Autor Tópico: Avaliando a habilidade científica de pensar  (Lida 96322 vezes)

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Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #100 Online: 16 de Maio de 2010, 19:51:47 »
Todo mundo tem a mente magica, menos ele e newton...
A maioria tem "mentes mágicas"(mentes que pensam magicamente, para ser linguisticamente exato). Se só eu e Newton, em toda a história, não pensássemos assim, a humanidade não conheceria a ciência.

Já sabe a resposta?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #101 Online: 16 de Maio de 2010, 19:58:53 »
O Cientista deve achar que o mundo é dividido entre os que pensem cientificamente e os que pensem magicamente, não existe essa divisão. Ou seja: no mundo só existe pessoas que vivem no mundo mágico encantado e os super céticos conhecedores de tudo.
Já que você afirma, categoricamente, que essa divisão não existe, não vou nem discutir.

Já sabe a resposta?


Eu gostaria de conhecer um definição deste pensamento mágico. O que seria afinal?
Gostaria mesmo!? Que pena que estou meio cansado de tanto repetir isso e não tenho ânimo para repetir agora.

Já sabe a resposta?


Foi somente eu que percebi os 14 posts seguidos feitos pelo mesmo forista? (antigamente chamava-se flood)
Tenho impressão de que para serem considerados flood, os posts devem ser escritos por pura deliberação. Como estou só respondendo a todos no momento em que posso, penso que isso não é flood. Em todo caso, se não quiserem que eu responda, é só dizer. Mas eu quero a resposta.

Já sabe a resposta?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #102 Online: 16 de Maio de 2010, 20:06:31 »
Mas ele estava respondendo aos post dos "mágicos". Como um bom "cientísta" cético ele quer demonstrar a diferenciação do que apenas ele considera diferente.
Grato por sua defesa.


Mas a esta altura do campeonato ele já deve estar mais humilde  :magica:
Sendo quem sou e tratando-os como trato, tenho sido muito humilde desde o início. Mas não tema porque sou um dragão bonzinho e não vou devorar vocês.

Já sabe a resposta?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #103 Online: 16 de Maio de 2010, 20:12:36 »
Não recrimino (muito) o Cientista. Também já fui muito encabrestado em relação ao sacrossanto método científico (que não existe), e duvidava que um cientista de verdade pudesse acreditar em deus. Nada como conhecer a comunidade de perto para esclarecer as coisas. Quase paradoxalmente, descobri ainda mais poder na ciência ao constatar que seus feitores podiam ser crentes em qualquer coisa: se a teoria sobrevive, é por seus méritos. E não pelos méritos idiossincráticos do cientista pesquisador. Isso é fascinante.
Feynman, que poema lindo você escreveu! Tem grande talento para isso. Fiquei tão emocionado que preciso dizer algumas palavras a respeito. Mas, agora, tenho que jantar. Depois eu posto.

Offline Fabrício

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #104 Online: 16 de Maio de 2010, 20:15:51 »
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Como isso foi intimidador Feynman! Como eu poderia me atrever a questionar tão inquestionáveis autoridades? Pasteur tentou questionar as "autoridades médicas" de seu tempo e sabemos como ele se deu mal. Galileu tentou desafiar as "autoridades astronômicas" de seu tempo e sabemos como ele se deu mal. André Vesálio tentou desafiar as "autoridades anatomistas" de seu tempo e sabemos como ele se deu mal. Giordano Bruno, Hipácia, Alexis Carrel (ih!!!!, por que mencionei este louco?), Aristarco, *Newton*, Copérnico, Lavoisier...
E veja que não falo de um "se dar mal" num sentido físico punitivo e sim no vergonhoso sentido da má imagem que suas figuras adquiriram na história por terem desafiado o establishment só para que o tempo provasse que estavam todos errados.

Mestre Cientista, maior do que seu fenomenal conhecimento só mesmo sua modéstia infinita. Mal posso esperar pela revelação que provará a todos os pensadores mágicos infiéis que você está no mesmo nível dos citados! :louva:

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Já sabe a resposta?

