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enquete encerrada: 31 de Outubro de 2010, 22:54:13

Autor Tópico: Eleições 2010  (Lida 209209 vezes)

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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #375 Online: 15 de Abril de 2010, 23:02:54 »
Geotecton, esse último texto não é do Juca, mas do PHA. Ele estava se referindo ao meu post, por isso escreveu "E tem mais lá". Faltou o quote. :ok:

Ok Derfel explicação entendida.

Deste modo: Desculpe-me _Juca_!

Legal, então voltamos à trilha inicial!

Sem grilo Geo, fui eu que não especifiquei direito no post.

Atheist

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Re: Eleições 2010
« Resposta #376 Online: 15 de Abril de 2010, 23:50:10 »
Juca,

De acordo com os números que você postou, não acha incrível que o governo atual ganha em TODOS?!
Se isto não for tendencioso, juro que não sei o que é... :-)

Não acho Mr. Mustard. Os números estão errados? Existe algum que não corresponda aos fatos? Não, estão corretos. Dos primeiros que postei posso dizer com certeza que são verdadeiros, desses outros muitos que li correspondem ao que já sabia, mas eles estão aí é só alguém dizer onde e como estão errados e a gente pode verificar.

 

Juca, os números em si não dizem nada, pois são números absolutos que não estão relacionados com o contexto. Tirar os números do contexto é uma estratégia bastante comum, mas é falacioso.

Atheist

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Re: Eleições 2010
« Resposta #377 Online: 15 de Abril de 2010, 23:55:29 »
Talvez porque os índices foram escolhidos para isso. Mas, na verdade, tem-se que comparar os momentos históricos. O Brasil de 2002 não é o Brasil de 2010, nem o mundo o é. Acredito que se for plotado em um gráfico, muitos desses índices devem apresentar uma trajetória de queda, iniciando em 1994, com o plano real. Muito dos índices que temos hoje é resultado de políticas desses anos, mérito para o FHC por isso. Mas isso também não retira o mérito do Lula, que soube aproveitar o que tinha de bom do governo anterior (quebrando uma tradição do Brasil de desfazer tudo que o governo anterior fez para começar do zero) e soube também aproveitar as oportunidades que se apresentaram no mundo. Sorte não tem muito a ver com isso. Um período excelente da economia mundial pode ser desperdiçado facilmente (como foi em outras ocasiões no passado). Além disso, uma melhora na política social do governo, por mais que alguns aqui digam que não. A meu ver, em um futuro não tão distante, esse período dos governos FHC/Lula será considerado um dos melhores do País, e um marco.

Concordo inteiramente com você.

Mas não foram tudo flores na economia mundial, o último ano foi o de maior crise financeira dos ultimos tempos, e o Brasil passou batido, graças a boa governança na área social, econômica e até mesmo fiscal.

Barbaridade... eu não queria entrar nesse tipo de discussão, mas vamos lá.

O Brasil passou batido???

Só para quem está de fora.

Aqui, do lado de dentro do "boom do Lula", a coisa está muito diferente.

Faço parte do corpo docente de uma das expansões do governo Lula. A previsão era termos 100 professores até este ano. Estamos com menos de 60. Onde estão os outros? Simplesmente um atraso de quase um ano na liberação e uma confusão completa entre MEC e Planejamento. MEC libera vagas, mas Planejamento corta e não libera. Resultado da crise econômica, que ninguém espalha.

E isso é só uma ponta. Fazer propaganda de abertura de sei lá quantas vagas é fácil. Realmente liberar o dinheiro e fazer a coisa andar é outra história.

Então, a crise chegou no Brasil, sim. Mas ninguém do governo vai fazer esta propaganda.

Offline Barata Tenno

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Re: Eleições 2010
« Resposta #378 Online: 16 de Abril de 2010, 00:34:00 »
E seria interessante colocar o que foi feito em cada area para que haja melhoria.... Dizer que foi bom na area fiscal, economica e social nao explica o que foi feito nessas areas. O que o Lula mudou na area economica que justifica o elogio? O que ele fez na area fiscal? O que ele fez na area social? Mostrar que os numeros aumentaram nao significa que foi obra do governo atual. Inercia tambem gera crescimento.
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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #379 Online: 18 de Abril de 2010, 00:46:58 »
Juca,

De acordo com os números que você postou, não acha incrível que o governo atual ganha em TODOS?!
Se isto não for tendencioso, juro que não sei o que é... :-)

Não acho Mr. Mustard. Os números estão errados? Existe algum que não corresponda aos fatos? Não, estão corretos. Dos primeiros que postei posso dizer com certeza que são verdadeiros, desses outros muitos que li correspondem ao que já sabia, mas eles estão aí é só alguém dizer onde e como estão errados e a gente pode verificar.

 

Juca, os números em si não dizem nada, pois são números absolutos que não estão relacionados com o contexto. Tirar os números do contexto é uma estratégia bastante comum, mas é falacioso.

Não entendi muito bem. Não quer dizer que o Brasil está as mil maravilhas, mas os números dizem que o Brasil marcha a passos largos, em distribuição de riqueza, criação de empregos e renda com carteira assinada, moradia e consumo percapita.

