Autor Tópico: Desarmar o povo... de novo?  (Lida 139165 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #600 Online: 04 de Julho de 2012, 02:10:55 »
Acho que a maior parte desses "estudos" incorre no erro de contabilizar na coisa toda os crimes cometidos por criminosos "de carteirinha", com armas ilegais, em vez de "testar" apenas a noção de que a população não-criminosa ficaria significativamente mais propensa a se matar apenas por portar mais armas (armas legais).

Offline DDV

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #601 Online: 04 de Julho de 2012, 03:40:04 »
A baixa taxa de homicídios na Inglaterra e Japão se deve à segurança pública e justiça ou ao desarmamento?

Há algum país para analisarmos cuja segurança pública e justica sejam uma piada (como no Brasil) e a venda de armas é proibida?

Dentro do Brasil, os estados que possuem mais armas por habitante são os menos violentos.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Price

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #602 Online: 04 de Julho de 2012, 09:15:39 »
http://www.conjur.com.br/2011-dez-12/armas-fogo-causaram-70-mortes-brasil-2010
O link indica dados sobre mortes causadas pelo uso ilegal de armas de fogo, não indica relação qualquer entre armas de fogo legalizadas ou não. Não responde as minhas perguntas.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/quanto-menos-armas-em-circulacao-menos-mortes/
A Carta Capital é [inclusive em uma concepção geral dos membros deste digno fórum] uma fonte duvidável, eu tinha a possibilidade ignorar esse link quando o ví, porém, quando notei que a entrevista contida nele era de um membro do Sou da Paz resolvi somente responder com o seguinte link:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-dia-em-que-a-viva-rio-de-rubem-cesar-fernandes-protestou-contra-a-prisao-de-william-o-do-fuzil-e-o-que-diziam-os-fatos-relatados-em-veja/

E com o devido direito de resposta dado pela Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ong-viva-brasil-contesta-informacoes-da-ong-viva-rio/

Não tem relação com as minhas perguntas.

Citar
[...]

3. Mortes por arma de fogo: 30,1% Mortes em acidentes de trânsito: 25,9% Mortes por outras causas externas: 44%.

4. O Brasil é o país onde mais se mata com arma de fogo em todo o mundo , são mais de 40.000 mortos todos os anos! A cada 15 minutos um brasileiro morre vítima de arma de fogo .   No Brasil, duas crianças (entre 0 e 14 anos) são feridas por tiros acidentais todos os dias. Em Santa Catarina, uma pessoa é assassinada a cada 8 horas. Do total de mortos 64% são por arma de fogo. Quantas pessoas morrem ?

[...]

6. A pessoa que compra uma arma na loja acaba abastecendo o crime quando a sua arma é roubada num assalto, perdida ou revendida a terceiros. Só no Estado de São Paulo , entre 1993 e 2000, foram roubadas, furtadas ou perdidas 100.146 armas (14.306 por ano). Ou seja: bandidos não compram armas em lojas, mas são as armas compradas em lojas que vão parar nas mãos dos criminosos. No Rio de Janeiro entre 1999 e 2005, 72% das armas usadas em crimes pertenciam a cidadãos de bem e caíram nas mãos dos bandidos em assaltos e outros crimes.

7. . No estado de São Paulo, as vítimas de latrocínio – matar para roubar – correspondem a menos de 5% das vítimas de todos os homicídios. . Em São Paulo, o primeiro motivo para homicídios é "vingança" entre pessoas que se conhecem e que não possuem nenhum vínculo com o tráfico de drogas ou outras atividades criminosas. . Um em cada três baleados que são hospitalizados receberam disparo não-intencional.   Qual a causa dos crimes?

8. Quem são as pessoas envolvidas em crimes? Pessoas perdem e tiram a vida umas das outras em situações banais: brigas de trânsito, em bares ou ainda dentro de suas próprias casas. Em 46% dos casos de homicídio registrados na Zona Sul de São Paulo, vítima e autor mantinham uma relação de parentesco, vizinhança ou amizade. Qualquer um pode perder a cabeça e, com arma ao alcance da mão, se transformar num assassino!

[...]

10. Desarmamento é a solução? Na Austrália, 5 anos depois de uma lei que praticamente proibiu a venda de armas de fogo a taxa de homicídios por arma de fogo caiu 50%. Inglaterra e Japão, onde as armas são proibidas, estão entre os países do mundo onde menos se mata por arma de fogo. Enquanto nos Estados Unidos, que qualquer um pode comprar uma arma com facilidade, aparecem em 8º lugar entre os países mais violentos do mundo.
Esse estudo é pura desonestidade intelectual; não cita suas fontes, quando as cita não informa o ano e quando informa o ano não indica sequer o nome dos estudos. Se você achar o embassamento de qualquer um desses tópicos eu terei o prazer de discutir sobre, embora o estudo não tenha relação com as minhas perguntas.

http://www.nevusp.org/downloads/down094.pdf
O pdf é um panorama sobre a criminalização, não indica relação direta das fontes das armas com os crimes cometidos, e não está relacionado às minhas perguntas.

http://conjunturacriminal.blogspot.com.br/2007/04/arma-que-te-protege-mesma-que-te-mata.html
Sites do blogspot não abrem nos meus computadores.

http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/05/05/maioria-das-brasileiras-mortas-por-arma-de-fogo-e-vitima-de-violencia-domestica
Não agrega nada à discussão, pois não diferencia ou cita proporções de crimes causadas por armas legais ou ilegais, além de não responder as minhas perguntas.

Alguns links (inclusive um estudo) numa pesquisa bem rápida que evidenciam que no Brasil, e eu estenderia a quase toda a América Latina e EUA, do porque não temos (generalizando  ;) ) educação suficiente para portar ou ter posse de armas de fogo.
Nenhum desses links sequer chega perto das minhas perguntas. Não pergunrei sobre índices, quantidades ou qualificações. Perguntei onde está a relação da educação com a aptidão ou não de possuir/portar armas de fogo, entre outros.
Alta criminalidade não pode ser considerada sinônimo de alto índice de armas em mão de civis por si só sem considerar as políticas de segurança pública.

Mesmo na Suíça há um amplo debate sobre a viabilidade de sua cultura de possuírem armas de fogo, devido à facilidade com que são cometidos suicídios dessa natureza.
Não me darei ao trabalho de repetir as refutações exaradas neste tópico sobre esse pensamento falacioso.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #603 Online: 04 de Julho de 2012, 09:22:02 »
Há algum país para analisarmos cuja segurança pública e justica sejam uma piada (como no Brasil) e a venda de armas é proibida?

