Não é bem assim. Me parece até um espantalho. Na verdade, tanto os vendedores de automóveis, fabricantes quanto comerciantes, e os donos de ruas e estradas privadas, que, sem a ação de um estado-babá, se encarregariam espontaneamente da responsabilidade de vender carros apenas às pessoas responsáveis, bem como de permitir a circulação em sua propriedade apenas a motoristas responsáveis, podendo eles mesmos estabelecerem seus critérios de licenciamento para condução.
As pessoas então, através do mercado, espontaneamente gerariam comunidades com diversos graus de exigências para a compra de automóveis e sua circulação. Para alguns, a facilidade em dispor deles compensaria os riscos de eventuais acidentes ou mesmo irresponsabilidade, outros seriam mais exigentes, preferindo morar em lugares com legislações privadas mais restritivas. Algo similar ao que ocorre quando se escolhe uma vizinhança para morar, ou mesmo ir comprar no shopping center ou numa feira livre.
Mas havendo um estado-babá, as pessoas lavam as mãos, e o estado em si é incapaz de fazer qualquer coisa que se propõe a fazer, invariavelmente agravando a um problema que supostamente visa combater. [/

]