Tópico: Problemas do SUS

[Moro]

Sabe.. eu estou lendo o relatório do BM pela terceira vez.. o Pasteur sabemos que nunca lê mas diz que rebateu com dados.. desafio alguém achar alguma coisa que ele rebateu.

Comecei a ler porque quero encontrar um trecho onde o próprio BM diz que no caso do Brasil, mais investimentos não significará melhoria no programa.

Vou achar.. e vou recolocar alguns trechos interessantes (sem falar da redução de leitos, mortes, filas de anos... alias isso todos já sabem e segundo o Pasteur é bom assim mesmo)

Almost 15 years later, in their review of the hospital sector, La Forgia and Couttolenc (2008) found that progress had been slow and limited, in spite of the multiplication of quality assurance initiatives.12 The study found several frequent quality issues that can be grouped into the following: errors or delays in diagnosis; failure to follow recommended procedures; failure to carry out operations and examinations using appropriate procedures; failure to select and administer treatments properly; mistakes in dosage or method of using or administering drugs; unnecessary delays in providing treatment or sharing test results; use of incorrect or inappropriate treatment; failure to use recommended prophylactic treatments; lack of a monitoring, revision, and control system; problems with availability and use of equipment; and lack of a staff training system (La Forgia and Couttolenc 2008)

.


Juro que só bati o olho. O documento, que me pediram para ler, é um show de horror.

[Moro]

Jack, aceita a minha premissa inicial ou tem alguma dúvida nela?

[Jack Carver]

Deixa pra lá Jack, ele até entende isso, mas tem vergonha de admitir.

Mano, essas discussões de fórum a gente só aprende. O pessoal costuma colocar muita emoção nisso, não é bem o meu caso.
Saio de um ou outro debate concordando ou não sem necessariamente precisar demostrar isso. Abs.

Não tenho nada a acrescentar ao post do Geo, exceto esses 2 pontos:

Não, não é inviável de nenhum ponto de vista. Ele só o é porque se fosse feito, desagradaria a caterva dos políticos e do funcionalismo corrupto, incluindo a parte do judiciário.

Pelo mesmo mecanismo que regula os planos com o SUS: Contratos. As operadoras de saúde somente deveriam cumprir o que estabelecem os contratos. Mas estes são sistematicamente ignorados e quebrados por um Judiciário 'com visão social'.

-Político: isso não dá voto e desagrada com razão uma grande parcela da população. E Jurídico, não?

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde

http://conselho.saude.gov.br/14cns/docs/constituicaofederal.pdf

-SERÁ? Está dizendo que as Operadoras são injustiçadas?

Jack, aceita a minha premissa inicial ou tem alguma dúvida nela?

Qual, aquela do 1 e 2, ou, da ineficiência? Se for esta última, eu digo que não é completamente, estou convicto disso.

Nada sobre problemas de gestão no gráfico supra, nem na parte do pq a saúde vai mal. A relação + dinheiro = saúde também não explica que o resultado de saúde seja por isso, na verdade tem vários pontos indicando o contrário no mesmo chart...

Tocar no problema de ingerência seria redundância. Deve fazer parte de uma matéria completa que não li. Ela deve ser levada em consideração pelo que resumidamente fala dos aposentados e o futuro. Não sou contrário a ideia de haver mais opções fora SUS(planos).




PS: Quando temos uma gama de irresponsáveis ou corruptos na Administração Pública em multi-esferas, mudam-se as pessoas ou sacrifica todo um plano teórico?

[Moro]

The Ministry of Health’s Program for Evaluation of Health Services (Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde), in its 2005 report, found that, of the 6,030 SUS-funded hospitals surveyed, 40 percent did not respond and 37 percent were not compliant; among those that were rated, only 16 percent were deemed as providing good or superior quality of care, while 37 percent were seen as providing unacceptable or very unacceptable quality (Ministry of Health 2006).

[Moro]

...

Jack, aceita a minha premissa inicial ou tem alguma dúvida nela?

Qual, aquela do 1 e 2, ou, da ineficiência? Se for esta última, eu digo que não é completamente, estou convicto disso.
...

essa aqui...

Jack, vamos tentar ir por partes

Sempre existem questões quando falamos em gestão do estado, mas especificamente contra a gestão do estado brasileiro, existe provas empíricas, factuais, históricas e que são absurdamente visíveis. A ineficiência é arrasadora, assim como o desprezo ao dinheiro público, a quantidade de roubos etc..

O SUS é apenas um caso, talvez o mais explícito, por que sua incompetência o faz ser uma instituição assassina. Os incompetentes que o "gerem" e o depenam, ou os absenteístas, ou simplesmente aqueles teóricos que ficam vomitando dados irreais e políticas que não são cumpridas nunca, são apenas a parte visível de um sistema podre.