E o que os números não dizem é que o Brasil caminha a passos lentos em educação, justiça e reforma política.

Offline Barata Tenno

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Re: Eleições 2010
« Resposta #380 Online: 18 de Abril de 2010, 00:50:25 »
E os numeros NAO dizem que os avancos sao obras do atual governo.
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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #381 Online: 18 de Abril de 2010, 00:58:26 »
E seria interessante colocar o que foi feito em cada area para que haja melhoria.... Dizer que foi bom na area fiscal, economica e social nao explica o que foi feito nessas areas. O que o Lula mudou na area economica que justifica o elogio? O que ele fez na area fiscal? O que ele fez na area social? Mostrar que os numeros aumentaram nao significa que foi obra do governo atual. Inercia tambem gera crescimento.

Por exemplo, a exclusão de 20.000.000 de pessoas da pobreza, e todas as consequencias advindas desse fato, não pode ser considerada um simples ato de inércia, foi fruto do aumento da renda devido aos fatores : controle da inflação, aumento real do salário mínimo, distribuição direta de renda ( Bolsa Família e educação ), superávit primário recorde com variação cambial livre, que permitiu acumular reservas igualamente recordes para que o país deixa-se de ficar exposto, o que permitiu redução da taxa selic à niveis históricos, e fez com que o crédito se expandisse sobremaneira, o que contribuiu para uma espiral virtuosa de consumo interno que entre outras, ajudou o Brasil a segurar as pontas na crise econômica e fazer com que esse ano venha a crescer mais de 6% e criar mais de 1,5 milhão de empregos e ajudar a tirar mais um tanto da pobreza.

Pois pode dizer muita coisa, mas inércia é a pior delas.

Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #382 Online: 18 de Abril de 2010, 00:59:27 »
E os numeros NAO dizem que os avancos sao obras do atual governo.

Não, são do governo da dimensão  paralela !!!

Offline Barata Tenno

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Re: Eleições 2010
« Resposta #383 Online: 18 de Abril de 2010, 01:28:02 »
E seria interessante colocar o que foi feito em cada area para que haja melhoria.... Dizer que foi bom na area fiscal, economica e social nao explica o que foi feito nessas areas. O que o Lula mudou na area economica que justifica o elogio? O que ele fez na area fiscal? O que ele fez na area social? Mostrar que os numeros aumentaram nao significa que foi obra do governo atual. Inercia tambem gera crescimento.

Por exemplo, a exclusão de 20.000.000 de pessoas da pobreza, e todas as consequencias advindas desse fato, não pode ser considerada um simples ato de inércia, foi fruto do aumento da renda devido aos fatores : controle da inflação, aumento real do salário mínimo, distribuição direta de renda ( Bolsa Família e educação ), superávit primário recorde com variação cambial livre, que permitiu acumular reservas igualamente recordes para que o país deixa-se de ficar exposto, o que permitiu redução da taxa selic à niveis históricos, e fez com que o crédito se expandisse sobremaneira, o que contribuiu para uma espiral virtuosa de consumo interno que entre outras, ajudou o Brasil a segurar as pontas na crise econômica e fazer com que esse ano venha a crescer mais de 6% e criar mais de 1,5 milhão de empregos e ajudar a tirar mais um tanto da pobreza.

Pois pode dizer muita coisa, mas inércia é a pior delas.

Controle da inflação que começou no governo FHC, bolsa esmola, que começou no governo FHC, variação cambial livre, que começou no governo FHC......

Inércia é isso, algo de bom feito no governo FHC, da frutos hoje, mesmo sem o Lula ter feito porra nenhuma.

Ainda não vi você citar nenhuma medida tomada pelo atual governo que justifique esses números.

Citando o Dr.

Citar
Primeiro de tudo: o que tem sido argumentado por muitos aqui (inclusive eu) é que a diferença entre os
governos Lula e FHC são bem menores do que se propaga. Porém, como explicar números melhores
da economia sob Lula? Uma possível resposta: se imaginarmos que ocorreu uma progressão contínua na
economia (não que tenha realmente havido, mas vamos imaginar por um momento que tenha sido o caso)
então é óbvio que os números do governo Lula serão melhores. É como fazer uma viagem de 100 km
com dois carros diferentes (A e B) mantendo a mesma velocidade: andamos os primeiros 50 km no carro A
e o resto no carro B. Os fãs do carro B vão dizer: "OMFG! No carro A só andamos 50 km, enquanto no carro
B chegamos a 100!! Stunned

« Última modificação: 18 de Abril de 2010, 01:32:02 por Barata Tenno »
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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #384 Online: 18 de Abril de 2010, 01:40:52 »
E seria interessante colocar o que foi feito em cada area para que haja melhoria.... Dizer que foi bom na area fiscal, economica e social nao explica o que foi feito nessas areas. O que o Lula mudou na area economica que justifica o elogio? O que ele fez na area fiscal? O que ele fez na area social? Mostrar que os numeros aumentaram nao significa que foi obra do governo atual. Inercia tambem gera crescimento.