Óbvio que não, Mestre, quem sou eu para me comparar ao fabuloso Cientista, mesmo que ainda nos cueiros? :baby: Sou apenas um humilde pensador mágico :so-sorry:... Mas tenho fé (OPA) que sua revelação me libertará! :corrente: :ordem2: :dedos:



"Deus prefere os ateus"

Offline Tex Willer

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #105 Online: 16 de Maio de 2010, 20:41:26 »
Ele vai cozinhar a gente indefinidamente...
De que outra maneira ele ocuparia tantas páginas só com uma evidência anedótica?....:bocejo:
Tex...

Já sabe a resposta?

É que teve aquela convocação do Dunga semana passada, entre outros assuntos mais preocupantes.
Faz o seguinte, dá pra prorrogar pra depois da Copa do Mundo?

Até lá, quem sabe você não tenha algo melhor do que um relato pessoal para "provar" seu palpite.
« Última modificação: 16 de Maio de 2010, 20:43:35 por Tex Willer »
"A velhacaria e a idiotice humanas são fenômenos tão correntes, que eu antes acreditaria que os acontecimentos mais extraordinários nascem do seu concurso, ao invés de admitir uma inverossímil violação das leis da natureza".  - Hume

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #106 Online: 16 de Maio de 2010, 21:51:54 »

Mestre Cientista, maior do que seu fenomenal conhecimento só mesmo sua modéstia infinita. Mal posso esperar pela revelação que provará a todos os pensadores mágicos infiéis que você está no mesmo nível dos citados! :louva:

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Já sabe a resposta?

Óbvio que não, Mestre, quem sou eu para me comparar ao fabuloso Cientista, mesmo que ainda nos cueiros? :baby: Sou apenas um humilde pensador mágico :so-sorry:... Mas tenho fé (OPA) que sua revelação me libertará! :corrente: :ordem2: :dedos:




Finalmente você conseguiu me fazer rir um pouco. Mas logo em seguida me entristeci de novo pois talvez você nunca possa se libertar de si mesmo (ainda que com minha magnânima e fenomenal ajuda). Que se há de fazer?

Offline Barata Tenno

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #107 Online: 16 de Maio de 2010, 21:57:25 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Esse Enio, por acaso, é aquele cara com uma batedeira tentando criar uma receita nova de deus panteísta? Não aguento ler o que ele escreve e pelo pouco que (com sofrimento) li, depreendi o que acabo de perguntar. Barata, por que me odeia tanto assim para querer que eu debata com ele?
O lusitano até que é um cara legal e gosto dele mas, francamente, um debate entre nós dois não seria muito produtivo. Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa. De qualquer forma, você pode assistir às conversas como preferir, mas por favor, antes...

Já sabe a resposta?

Acho que todos estão no mesmo nível....

E sobre a respostas... couldn't care less ..
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #108 Online: 16 de Maio de 2010, 22:01:13 »
É que teve aquela convocação do Dunga semana passada, entre outros assuntos mais preocupantes.
Convocação do Dunga? Quem é Dunga? Aquele da Branca de Neve?


Faz o seguinte, dá pra prorrogar pra depois da Copa do Mundo?
Não vai dar porque já fiz a promessa. E quando prometo algo, poucas coisas podem me impedir de cumprir.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #109 Online: 16 de Maio de 2010, 22:08:11 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Esse Enio, por acaso, é aquele cara com uma batedeira tentando criar uma receita nova de deus panteísta? Não aguento ler o que ele escreve e pelo pouco que (com sofrimento) li, depreendi o que acabo de perguntar. Barata, por que me odeia tanto assim para querer que eu debata com ele?
O lusitano até que é um cara legal e gosto dele mas, francamente, um debate entre nós dois não seria muito produtivo. Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa. De qualquer forma, você pode assistir às conversas como preferir, mas por favor, antes...

Já sabe a resposta?

Acho que todos estão no mesmo nível....

E sobre a respostas... couldn't care less ..

Adriano, lusitano e Enio, vocês acabam de receber, do Barata, o maior elogio de suas vidas! Agradeçam e regozigem-se.

