadeiro Juniti Saito; a força terrestre, o Exército, tem como comandante o general Enzo Peri.

Os comandantes deixaram o Alvorada com um discurso institucional e profissional. No diálogo com a presidente eles disseram que estão a serviço do Estado e que nãos ervem a pessoas. Disseram, ainda, que as Forças Armadas têm as missões definidas pela Constituição. "Nosso dever é constitucional", resumiu um dos comandantes.

Os três comandantes já estão à frente das três Forças no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois da reunião no Alvorada, a presidente embarcou na Base Aérea de Brasília, por volta de 9h30, para uma viagem à Bahia e a Pernambuco.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/2232/Dilma-reune-comandantes-militares-e-diz-que-eles-ficam-onde-estao

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Re: Potência militar
« Resposta #545 Online: 07 de Agosto de 2011, 08:02:08 »
Eu conheço o sujeito desde Santa Maria(RS) e pessoalmente não gosto dele. No entanto não se pode negar que ele fez um bom trabalho no MD.
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Análise - A saída do ministro: Personalista, Jobim foi o primeiro titular de fato da Defesa
Caos aéreo, Comissão da Verdade parada e novela sem fim sobre a compra dos caças estão entre os fracassos

IGOR GIELOW

Os quatro anos do gaúcho Nelson Jobim à frente da pasta da Defesa, com diversas polêmicas, significaram até para seus detratores o primeiro mandato de um ministro civil à frente dos assuntos militares no país.

Desde que Fernando Henrique Cardoso criou o ministério e submeteu as três Forças Armadas a ele, em 1999, seu objetivo institucional não havia sido alcançado.

Houve ministros fracos politicamente (como Élcio Álvares), ineptos (como Waldir Pires) ou apáticos (como Geraldo Quintão ou José Alencar).

Nenhum deles, contudo, fez frente aos seus comandados militares, acostumados por décadas a cuidar cada um de seus interesses, orçamentos e prioridades -fora as incursões na política, com os resultados conhecidos.

Com Jobim, que herdou o caos aéreo da gestão Waldir Pires, as coisas mudaram. Respaldado por Lula e compondo com os militares em questões caras à caserna, como na disciplina imposta aos controladores de voo ou contra a revisão da Lei de Anistia, Jobim ganhou autoridade inexistente nos antecessores.

O crescimento econômico dos anos Lula lhe possibilitou dar aos fardados reajustes e programas de modernização ao mesmo tempo em que mudava de fato a estrutura de comando.

Criou em 2010 o arcabouço jurídico para as compras de defesa. A indústria bélica se reorganizou, com divisões específicas saindo das costelas de gigantes como a Embraer e a Odebrecht, buscando novos negócios.

Ao mesmo tempo, a histórica regra do "cada um cuida do seu" nas Forças teve a lógica quebrada pela unificação das compras militares em uma secretaria. Ainda é algo incipiente, mas poderá racionalizar gastos.

O personalismo de Jobim à frente da pasta, que contribuiu para sua saída, cria um inevitável ponto de comparação com o diplomata Celso Amorim, que o sucederá. Com o agravante de que a contenção de gastos não dará espaço de manobra ao próximo ministro.

Outros fracassos ocorreram. O caos aéreo, que toma ares de drama com a proximidade da Copa-2014, não foi resolvido, e sim terceirizado para uma secretaria própria. A discussão sobre a Comissão da Verdade, a ser votada no Congresso, ainda está longe de ser pacífica.

A modernização militar ocorre aos trancos e barrancos. A escolha da França como parceira militar prioritário gerou uma grande dependência, ainda que os programas de submarinos e helicópteros estejam andando, mesmo que com críticas.

Já a compra dos novos caças para a FAB é uma novela sem fim e uma derrota pessoal de Jobim. Grande francófilo, por assim dizer, ele quase viu o modelo francês Rafale levar o negócio no governo Lula, mas agora tudo está na estaca zero.

Fica ainda um avanço. Ainda que megalômana e falha, a Estratégia Nacional de Defesa publicada em 2008 é um marco da transparência num setor fechado por natureza, assim como o "Livro Branco", em elaboração, com o raio-X militar do país.

http://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/2221/Analise---A-saida-do-ministro--Personalista--Jobim-foi-o-primeiro-titular-de-fato-da-Defesa

Offline Unknown

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Re: Potência militar
« Resposta #546 Online: 08 de Agosto de 2011, 14:22:21 »
Eu conheço o sujeito desde Santa Maria(RS) e pessoalmente não gosto dele. No entanto não se pode negar que ele fez um bom trabalho no MD.
Concordo. Acho que foi o primeiro que realmente vi pensar em defesa como um todo.

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Offline Dr. Manhattan

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Re: Potência militar
« Resposta #547 Online: 08 de Agosto de 2011, 18:06:23 »
Eu conheço o sujeito desde Santa Maria(RS) e pessoalmente não gosto dele. No entanto não se pode negar que ele fez um bom trabalho no MD.
Concordo. Acho que foi o primeiro que realmente vi pensar em defesa como um todo.

Eu só queria saber é porque ele quis ser demitido? Muito estranho.
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Offline Derfel

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Re: Potência militar
« Resposta #548 Online: 08 de Agosto de 2011, 18:26:43 »
Que tal as eleições de 2012?

Offline Dr. Manhattan

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Re: Potência militar
« Resposta #549 Online: 08 de Agosto de 2011, 18:43:50 »
Pode ser. Talvez ele quis criar uma imagem de independente que fala o que bem entende, para o eleitor da oposição.
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