Autor Tópico: Avaliando a habilidade científica de pensar  (Lida 96323 vezes)

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Offline Mr. Mustard

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #125 Online: 17 de Maio de 2010, 12:18:40 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.


O Cientista é um extraterrestre que possui tecnologia muito superiora da humana e que inacreditavelmente, debate num fórum de Internet.

OU

Está curtindo com a cara de todo mundo. Mais um que não vai durar muito tempo por aqui.

Offline Feynman

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #126 Online: 17 de Maio de 2010, 13:01:40 »
Pois é... até mesmo porque qualquer fase de evolução do conhecimeto será "pré-história" para um outro, muito mais avançado. Isso não diz nada. O que concordo é que estamos em uma fase menos racional do que se propala normalmente. Qualquer um que já tenha trazido o tema à tona em escolas, por exemplo (o que não aconselho, por dores próprias, principalmente em uma escola particular), verá que se pensa muito mais esotericamente do que racionalmente, mesmo nos moldes mais vilipendiados de "racionalidade". Religião, espiritismo e crendices familiares diversas estão em uma posição (em geral) à frente da perscrutação cética. E, apenas neste sentido, concordo com o Cientista.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Adriano

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #127 Online: 17 de Maio de 2010, 13:14:04 »
Seria pré-histórico se ele abordasse a engenharia do conhecimento de Pierre Levy. Mas não chegou nem perto da biologia do conhecer de Maturana.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline HeadLikeAHole

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #128 Online: 17 de Maio de 2010, 17:59:19 »
O menino sabia que os dois objetos de massas diferentes cairiam juntos sendo que:
- Ele nunca havia efetuado a experiência antes;
- Ninguém ensinou ele a respeito da queda dos corpos.

Como a ciência é baseada em experimento e observação, não haveria como ele confirmar a hipótese diretamente.

Mas eu acho que sei como ele deduziu isso:

Por volta da oitava série, quando comecei a aprender física, eu imaginei que, como os objetos são feitos de átomos que tem o mesma massa(átomos do mesmo elemento), cada átomo cairia de forma independente dos outros, ou seja, na mesma velocidade. Um agrupamento de cem átomos não cairia mais devagar que 1.000.000 da mesma forma que 100 bolas de pingue-pongue reunidas não caem mair rápido que uma bola só.
Na época eu não pensei sobre átomos de diferentes elementos e isótopos, mas isso pode ser contornado verificando-se que um átomo de oxigênio, por exemplo, tem aproximadamente a mesma massa que quatro átomos de hélio.
Eu só desenvolvi este raciocínio após já saber que dois objetos de massas diferentes caem na mesma velocidade.

Há uma outra forma de teorizar isto sem a necessidade do conhecimento da existência de átomos e eu acho que foi assim que o menino deduziu: um objeto de 2 kg pode ser considerado como dois objetos de 1 kg, como dois objetos de 1 kg caem na mesma velocidade, então seria de se esperar que não cairiam mais rápido só por estarem grudados, mas ainda não poderia-se dizer com certeza sem testar a hipótese.

Eu poderia aumentar a validade verificando suas consequências sobre outras teorias conhecidas e comprovadas: se houvesse diferença na queda, seria possível violar a primeira lei da termodinâmica: levanto dois objetos separados, junto-os no ar e solto eles, que cairão mais rápido ou com mais energia cinética. Não há esta violação com os objetos caindo em velocidades iguais. Entre uma hipótese que viola uma teoria comprovada e outra que não, eu ficaria com a segunda.

Ainda assim não haveria como ter certeza sem realizar o experimento.


Offline Fabi

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #129 Online: 17 de Maio de 2010, 18:13:24 »
Impressionantes os cérebros humanos, não? Alguns mais impressionantes que outros.
Sim, e?
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Tex Willer

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #130 Online: 18 de Maio de 2010, 19:34:13 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.


O Cientista é um extraterrestre que possui tecnologia muito superiora da humana e que inacreditavelmente, debate num fórum de Internet.

OU

Está curtindo com a cara de todo mundo. Mais um que não vai durar muito tempo por aqui.