E olha que o Barata sabe até inglês! Elogio dele vale muito.

Offline _tiago

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #110 Online: 16 de Maio de 2010, 22:39:00 »
Enquanto isso na cozinha...
- Já sabe a resposta?
- Que resposta?
- A resposta!
- Que resposta?
- A resposta!
- Muito sal?
- Já sabe a resposta?

(deusdocéu!)

Offline HeadLikeAHole

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #111 Online: 16 de Maio de 2010, 22:50:40 »
Já que você afirma, categoricamente, que essa divisão não existe, não vou nem discutir.
Você não que dicutir? O.K.
Mas uma simples observação confirma a ausência desta divisão: existem cientistas que acreditam em deus e mesmo assim produzem pesquisas importantes. Profissões como médico e engenheiro possuem bases científicas e não acho que todos os engenheiros e médicos sejam ateus.

Já sabe a resposta?
Talvez

Gostaria mesmo!? Que pena que estou meio cansado de tanto repetir isso e não tenho ânimo para repetir agora.
Sim.

Já sabe a resposta?
Sim.

Tenho impressão de que para serem considerados flood, os posts devem ser escritos por pura deliberação. Como estou só respondendo a todos no momento em que posso, penso que isso não é flood. Em todo caso, se não quiserem que eu responda, é só dizer. Mas eu quero a resposta.
Não, flood é qualquer "inundação" de posts não importando o seu conteúdo ou a intenção do autor.
Você pode reponder como quiser e quando quiser.

Já sabe a resposta?
Não

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #112 Online: 16 de Maio de 2010, 22:57:08 »
Não recrimino (muito) o Cientista.
Mais uma vez, você sendo tão compreensivo comigo. Até me comove. E como foi bonito isso que você postou! Você é um poeta, Feynman!


Também já fui muito encabrestado em relação ao sacrossanto método científico (que não existe), e duvidava que um cientista de verdade pudesse acreditar em deus. Nada como conhecer a comunidade de perto para esclarecer as coisas. Quase paradoxalmente, descobri ainda mais poder na ciência ao constatar que seus feitores podiam ser crentes em qualquer coisa: se a teoria sobrevive, é por seus méritos. E não pelos méritos idiossincráticos do cientista pesquisador. Isso é fascinante.
A que comunidade você está se referindo? À da mangueira? Ou seria à científica? Você já foi encabrestado por ela? Pobre Feynman! Nem você escapou!? Logo você que soube resistir a ela, tão bravamente, com seus diagramas! Veja o que o sistema pode fazer com o ser humano!

Você está redondamente enganado, Feynmam. O método científico existe *sim* e é, graças a ele, que pessoas com mentes mágicas são capazes de produzir alguma coisa que se possa chamar ciência. Os *cientistas* podem dispensá-lo completamente e é isto o que o faz, por vezes, parecer um tipo de utopia científica, mas suprima o método, da humanidade, e ela retornará a não menos que a idade média muito rapidamente. O que você esperava mais que isso? Que algo tão óbvio e ridiculamente patético quanto o "método científico" pudesse ser absoluto, infalível, um guia perfeito para a verdade?
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência. Ainda vivemos num tempo em que mentes acreditam (umas bem lá no fundo e outras descarada e vergonhosamente bem à superfície) que o universo possa ser alguma coisa que elas digam ou pensem. Ainda não saímos da escolástica. Aristóteles fez um formidável trabalho de imbecilidade e alcançou sucesso porque disse exatamente as coisas que todos já sabiam e gostavam de ouvir. Foi o maior malfeitor identificável da humanidade. A libertação desse jugo é muito difícil e, depois de mais de 2000 anos, o processo ainda nem se iniciou como se pode observar, claramente, aqui.