O México se aproxima nas duas condições.
Leis sobre armas e munições: http://www.diputados.gob.mx/LeyesBiblio/pdf/102.pdf
Campanha de desarmamento: http://mais.uol.com.br/view/f4d5g8hwtbxo/mexico-troca-arma-por-computador-em-campanha-de-desarmamento-04024D9B3260CC912326?fullimage=1&types=A
Se você aceitar algumas colocações minhas...
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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #604 Online: 04 de Julho de 2012, 09:33:32 »
Citar
O desarmamento como instrumento ineficaz para conter a criminalidade. por : Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS)
 
O desarmamento como instrumento ineficaz para conter a criminalidade

(Archimedes Marques)


 

Estamos em verdadeira guerra urbana e social contra a violência diária, contra a marginalidade que cresce assustadoramente, contra a criminalidade que aumenta gradativamente a todo tempo no nosso País.

O Estado protetor, visando resgatar a ordem social ferida mostra-se ineficiente para debelar tão afligente problemática. Ações consideradas miríficas, pirotécnicas, projetos e programas emergentes surgem e insurgem sem atingir os seus reais objetivos.

A população assiste atônita aos remédios e as ações miraculosas que quase sempre restam inócuas. O projeto desarmamento estudado e executado pelo Governo Federal desde 2003 demonstra ser no âmago do seu curso mais uma dessas ações que agem infrutuosamente na tentativa de reduzir a criminalidade no País.

Quando a campanha do desarmamento começou naquele ano as autoridades constituídas apresentaram que o Brasil era detentor de 17 milhões de armas de fogo e que por tal fato gerava-se o alto índice de criminalidade, em especial o número de homicídios, vez que o cidadão em posse de tal arma por qualquer desavença eliminava o seu opositor, ou seja, associaram de maneira simplista a relação entre a criminalidade e posse de arma de fogo, quando na verdade a problemática é muito mais complexa.

Com o passar dos anos os defensores do desarmamento, sempre apresentaram números de redução de homicídios por arma de fogo para sustentarem suas posições esquecendo-se, entretanto, de computar em tais estatísticas os homicídios praticados por outros meios ou instrumentos, ou seja, na verdade houve no País a diminuição dos homicídios provindos de arma de fogo e aumentou o número do mesmo crime por outros meios perpetrados. Deduze-se assim que o cidadão comum por não mais possuir arma de fogo mata de qualquer jeito o seu desafeto. No geral, o índice do crime de homicídio não diminuiu e continua aumentando junto com a população.

Ademais, outros grandes malefícios também não são associados ao desarmamento em tais estatísticas, ou seja, o aumento estúpido do crime de roubo, conhecido popularmente como assalto à mão armada, e o mais grave: o latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Só em São Paulo o número de latrocínios subiu agora mais de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje um cidadão é morto pelo assaltante mesmo sem reagir ao ato só pelo simples fato de estar portando pouco dinheiro.

Os fatos demonstram que os discursos e as noticias desarmamentistas parecem ser apenas meras cortinas de fumaça tendo na linha de frente a diminuição dos homicídios eventuais por desavença perpetrados nas comunidades por via de arma de fogo a querer encobrir o recrudescimento da criminalidade dos outros tipos penais.

O povo vive acuado, desarmado e preso por grades, cercas elétricas, alarmes, nas suas próprias residências e os diversos criminosos andam soltos nas ruas a caça das suas vítimas, aumentando de forma geométrica o número de latrocínios, roubos e sequestros relâmpagos em todos os lugares. A Polícia por mais diligente que seja, em virtude da falta de contingente adequado, de uma maior estrutura e por não ser Onipotente e Onipresente para estar em todos os lugares a todo tempo para evitar o crime não pode ser a única culpada por tal problemática.

É fato presente que o crime organizado, placenta que forma e alimenta o tráfico de drogas, os criminosos perigosos e contumazes, consegue transitar e abastecer a marginalidade com metralhadoras, fuzis, bazucas, granadas, escopetas, pistolas... Tais armamentos provindos de diversas nacionalidades ingressam pelas nossas gigantescas e mal guarnecidas fronteiras e chegam às mãos das facções criminosas, quadrilhas ou criminosos diversos de maneira inexplicável.

Atacam-se carros blindados com armamento pesado e potente, derrubam-se helicóptero com tiros de fuzis ou metralhadoras antiaéreas, inúmeros assaltos se valem de armas de guerra no País inteiro, policiais são frequentemente mortos no labor das suas funções por criminosos possuidores de armas poderosas adquiridas no câmbio negro do crime organizado.

O cidadão nas ruas literalmente virou um alvo em determinados locais. Um alvo que tem que ser um maratonista, velocista, contorcionista, trapezista e até mágico para se esquivar das balas perdidas. Um alvo que tem que optar por dar apoio aos traficantes de drogas sob pena de morte. Um alvo no seu veículo ultrapassando os sinais de transito e recebendo multas para não ser seqüestrado ou assaltado e morto. Um alvo desarmado sem direito a defesa própria contra o marginal sempre bem armado. Um alvo que tem que contratar segurança particular. Um alvo que ainda tem que agradecer ao criminoso por apenas lhe levar seus bens materiais. Um alvo esperando sempre que apareça algum policial para lhe salvar.

A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, mais conhecida como o ESTATUTO DO DESARMAMENTO que surgiu como instrumento mirífico para enfrentar o surto da violência e criminalidade trouxe no bojo do seu artigo 35 a seguinte redação transcrita in verbis:

Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.

§ 1º Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

§ 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

 

Então, na data marcada houve o referendo popular em que 63,94% da população que foi às urnas votou a favor da comercialização de armas de fogo, ou seja, implicitamente, por maioria absoluta o povo decidiu contra o DESARMAMENTO.

A nossa Constituição Federal estabelece que todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, contudo, a vontade popular em possuir uma arma de fogo para se defender praticamente fora barrada, ou pelo menos extremamente dificultada. A comercialização continuou permitida, mas permaneceram em vigor todas as restrições ao porte e à compra de armas de fogo previstas no Estatuto do Desarmamento. Hoje em dia, para alguém ter uma arma de fogo registrada e para mantê-la apenas em sua residência, passa por grande burocracia e protocolo que quase nenhum trabalhador consegue sobrepor.