Por exemplo, a exclusão de 20.000.000 de pessoas da pobreza, e todas as consequencias advindas desse fato, não pode ser considerada um simples ato de inércia, foi fruto do aumento da renda devido aos fatores : controle da inflação, aumento real do salário mínimo, distribuição direta de renda ( Bolsa Família e educação ), superávit primário recorde com variação cambial livre, que permitiu acumular reservas igualamente recordes para que o país deixa-se de ficar exposto, o que permitiu redução da taxa selic à niveis históricos, e fez com que o crédito se expandisse sobremaneira, o que contribuiu para uma espiral virtuosa de consumo interno que entre outras, ajudou o Brasil a segurar as pontas na crise econômica e fazer com que esse ano venha a crescer mais de 6% e criar mais de 1,5 milhão de empregos e ajudar a tirar mais um tanto da pobreza.

Pois pode dizer muita coisa, mas inércia é a pior delas.

Controle da inflação que começou no governo FHC, bolsa esmola, que começou no governo FHC, variação cambial livre, que começou no governo FHC......

Inércia é isso, algo de bom feito no governo FHC, da frutos hoje, mesmo sem o Lula ter feito porra nenhuma.

Ainda não vi você citar nenhuma medida tomada pelo atual governo que justifique esses números.

Citando o Dr.

Citar
Primeiro de tudo: o que tem sido argumentado por muitos aqui (inclusive eu) é que a diferença entre os
governos Lula e FHC são bem menores do que se propaga. Porém, como explicar números melhores
da economia sob Lula? Uma possível resposta: se imaginarmos que ocorreu uma progressão contínua na
economia (não que tenha realmente havido, mas vamos imaginar por um momento que tenha sido o caso)
então é óbvio que os números do governo Lula serão melhores. É como fazer uma viagem de 100 km
com dois carros diferentes (A e B) mantendo a mesma velocidade: andamos os primeiros 50 km no carro A
e o resto no carro B. Os fãs do carro B vão dizer: "OMFG! No carro A só andamos 50 km, enquanto no carro
B chegamos a 100!! Stunned



Nunca tirei os méritos do governo passado, assim como os deméritos desse. Mas analise com cuidado e compare que a inflação de FHC foi mais que o dobro da de Lula e a taxa selic nem se fala, houve um grande período de controle cambial que culminou numa grande crise e o bolsa família daquela época era mínimo comparado ao que temos hoje.

Mesmo que tudo que temos hoje fosse continuidade, e pouco de fato o é,assim mesmo se você considera que os bons índices de hoje são fruto da continuidade, todos os méritos seriam de quem continuou com as boas práticas. Mesmo sua forma de pensar é incoerente.

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Re: Eleições 2010
« Resposta #385 Online: 18 de Abril de 2010, 01:45:07 »


Nunca tirei os méritos do governo passado, assim como os deméritos desse. Mas analise com cuidado e compare que a inflação de FHC foi mais que o dobro da de Lula e a taxa selic nem se fala, houve um grande período de controle cambial que culminou numa grande crise e o bolsa família daquela época era mínimo comparado ao que temos hoje.

Mesmo que tudo que temos hoje fosse continuidade, e pouco de fato o é,assim mesmo se você considera que os bons índices de hoje são fruto da continuidade, todos os méritos seriam de quem continuou com as boas práticas. Mesmo sua forma de pensar é incoerente.

Quais as medidas do governo Lula para diminuir a inflação e a taxa selic?

E você quis dizer que o mérito é de quem deu continuidade e não de quem criou a melhoria?Sério?
« Última modificação: 18 de Abril de 2010, 01:47:28 por Barata Tenno »
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Offline Adriano

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Re: Eleições 2010
« Resposta #386 Online: 18 de Abril de 2010, 01:50:01 »
Nunca tirei os méritos do governo passado, assim como os deméritos desse. Mas analise com cuidado e compare que a inflação de FHC foi mais que o dobro da de Lula e a taxa selic nem se fala, houve um grande período de controle cambial que culminou numa grande crise e o bolsa família daquela época era mínimo comparado ao que temos hoje.

Mesmo que tudo que temos hoje fosse continuidade, e pouco de fato o é,assim mesmo se você considera que os bons índices de hoje são fruto da continuidade, todos os méritos seriam de quem continuou com as boas práticas. Mesmo sua forma de pensar é incoerente.
Ainda mais considerando o histórico desastroso do estado na área econômica. Porém tem um ponto importante que é o que chamo de tecnologia econômica que são a governabilidade mais comedida e coerente com o mais amplo conhecimento da teoria econômica e isto num contexto mundial. A gestão dos bancos centrais é de fundamental importância para este sucesso.  
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #387 Online: 18 de Abril de 2010, 02:09:57 »


Nunca tirei os méritos do governo passado, assim como os deméritos desse. Mas analise com cuidado e compare que a inflação de FHC foi mais que o dobro da de Lula e a taxa selic nem se fala, houve um grande período de controle cambial que culminou numa grande crise e o bolsa família daquela época era mínimo comparado ao que temos hoje.