Até aqui é a parte óbvia. Creio que sua questão é: O que colocar no lugar do SUS, é isso?

Não entendi seu ponto

[Moro]

While there were no explicit goals in relation to efficiency, the SUS reforms were expected to enhance health system efficiency through a range of measures, including increased integration and coordination, enhanced focus on primary care, provider payment reform, and stronger governance and accountability. Many of these specific reforms, particularly in the areas of provider payment and governance, were implemented only partially; although gains in efficiency can be expected due to the strengthening of primary care, these gains are likely to be relatively small.
Few indicators of efficiency are available for an extended period of time in Brazil’s health care system. The few studies on the issue are cross-sectional and focus on particular aspects of efficiency. However, some available indicators and a review of the literature can provide direct and indirect evidence that the SUS and the Brazilian health sector in general operate at low levels of efficiency. It is difficult, however, to make conclusions about trends over time.

Lembro que logo de cara o BM diz que o sistema não tem sequer informação.. e que os poucos benefícios trazidos pelo SUS possuem intersecção com políticas de saneamento básico por exemplo.

Um sistema que sequer tem informações.. não pode ser gerido. É ridículo.

[Jack Carver]

Releia meu último post em relação ao Johnny, tem tmb a ver com esse quote. O que colocar no lugar do SUS(e como) foi a minha indagação a você mais atrás. Abs.

[Moro]

Brazil is an avid adopter of medical technologies. However, a substantial proportion of high-complexity equipment is adopted without considering its implications for the cost, quality, and effectiveness of care.
...
 In addition, the allocation of high-cost medical equipment in Brazil is largely irrational and inefficient: an analysis of density by municipality in 2002 revealed that, of the 100 municipalities with the highest density, 70 percent had fewer than 30,000 inhabitants and had densities more than 10 times higher than among OECD countries (Couttolenc, Dias, and Nicolella 2004). This means that a substantial proportion of high-cost equipment is installed in municipalities that have neither the size nor the role (within the health system) to host them.

Sem contar os que apodrecem.. os que são super faturados...vamos continuar a ver

[Geotecton]

Não tenho nada a acrescentar ao post do Geo, exceto esses 2 pontos:

Não, não é inviável de nenhum ponto de vista. Ele só o é porque se fosse feito, desagradaria a caterva dos políticos e do funcionalismo corrupto, incluindo a parte do judiciário.

Pelo mesmo mecanismo que regula os planos com o SUS: Contratos. As operadoras de saúde somente deveriam cumprir o que estabelecem os contratos. Mas estes são sistematicamente ignorados e quebrados por um Judiciário 'com visão social'.

-Político: isso não dá voto e desagrada com razão uma grande parcela da população.

Não, não dá voto. Mas é a única coisa sensata a ser feita a menos que se queira manter o atual desastre que é o SUS, inclusive a sua total inviabilização econômica com o progressivo envelhecimento da população.

E o desagradar (ou não) a população é irrelevante caso a prioridade seja o de construir um sistema de saúde com grande amplitude de acesso e tratamentos, sustentável financeiramente.

 

E Jurídico, não?

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_%C3%9Anico_de_Sa%C3%BAde

http://conselho.saude.gov.br/14cns/docs/constituicaofederal.pdf

Como já mencionei antes, a resposta é 'não' desde que a CF seja alterada.

-SERÁ? Está dizendo que as Operadoras são injustiçadas?

Sem dúvida, nos casos em que elas são obrigadas (por um Judiciário ideologizado) a realizar serviços que não estavam previstos em contrato.

[Moro]

Releia meu último post em relação ao Johnny, tem tmb a ver com esse quote. O que colocar no lugar do SUS(e como) foi a minha indagação a você mais atrás. Abs.

Sim, eu sei disso. Só que para isso, preciso entender que tipo de argumento você é sensível, se é sensível a algum. Por exemplo, petistas o ELA não são sucetíveis a argumento algum. Se você não concorda que temos um problema e que a gestão é essencial, o que é evidente, não entenderá a solução.

[Moro]

No established system for regulating and organizing the adoption and supply of medical technol- ogy is yet in place, (WTF) although partial initiatives have been undertaken by the Ministry of Health, such as the establishment of a specific department and financing of some studies on the issue.
Another indicator of the supply and use of technical inputs is the mean number of diagnostic tests per medical consultation. This number increased 80 percent between 1995 and 2008, from 0.1 to 0.18 (Ministry of Health, DATASUS data). However, some studies indicate that up to 60 percent of diagnostic tests are unwarranted and useless: they reveal little that could not be revealed by a simple examination of the patient and add little value to diagnosis and treatment (Santos 2006). This also reflects the low use of treatment guidelines in Brazil.