O desarmamento veio para o seio da sociedade como uma espécie de gigantesca medusa. O temor de ser atingido pela Lei vem matando a esperança do povo por uma segurança justa. A demagogia tenta liquidar a democracia através da ação insidiosa de tirar-lhe o direito de defesa própria e da sua família. O projeto desarmamento tornou-se pérfido na medida em que foi contra a vontade popular.

A criminalidade se combate através de um conjunto de políticas públicas sérias e efetivas nos planos do desenvolvimento social, além das medidas administrativas no âmbito dos órgãos ligados à segurança pública com a ajuda da comunidade e a força da adesão da própria sociedade, destinando de forma firme e constante os projetos inerentes, não com a simples deposição ou apreensão das armas de fogo dos cidadãos de bem, dos trabalhadores, deixando-os cada vez mais vulneráveis às ações dos marginais.

 

Autor: Archimedes Marques (delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela UFS) – archimedesmarques@infonet.com.br  - archimedes-marques@bol.com.br

Fonte: www.infonet.com.br
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Offline Barata Tenno

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #605 Online: 04 de Julho de 2012, 11:49:15 »
Estranho ele afirmar que o indice de homicidio continua igual quando todas as pesquisas mostram diminuição proporcional.



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/02/24/sp-e-o-estado-com-maior-queda-no-indice-de-homicidios.jhtm
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Offline _Juca_

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #606 Online: 04 de Julho de 2012, 12:15:02 »
http://www.conjur.com.br/2011-dez-12/armas-fogo-causaram-70-mortes-brasil-2010
O link indica dados sobre mortes causadas pelo uso ilegal de armas de fogo, não indica relação qualquer entre armas de fogo legalizadas ou não. Não responde as minhas perguntas.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/quanto-menos-armas-em-circulacao-menos-mortes/
A Carta Capital é [inclusive em uma concepção geral dos membros deste digno fórum] uma fonte duvidável, eu tinha a possibilidade ignorar esse link quando o ví, porém, quando notei que a entrevista contida nele era de um membro do Sou da Paz resolvi somente responder com o seguinte link:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-dia-em-que-a-viva-rio-de-rubem-cesar-fernandes-protestou-contra-a-prisao-de-william-o-do-fuzil-e-o-que-diziam-os-fatos-relatados-em-veja/

E com o devido direito de resposta dado pela Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ong-viva-brasil-contesta-informacoes-da-ong-viva-rio/

Não tem relação com as minhas perguntas.

Citar
[...]

3. Mortes por arma de fogo: 30,1% Mortes em acidentes de trânsito: 25,9% Mortes por outras causas externas: 44%.

4. O Brasil é o país onde mais se mata com arma de fogo em todo o mundo , são mais de 40.000 mortos todos os anos! A cada 15 minutos um brasileiro morre vítima de arma de fogo .   No Brasil, duas crianças (entre 0 e 14 anos) são feridas por tiros acidentais todos os dias. Em Santa Catarina, uma pessoa é assassinada a cada 8 horas. Do total de mortos 64% são por arma de fogo. Quantas pessoas morrem ?

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6. A pessoa que compra uma arma na loja acaba abastecendo o crime quando a sua arma é roubada num assalto, perdida ou revendida a terceiros. Só no Estado de São Paulo , entre 1993 e 2000, foram roubadas, furtadas ou perdidas 100.146 armas (14.306 por ano). Ou seja: bandidos não compram armas em lojas, mas são as armas compradas em lojas que vão parar nas mãos dos criminosos. No Rio de Janeiro entre 1999 e 2005, 72% das armas usadas em crimes pertenciam a cidadãos de bem e caíram nas mãos dos bandidos em assaltos e outros crimes.

7. . No estado de São Paulo, as vítimas de latrocínio – matar para roubar – correspondem a menos de 5% das vítimas de todos os homicídios. . Em São Paulo, o primeiro motivo para homicídios é "vingança" entre pessoas que se conhecem e que não possuem nenhum vínculo com o tráfico de drogas ou outras atividades criminosas. . Um em cada três baleados que são hospitalizados receberam disparo não-intencional.   Qual a causa dos crimes?

8. Quem são as pessoas envolvidas em crimes? Pessoas perdem e tiram a vida umas das outras em situações banais: brigas de trânsito, em bares ou ainda dentro de suas próprias casas. Em 46% dos casos de homicídio registrados na Zona Sul de São Paulo, vítima e autor mantinham uma relação de parentesco, vizinhança ou amizade. Qualquer um pode perder a cabeça e, com arma ao alcance da mão, se transformar num assassino!

[...]

10. Desarmamento é a solução? Na Austrália, 5 anos depois de uma lei que praticamente proibiu a venda de armas de fogo a taxa de homicídios por arma de fogo caiu 50%. Inglaterra e Japão, onde as armas são proibidas, estão entre os países do mundo onde menos se mata por arma de fogo. Enquanto nos Estados Unidos, que qualquer um pode comprar uma arma com facilidade, aparecem em 8º lugar entre os países mais violentos do mundo.
Esse estudo é pura desonestidade intelectual; não cita suas fontes, quando as cita não informa o ano e quando informa o ano não indica sequer o nome dos estudos. Se você achar o embassamento de qualquer um desses tópicos eu terei o prazer de discutir sobre, embora o estudo não tenha relação com as minhas perguntas.

http://www.nevusp.org/downloads/down094.pdf
O pdf é um panorama sobre a criminalização, não indica relação direta das fontes das armas com os crimes cometidos, e não está relacionado às minhas perguntas.

http://conjunturacriminal.blogspot.com.br/2007/04/arma-que-te-protege-mesma-que-te-mata.html
Sites do blogspot não abrem nos meus computadores.

http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/05/05/maioria-das-brasileiras-mortas-por-arma-de-fogo-e-vitima-de-violencia-domestica
Não agrega nada à discussão, pois não diferencia ou cita proporções de crimes causadas por armas legais ou ilegais, além de não responder as minhas perguntas.

Alguns links (inclusive um estudo) numa pesquisa bem rápida que evidenciam que no Brasil, e eu estenderia a quase toda a América Latina e EUA, do porque não temos (generalizando  ;) ) educação suficiente para portar ou ter posse de armas de fogo.
Nenhum desses links sequer chega perto das minhas perguntas. Não pergunrei sobre índices, quantidades ou qualificações. Perguntei onde está a relação da educação com a aptidão ou não de possuir/portar armas de fogo, entre outros.
Alta criminalidade não pode ser considerada sinônimo de alto índice de armas em mão de civis por si só sem considerar as políticas de segurança pública.