Não seja preconceituoso em relação a mim, Feynman. Está me fazendo lembrar de quando eu tinha 12 anos de idade e, observando familiares bebendo cerveja à vontade, indaguei: por que vocês bebem (e tanto) desse líquido inútil e, até, prejudicial? A resposta de um meu tio foi semelhante à sua: quando você tiver 18 anos vai beber também e vai gostar muito. Até hoje não consigo esquecer o sentimento de comiseração que tive por ele naquele momento. Ele morreu antes que eu completasse 18 anos e não pôde verificar o quanto estava errado. O maior erro que um ser humano pode cometer nas suas relações sociais é tomar o outro por ele próprio. Não faça isso. As pessoas são diferentes (muito diferentes), Feynman (você, grande Feynman, especialmente, devia saber disso). Não faz idéia de quem sou nem de com quem interajo. Não está me levando a sério, mas não estou brincando aqui.

Isso de que você diz estar sofrendo é o triste resultado do treinamento da mente em *o que pensar*, em detrimento de *como pensar*. É o que as universidades fazem (e sempre fizeram) de melhor. Mas ainda me permito nutrir-me com esta última ilusão -- de que é possível prover liberdade a alguém contra isso.


se a teoria sobrevive, é por seus méritos.
Uma frase quase etérea mas o problema não é a continuidade de uma teoria e, sim, seu surgimento. O interessante é observar que você acaba de projetar "méritos" sobre uma teoria, subtraindo-os de seu próprio teorizador. Isto me parece um estágio ulterior do pensamento mágico, quando já não se projetam mais as propriedades mentais somente nas coisas mas, até nas idéias e abstrações. Acho que aí fecha-se o ciclo da magia. Talvez seja o resultado de querer ser poético demais.

Uma teoria com méritos próprios...  Ah!!! Só mesmo o grande Feynman para sair com uma dessas!


Já sabe a resposta?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #113 Online: 16 de Maio de 2010, 23:15:02 »
Eu, particularmente, não vejo nada de incomum nesse duplipensar. As pessoas possuem diversos tipos de abordagens para as mais variadas questões, e adotam muitas idéias somente por trazerem satisfação psicológica/emocional, mesmo que se contraponham ao "lado racional" (se é que existe essa separação razão/emoção nos nossos processos de decisão).
Não existe o duplipensar, Tex. É só uma ilusão da mente. O que há é, unicamente, a impossibilidade total (ou quase, porque há loucos que o fazem) de se recusar, *com sanidade*, a aceitar os fatos. Mas isso não altera o modo de pensamento. Apenas o adapta à aceitação daqueles fatos. Você seria capaz de dizer qual seria sua posição nas épocas de Giordano Bruno e Galileu Galilei quando foram inquisitados? Ficaria do lado deles ou os consideraria hereges também? Ou acharia que as teorias dos mesmos eram razoáveis ou, independentemente de achar razoáveis ou não, que mereciam ser respeitadas e apreciadas com o objetivo de verificar-lhes a veracidade? É disso que falo todo o tempo. Você pensa e diz as coisas que pensa e diz porque vive no mundo atual (o mundo que mostrou um pouquinho do que a associação entre ciência e tecnologia é capaz de fazer), ou porque é capaz de "duplipensar" e levar em conta, natural e "instintitivamente" ou "intuitivamente", lados opostos de uma mesma questão? A maioria das pessoas pensa magicamente e, hoje, alguns desses que julgam serem aptos a pensarem cientificamente, não passam de sortudos inquisidores que tiveram a chance de nascer num tempo em que podem fingir (até para si mesmos) que não são. Talvez seja muito difícil responder a essas perguntas. Doloroso mesmo. Por isso a fuga é tão desesperada.


(se é que existe essa separação razão/emoção nos nossos processos de decisão).
Ainda bem que você manifesta essa dúvida, porque essa "separação" não existe mesmo.


Como a idéia de deus é bem "plástica", sempre pode se dar um "jeitinho" de encaixá-la nas brechas do conhecimento, moldá-la ao que se verifica, inventando explicações conciliatórias, ou até mesmo tratar conceitos antagônicos como se fossem dimensões distintas, evitando confrontá-los. Desculpas (e criatividade) é que não faltam.
Obrigado por, finalmente, concordar comigo e me apoiar.

