Isso é o que eu quero acreditar. Mas também quero acreditar em discos voadores: juro que tento, e por isso frequentemente sou tomado por sentimentos de decepção comigo mesmo, a cada "mistério" ufológico devidamente explicado. O mesmo com a idéia dos cientistas crentes.
Eu nutrindo tanta expectativa em você, Feynman e ouço (leio) isso! Que decepção! Só para ter certeza, você "quer (*mesmo*) acreditar" nisso ou, na verdade, *acredita* (*mesmo*) é no contrário? Você já acreditou em algo sobrenatural, ainda acredita ou, se diz que não, tem mesmo certeza de que não acredita (ou de que não acredita *mais*)?
Em resumo, você não é livre *do* acreditar?
Exemplificando: embora não muito influente dentro da ciência, Stephen Hawking tem importantes contribuições para o entendimento dos buracos negros.
Alguém que oferece *importantes contribuições* para o entendimento de *buracos negros* e não é *muito influente* dentro da ciência? O que há de errado aqui? Estarão os entes da "comunidade" sendo preconceituosos em relação à "crença de dar dó" (que você menciona logo abaixo) do pobre coitado?
Por favor, me diga que "importantes contribuições" são essas. Já foram comprovadas?
E, vejam só, ele é crente de dar dó. E, *salvo novas exegeses deste autor*, não parece ser o mesmo tipo de crença que Einstein, com aquela sua confusão deísta-cósmico-religiosa.
Ele é crente de dar dó ou, com as "novas exegeses", fica mais parecido com Einstein em sua "confusão deísta-cósmico-religiosa" (é você quem está dizendo). Isto não está parecendo muito claro e, sobre Einstein, pare de falar nesta "confusão". Pelo menos, no caso dele, já há uma definição provada.
Convenhamos, contribuições em astrofísica de estrelas massivas não são propriamente "desenvolvimento de tecnologia".
Com certeza, mas primeiro é preciso saber se a coisa é mesmo uma *contribuição* ou se é puro achismo-utópico-matemático.
Se concordares que uma exceção apenas confirma a regra, ainda assim haveria o problema da exceção.
Ainda que eu concordasse com isso, não vi nenhuma exceção. Ainda não vi uma água que não fosse água.
Então: Hawking (e Cia. crente) é apenas esquizofrênico e não sabe que não é crente, é isso, Cientista?
Não sei. Não sei muito sobre Hawking. Do pouco que já ouvi sobre ele não dá para concluir que seja crente. Você é o primeiro a me dizer isso (embora tenha, praticamente, contradito logo em seguida). Se ele é crente ou cientista ou esquizofrênico, não sei. Tudo o que sei é que água é água, homem é homem, menino é menino, político é político, crente é crente, cientista é cientista e baitôla é baitôla, como diz o "sábio" Falcão. Eu sei bem o que é um cientista e sei bem o que é um crente. E você?
Em relação ao tópico propriamente, estou satisfeito com a idéia de que dois objetos iguais caem juntos e, logo, dois destes objetos juntos caem tão juntos quanto os separados que caem juntos. Aguardo, pois, o fechamento da idéia do menino.
Não "acredito" que você tenha realmente escrito este embaralhamento! Foi proposital?
Por que só aguardar? Ainda dá tempo (nestes últimos instantes, se você estiver aí). Já há elementos em demasia para qualquer um concluir.
Mas já posso abrir uma ressalva, que é o fato de que, construtivamente (de forma piagetiana, mesmo), tendemos a esperar que um corpo mais pesado caia primeiro em função das várias observações mundanas (pedras e folhas).
Pense por si mesmo, deixe Piaget de lado e pare de usar a milenar desculpa esfarrapada das folhas e plumas.
E não me parece que isso possa ser classificado como pensamento mágico.
Já falei exaustivamente sobre isso. Chega!
Pensamento útil, talvez.
Um pensamento *útil* que conduz a conclusões irreais? Ainda bem que você colocou o advérbio de dúvida para minorar a coisa. Mas já deixei bem claro que a desculpa da pena e das folhas não redime ninguém desse pecado.
Do que já espero seu contraponto, de que o conhecimento indutivo não é conhecimento de verdade.
O único conhecimento de verdade é o que se obtém e se mantém pela perspectiva do pensamento científico. Não existe "conhecimento" indutivo. Existe *método* indutivo para obter conhecimento e é o *único* que há, embora sua utilidade, sem o pensamento científico, reduza-se a quase nada.