Ele veio do futuro. :)
"A velhacaria e a idiotice humanas são fenômenos tão correntes, que eu antes acreditaria que os acontecimentos mais extraordinários nascem do seu concurso, ao invés de admitir uma inverossímil violação das leis da natureza".  - Hume

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #131 Online: 19 de Maio de 2010, 01:11:13 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa.
Que científica sua frase  ::)

Porém podemos utilizar dos recursos retóricos e utilizar a projeção fisiológica de esmurrar para a competitividade nas discussões sobre a filosofia da ciência que ocorrem e já ocorreram no fórum. Não foram poucas e você realmente nos subestima. Vai apanhar muito assim. Veja as possibilidades linguísticas no campo fisiológico da luta corporal para aprender mais a projetar a "força" da sua resposta. Fedor é o cara  :wink:
Foi só tropologia, Adriano. Eu não o esmurraria fisicamente e, de minha parte, podemos ser amigos mas, se não quiseres, não chorarei.

Filosofia da ciência, Adriano? Consegue imaginar-me debatendo isto com alguém?
Eu sei que é tropologia e assumi esta posição quando do uso do tropo projeção. Fedor é o uso tropológico do que pode acontecer com a sua suposta resposta correta em relação com a minha. E se esta a tropolizar a ciência por meio do pensar, está também no ambito da filosofia da mente. E se está a questionar a própria linguagem utilizada, seja através de um arcaísmo linguístico (tropologia), então está no domínio da filosofia da linguagem. Por isso que eu digo que é você quem me subestima com o pouco que poder ofertar cognitivamente. Mas é claro que posso estar errado e espero que você me surpreenda positivamente, como todos gostariam  :)

Ora, Adriano, francamente. Você acha, realmente, que estou apanhando? Por que preocupam-se tanto em me confrontar quando tudo o que quero é oferecer uma coisa boa a vocês?
Não acho, eu tenho certeza. E o meu confronto é discursivo, já que estamos na arena da confrontação discursiva (tropologia), que é um fórum de discussão. E se está discutindo a ciência já está filosofando sobre a ciência, que tem como tradição na filosofia da ciência a avaliação histórica da ciência. 
Adriano, para deixar bem claro o que penso a respeito de filosofia, de modo amplo, franco e definitivo, aponto comentários que fiz aqui:
http://ateusdobrasil.com.br/1463/comment-page-1/#comments
Sendo você um cultuador da filosofia, peço, encarecidamente, que não se choque.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #132 Online: 19 de Maio de 2010, 01:22:55 »
Claro que desconhecia o fato dos planetas “parecerem” estrelas nas noites límpidas. Também imaginava que haveria vida nestes outros planetas, um claro exemplo de pensamento mágico.
Vistos da Terra, apenas planetas do sistema solar chegam a "parecer" estrelas, o que é um erro observacional que não deve ser estrapolado como gravíssimo já que é corrigível, simplesmente, com melhor observação.

Agora... claro exemplo de pensamento mágico, Correio? Claro que não! O oposto seria. Não há nada de tão especial na vida na Terra que se possa subentendê-la como única.


Aos 9 anos comecei a acreditar que a vida não se formou na terra mas sim havia chegado a bordo dos meteoros,  mostrando aqui mais uma vez apenas ser um pensamento mágico, já que não sabia nada a respeito da teoria da panspermia.
Mais uma vez (com excessão do "acreditar") você está invertendo totalmente o sentido de pensamento mágico. Não há nada de mágico nesses seus pensamentos aos 9 anos. E me parece que há um contra-senso na sua declaração ou não entendi bem o que você quis dizer.



Desculpe-me por esta intromissão em seu tópico, sei que pouco acrescenta mas, gostaria de saber se isto e mais ou menos sua idéia.
Por favor, não é nenhuma intromissão. Lancei a questão para todos os olhos que eu pudesse alcançar e agradeço sua participação e a de qualquer um que a aborde respeitosamente. E, embora toda participação séria acrescente, sempre, algo positivo, sua participação acrescentou, especialmente, bastante. A idéia, cuja exposição iniciei neste tópico, passa, ou até talvez comece, mais ou menos, por aí, mas vai muito mais além.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #133 Online: 19 de Maio de 2010, 02:32:37 »
Peço desculpa aos outros por quebrar minha costumeira sequenciação nas respostas, mas tenho que executar um movimento anacrônico e fazer um pequenino ode a HeadLikeAHole (que evidencia-se um nick inadequado para o usuário) por ter se aproximado mais do remate da solução da questão que nenhum outro antes. Estou mesmo lendo isso? Você escreveu mesmo isso? Que alegria estou tendo! Ainda não é a argumentação do menino, mas você foi bem longe. O que está te bloqueando é, justamente, o pensamento mágico. Antevejo a possibilidade de, antes do que eu imaginava, alcançarmos avanços maiores.

Usarei o seu importante comentário como um trampolim para a elucidação definitiva.