Mesmo que tudo que temos hoje fosse continuidade, e pouco de fato o é,assim mesmo se você considera que os bons índices de hoje são fruto da continuidade, todos os méritos seriam de quem continuou com as boas práticas. Mesmo sua forma de pensar é incoerente.

Quais as medidas do governo Lula para diminuir a inflação e a taxa selic?

E você quis dizer que o mérito é de quem deu continuidade e não de quem criou a melhoria?Sério?


Medidas para controlar a inflação: nunca gastou mais do que arrecadou, economizando uma parcela de 4,5% do orçamento para pagar dívidas, independência do Banco Central ( que não é intituicional é bom que se diga, que se o governo quisesse mudar numa canetada ele podia), respeito aos contratos e acumulo de reservas. E nada disso foi criado no governo passado, tudo isso se aprende numa escola de economia, são boas práticas de governança,  são universais, mérito daquele governo e muito mais desse que aplicou essas medidas de forma ainda mais eficiente.

E claro, em toda a questão discutida, esqueci de dizer o componente mais importante do sucesso estrondoso desse governo em relação ao passado que não foi ruim, o acordo político em torno presidente, em que o próprio foi o maior responsável. Coisa que FHC também conseguiu fazer, mas numa escala menor.


Offline Adriano

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Re: Eleições 2010
« Resposta #388 Online: 18 de Abril de 2010, 02:17:19 »
Uma reportagem embasando o meu post anterior:
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Caminho para aperfeiçoamento do Banco Central exigirá mais esforços

Há uma avaliação geral entre os analistas que apesar de a independência formal do Banco Central ser absolutamente recomendável para o aperfeiçoamento do regime de metas de inflação no Brasil, ela não é tida como prioridade absoluta. A ideia é que, uma vez que o Banco Central goza de autonomia de facto e há, efetivamente, desafios mais importantes a serem enfrentados para melhorar a qualidade e eficácia da política fiscal, a promoção da autonomia formal da autoridade monetária ficaria em posição secundária no rol de prioridades da agenda de reformas do País.

Seguindo esta linha, há também uma percepção de que o aperfeiçoamento institucional e operacional do BC seria um desdobramento natural do atual quadro, não havendo desafios profundos a serem vencidos e, portanto, grandes intervenções a serem feitas. Em outras palavras, já estaríamos trilhando o caminho do fortalecimento do BC e, consequentemente, do amadurecimento do regime de metas de inflação.
Ainda que essas percepções continuem válidas, entendo que estas têm sido enfraquecidas, havendo razões para acreditar que o caminho pode ser mais espinhoso do que parecia, sendo necessário vencer alguns desafios para que o BC tenha seu amadurecimento institucional garantido.

O primeiro ponto a ser levantado é que o atual contexto internacional tornou-se mais hostil aos bancos centrais. A crise mundial trouxe questionamentos sobre a autonomia dos bancos centrais e sobre seu papel regulador. Corre-se o risco de se limitar a capacidade de regulação das autoridades monetárias, com enfraquecimento e descentralização de suas funções.

No caso brasileiro, esse risco parece ser mínimo à luz do sucesso do BC no campo regulatório, o que colocou a instituição em posição privilegiada em fóruns mundiais. Reflexo disso é a nomeação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para membro do conselho do BIS. Mas há que se ressaltar que o papel regulatório do BC exige esforços crescentes, principalmente diante dos desafios explicitados pela crise mundial e também pela fase benigna do ciclo econômico brasileiro, em que novos instrumentos financeiros devem ser criados para alavancar o crescimento econômico, sendo crucial um monitoramento contínuo desse processo, tanto pelos potenciais impactos inflacionários quanto pelos riscos prudenciais.

Outro risco são propostas para abrandar metas de inflação como instrumento anti-cíclico. Recentemente, o FMI através de seu diretor do departamento econômico, o respeitado Olivier Blanchard, afirmou que países com metas mais elevadas tiveram maior condição de reagir à crise. Certamente esta colocação não é recomendação para aumentar a meta de inflação no Brasil, mas sim para evitar maior sacrifício em países desenvolvidos. De qualquer forma, ela pode vir a servir de argumento para aqueles que acreditam que não é necessário o esforço de redução da meta de inflação, na velha linha de que inflação um pouco mais alta ajudaria a reduzir os juros no Brasil.

Nossa visão é justamente oposta a esta. A meta de inflação mais baixa, sendo crível (ou vista como factível pelos agentes econômicos), contribui para reduzir a taxa de juros ao longo do tempo, tanto nominalmente, quanto em termos reais. No primeiro caso, a relação é óbvia. Com inflação mais baixa, a taxa nominal de juros também cai, via Regra de Fisher, onde a taxa de juros nominal é composta pela soma da taxa real de juros e da expectativa inflacionária ou da taxa de inflação. No segundo caso, o canal é indireto: a inflação mais baixa significa menor risco na economia e menor volatilidade de preços, ou seja, menor prêmio inflacionário, o que contribui para reduzir também a taxa real de juros ao longo do tempo.