Offline Feynman

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #114 Online: 16 de Maio de 2010, 23:31:15 »
Confesso que estou bastante curioso para conhecer mais de perto suas idéias. Amalgamado com suas palavras irônicas e jocosas parece haver um caráter substancial que, apesar de, talvez propositadamente, mostrar superioridade, denota também um conhecimento verdadeiro, ainda que não propriamente de peso. Pois ou és, de fato, bastante capacitado, ou alguém ainda perdido em sua própria imagem de cidadão singular que não compartilha das frivolidades tão endeusadas em nosso país (como o caso da cerveja). Identifico-me com isso. Mas estou aguardando para saber se seu domínio a la Dr. House é lícito ou, infelizmente (e sinceramente falando), é uma mixórdia de intelectualismo livresco desorientado. De um modo ou de outro, achei-te interessante.
"Poetas dizem que a Ciência tira toda a beleza das estrelas - meros globos de átomos de gases. Eu também posso ver estrelas em uma noite limpa e sentí-las. Mas eu vejo mais ou menos que eles?" - Richard Feynman

Offline Adriano

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #115 Online: 16 de Maio de 2010, 23:42:25 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa.
Que científica sua frase  ::)

Porém podemos utilizar dos recursos retóricos e utilizar a projeção fisiológica de esmurrar para a competitividade nas discussões sobre a filosofia da ciência que ocorrem e já ocorreram no fórum. Não foram poucas e você realmente nos subestima. Vai apanhar muito assim. Veja as possibilidades linguísticas no campo fisiológico da luta corporal para aprender mais a projetar a "força" da sua resposta. Fedor é o cara  :wink:
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Fabi

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #116 Online: 16 de Maio de 2010, 23:47:42 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.

Sério? E isso que está escrito aí, você escreveu numa máquina de escrever, escreveu a mão, ou foi num computador pentium dual core(que é um processador que funciona por algoritmo)?
::)
 Ainda vivemos num tempo em que mentes acreditam (umas bem lá no fundo e outras descarada e vergonhosamente bem à superfície) que o universo possa ser alguma coisa que elas digam ou pensem.
Não é assim que funciona as coisas. As "mentes" não acreditam em algo que imaginaram pensaram, elas "acreditam" por experimentação, resultados, provas.
Ainda não saímos da escolástica. Aristóteles fez um formidável trabalho de imbecilidade e alcançou sucesso porque disse exatamente as coisas que todos já sabiam e gostavam de ouvir. Foi o maior malfeitor identificável da humanidade. A libertação desse jugo é muito difícil e, depois de mais de 2000 anos, o processo ainda nem se iniciou como se pode observar, claramente, aqui.
Novamente, as coisas não funcionam assim. Os grandes pioneiros (Darwin, Isaac Newton, e sei lá quem mais) nunca falaram o que as pessoas já sabiam e queriam ouvir. Eles proporam idéias que ninguém imaginava na época, e provaram, através de resultados, que eles estavam certos.
Uma frase quase etérea mas o problema não é a continuidade de uma teoria e, sim, seu surgimento.
Na maioria das vezes surge por observação. Você observa um evento e pensa "e se..." aí surge a idéia, que depois vira teoria. O cérebro humano é um negócio incrível, consegue ser consciente, subconsciente e insconsciente (tudo ao mesmo tempo). Está sempre pensando, criando, e em atividade constante (até quando a gente dorme).
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline N3RD

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #117 Online: 16 de Maio de 2010, 23:48:41 »
Superioridade  :biglol:

Um dia eu queria saber a diferença entre einstein e o mendigo que dorme aqui na rua!  :stunned:
Não deseje.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #118 Online: 17 de Maio de 2010, 01:32:34 »
Confesso que estou bastante curioso para conhecer mais de perto suas idéias. Amalgamado com suas palavras irônicas e jocosas parece haver um caráter substancial que, apesar de, talvez propositadamente, mostrar superioridade, denota também um conhecimento verdadeiro, ainda que não propriamente de peso. Pois ou és, de fato, bastante capacitado, ou alguém ainda perdido em sua própria imagem de cidadão singular que não compartilha das frivolidades tão endeusadas em nosso país (como o caso da cerveja). Identifico-me com isso. Mas estou aguardando para saber se seu domínio a la Dr. House é lícito ou, infelizmente (e sinceramente falando), é uma mixórdia de intelectualismo livresco desorientado. De um modo ou de outro, achei-te interessante.
Não estou conseguindo demonstrar inferioridade? Não estou sendo muito eficaz nas minhas intenções...

