Putz ... esse google merece a credibilidade que tem ... em dois minutos pesquisando sobre a dívida pública nos governos FHC e Lula, e achei ótimas análises ...
Achei o link http://visaopanoramica.wordpress.com/2009/10/31/lula-e-a-divida-publica-final/#comments, o post e os comentários são ótimos.
Juca ... se der pra vc ler e comentar seria legal, pois é uma crítica bem construida e parece não ser dogmática ou endemonizadora contra alguns números do governo Lula.
O que destaco nesse post é que a dívida pública do governo FHC aumentou bastante pq o governo assumiu as dívidas de estados e municípios ... o que eu me lembro que realmente aconteceu ... e o cara desce a lenha no discurso do PT de que o governo Lula geriu melhor a dívida pública ... e os números e argumentos do cara são bem convincentes, os comentários tb, e parece que alguns comentarista até verificaram os números nos sites oficiais citados ... vale realmente a pena ler esse e outros artigos do autor ...
Olha Gilberto na questão da dívida pública, existem meias verdades nessa análise que devem ser colocadas, assim como verdades inteiras.
Em primeiro lugar não houve explosão da dívida pública durante a era Lula, tampouco diminuição. sua relação com o PIB segue quase no mesmo patamar do início do governo. Nem mesmo aumento de impostos, tampouco diminuição significativa. Não houve descontrole dos gastos público, como pode parecer o sugerido pelos que fazem oposição. O governo aumentou de tamanho, proporcional ao aumento do PIB, não acarrentando peso extra para as finanças públicas, pois a arrecadação aumentou na mesma proporção. Resumindo, o governo atual não melhorou, nem piorou os índices financeiros relativos à dívida interna, mas melhorou substancialmente no que diz respeito aos reais que se paga para se manter essa dívida, visto que atualmente, a taxa selic está em torno de 10%, para uma inflação entre 5 e 6%, o que dá um juro real de mais ou menos 5% ( que ainda não é baixa como deveria). Existe uma evolução nítida quanto a qualidade das finanças do Estado, e um gerenciamento de mais qualidade, atrelado a políticas de
estímulo à economia, como os programas sociais, o microcrédito, o fomento às empresas com juros subsidiados,
o positivismo econômico das ações do governo, bem com a do presidente, muito explicitado durante a crise, entre outras ações
estratégicas que somado às boas práticas econômicas e financeiras, que não são invenção de ninguém, mas são de domínio universal, como a economia para pagar uma dívida, ou não gastar mais do que se ganha, entre outras boas práticas, enfim, é esse conjunto de ações que permite que se diferencie a gestão de um governo com a de outro.
Pois, a era FHC foi prisioneira do "financismo" exagerado e sem coordenação com um planejamento de estímulo à economia, pois falsamente, por medo da hiper-inflação ou por erro de estratégia, não havia pela parte do governo medidas que estimulassem a economia a sair da estagnação, e assim sempre se caia naquela espiral descendente de pouco investimento, mais inflação e mais juros, pois o que mata a inflação pela jugular, não são os juros altos, medida paliativa, mas sim as taxas de investimento maciços feitos na economia real, quebrando o medo do desabastecimento e a consequente alta dos preços.
Por outro lado o componente da dívida pública da era FHC, foi uma consequência dessa política equivocada que se seguiu no combate à inflação no Brasil, colocando o Brasil como o campeão absoluto das taxa de juros, que chegavam a mais de 20, 30, 40% ao ano, o que foi decisivo para o aumento brutal da dívida. Algo que somente economias em guerra ou extremamente falidas são capazes de fazer. E no que concerne ao governo central assumir as dívidas do estados e municípios, vale lembrar que essas dívidas foram causadas na maior parte pelo mesmo motivo, juros extremamente altos. E outro detalhe que não se soma a esses dados, que foram os quase 100 bi de dólares arrecadados com as estatais, que evaporaram dentro dessa dívida, ou seja a dívida da era tucana foi maior ainda do que os números mostram.
Assim, há uma diferença significativa entre as duas gestões, no que concerne à política fiscal, taxas de juros, investimentos e planejamento econômico. São duas faces distintas, duas maneiras opostas de se governar, ainda que a primeira vista os métodos pareçam os mesmos, pois em economia não existe invenção, as boas práticas são uma só.
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