Assim, entendemos que a busca por metas de inflação mais baixas, ainda que de forma bastante gradativa, é saudável e teria papel relevante para reduzir a taxa de juros. Seria um passo importante na consolidação da política macroeconômica, podendo ainda servir de estímulo para o governo avançar na agenda de desindexação de preços remanescente na economia, que não condizem com o conceito de estabilidade de preços. Vale lembrar que a meta de inflação está estável em 4,5% desde 2005, enquanto que a meta de inflação média em países que também adotam regime de metas está em 3%.
Enfim, ainda que as discussões no âmbito internacional sejam muito distantes das recomendações para o caso brasileiro, deve-se estar atento a possíveis contaminações no debates internos acerca de discussões do papel do banco central, bem como do regime de metas de inflação.

No âmbito doméstico, os ruídos presentes no mercado desde a filiação de Henrique Meirelles a um partido político e amplificados com a última decisão do Copom reforçaram a importância da autonomia formal ou de direito da autoridade monetária. As falhas na comunicação do Copom com o mercado em contexto de eleição presidencial foram prejudiciais à credibilidade do BC. Entretanto, uma vez que a autonomia do BC não parece estar na agenda política do País dos próximos anos, é importante aumentar a blindagem do BC. Um caminho para isso seria reforçar os quadros do BC para que a instituição possa ter avanços na sua conquista de credibilidade.

O Banco Central do Brasil é, reconhecidamente, dos mais transparentes do mundo, principalmente pelos seus canais formais de comunicação com os mercados e a sociedade, notadamente via Ata do Copom e Relatório de Inflação. Certamente esse fator é essencial na coordenação de expectativas e na construção da reputação da política monetária. Ainda assim, vemos a necessidade de se aprimorar o atual formato do Comitê de Política Monetária, a despeito de o mesmo ter funcionado bem até então.
Seria importante aumentar a massa crítica nas tomadas de decisão do Copom, inclusive por conta do movimento de substituição de membros participantes do mercado financeiro por funcionários de carreira da instituição. Membros do mercado trazem consigo sua reputação, o que contribui para aumentar credibilidade da política monetária. Isso foi particularmente importante na implantação do regime de metas, quando a reputação do Banco Central ainda estava sendo construída. Entretanto, a substituição de participantes do mercado por funcionários de carreira - o que de certa forma reflete o próprio amadurecimento institucional do BC - recomendaria uma diretoria mais numerosa e familiarizada com os assuntos de teoria monetária.

No Copom, apenas 1 dos 8 membros (já foram 9 membros no passado) tem perfil técnico (expertise) aliado à responsabilidade (job description) de diagnosticar e analisar profundamente o quadro econômico com o intuito de fazer recomendações de política monetária, que é o diretor de política econômica. Além disso, aparentemente, alguns diretores tendem a seguir o voto do presidente da instituição nas reuniões do Copom, o que não parece desejável. Assim, uma diretoria mais numerosa e com perfil técnico também contribuiria para diluir o poder e a responsabilidade nas mãos do presidente da instituição na condução da política monetária. Como consequência, a possível pressão política sobre o presidente do BC seria em última instância atenuada. E o caminho para a necessária conquista de autonomia seria encurtado, em função da possibilidade de se romper a resistência de certos segmentos da sociedade que veem (injustamente) o BC como ente desconectado da realidade brasileira.

Vale citar que o comitê de política monetária do Fed, o FOMC, é composto por 12 membros votantes, sendo 7 oriundos do Board of Governors (provenientes dos Fed's regionais); o presidente to Fed de Nova Iorque; e outros 4 membros rotativos dos Fed's regionais com mandato de 1 ano. Esse desenho aumenta a massa crítica nas decisões e, ao diluir o poder do presidente, reduz o risco de pressão política ou mesmo de interpretações de que eventuais decisões inesperadas do Fed possam ter sido fruto de pressão política. Já o Banco da Inglaterra tem nove membros, mas assim como no Fed, cada um deles tem expertise no campo da economia e política monetária.

Finalizando, entendemos que avanços institucionais no BC e no regime de metas de inflação dependerão de esforços adicionais para blindar o Copom e aprimorar processo de tomada de decisões de política monetária, em um contexto global de questionamentos à atuação dos bancos centrais. E passos adicionais nesse sentido contribuiriam para a conquista da desejada e necessária autonomia formal do BC.

* Zeina Latif é economista-chefe do ING Bank. O conteúdo deste artigo é de responsabilidade do autor. Esta seção não se responsabiliza por operações decididas a partir das informações e opiniões divulgadas neste artigo.