O menino sabia que os dois objetos de massas diferentes cairiam juntos sendo que:
- Ele nunca havia efetuado a experiência antes;
- Ninguém ensinou ele a respeito da queda dos corpos.

Como a ciência é baseada em experimento e observação, não haveria como ele confirmar a hipótese diretamente.
Não esqueça que o menino já dispunha da observação empírica da simples queda de corpos. Ela já sabia que corpos caem. E eu já mencionei que isso é suficiente para a conclusão.


Mas eu acho que sei como ele deduziu isso:

Por volta da oitava série, quando comecei a aprender física, eu imaginei que, como os objetos são feitos de átomos que tem o mesma massa(átomos do mesmo elemento), cada átomo cairia de forma independente dos outros, ou seja, na mesma velocidade. Um agrupamento de cem átomos não cairia mais devagar que 1.000.000 da mesma forma que 100 bolas de pingue-pongue reunidas não caem mair rápido que uma bola só.
Na época eu não pensei sobre átomos de diferentes elementos e isótopos, mas isso pode ser contornado verificando-se que um átomo de oxigênio, por exemplo, tem aproximadamente a mesma massa que quatro átomos de hélio.
Eu só desenvolvi este raciocínio após já saber que dois objetos de massas diferentes caem na mesma velocidade.
Ótima argumentação mas, pense bem, mesmo que você desconheça a "teoria atômica", não seria possível chegar a conclusões semelhantes?


Há uma outra forma de teorizar isto sem a necessidade do conhecimento da existência de átomos e eu acho que foi assim que o menino deduziu: um objeto de 2 kg pode ser considerado como dois objetos de 1 kg, como dois objetos de 1 kg caem na mesma velocidade, então seria de se esperar que não cairiam mais rápido só por estarem grudados, mas ainda não poderia-se dizer com certeza sem testar a hipótese.
Como não? Que tipo de argumento você usaria para contestar que dois corpos iguais *não* caiam diferentemente, de modo expontâneo? O que você argumentaria que poderia ocorrer numa simples união de corpos? O que seria essa "união"? Quando dois corpos estariam unidos? Ou separados?


Eu poderia aumentar a validade verificando suas consequências sobre outras teorias conhecidas e comprovadas: se houvesse diferença na queda, seria possível violar a primeira lei da termodinâmica: levanto dois objetos separados, junto-os no ar e solto eles, que cairão mais rápido ou com mais energia cinética. Não há esta violação com os objetos caindo em velocidades iguais. Entre uma hipótese que viola uma teoria comprovada e outra que não, eu ficaria com a segunda.
Na verdade, com a conceituação exata de energia e conhecendo suas transformações e com um pouco de termologia, você poderia mesmo é desenvolver a termodinâmica daí. O princípio da conservação poderia ser desenvolvido daí.


Ainda assim não haveria como ter certeza sem realizar o experimento.
Mas em que você poderia fundamentar alegação de dúvida, neste caso?

Se você for capaz de dar mais alguns passos, poderá livrar-se da indução e da dedução e utilizar o pensamento científico.
« Última modificação: 21 de Maio de 2010, 00:47:14 por Cientista »

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #134 Online: 19 de Maio de 2010, 02:39:48 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.


O Cientista é um extraterrestre que possui tecnologia muito superiora da humana e que inacreditavelmente, debate num fórum de Internet.
Que triste constatar que você se considera tão pouco interessante para ser apreciado e interlocutado por um alienígena muito desenvolvido. Ao menos, não veja seus colegas da mesma forma. Por que um alienígena não se interessaria em manter intercâmbio com ninguém neste fórum?

Está curtindo com a cara de todo mundo. Mais um que não vai durar muito tempo por aqui.
Nunca foi minha intenção "durar muito tempo aqui". Só vim para tentar mostrar uma coisa.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #135 Online: 19 de Maio de 2010, 03:00:15 »
Pois é... até mesmo porque qualquer fase de evolução do conhecimeto será "pré-história" para um outro, muito mais avançado. Isso não diz nada. O que concordo é que estamos em uma fase menos racional do que se propala normalmente. Qualquer um que já tenha trazido o tema à tona em escolas, por exemplo (o que não aconselho, por dores próprias, principalmente em uma escola particular), verá que se pensa muito mais esotericamente do que racionalmente, mesmo nos moldes mais vilipendiados de "racionalidade". Religião, espiritismo e crendices familiares diversas estão em uma posição (em geral) à frente da perscrutação cética. E, apenas neste sentido, concordo com o Cientista.
Farei uso das palavras de Maxwell:

"Se, portanto, aqueles cultores da ciência física forem levados, na busca dos segredos da ciência, ao estudo das instabilidades e singularidades, ao invés do estudo das continuidades e estabilidades das coisas, a promoção do conhecimento natural pode tender a remover aquele preconceito em favor do determinismo que parece surgir ao se assumir que a ciência física do futuro é uma mera imagem ampliada daquela do passado".