Mesmo na Suíça há um amplo debate sobre a viabilidade de sua cultura de possuírem armas de fogo, devido à facilidade com que são cometidos suicídios dessa natureza.
Não me darei ao trabalho de repetir as refutações exaradas neste tópico sobre esse pensamento falacioso.


Price, lhe passei vários links que mostram que:

1- Mais de 90% dos homicídios por armas de fogo são cometidos através de armas de fabricação nacional.

2- Armas de fabricação nacional são rigidamente controladas

3-Quem abastece a criminalidade homicida são armas que, ou foram roubadas/furtadas, perdidas, cedidas, vendidas pelos donos registrados, ou foram os próprios donos que o fizeram. Portanto quem abastece os criminosos, comuns ou eventuais, são armas legais, fabricadas no Brasil.

4-O Brasil ocupa o topo do número de homicídios por armas de fogo no mundo e somos somente 3% da população mundial, com mais de 30.000 homicídios dessa natureza por ano aqui e com cerca de 460.000 no mundo, contribuímos com o dobro da nossa representatividade populacional.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5396350-EI8140,00-America+tem+a+maior+taxa+de+homicidios+por+arma+de+fogo+do+mundo.html

5-Os homicídios cometidos por armas de fogo por criminosos de carteirinha são da ordem de 25% na AL segundo o estudo da ONU do Link acima. O que nos mostra que a grande maioria dos crimes não são premeditados e consequentemente não aconteceriam se a pessoa não tivesse acesso à armas de fogo. O provável é que ou ela usaria uma arma branca ( muito menos letal), os próprios punhos ( idiotice) ou desistiria.

6- Segundo o próprio estudo da ONU esse tipo de violência tem relação direta com o grau de desenvolvimento do país/região em que acontecem. Portanto a resposta que você queria esta aí. O Brasil não é um país suficientemente desenvolvido para permitir que seus cidadãos tenham amplo acesso à armas de fogo como acontece hoje por vias legais (bem restringidas) ou ilegais (via legalidade).

 
« Última modificação: 04 de Julho de 2012, 12:17:19 por _Juca_ »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #607 Online: 04 de Julho de 2012, 13:32:51 »
Estranho ele afirmar que o indice de homicidio continua igual quando todas as pesquisas mostram diminuição proporcional.



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/02/24/sp-e-o-estado-com-maior-queda-no-indice-de-homicidios.jhtm

Não li nada, mas talvez ele "filtre" quedas de homicídios que possam ser atribuídas a outras causas além do vigor de maior restrição de armas às pessoas não-criminosas.

Offline Price

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #608 Online: 04 de Julho de 2012, 13:33:58 »
http://www.conjur.com.br/2011-dez-12/armas-fogo-causaram-70-mortes-brasil-2010
O link indica dados sobre mortes causadas pelo uso ilegal de armas de fogo, não indica relação qualquer entre armas de fogo legalizadas ou não. Não responde as minhas perguntas.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/quanto-menos-armas-em-circulacao-menos-mortes/
A Carta Capital é [inclusive em uma concepção geral dos membros deste digno fórum] uma fonte duvidável, eu tinha a possibilidade ignorar esse link quando o ví, porém, quando notei que a entrevista contida nele era de um membro do Sou da Paz resolvi somente responder com o seguinte link:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-dia-em-que-a-viva-rio-de-rubem-cesar-fernandes-protestou-contra-a-prisao-de-william-o-do-fuzil-e-o-que-diziam-os-fatos-relatados-em-veja/

E com o devido direito de resposta dado pela Carta Capital: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/ong-viva-brasil-contesta-informacoes-da-ong-viva-rio/

Não tem relação com as minhas perguntas.

Citar
[...]

3. Mortes por arma de fogo: 30,1% Mortes em acidentes de trânsito: 25,9% Mortes por outras causas externas: 44%.

4. O Brasil é o país onde mais se mata com arma de fogo em todo o mundo , são mais de 40.000 mortos todos os anos! A cada 15 minutos um brasileiro morre vítima de arma de fogo .   No Brasil, duas crianças (entre 0 e 14 anos) são feridas por tiros acidentais todos os dias. Em Santa Catarina, uma pessoa é assassinada a cada 8 horas. Do total de mortos 64% são por arma de fogo. Quantas pessoas morrem ?

[...]

6. A pessoa que compra uma arma na loja acaba abastecendo o crime quando a sua arma é roubada num assalto, perdida ou revendida a terceiros. Só no Estado de São Paulo , entre 1993 e 2000, foram roubadas, furtadas ou perdidas 100.146 armas (14.306 por ano). Ou seja: bandidos não compram armas em lojas, mas são as armas compradas em lojas que vão parar nas mãos dos criminosos. No Rio de Janeiro entre 1999 e 2005, 72% das armas usadas em crimes pertenciam a cidadãos de bem e caíram nas mãos dos bandidos em assaltos e outros crimes.

7. . No estado de São Paulo, as vítimas de latrocínio – matar para roubar – correspondem a menos de 5% das vítimas de todos os homicídios. . Em São Paulo, o primeiro motivo para homicídios é "vingança" entre pessoas que se conhecem e que não possuem nenhum vínculo com o tráfico de drogas ou outras atividades criminosas. . Um em cada três baleados que são hospitalizados receberam disparo não-intencional.   Qual a causa dos crimes?

8. Quem são as pessoas envolvidas em crimes? Pessoas perdem e tiram a vida umas das outras em situações banais: brigas de trânsito, em bares ou ainda dentro de suas próprias casas. Em 46% dos casos de homicídio registrados na Zona Sul de São Paulo, vítima e autor mantinham uma relação de parentesco, vizinhança ou amizade. Qualquer um pode perder a cabeça e, com arma ao alcance da mão, se transformar num assassino!

[...]