Assim a continuidade da política econômica e o consequente desenvolvimento econônomico do país é cada vez mais independente e democrático já que é baseada na ciência econômica.
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Re: Eleições 2010
« Resposta #389 Online: 18 de Abril de 2010, 02:23:16 »
Uma reportagem embasando o meu post anterior:
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Caminho para aperfeiçoamento do Banco Central exigirá mais esforços

Há uma avaliação geral entre os analistas que apesar de a independência formal do Banco Central ser absolutamente recomendável para o aperfeiçoamento do regime de metas de inflação no Brasil, ela não é tida como prioridade absoluta. A ideia é que, uma vez que o Banco Central goza de autonomia de facto e há, efetivamente, desafios mais importantes a serem enfrentados para melhorar a qualidade e eficácia da política fiscal, a promoção da autonomia formal da autoridade monetária ficaria em posição secundária no rol de prioridades da agenda de reformas do País.

Seguindo esta linha, há também uma percepção de que o aperfeiçoamento institucional e operacional do BC seria um desdobramento natural do atual quadro, não havendo desafios profundos a serem vencidos e, portanto, grandes intervenções a serem feitas. Em outras palavras, já estaríamos trilhando o caminho do fortalecimento do BC e, consequentemente, do amadurecimento do regime de metas de inflação.
Ainda que essas percepções continuem válidas, entendo que estas têm sido enfraquecidas, havendo razões para acreditar que o caminho pode ser mais espinhoso do que parecia, sendo necessário vencer alguns desafios para que o BC tenha seu amadurecimento institucional garantido.

O primeiro ponto a ser levantado é que o atual contexto internacional tornou-se mais hostil aos bancos centrais. A crise mundial trouxe questionamentos sobre a autonomia dos bancos centrais e sobre seu papel regulador. Corre-se o risco de se limitar a capacidade de regulação das autoridades monetárias, com enfraquecimento e descentralização de suas funções.

No caso brasileiro, esse risco parece ser mínimo à luz do sucesso do BC no campo regulatório, o que colocou a instituição em posição privilegiada em fóruns mundiais. Reflexo disso é a nomeação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para membro do conselho do BIS. Mas há que se ressaltar que o papel regulatório do BC exige esforços crescentes, principalmente diante dos desafios explicitados pela crise mundial e também pela fase benigna do ciclo econômico brasileiro, em que novos instrumentos financeiros devem ser criados para alavancar o crescimento econômico, sendo crucial um monitoramento contínuo desse processo, tanto pelos potenciais impactos inflacionários quanto pelos riscos prudenciais.

Outro risco são propostas para abrandar metas de inflação como instrumento anti-cíclico. Recentemente, o FMI através de seu diretor do departamento econômico, o respeitado Olivier Blanchard, afirmou que países com metas mais elevadas tiveram maior condição de reagir à crise. Certamente esta colocação não é recomendação para aumentar a meta de inflação no Brasil, mas sim para evitar maior sacrifício em países desenvolvidos. De qualquer forma, ela pode vir a servir de argumento para aqueles que acreditam que não é necessário o esforço de redução da meta de inflação, na velha linha de que inflação um pouco mais alta ajudaria a reduzir os juros no Brasil.

Nossa visão é justamente oposta a esta. A meta de inflação mais baixa, sendo crível (ou vista como factível pelos agentes econômicos), contribui para reduzir a taxa de juros ao longo do tempo, tanto nominalmente, quanto em termos reais. No primeiro caso, a relação é óbvia. Com inflação mais baixa, a taxa nominal de juros também cai, via Regra de Fisher, onde a taxa de juros nominal é composta pela soma da taxa real de juros e da expectativa inflacionária ou da taxa de inflação. No segundo caso, o canal é indireto: a inflação mais baixa significa menor risco na economia e menor volatilidade de preços, ou seja, menor prêmio inflacionário, o que contribui para reduzir também a taxa real de juros ao longo do tempo.

Assim, entendemos que a busca por metas de inflação mais baixas, ainda que de forma bastante gradativa, é saudável e teria papel relevante para reduzir a taxa de juros. Seria um passo importante na consolidação da política macroeconômica, podendo ainda servir de estímulo para o governo avançar na agenda de desindexação de preços remanescente na economia, que não condizem com o conceito de estabilidade de preços. Vale lembrar que a meta de inflação está estável em 4,5% desde 2005, enquanto que a meta de inflação média em países que também adotam regime de metas está em 3%.
Enfim, ainda que as discussões no âmbito internacional sejam muito distantes das recomendações para o caso brasileiro, deve-se estar atento a possíveis contaminações no debates internos acerca de discussões do papel do banco central, bem como do regime de metas de inflação.

No âmbito doméstico, os ruídos presentes no mercado desde a filiação de Henrique Meirelles a um partido político e amplificados com a última decisão do Copom reforçaram a importância da autonomia formal ou de direito da autoridade monetária. As falhas na comunicação do Copom com o mercado em contexto de eleição presidencial foram prejudiciais à credibilidade do BC. Entretanto, uma vez que a autonomia do BC não parece estar na agenda política do País dos próximos anos, é importante aumentar a blindagem do BC. Um caminho para isso seria reforçar os quadros do BC para que a instituição possa ter avanços na sua conquista de credibilidade.

