O problema, lusitano, é que essa análise sobre o "racismo espírita" é parcial. Se me dissessem apenas que as citações parecem racistas, eu concordaria, porque parecem mesmo. Mas numa análise mais aprofundada e menos superficial, as citações nem de longe podem ser consideradas racistas, e Kardec tem sido condenado apenas por não ser cego.
Eu fiz uma análise sobre esse assunto, e está publicada no meu site, que você pode acessar pela minha assinatura. Entrando lá você procura o artigo, cujo título é óbvio. Eu não vou citar direto o link para não dar pretexto a alguns de me acusarem novamente de "apologia ao racismo", como já o fizeram.
Mas é como você mesmo disse: um mal-entendido literário. E a crítica parcial, zombeteira e desonesta tem explorado isso como se fosse uma brecha moral que invalidasse o Espiritismo. Só esquecem que, mesmo que a crítica fosse consistente e pertinente, poderiam até invalidar o Espiritismo, mas não invalidariam o Espiritualismo. Esse argumento do racismo é, portanto, uma canoa furada de uma forma ou de outra, seja porque o Espiritismo sobreviverá a ela ou, mesmo que não sobrevivesse, o Espiritualismo sobreviveria.
Um abraço.