NIna, eu trabalho na Caixa Econômica Federal e sou professor de Filosofia. Na Caixa a maioria é Dilma. Não precisa nem falar o porquê.
Mas, tenho conversas com poucos que votam em Serra. Na minha visão, o respeito é algo ímpar. Nós sofremos isso quando nos declaramos ateu. Sofro esse preconceito fortemente.
Não posso replicar esse preconceito na política ou em qualquer situação de minha vida.
É terrível ser marginalizado por ter uma posição ideológica. Por uma crença, seja qual for.
Procuro, aqui, ser o mais respeitoso possível.
Tenho 46 anos e um pouco de experiência.
A tolerância é o remédio para o mundo viver em paz.
Pois é, Hugo. Mas a regra é que o diferente é ruim. Ser ateu entre fundamentalistas é ser tão ruim quanto ser apetista num meio fortemente opressivo. Para mim é estranho, pois minha família nunca foi tucana. Neste primeiro turno, nós, meus pais, votamos na Marina. Temos alguns outros tios funcionários do BB e petistas, entretanto, que são tão dogmáticos quanto um crente fervoroso.
Mas o pior nem é a pressão com relação à liberdade opinião, mas você ser excluído de comissões, promoções, etc., por não andar conforme a cartilha da maioria.
Felizmente eu não passo por isso na UFV, muito embora haja muitos professores, como já citado (que não tem respeito por quem vota em outro candidato), que não são nada tolerantes.
Eu esperava mais de pessoas teoricamente esclarecidas... mas fazer o quê? Cada um é que sabe como quer viver.
Bom seria ser todos fossem moderados...