[Johnny Cash]

Nada sobre problemas de gestão no gráfico supra, nem na parte do pq a saúde vai mal. A relação + dinheiro = saúde também não explica que o resultado de saúde seja por isso, na verdade tem vários pontos indicando o contrário no mesmo chart...

Tocar no problema de ingerência seria redundância. Deve fazer parte de uma matéria completa que não li. Ela deve ser levada em consideração pelo que resumidamente fala dos aposentados e o futuro. Não sou contrário a ideia de haver mais opções fora SUS(planos).

PS: Quando temos uma gama de irresponsáveis ou corruptos na Administração Pública em multi-esferas, mudam-se as pessoas ou sacrifica todo um plano teórico?

Não é necessário que seja uma relação de "ou", a depender do que se diagnostica como problema fundamental e o plano traçado para melhorar a performance. No caso do SUS, me parece que ambos os pontos que você mencionou estariam contemplados no plano, entre vários outros possíveis.

A conversa sobre o que colocar para atender as demandas de saúde da população e como garantir o pleno acesso e correta performance não é simples e, até agora por aqui, não sei se pintou a resposta. O grande problema são essas soluções do tipo colocar mais dinheiro (e ponto) quando já foi apontado por aqui, inúmeras vezes, o pq disso não ser nem de longe uma ideia sensata quando se preza pelos recursos que se utiliza e se respeita a população usuária do serviço, não só pela sensbilidade das atividades de saúde mas friamente pelo povo ser quem paga e deve receber algo em troca, sempre, se é esse o contrato.

[Moro]

Efficiency in hospital care can be measured in several ways, such as bed occupancy rate, staff productivity, and use of hospital infrastructure. Most Brazilian hospitals operate at a very low level of efficiency. Using data envelop- ment analysis for a sample of 428 hospitals, La Forgia and Couttolenc (2008) found that the average score for technical efficiency in 2002 was 0.34 on a scale of 0 of 1, which means that the average hospital could produce three times more output if it were as efficient as the most efficient hospital in the sample.

Mais alguns bilhões aqui.. ja havia postado outros bilhões..

[Geotecton]

Releia meu último post em relação ao Johnny, tem tmb a ver com esse quote. O que colocar no lugar do SUS(e como) foi a minha indagação a você mais atrás. Abs.

Seja o que for escolhido para ser feito, não ocorrerá sem transtornos.

Mas isto não pode ser desculpa para continuar na atual situação, que é intolerável e insustentável.

[Moro]

Aos ideológicos de sempre.. eu preciso continuar com esse massacre para provar que o SUS é uma merda, uma bosta assassina?

[Moro]

Public hospitals were less efficient than private ones (mean score of 0.29 and 0.39, respectively), but both were, on average, quite inefficient. The main factors con- tributing to inefficiency were small scale of operations, high use of human resources, and low use of installed capacity and technical resources. The governance model and payment mechanisms also affected efficiency.

Lembrando que nossa honrosa posição de 95 do mundo (isso, nossa saúde é nonagésima quinta do mundo) engloba a iniciativa privada, que é 35% mais eficiente. Isso é, se fosse apenas pelo SUS, estaríamos em uma posição tipo.. 140!!!!!

O Pasteur, juro, tentou argumentar que estávamos em 95 porque o número tinha junto.. a iniciativa privada.. e o SUS seria melhor 

[Moro]

Releia meu último post em relação ao Johnny, tem tmb a ver com esse quote. O que colocar no lugar do SUS(e como) foi a minha indagação a você mais atrás. Abs.

Sim, eu sei disso. Só que para isso, preciso entender que tipo de argumento você é sensível, se é sensível a algum. Por exemplo, petistas o ELA não são sucetíveis a argumento algum. Se você não concorda que temos um problema e que a gestão é essencial, o que é evidente, não entenderá a solução.

[Pasteur]

Esse seu "massacre" não passa de cherry picking, sublinha trechos negativos em detrimento do todo. Pergunta pra um dos três autores do relatório do BM o que ele acha. Você bem sabe, né? 

A sua ideologia de extrema direita está te cegando.