O Banco Central do Brasil é, reconhecidamente, dos mais transparentes do mundo, principalmente pelos seus canais formais de comunicação com os mercados e a sociedade, notadamente via Ata do Copom e Relatório de Inflação. Certamente esse fator é essencial na coordenação de expectativas e na construção da reputação da política monetária. Ainda assim, vemos a necessidade de se aprimorar o atual formato do Comitê de Política Monetária, a despeito de o mesmo ter funcionado bem até então.
Seria importante aumentar a massa crítica nas tomadas de decisão do Copom, inclusive por conta do movimento de substituição de membros participantes do mercado financeiro por funcionários de carreira da instituição. Membros do mercado trazem consigo sua reputação, o que contribui para aumentar credibilidade da política monetária. Isso foi particularmente importante na implantação do regime de metas, quando a reputação do Banco Central ainda estava sendo construída. Entretanto, a substituição de participantes do mercado por funcionários de carreira - o que de certa forma reflete o próprio amadurecimento institucional do BC - recomendaria uma diretoria mais numerosa e familiarizada com os assuntos de teoria monetária.

No Copom, apenas 1 dos 8 membros (já foram 9 membros no passado) tem perfil técnico (expertise) aliado à responsabilidade (job description) de diagnosticar e analisar profundamente o quadro econômico com o intuito de fazer recomendações de política monetária, que é o diretor de política econômica. Além disso, aparentemente, alguns diretores tendem a seguir o voto do presidente da instituição nas reuniões do Copom, o que não parece desejável. Assim, uma diretoria mais numerosa e com perfil técnico também contribuiria para diluir o poder e a responsabilidade nas mãos do presidente da instituição na condução da política monetária. Como consequência, a possível pressão política sobre o presidente do BC seria em última instância atenuada. E o caminho para a necessária conquista de autonomia seria encurtado, em função da possibilidade de se romper a resistência de certos segmentos da sociedade que veem (injustamente) o BC como ente desconectado da realidade brasileira.

Vale citar que o comitê de política monetária do Fed, o FOMC, é composto por 12 membros votantes, sendo 7 oriundos do Board of Governors (provenientes dos Fed's regionais); o presidente to Fed de Nova Iorque; e outros 4 membros rotativos dos Fed's regionais com mandato de 1 ano. Esse desenho aumenta a massa crítica nas decisões e, ao diluir o poder do presidente, reduz o risco de pressão política ou mesmo de interpretações de que eventuais decisões inesperadas do Fed possam ter sido fruto de pressão política. Já o Banco da Inglaterra tem nove membros, mas assim como no Fed, cada um deles tem expertise no campo da economia e política monetária.

Finalizando, entendemos que avanços institucionais no BC e no regime de metas de inflação dependerão de esforços adicionais para blindar o Copom e aprimorar processo de tomada de decisões de política monetária, em um contexto global de questionamentos à atuação dos bancos centrais. E passos adicionais nesse sentido contribuiriam para a conquista da desejada e necessária autonomia formal do BC.

* Zeina Latif é economista-chefe do ING Bank. O conteúdo deste artigo é de responsabilidade do autor. Esta seção não se responsabiliza por operações decididas a partir das informações e opiniões divulgadas neste artigo.

Assim a continuidade da política econômica e o consequente desenvolvimento econônomico do país é cada vez mais independente e democrático já que é baseada na ciência econômica.

Mas não se esqueça que para isso é preciso antes governantes responsáveis e liderança política forte.

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Re: Eleições 2010
« Resposta #390 Online: 18 de Abril de 2010, 02:28:54 »
Medidas para controlar a inflação: nunca gastou mais do que arrecadou, economizando uma parcela de 4,5% do orçamento para pagar dívidas, independência do Banco Central ( que não é intituicional é bom que se diga, que se o governo quisesse mudar numa canetada ele podia), respeito aos contratos e acumulo de reservas. E nada disso foi criado no governo passado, tudo isso se aprende numa escola de economia, são boas práticas de governança,  são universais, mérito daquele governo e muito mais desse que aplicou essas medidas de forma ainda mais eficiente.

E claro, em toda a questão discutida, esqueci de dizer o componente mais importante do sucesso estrondoso desse governo em relação ao passado que não foi ruim, o acordo político em torno presidente, em que o próprio foi o maior responsável. Coisa que FHC também conseguiu fazer, mas numa escala menor.


Tudo o que você citou como feito do Lula também foi feito no governo FHC, em maior ou menos escala. Logo o único mérito do Lula é ser hipócrita e seguir  a mesma receita que sempre criticou.Para sorte do país.
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Offline Moro

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Re: Eleições 2010
« Resposta #391 Online: 18 de Abril de 2010, 02:33:24 »
Nossa... "Nada disso foi criado no governo passado" chega a ser bisonho!!!!!!!!!

Quem foi que fez a lei de responsabilidade fiscal Juca? E quem a combateu Juca?

Isso que dá ler notícias do PHA
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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #392 Online: 18 de Abril de 2010, 02:34:36 »
Nossa... "Nada disso foi criado no governo passado" chega a ser bisonho!!!!!!!!!

Quem foi que fez a lei de responsabilidade fiscal Juca? E quem a combateu Juca?