10. Desarmamento é a solução? Na Austrália, 5 anos depois de uma lei que praticamente proibiu a venda de armas de fogo a taxa de homicídios por arma de fogo caiu 50%. Inglaterra e Japão, onde as armas são proibidas, estão entre os países do mundo onde menos se mata por arma de fogo. Enquanto nos Estados Unidos, que qualquer um pode comprar uma arma com facilidade, aparecem em 8º lugar entre os países mais violentos do mundo.
Esse estudo é pura desonestidade intelectual; não cita suas fontes, quando as cita não informa o ano e quando informa o ano não indica sequer o nome dos estudos. Se você achar o embassamento de qualquer um desses tópicos eu terei o prazer de discutir sobre, embora o estudo não tenha relação com as minhas perguntas.

http://www.nevusp.org/downloads/down094.pdf
O pdf é um panorama sobre a criminalização, não indica relação direta das fontes das armas com os crimes cometidos, e não está relacionado às minhas perguntas.

http://conjunturacriminal.blogspot.com.br/2007/04/arma-que-te-protege-mesma-que-te-mata.html
Sites do blogspot não abrem nos meus computadores.

http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/05/05/maioria-das-brasileiras-mortas-por-arma-de-fogo-e-vitima-de-violencia-domestica
Não agrega nada à discussão, pois não diferencia ou cita proporções de crimes causadas por armas legais ou ilegais, além de não responder as minhas perguntas.

Alguns links (inclusive um estudo) numa pesquisa bem rápida que evidenciam que no Brasil, e eu estenderia a quase toda a América Latina e EUA, do porque não temos (generalizando  ;) ) educação suficiente para portar ou ter posse de armas de fogo.
Nenhum desses links sequer chega perto das minhas perguntas. Não pergunrei sobre índices, quantidades ou qualificações. Perguntei onde está a relação da educação com a aptidão ou não de possuir/portar armas de fogo, entre outros.
Alta criminalidade não pode ser considerada sinônimo de alto índice de armas em mão de civis por si só sem considerar as políticas de segurança pública.

Mesmo na Suíça há um amplo debate sobre a viabilidade de sua cultura de possuírem armas de fogo, devido à facilidade com que são cometidos suicídios dessa natureza.
Não me darei ao trabalho de repetir as refutações exaradas neste tópico sobre esse pensamento falacioso.


Price, lhe passei vários links que mostram que:


1- Mais de 90% dos homicídios por armas de fogo são cometidos através de armas de fabricação nacional.
Para mim esta constatação é relevante.

2- Armas de fabricação nacional são rigidamente controladas
Que ótimo.

3-Quem abastece a criminalidade homicida são armas que, ou foram roubadas/furtadas, perdidas, cedidas, vendidas pelos donos registrados, ou foram os próprios donos que o fizeram. Portanto quem abastece os criminosos, comuns ou eventuais, são armas legais, fabricadas no Brasil.
Não, são armas que foram legais.

4-O Brasil ocupa o topo do número de homicídios por armas de fogo no mundo e somos somente 3% da população mundial, com mais de 30.000 homicídios dessa natureza por ano aqui e com cerca de 460.000 no mundo, contribuímos com o dobro da nossa representatividade populacional.

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5396350-EI8140,00-America+tem+a+maior+taxa+de+homicidios+por+arma+de+fogo+do+mundo.html
Como eu havia dito anteriormente, não é correto considerar somente a quantidade de armas com a criminalidade.

No texto citado no seu item 6, afirma-se isso:

"In the first decade of this century, new policies were implemented in Brazil to reduce crime levels and homicides in particular. In 2003, legislation was passed introducing tighter controls on firearms, in conjunction with disarmament campaigns. At national level, such measures probably contributed to the slight decrease in homicide rates after 2004, but the impact was noticeably stronger in Sao Paulo, where the enforcement of such measures was particularly effective also because of pre-existing efforts to curb violent crime through new policing methods. The strikingly different trends in homicide rates in Sao Paulo and Rio de Janeiro show that such crime prevention policies can make a real difference at local level."

5-Os homicídios cometidos por armas de fogo por criminosos de carteirinha são da ordem de 25% na AL segundo o estudo da ONU do Link acima.
Sim, demonstra e comprova. Confio nas fontes.

O que nos mostra que a grande maioria dos crimes não são premeditados e consequentemente não aconteceriam se a pessoa não tivesse acesso à armas de fogo. O provável é que ou ela usaria uma arma branca ( muito menos letal), os próprios punhos ( idiotice) ou desistiria.
Falsa indução.

6- Segundo o próprio estudo da ONU esse tipo de violência tem relação direta com o grau de desenvolvimento do país/região em que acontecem. Portanto a resposta que você queria esta aí. O Brasil não é um país suficientemente desenvolvido para permitir que seus cidadãos tenham amplo acesso à armas de fogo como acontece hoje por vias legais (bem restringidas) ou ilegais (via legalidade).
Esse estudo não se enquadra nas minhas perguntas, já que eu perguntei sobre a relação da influência da capacidade de porte/posse com a educação, e não a relação do desenvolvimento social local com a criminalidade. Mas devo dizer que é um levantamento de grande valor para a discussão.
Se eu tivesse tempo poderia fazer um tópico inteiro indicando as incertezas, imprecisões e duplipensares deste e outros estudos.
-

Curiosamente, achei um parágrafo neste artigo que não informa a presença de armas como uma das principais causas de crimes premeditados (bem generalizado, como vocês gostam):

"People commit intentional homicide for many reasons and it is apparent that numerous different driving forces are at work when they do. But there is something of a consensus, both among scholars and the international community, that lethal violence s often rooted in contexts of paucity and deprivation, inequality and injustice, social marginalization, low levels of education and a weak rule of law."

Na página 47 há dois exemplos da não necessidade das armas de fogo serem mais presentes em crimes do que outras armas.

E mais a frente há uma menção sobre a relação da quantidade de armas com a quantidade de crimes, da dificuldade de relacionar crimes com os tipos e portadores de armas, e ainda, o fato dos pesquisadores igorarem essa dificuldade [generalizando os fatos, como eles fazem tão bem]:

"The provision of reliable quantitative support to either of these hypotheses is one of the most difficult areas of homicide research, with a number of methodological problems, including: identifying reliable measures of gun ownership, availability, accessibility and use; the need to differentiate between different owners of guns (households, individuals, affiliates to organized crime groups or gangs, etc.) and different type of guns (handguns, shotguns, rifles, etc.); accounting for correlations that arise between firearm availability and homicide rates that may be caused by a third factor (such as a rise in homicides due to increased presence of organized crime); the difficulty in establishing causal relationships between changes in gun availability and corresponding changes in homicide levels (what comes first?); the difficulty of taking into account different legislative frameworks on firearms and state capacity to enforce them when conducting comparative studies.
Notwithstanding such challenges, a significant body of literature tends to suggest that firearm availability predominantly represents a risk factor rather than a protective factor for homicide. In particular, a number of quantitative studies tend towards demonstrating a firearm prevalence-homicide association."