Bom, pelo menos estou conseguindo não demonstrar um conhecimento de "peso". Já é alguma coisa.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #119 Online: 17 de Maio de 2010, 01:35:46 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa.
Que científica sua frase  ::)

Porém podemos utilizar dos recursos retóricos e utilizar a projeção fisiológica de esmurrar para a competitividade nas discussões sobre a filosofia da ciência que ocorrem e já ocorreram no fórum. Não foram poucas e você realmente nos subestima. Vai apanhar muito assim. Veja as possibilidades linguísticas no campo fisiológico da luta corporal para aprender mais a projetar a "força" da sua resposta. Fedor é o cara  :wink:
Foi só tropologia, Adriano. Eu não o esmurraria fisicamente e, de minha parte, podemos ser amigos mas, se não quiseres, não chorarei.

Filosofia da ciência, Adriano? Consegue imaginar-me debatendo isto com alguém?

Ora, Adriano, francamente. Você acha, realmente, que estou apanhando? Por que preocupam-se tanto em me confrontar quando tudo o que quero é oferecer uma coisa boa a vocês?

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #120 Online: 17 de Maio de 2010, 01:58:49 »
As mentes mais medíocres crêem, piamente, que vivemos numa era de grande conhecimento e desenvolvimento tecnológico. Vejo bem diferente disso. Estamos na pré-história da ciência.

Sério? E isso que está escrito aí, você escreveu numa máquina de escrever, escreveu a mão, ou foi num computador pentium dual core(que é um processador que funciona por algoritmo)?
 
Fantástico, não Fabi? E essas máquinas são só uma minúscula mostra do que a verdadeira associação ciência-tecnologia é capaz de fazer. Coisas assim conseguiram fazer até religiosos aceitarem a ciência como ela é.

Não entendi porque colocou o link para algoritmo.


::)
 Ainda vivemos num tempo em que mentes acreditam (umas bem lá no fundo e outras descarada e vergonhosamente bem à superfície) que o universo possa ser alguma coisa que elas digam ou pensem.
Não é assim que funciona as coisas. As "mentes" não acreditam em algo que imaginaram pensaram, elas "acreditam" por experimentação, resultados, provas.
É mesmo?


Ainda não saímos da escolástica. Aristóteles fez um formidável trabalho de imbecilidade e alcançou sucesso porque disse exatamente as coisas que todos já sabiam e gostavam de ouvir. Foi o maior malfeitor identificável da humanidade. A libertação desse jugo é muito difícil e, depois de mais de 2000 anos, o processo ainda nem se iniciou como se pode observar, claramente, aqui.
Novamente, as coisas não funcionam assim. Os grandes pioneiros (Darwin, Isaac Newton, e sei lá quem mais) nunca falaram o que as pessoas já sabiam e queriam ouvir. Eles proporam idéias que ninguém imaginava na época, e provaram, através de resultados, que eles estavam certos. 
Deixe-me ver se entendi isso aqui. Você está comparando Darwin e Newton com Aristóteles?



Uma frase quase etérea mas o problema não é a continuidade de uma teoria e, sim, seu surgimento.
Na maioria das vezes surge por observação. Você observa um evento e pensa "e se..." aí surge a idéia, que depois vira teoria. O cérebro humano é um negócio incrível, consegue ser consciente, subconsciente e insconsciente (tudo ao mesmo tempo). Está sempre pensando, criando, e em atividade constante (até quando a gente dorme).
Impressionantes os cérebros humanos, não? Alguns mais impressionantes que outros.