Isso que dá ler notícias do PHA

Leia com mais atenção meus posts...

Offline Moro

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Re: Eleições 2010
« Resposta #393 Online: 18 de Abril de 2010, 02:43:07 »
lí e citei a groselha do "nada disso foi criado no governo passado"... e?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Eleições 2010
« Resposta #394 Online: 18 de Abril de 2010, 03:42:01 »
Citar
Serra abre 9 pontos sobre Dilma e se isola na frente
 


Tucano tem 36% e petista pontua 27%, diz Datafolha feito entre quinta e ontem

Governador de SP recupera 4 dos 5 pontos que perdera entre dezembro e janeiro, e ministra oscila para baixo; Ciro tem 11% e Marina, 8%
 [...]

Diferentemente do que ocorreu na pesquisa em que o eleitor vê seu nome, em que está estabilizada, Dilma continuou sua curva ascendente no levantamento espontâneo. Tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%.

Esse percentual a coloca à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (8%), que, até dezembro, liderava com folga a pesquisa espontânea. Isso mostra que a cada pesquisa o eleitor deixa de citar o nome do atual presidente porque vai percebendo que o petista não será candidato.

Serra pontuou 8%, o mesmo percentual de dezembro. Ciro e Marina marcaram 1% cada. Houve também 3% para "candidato do Lula" e 1% para "no PT/candidato do PT".

Pela primeira vez o Datafolha pesquisou candidatos de partidos pequenos. Por enquanto, só Mario de Oliveira (PT do B) conseguiu menções para pontuar 1%. Todos os demais estão abaixo desse patamar. [...]

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/27/serra-abre-9-pontos-sobre-dilma-se-isola-na-frente-278429.asp


Mário de Oliveira, completo desconhecido, nunca (que eu saiba) tendo aparecido na TV, já pontuando na pesquisa espontânea tanto quanto os relativamente mais famosos Ciro Gomes e  Marina da Silva. Muito bom.

Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #395 Online: 18 de Abril de 2010, 14:43:06 »
lí e citei a groselha do "nada disso foi criado no governo passado"... e?

E nada disso foi criado no governo passado, tudo isso se aprende numa escola de economia, são boas práticas de governança,  são universais, mérito daquele governo e muito mais desse que aplicou essas medidas de forma ainda mais eficiente.

Offline Hold the Door

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Re: Eleições 2010
« Resposta #396 Online: 18 de Abril de 2010, 15:26:43 »
Interessante. As pessoas acham mesmo que podem convencer qualquer um com um número
(não me refiro ao Juca, mas aos que coletaram os dados que ele citou).
Exato. Só um monte de números dados de forma isolada não permitem concluir nada. Eu poderia, por exemplo, usar o ítem abaixo para criticar o governo Lula dizendo que no seu mandato o número de pacientes com HIV positivo aumentou em relação ao governo FHC e portanto isso reflete o seu descaso com a saúde, concluindo exatamente o oposto do que deseja o autor do site em questão.
Citar
25 – Pacientes com HIV positivo atendidos pela rede pública de saúde:
Lula: 151 mil
FHC: 119 mil
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Offline _Juca_

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Re: Eleições 2010
« Resposta #397 Online: 18 de Abril de 2010, 15:31:55 »
Interessante. As pessoas acham mesmo que podem convencer qualquer um com um número
(não me refiro ao Juca, mas aos que coletaram os dados que ele citou).
Exato. Só um monte de números dados de forma isolada não permitem concluir nada. Eu poderia, por exemplo, usar o ítem abaixo para criticar o governo Lula dizendo que no seu mandato o número de pacientes com HIV positivo aumentou em relação ao governo FHC e portanto isso reflete o seu descaso com a saúde, concluindo exatamente o oposto do que deseja o autor do site em questão.
Citar
25 – Pacientes com HIV positivo atendidos pela rede pública de saúde:
Lula: 151 mil
FHC: 119 mil


Nesse caso tem razão, mas não em em relação aos números absolutos como o índice Gini, por exemplo, ou dados inflacionários, ou da redução da pobreza, transações correntes, aumento da renda entre a maiorias citada na primeira parte, são números que se dizem por si só.

Offline Barata Tenno

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Re: Eleições 2010
« Resposta #398 Online: 18 de Abril de 2010, 18:55:55 »
Os numeros indicam continuidade do trabalho comecado pelo FHC.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Eleições 2010
« Resposta #399 Online: 18 de Abril de 2010, 19:13:48 »
As comparações dos lulistas seguem sempre um padrão: parecem assumir que existem dois "Brasis", o do FHC, e o do Lula, que saíram do mesmo ponto de partida e tendo Lula saindo como vitorioso incontestável, e ao mesmo tempo tentam desdenhar comparações com outros países, no mesmo período, argumentando que as diferenças diversas entre os países tornam a comparação impossível, ou muito inadequada. Mas é justamente isso que fazem, e de maneira muito pior, nessa comparação simplista do Brasil de Lula versus Brasil do FHC. A menos que, como disse, imaginem mesmo serem dois países separados, saindo de um mesmo ponto de partida.

 

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