Preciso ter o trabalho de comentar estes trechos?
« Última modificação: 05 de Julho de 2012, 11:58:48 por Price »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #609 Online: 04 de Julho de 2012, 13:35:21 »
Um detalhe que é interessante mencionar, caso ainda não se tenha feito, é que o velho-oeste não era como o velho oeste do cinema, e as coisas eram bastante sossegadas, apesar de serem grosseiros do passado inculto.

http://www.cracked.com/article_18487_6-ridiculous-history-myths-you-probably-think-are-true.html

Offline Diegojaf

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #610 Online: 04 de Julho de 2012, 18:06:46 »
Estranho ele afirmar que o indice de homicidio continua igual quando todas as pesquisas mostram diminuição proporcional.



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/02/24/sp-e-o-estado-com-maior-queda-no-indice-de-homicidios.jhtm

- Um corpo foi encontrado com 9 tiros.
- Onde?
- Na praia?
- Afogamento, claro...


:lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Skorpios

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #611 Online: 04 de Julho de 2012, 18:12:36 »
Estranho ele afirmar que o indice de homicidio continua igual quando todas as pesquisas mostram diminuição proporcional.



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/02/24/sp-e-o-estado-com-maior-queda-no-indice-de-homicidios.jhtm

- Um corpo foi encontrado com 9 tiros.
- Onde?
- Na praia?
- Afogamento, claro...


:lol:
Obvio, não? Não conseguiu nadar com o peso do chumbo..... :nao3:

Offline Gaúcho

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #612 Online: 04 de Julho de 2012, 18:26:09 »
Isso me lembra o pessoal mudando o corpo para a região de outra companhia, no filme Tropa de Elite. :P
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Offline Price

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #613 Online: 04 de Julho de 2012, 19:08:02 »
Isso me lembra o pessoal mudando o corpo para a região de outra companhia, no filme Tropa de Elite. :P

Me lembra o Capitão Conte Lopes relatando que para socorrer um bandido eles davam um rolê de 30 km, passando por duas ou três cidades antes de chegar no hospital.

"Porra, Capitão! O cara levou mais de 10 tiros, só tá o pó, deixa o defunto aí"
"Você é médico pra ter certeza?"
"Não senhor."
"Então, eu também não sou, vamos socorrer." :biglol:
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Offline Price

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #614 Online: 06 de Julho de 2012, 11:14:54 »
No pdf exposto anteriormente pelo forista Juca notam-se vários pontos que afirmam a incapacidade do governo e relacionados nos assuntos relacionados a armas de fogo. É incrível como pessoas mal intencionadas podem utilizar dados aleatórios para tentar se justificar sem sequer se informar sobre o âmbito que o estudo está enquadrado, (que creio que não seja o caso do forista referido, mas sim dos membros dos "institutos de pesquisa" que apoiam o desarmamento.)

Lendo o texto, notei algumas informações interessantes para serem analizadas:

Citar
O impacto das armas de fogo sobre a violência no Brasil

A despeito do crescimento da violência no Brasil, são poucos os pesquisadores que abordam a contribuição das armas de fogo.[1] A baixa confiabilidade e validade, e a falta de padronização na coleta de dados criminais, estão entre os maiores obstáculos à pesquisa neste campo (Beato-Fo, 2000, Cano, 2000, Kahn, 2002b, Piquet-Carneiro, 2000). Segundo Beato-Fo (2000), isto se explica, em  parte, pela falta da necessária tecnologia nas secretarias estaduais de segurança no Brasil, uma vez que “somente poucas secretarias de segurança dispõem de departamentos de coleta de dados e análise estatística, bem como da tecnologia necessária”[2]. Além disso, não existe uma cultura para a produção, disseminação e uso de informações para fins de planejamento.[3]
[1] Não é um fato relacionado a análise em si, entretanto é curioso notar a reafirmação da não necessidade da relação entre armas de fogo e índices de violência.

[2] Como será que o governo federal, quando busca traçar um plano de medidas tem a cara de pau de utilizar esses dados que não merecem confiança?

[3] Essa afirmação em parte já responte parte da pergunta anterior, não há o costume de produzir (incapacidade de levantamento de dados), disseminar (não divulgação dos dados, que de certo modo é lógico, pois muitas vezes sequer existem dados a serem divulgados) e utilizar tais dados. Qualquer estudo/levantamento que tenha base nestes dados estará fadado a estar muito além do limite aceitável de erro.
Citar
Assim sendo, a coleta de dados parece ser considerada pelos agentes policiais como uma atividade burocrática e inútil, fragilmente articulada com o seu trabalho cotidiano (Cano, 2000). Esta visão tem um efeito direto na qualidade dos dados coletados.[4]
[4] Se a coleta de dados é negligenciada, como pode-se dar garantia aos dados em geral? Quais são os levantamentos específicos que são neglienciados? Será que essa negligência pode ir além da "articulação com o trabalho cotidiano" e se tornar proposital? Novamente, como pode-se basear estudos nestes dados fajutos?
Aposto que não há resposta para estas perguntas.

Citar
Ao analisar os dados produzidos pelos Departamentos de Polícia no Rio de Janeiro, Cano (2000) identificou os principais problemas que limitam a qualidade dos mesmos: falta de padronização entre as categorias em diferentes anos, duplicação de informações coletadas por diferentes departamentos de polícia, falta de informações sobre características das vitimas, dos agressores e das atividades criminais, falta de padronização nos procedimentos de coleta de dados e nas categorias utilizadas entre diferentes unidades, e sub-notificação.[5] Além disso, o mesmo evento pode ser categorizado de formas diferentes durante os procedimentos investigativo e judicial (Cardia et al., 2003). Outro problema que dificulta a utilização de informações policiais para monitorar atividades criminais ou violência no Brasil, é que os dados policiais publicados fornecem informações apenas sobre o número de eventos criminais, até mesmo quando envolvem mais de uma vitima ou agressor. Desta forma, um homicídio múltiplo, tal como uma chacina, é considerado como apenas um caso, independente do número de vitimas (Cardia et al., 2003). Além disso, as referências sociogeográficas dos  departamentos de polícia não coincidem com outras áreas administrativas, o que dificulta o cálculo e a comparação de taxas.[6]
[5] Falta de padronização, discrepância de dados, falta de comunicação, deficiência na coleta de dados e omissão nas primeiras etapas de levantamento de dados. Não creio que seja necessário comentar essa "barbaridade".
[6] Além de todos os erros supra, ainda ocorre uma igualdade entre crimes de diferentes espécies. Se comparam chacinas com homicídios "simples", está justificada a afirmação dada pelo estudo da ONU, previamente citado, de que as armas legais são igualadas as ilegais...