Offline Cientista

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #121 Online: 17 de Maio de 2010, 02:03:59 »
Superioridade  :biglol:

Um dia eu queria saber a diferença entre einstein e o mendigo que dorme aqui na rua!  :stunned:
Calma! Vá com calma, N3RD. Não empreenda uma tarefa tão difícil assim logo de cara. Se você conseguir perceber a diferença entre Einstein e você mesmo já será um bom começo.

Offline Adriano

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #122 Online: 17 de Maio de 2010, 07:05:16 »
Eu acho que devíamos deixar o cientista, o Adriano, o lusitano e o Enio discutirem entre eles e ficar assistindo de camarote o rumo que toma a conversa....
Com o Adriano, talvez terminássemos nos esmurrando. Então, acho que essa sua idéia não foi muito boa.
Que científica sua frase  ::)

Porém podemos utilizar dos recursos retóricos e utilizar a projeção fisiológica de esmurrar para a competitividade nas discussões sobre a filosofia da ciência que ocorrem e já ocorreram no fórum. Não foram poucas e você realmente nos subestima. Vai apanhar muito assim. Veja as possibilidades linguísticas no campo fisiológico da luta corporal para aprender mais a projetar a "força" da sua resposta. Fedor é o cara  :wink:
Foi só tropologia, Adriano. Eu não o esmurraria fisicamente e, de minha parte, podemos ser amigos mas, se não quiseres, não chorarei.

Filosofia da ciência, Adriano? Consegue imaginar-me debatendo isto com alguém?
Eu sei que é tropologia e assumi esta posição quando do uso do tropo projeção. Fedor é o uso tropológico do que pode acontecer com a sua suposta resposta correta em relação com a minha. E se esta a tropolizar a ciência por meio do pensar, está também no ambito da filosofia da mente. E se está a questionar a própria linguagem utilizada, seja através de um arcaísmo linguístico (tropologia), então está no domínio da filosofia da linguagem. Por isso que eu digo que é você quem me subestima com o pouco que poder ofertar cognitivamente. Mas é claro que posso estar errado e espero que você me surpreenda positivamente, como todos gostariam  :)

Ora, Adriano, francamente. Você acha, realmente, que estou apanhando? Por que preocupam-se tanto em me confrontar quando tudo o que quero é oferecer uma coisa boa a vocês?
Não acho, eu tenho certeza. E o meu confronto é discursivo, já que estamos na arena da confrontação discursiva (tropologia), que é um fórum de discussão. E se está discutindo a ciência já está filosofando sobre a ciência, que tem como tradição na filosofia da ciência a avaliação histórica da ciência. 
« Última modificação: 17 de Maio de 2010, 07:12:56 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline N3RD

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #123 Online: 17 de Maio de 2010, 12:00:05 »
[crente invertido]
"Só quero lhes oferecer coisas boas"
[/crente invertido]
Não deseje.

Offline Correio

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Re: Avaliando a habilidade científica de pensar
« Resposta #124 Online: 17 de Maio de 2010, 12:07:32 »
Concluo pensamento cientifico como deduções lógicas a partir de observação com algum conhecimento de causa. Quando ainda com apenas 5 ou 6 anos(lembro que isto se deu antes de entrar para escola) soube que as estrelas estavam muito distantes da terra. Conclui a partir desta informação que o Sol era uma estrela mais próxima de nós e logicamente as estrelas seriam de igual constituição com planetas a girar em órbitas das mesmas. Claro que desconhecia o fato dos planetas “parecerem” estrelas nas noites límpidas. Também imaginava que haveria vida nestes outros planetas, um claro exemplo de pensamento mágico. Aos 9 anos comecei a acreditar que a vida não se formou na terra mas sim havia chegado a bordo dos meteoros,  mostrando aqui mais uma vez apenas ser um pensamento mágico, já que não sabia nada a respeito da teoria da panspermia.
Desculpe-me por esta intromissão em seu tópico, sei que pouco acrescenta mas, gostaria de saber se isto e mais ou menos sua idéia.
Quando se tem pouco, pouco se tem a perder.

 

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