Os efeitos sinérgicos e serendípiticos na ciência são imprevisíveis (ou será que não?...). De qualquer forma, é certo que nem todo conhecimento é ciência e, portanto, a ciência surge e ressurge, e um "cientista" que pensa magicamente não passa de um papua com seu culto cargo -- não pode fazer surgir nenhuma ciência. Mas um *cientista de fato* pode chegar a mostrar que tudo o que se pensava antes, não é.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #136 Online: 19 de Maio de 2010, 03:02:59 »
Impressionantes os cérebros humanos, não? Alguns mais impressionantes que outros.
Sim, e?
Você não acha, Fabi?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #137 Online: 19 de Maio de 2010, 03:05:22 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.


O Cientista é um extraterrestre que possui tecnologia muito superiora da humana e que inacreditavelmente, debate num fórum de Internet.

OU

Está curtindo com a cara de todo mundo. Mais um que não vai durar muito tempo por aqui.

Ele veio do futuro. :)
Agora que você me descobriu e me dedurou, será que terei que fugir?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #138 Online: 19 de Maio de 2010, 03:07:21 »
Sigam pela linha do HeadLikeAHole. Desenvolvam o raciocínio dele.

Offline N3RD

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #139 Online: 19 de Maio de 2010, 12:03:37 »
Nunca foi minha intenção "durar muito tempo aqui". Só vim para tentar mostrar uma coisa.

 :taz:
Não deseje.

Offline Mr. Mustard

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #140 Online: 19 de Maio de 2010, 13:34:28 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.


O Cientista é um extraterrestre que possui tecnologia muito superiora da humana e que inacreditavelmente, debate num fórum de Internet.
Que triste constatar que você se considera tão pouco interessante para ser apreciado e interlocutado por um alienígena muito desenvolvido. Ao menos, não veja seus colegas da mesma forma. Por que um alienígena não se interessaria em manter intercâmbio com ninguém neste fórum?

Está curtindo com a cara de todo mundo. Mais um que não vai durar muito tempo por aqui.
Nunca foi minha intenção "durar muito tempo aqui". Só vim para tentar mostrar uma coisa.

Como você é previsível. :hehe:

Offline Adriano

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #141 Online: 19 de Maio de 2010, 13:42:07 »
Sigam pela linha do HeadLikeAHole. Desenvolvam o raciocínio dele.
Estou chocado com a brilhante cientificidade da racionalidade em andamento.  ::)
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Feynman

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #142 Online: 19 de Maio de 2010, 14:02:16 »
Perdoem-me os outros foristas, mas... excetuando-se seu positivismo umbigocentrista e suas posições heterodoxas empedernidas à respeito da história, epistemologia, e da filosofia (como se fosse pouco :)) como um estereótipo negativo do pensar (excluindo uma visão positiva do "amor à sabedoria"), gostei do que o Cientista colocou até aqui e por enquanto. Sua idiossincrasia pode desagradar a muitos, mas, talvez eu esteja perdendo alguma coisa, suas colocações geram o tipo de embate potencialmente enriquecedor de nossos modos de questionamento. Talvez seja precipitado de minha parte, mas seria interessante que sua passagem por aqui fosse algo menos efêmero que não desejar "durar muito tempo aqui". Radicalismos epistemológicos (não pueris), ao meu ver, são bem vindos por "agitarem" as coisas.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Geotecton

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #143 Online: 20 de Maio de 2010, 08:43:23 »
Concordo, em linhas gerais, com o Feynman. Mas eu aguardarei até o final da proposição para então avaliar o porque do desprezo da História, da Epistemologia e da Filosofia por parte do Cientista.
Foto USGS

Offline Derfel

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #144 Online: 20 de Maio de 2010, 10:38:26 »
Vocês estão esperando demais do cientista...

Offline HeadLikeAHole

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #145 Online: 20 de Maio de 2010, 11:08:51 »
Ótima argumentação mas, pense bem, mesmo que você desconheça a "teoria atômica", não seria possível chegar a conclusões semelhantes?
Eu sei. Eu coloquei um exemplo de como chegar à conclusão sem e conhecimento da teoria atômica:
Há uma outra forma de teorizar isto sem a necessidade do conhecimento da existência de átomos e eu acho que foi assim que o menino deduziu: um objeto de 2 kg pode ser considerado como dois objetos de 1 kg, como dois objetos de 1 kg caem na mesma velocidade, então seria de se esperar que não cairiam mais rápido só por estarem grudados,
É esta a resposta que eu sugeri como sendo a do menino.

