Frase de uma amiga minha, sem nenhum tom agressivo como possa parecer escrito: "É mais difícil para um ateu quando um pai, uma mãe, alguém muito querido, morre?".
Fiquei sem saber como responder.
Bom, nunca perdi alguém realmente próximo. Quem já perdeu, como se sentiu?
Li todas as respostas antes de expor minha opinião.
A verdade dos fatos é que a a "dor" da morte de um ente querido varia de personalidade para personalidade, e não de crença para crença.
Voce vai encontrar religiosos e ateus desesperados ou conformados com a morte de um ente querido.
Agora, quanto ao "conforto"; ao conformismo, cada um tem a sua maneira de pensar.
Enquanto que o teísta pensa que algum dia irá encontrar todos novamente, um ateu/agnóstico pode se confortar com vários pensamentos ao estilo:
- Se estivemos mortos no infinito passado, porque igualmente não podemos continuar mortos no infinito futuro?
- Morrer é tão natural quanto nascer.
- Somente o fato de eu , em algum momento de existencia no universo, ter existido e ter consciencia de quem sou, por si já é confortante.
- Não sou diferente das pessoas que já morreram e nem das que ainda irão nascer.
E por ai vai.
Ainda não perdi nenhum ente querido próximo, mas sei que , no meu caso, não irá demorar (Meu pai tem mais de 90 anos e minha mãe problemas graves de saúde). Todavia, somente o fato de saber que me livrei de fantasias, sobrando a pura consciencia para que não me ofusque em meu pensar ["dogmamente" falando], creio que me sentirei bem melhor (ou meno mal) , caso eu fosse teísta, com a morte dos meus pais.
Digo isso porque não terei nenhum Deus para culpar ou para me fazer sentir revoltado mediante os problemas da vida. Somente por ter esse sentimento ruim a menos, creio que me sentirei menos mal.