Citar
Os problemas relacionados à comparação de dados coletados em diferentes estados são ainda maiores, uma vez que são utilizadas diferentes categorias para classificar eventos criminais. [7]
[7] Não preciso comentar.

Citar
De acordo com Beato-Fo (2000), enquanto o Departamento de Polícia no Rio de Janeiro utiliza sete diferentes categorias para classificar crimes como roubo, em Minas Gerais são utilizadas 31 e em São Paulo 05 categorias para o mesmo tipo de crime. Assim, podemos concluir que os dados não são comparáveis temporal e espacialmente, o que dificulta um diagnóstico nacional da violência criminal no Brasil, em termos de sua magnitude, distribuição, características das vitimas e dos agressores e fatores de risco. [8]
[8] Idem.

Citar
Além disso, uma vez que temas como violência e criminalidade constituem uma das principais preocupações da população brasileira, acabam por ocupar, também, um lugar importante nas campanhas políticas no Brasil (Cardia et al., 2003). Assim sendo, segundo Cardia et al.(2003), os  dados publicados sobre as atividades criminais no País são comumente manipulados para distorcer a realidade.[9] Outros problemas como orientação política para encobrir certos eventos criminais (por exemplo, homicídios que podem ser classificados em diferentes categorias criminais, tais como Violência por armas de fogo no Brasil 23 roubo seguido de morte), pactos entre vitimas, agressores e autoridades, ou a desistência de notificar o fato para a polícia, influenciam a qualidade dos dados criminais no Brasil.[10]
[9] Não há qualidade nos dados e seu acesso é limitado (veja item 12). Realmente tudo se torna muito fácil para os políticos manipularem os dados, e depois alegar que o armamentismo está relacionado à criminalidade ou que o desarmamento está ligado à queda da violência,

[10] e além disso, os mesmos políticos têm interesse na desinformação pois tem entre seus interesses a própria ineficácia policial.

Citar
Isto posto, muito pouco se sabe sobre o número de armas de fogo em circulação no País, sobre a morbidade, mortalidade e atividades criminais relacionadas ao uso de armas de fogo, assim como sobre os perfis das vitimas e agressores. Segundo Kahn (2002b), é difícil saber o número e os tipos de armas de fogo disponíveis no Brasil, devido à sub-notificação de dados oficiais, e à falta de dados precisos sobre atividades criminais e tráfico de armas.[11] Além disso, os bancos de dados brutos sobre o número de armas de fogo registradas e apreendidas pelos departamentos de policia estaduais não estão disponíveis para fins de pesquisa.[12]
[11] Reitera pela segunda vez a afirmação da ONU da qualificação única que todas as armas têm, sendo legais, ilegais ou de diversos tipos. "O cidadão é assemelhado ao criminoso": quem pode alegar que essa afirmação é falaciosa?

[12] Além de não serem expostos em caráter de prestação de serviços á população, o acesso aos dados para pesquisa é restrito. Que hilário.

Posteriormente complementarei a análise com um outros comentários.
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Offline _tiago

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #615 Online: 06 de Julho de 2012, 18:18:08 »
Putz, o Brasil é um circo e a adm pública é incompetente...  :'(

Offline Fabi

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #616 Online: 06 de Julho de 2012, 18:42:12 »
Acho que a maior parte desses "estudos" incorre no erro de contabilizar na coisa toda os crimes cometidos por criminosos "de carteirinha", com armas ilegais, em vez de "testar" apenas a noção de que a população não-criminosa ficaria significativamente mais propensa a se matar apenas por portar mais armas (armas legais).
2...

Nunca falam o quanto dos homicídios é em decorrência do tráfico de drogas (traficantes matam devedores, traficantes rivais etc...).

E também os políticos (aqueles mesmos que pegaram em armas no passado pra derrubar o governo militar) não querem ter um povo armado, vai que esse povo se revolte contra a corrupção, isso não seria nada bom.

E a Rede Bobo só tem alienados que andam com seguranças armados e vivem em condomínios fechados, ninguém deveria levar em conta o que eles pensam.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Hold the Door

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #617 Online: 28 de Julho de 2012, 20:40:27 »
Onde estão as armas e quais são os países com o maior índice de mortes provocadas por elas?

Armas: posse x homicídios
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #618 Online: 29 de Julho de 2012, 06:53:40 »
Onde estão as armas e quais são os países com o maior índice de mortes provocadas por elas?

Armas: posse x homicídios

Pelo que entendi, a taxa de homicídios por armas de fogo é até menor. na grande maioria dos países onde a população civil tem facilidades para obter uma.

Com excessão de alguns países africanos ou outros que estão em constante guerra civil.

Offline Hold the Door

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #619 Online: 29 de Julho de 2012, 09:08:30 »
Onde estão as armas e quais são os países com o maior índice de mortes provocadas por elas?

Armas: posse x homicídios

Pelo que entendi, a taxa de homicídios por armas de fogo é até menor. na grande maioria dos países onde a população civil tem facilidades para obter uma.

Com excessão de alguns países africanos ou outros que estão em constante guerra civil.

Sim, excetuando-se países em constantes conflitos internos, em grande parte dos casos não há relação direta entre grande quantidade de armas de fogo possuída por civis e mortes provocadas por elas. O inverso também não se verifica. Muitos países com baixa taxa de posse de armas de fogo por civis tem índice de mortes por elas muito além do que seria esperado. Compare, por exemplo, nas Américas as taxas dos EUA, do Equador e de Trinidad e Tobago.

Ou seja, simplesmente proibir a posse de armas de fogo por civis não garante em nada a queda do índice de mortes provocados por elas se o país em questão tiver causas mais profundas de violência.
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Offline DDV

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #620 Online: 29 de Julho de 2012, 10:59:17 »
Ou seja, as campanhas de "desarmamento" servem mais como cortinas de fumaça para que os governos pareçam estar fazendo alguma coisa contra a violência enquanto negligenciam as reais causas e fatores. Isso já foi dito e reiterado nesse mesmo tópico (acho).