Como não? Que tipo de argumento você usaria para contestar que dois corpos iguais caiam diferentemente, de modo expontâneo? O que você argumentaria que poderia ocorrer numa simples união de corpos? O que seria essa "união"? Quando dois corpos estariam unidos? Ou separados?
Como eu já disse, a ciência é baseada em experimentos e observação, qualquer hipótese precisa de experimentos para verificar se realmente descreve a realidade. No caso da hipótese do menino, poderia muito bem haver uma força causada pela unição dos objetos, o unico jeito de saber é realizando a experiência.

Mas em que você poderia fundamentar alegação de dúvida, neste caso?
A duvida está na existência desta força que faria os corpos mais pesado cairem mais rápido. Mesmo sendo algo estranho, é necessária a prova de que esta não existe, o que só se consegue realizado o experimento.


Offline Tex Willer

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #146 Online: 20 de Maio de 2010, 11:13:41 »
Perdoem-me os outros foristas, mas... excetuando-se seu positivismo umbigocentrista e suas posições heterodoxas empedernidas à respeito da história, epistemologia, e da filosofia (como se fosse pouco :)) como um estereótipo negativo do pensar (excluindo uma visão positiva do "amor à sabedoria"), gostei do que o Cientista colocou até aqui e por enquanto. Sua idiossincrasia pode desagradar a muitos, mas, talvez eu esteja perdendo alguma coisa, suas colocações geram o tipo de embate potencialmente enriquecedor de nossos modos de questionamento. Talvez seja precipitado de minha parte, mas seria interessante que sua passagem por aqui fosse algo menos efêmero que não desejar "durar muito tempo aqui". Radicalismos epistemológicos (não pueris), ao meu ver, são bem vindos por "agitarem" as coisas.
Tá perdoado. :lol:

A minha oposição ao Cientista (ainda) não é com sua proposta de pensamento científico em si, mas de suas conclusões ideológicas (cientista não é religioso, religioso não faz ciência "de verdade", etc).
Infelizmente, ele acha que uma coisa leva a outra, o que acarreta tentar desqualificar pesquisas históricas, cientistas, os foristas, etc.

Até este tópico, sua postura não foi de questionamento (a não ser da capacidade intelectual dos foristas), mas de imposição de suas contraposições sem base evidente. Sendo franco, tudo me leva crer que isso aqui vai levar a um non sequitur parrudo, mas sejamos céticos, vamos ver que bicho vai dar...

Ao meu ver, o melhor indicador da capacidade científica do indivíduo está na qualidade de seu trabalho como cientista, independente do seu credo. Por incrível que pareça, sou eu quem solicita provas veríficáveis, ao contrário do Cientista.


Citar
Radicalismos epistemológicos (não pueris), ao meu ver, são bem vindos por "agitarem" as coisas.

Concordo. Mas desconfio que essa frase vai ofendê-lo mais pelo "epistemológico" do que pelo "radicalismo".
"A velhacaria e a idiotice humanas são fenômenos tão correntes, que eu antes acreditaria que os acontecimentos mais extraordinários nascem do seu concurso, ao invés de admitir uma inverossímil violação das leis da natureza".  - Hume

Offline HeadLikeAHole

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #147 Online: 20 de Maio de 2010, 11:22:16 »
Ao meu ver, o melhor indicador da capacidade científica do indivíduo está na qualidade de seu trabalho como cientista, independente do seu credo.
Compartilho da mesma opinião.

Offline Adriano

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #148 Online: 20 de Maio de 2010, 11:33:43 »
Vocês estão esperando demais do cientista...
Ainda mais depois do link que ele mostrou a sua discussão antiga num fórum xulo e com um argumento psiquiátrico.  :bash:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Tex Willer

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #149 Online: 20 de Maio de 2010, 12:05:24 »
Concordo, em linhas gerais, com o Feynman. Mas eu aguardarei até o final da proposição para então avaliar o porque do desprezo da História, da Epistemologia e da Filosofia por parte do Cientista.
Esse desprezo pela História já foi explicado pelo Cientista, mas deve ser seletivo, apenas no que contraria o seu conceito sobre o que deve ser um cientista de verdade. A Filosofia e Epistemologia seguem o mesmo caminho, mas me parece que são descartadas quase que totalmente.
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