[Moro]

Most Brazilian hospitals are too small to operate efficiently: 65 percent have fewer than 50 beds, and only 13 percent have 100 beds or more, while the inter- national literature and La Forgia and Couttolenc (2008) have found that efficient hospitals tend to be have more than 200 beds. The large number of small hospitals in Brazil is to some extent the result of a deliberate SUS policy to extend access to hospital care in smaller cities by building a large number of small municipal hospitals. Between 1985 and 1999, some 1,200 new public hospitals were built—mostly municipal—and the average size dropped from 94 to 55 beds (IBGE 2002, 2006, 2010).
The mean bed occupancy rate in Brazil is very low and an important source of inefficiency and waste. La Forgia and Couttolenc (2008) found that the bed occupancy rate among SUS hospitals was 37 percent for acute care hospitals and 45 percent for all hospitals (compared with the level recommended by the Ministry of Health of 75–85 percent and international averages of around 70–75 percent). Many hospitals had a bed occupancy rate below 25 percent.

Gênios da administração. Qualquer gestor medíocre não funcionário público poderia dobrar em eficiência o sistema público de saúde brasileiro.

Pasteur?

[Moro]

Esse seu "massacre" não passa de cherry picking, sublinha trechos negativos em detrimento do todo. Pergunta pra um dos três autores do relatório do BM o que ele acha. Você bem sabe, né? 

A sua ideologia de extrema direita está te cegando.

Haja cherry picking.. parece mais banana picking .. pode argumentar e ler o texto também.. se ler.. verá que estou seguindo.. alias o que pode ter de bom depois disso..

Apenas coisas marginais como O PRÓPRIO BM DIZ (LEIA LEIA ALGO EM SUA VIDA)  e que ainda são confundíveis com outras inciativas.. isso quando simplesmente não tem dados


O Pasteur.... larga o osso.. eu não tenho ideologia.. você está todo errado..

[Moro]

Abra o documento... verá que os textos estão seguidos.. você vai achar todos esses parágrafos praticamente seguidos 

[Jack Carver]

Sem dúvida, nos casos em que elas são obrigadas (por um Judiciário ideologizado) a realizar serviços que não estavam previstos em contrato.

Isso é minoria ou maioria dos casos julgados? Tenho ouvido bastante o contrário. A saber.

Sim, eu sei disso. Só que para isso, preciso entender que tipo de argumento você é sensível, se é sensível a algum. Por exemplo, petistas o ELA não são sucetíveis a argumento algum. Se você não concorda que temos um problema e que a gestão é essencial, o que é evidente, não entenderá a solução.

Basta que você explique como, de preferência não ignorando os gráficos. Esqueça os petistas, o petista é aquele que vota, luta pelo partido e não reconhece a merda que é o seu Governo no país.

Não é necessário que seja uma relação de "ou", a depender do que se diagnostica como problema fundamental e o plano traçado para melhorar a performance. No caso do SUS, me parece que ambos os pontos que você mencionou estariam contemplados no plano, entre vários outros possíveis.

A conversa sobre o que colocar para atender as demandas de saúde da população e como garantir o pleno acesso e correta performance não é simples e, até agora por aqui, não sei se pintou a resposta. O grande problema são essas soluções do tipo colocar mais dinheiro (e ponto) quando já foi apontado por aqui, inúmeras vezes, o pq disso não ser nem de longe uma ideia sensata quando se preza pelos recursos que se utiliza e se respeita a população usuária do serviço, não só pela sensbilidade das atividades de saúde mas friamente pelo povo ser quem paga e deve receber algo em troca, sempre, se é esse o contrato.

Apenas para reforçar, não defendi exclusivamente apenas aumentar as verbas para a Saúde e ponto. Uma Reforma é necessária, indispensável. Para o bem ou para o mal creio que os gastos(públicos + privados) só irão aumentar!

[Pasteur]

Uma prova da sua ideologia é achar que seriamos melhores só com o privado. Compare com os outros paises o quanto é público e o quanto é privado.  Dê uma olhada nos gráficos do Jack e admita que você está tomado pela religião. E se liberte!!!

[Moro]

Hospital technical resources are also underutilized. For instance, the mean number of surgeries performed per operating theater in Brazil was 0.66 per working day (La Forgia and Couttolenc 2008); this means that operating rooms in the typical Brazilian hospital are not used 85 percent of the time. In fact, such low use of available infrastructure and resources hides two quite different reali- ties: a small number of large referral hospitals are heavily used, as reflected in long lines and crowded rooms and corridors, while most small hospitals are hardly used at all. Since most Brazilians tend to bypass small local hospitals and seek care at large regional facilities, the policy to extend access through a large network of small hospitals has proved ineffective and costly.

O próprio Derfel admite isso... Banana Picking.. mato picking    Pasteuuuurrrrr

[Moro]

Uma prova da sua ideologia é achar que seriamos melhores só com o privado. Compare com os outros paises o quanto é público e o quanto é privado.  Dê uma olhada nos gráficos do Jack e admita que você está tomado pela religião. E se liberte!!!

Que bom argumento Pasteuuurrrrr