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #621 Online: 29 de Julho de 2012, 11:10:40 »
Ou seja, as campanhas de "desarmamento" servem mais como cortinas de fumaça para que os governos pareçam estar fazendo alguma coisa contra a violência enquanto negligenciam as reais causas e fatores. Isso já foi dito e reiterado nesse mesmo tópico (acho).



Sim, eu tb sempre disse que os maiores problemas são o contrabando e as armas ilegais juntamente com a impunidade provocada por leis frouxas.

Se alguém vive em um país onde se sabe que a justiça funciona e vai passar 30 anos na cadeia por homicídio, com certeza não vai sacar uma arma por causa de um para-lamas amassado na rua.

E basta ver quem são os maiores interessados no "desarmamento" brasileiro para perceber que tem coisa escondida nisso.


Offline Dr. Manhattan

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #622 Online: 29 de Julho de 2012, 11:13:50 »
Ou seja, as campanhas de "desarmamento" servem mais como cortinas de fumaça para que os governos pareçam estar fazendo alguma coisa contra a violência enquanto negligenciam as reais causas e fatores. Isso já foi dito e reiterado nesse mesmo tópico (acho).


Creio que a questão não seja essa. Não questiono os dados citados acima*, mas penso que o que, propositalmente ou não, não costuma ser deixado claro é que as campanhas de desarmamento supostamente levariam a uma diminuição de um certo tipo de crime. No caso, crimes passionais ou cometidos "no calor da hora" por indivíduos que em situações normais não seriam criminosos, ou crimes cometidos por malucos como o massacre recente. Os bandidões mesmo sempre encontram outras formas de conseguir suas armas. Não sei se isso é provável, até porque muitos crimes desse tipo são cometidos com facas, porretes ou (comum no interior do CE) foices e enxadas.

O que eu queria ver era uma estatística de crimes desse tipo x número de armas por 100.000 habitantes. O problema maior, a meu ver, não é nem a presença de armas, mas uma cultura que estimule a disposição ao seu uso.



*No entanto, do ponto de vista puramente estatístico, creio que a inclusão de países com população muito abaixo da média mundial tenda a distorcer os resultados.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

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Offline Diegojaf

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #623 Online: 29 de Julho de 2012, 14:48:50 »
É complicado ver estatísticas de homicídio porque colocam no mesmo balaio os 20 homicídios cometidos por um lunático em um bairro onde nunca houve registro deste tipo de crime e os 20 homicídios cometidos por 20 caras diferentes em uma região onde tem um homicídio por dia. Daí, quando sai o "planejamento" para a segurança da região, dividem igualmente o policiamento entre as duas áreas.

O mesmo ocorre pra os pró-controle de armas. Quando de cinco em cinco anos um maluco decide explodir e matar 20 pessoas com a arma adquirida legalmente, eles agem como se os outros 90000 homicídios com arma de fogo viessem de armas legalizadas de proprietários responsáveis e não do mercado negro de armas em crimes praticados claramente por motivação de drogas e cometidos por infratores contumazes e colocam no mesmo balaio os dois grupos.
« Última modificação: 29 de Julho de 2012, 14:51:08 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Desarmar o povo... de novo?
« Resposta #624 Online: 01 de Agosto de 2012, 08:17:52 »
Alguém aposta no que vai dar?
Citar
Projeto regulamenta aquisição de armas no Brasil
Medida visa a revogar o Estatuto do Desarmamento e estabelecer o Estatuto da Regulamentação das Armas de Fogo

Camila Freitas

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3722/12, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que regulamenta a aquisição e a circulação de munições e armas de fogo no Brasil.

A proposta já causa polêmica, pois visa a revogar o Estatuto do Desarmamento – no que tange a Lei 10.826/03 –, que cercea a comercialização de armas e proíbe o porte, com algumas reservas, almejando estabelecer o Estatuto da Regulamentação das Armas de Fogo, conforme o artigo 78 do Projeto.

Contudo, revogar uma lei não significa consentir um tema sem regulamentação, e esta fica prevista no novo Projeto do deputado. Assim, está predito, caso seja sancionada, que para adquirir uma arma de fogo, o sujeito deva ter no mínimo 21 anos, possuir documentos de identificação pessoal e Cadastro de Pessoa Física, além de comprovar ocupação lícita, residência e passar pelo exame psicotécnico.

Segundo informa o deputado Rogério Peninha, está claro que a medida em vigor é a proibição da posse e do porte. Ao contrário da lei atual, o PL 3722/12 não fala de algumas categorias específicas, as quais têm direito ao porte de arma.

Portanto, no que tange a posse, categorias determinantes, que já possuem o porte, fica esclarecido que o direito de tais grupos será mantido. “Nenhum direito que hoje existe é suprimido pela minha proposta. O que ocorre é que o porte passa a ser de qualquer cidadão, independente de sua atividade, o que elimina a necessidade de se tratar de categorias específicas”, comenta o deputado Peninha.

Na proposta, o registro de armas de fogo passa a ser permanente e, de acordo com o art. 5º, §6º do Projeto de Lei, as armas particulares, cujo uso seja permitido aos militares, continuam sendo registradas no Comando Militar, prevendo a expansão do registro à Aeronáutica e à Marinha. No Sistema Nacional de Armas (Sinarm) será realizado apenas o cadastro da arma.

Apesar das atitudes favoráveis à sanção da lei, ainda há muitas entidades e bancadas que se posicionam contrárias à liberação, expondo o feito como um grande risco à sociedade brasileira. O próprio governo mantém posição favorável ao desarmamento da população.

Em detrimento da pauta, a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Mike, salienta que o governo ainda é contrário a qualquer projeto de lei que flexibilize o Estatuto do Desarmamento. Regina explica que há uma condução clara de desarmar a população e trazer, cada vez mais, a segurança aos cidadãos, capacitando os agentes públicos que têm por dever a proteção da população.

Além disso, a secretária considera ilusória a ideia de que ter uma arma traz proteção ao cidadão. “Se eu tenho uma arma e alguém invade a minha residência, até eu pegar a arma e me posicionar, eu tenho um problema; e, se esta arma está em local de fácil acesso, eu corro o risco de acidentes, inclusive com adolescentes e crianças”, afirma Regina.

O deputado Zé Geraldo (PT-PA), membro da Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência, também apresentou sua visão referente ao projeto do deputado Peninha.

“O cidadão não deve ter uma arma para se defender contra a violência. Quem tem que defender o cidadão é o Estado, que precisa ampliar e qualificar a segurança pública no Brasil”, instiga o deputado. (Jornal do Comércio/RS

Fonte

 

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