Autor Tópico: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %  (Lida 24938 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #100 Online: 21 de Setembro de 2011, 20:31:31 »
Provavelmente o próprio governo avisou antes para posar de não tão malvado. Agora, duvido que esses carregamentos durem até dezembro de 2012...

Depende, se a  montadora ainda não está instalada no Brasil e o consumidor ficar com medo de comprar o carro achando que vai acabar com um Lada na mão, pode ser que dure muito mais que até 2012.

Offline -Huxley-

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #101 Online: 21 de Setembro de 2011, 21:52:52 »
O aumento do IPI para importados ainda está rendendo muitas notícias...

Governo quer evitar saída de investimentos de chinesas e coreanas:
http://www.noticiasautomotivas.com.br/governo-quer-evitar-saida-de-investimentos-de-chinesas-e-coreanas/

http://www.noticiasautomotivas.com.br/chery-entra-na-justica-e-ganha-liminar-contra-ipi-maior/

Chery entra na justiça e ganha liminar contra IPI maior:
http://www.noticiasautomotivas.com.br/chery-entra-na-justica-e-ganha-liminar-contra-ipi-maior/

Hipocrisia: após aumentar IPI de importados, Dilma critica medidas de protecionismo:

http://www.noticiasautomotivas.com.br/hipocrisia-apos-aumentar-ipi-de-importados-dilma-critica-medidas-de-protecionismo/

Quanto a última notícia, minha primeira reação foi ficar surpreso com a declaração de Dilma... Pensei melhor e disse isso a mim mesmo: "Que ingenuidade minha... Afinal, se há autenticidade, NÃO HÁ PETISMO."

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #102 Online: 21 de Setembro de 2011, 21:56:09 »
Citar

Quanto a última notícia, minha primeira reação foi ficar surpreso com a declaração de Dilma... Pensei melhor e disse isso a mim mesmo: "Que ingenuidade minha... Afinal, se há autenticidade, NÃO HÁ PETISMO."


Normal, ver petista defendendo duas coisas opostas ao mesmo tempo já é rotina.

Offline _Juca_

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #103 Online: 21 de Setembro de 2011, 22:44:33 »
Considerações. Existem 2 lados nessa discussão, o lado dos empregos, e o lado do consumidor. Se um ganhar o outro perde, e um é exatamente o outro. Do lado do emprego são 23 milhões de empregos diretos e indiretos. No ultimo ano, as vendas e os emplacamentos vem aumentando, mas todo aumento vem sendo suprido por modelos importados, e a maioria por importados da China e Coréia. Existe um clara vantagem competitiva nos carros chineses, todas nós conhecemos bem, mas a principal e a desvalorização artificial que o governo daquele país mantém na sua moeda, que esta desencadeando entre outros fatores uma guerra cambial ( o aumento do IPI é somente uma batalha dessa "guerra" anunciada), o que portanto torna a competição desleal, já que sabemos que o Brasil é um país caro para se fazer carro, que além o fator câmbio, salários e impostos não estão entre os mais baratos. No caso dos carros coreanos, a mim, me parece um claro processo de dumping, com uma estratégia agressiva de ganhar mercado, já que sem acordo nenhum de importação seus carros e pagam todos os impostos de importação e ainda conseguem vender a preços mais baratos que os fabricados, por exemplo, do que carros fabricado no Japão ou UE, ajudando a desovar parte dos estoques e também a manter essa montadoras sem demitir no turbulento e lento mercado mundial de automóveis. Esses fatores supriram a demanda por mais carros no Brasil, sem que fossem criados mais empregos aqui no Brasil, isso as vésperas de uma anunciada segunda rodada de uma crise de emprego e crédito mundial.

Por outro lado, os consumidores saem prejudicados, pois sem a concorrência dos importados, a já acomodada, lucrativa e gigantesca industria nacional (?) de automóveis não precisa mexer muito seu traseiro do lugar, e portanto podem sustentar suas matrizes deficitárias mundo afora com os gordos lucros conseguidos aqui. Sem contar que os investimentos das montadoras prejudicadas não vão se concretizar tão cedo, já que o plano deles era montar uma parte aqui, mas importar quase tudo de lá. Ademais, os consumidores que compraram esses carros, devem estar de cabelo em pé, porque a desvalorização e o fantasma do efeito "Lada" muito provavelmente já os estão assombrando, principalmente para quem comprou carro chinês.

Por último, vale lembrar que o governo não proibiu ninguém de importar. Além dos carros mexicanos  e argentinos que estão praticamente livres por causa dos acordos comerciais, aquelas montadoras que mantém mais até 65% da produção aqui, seja de carros ou componentes estão livres para importar com as alíquotas normais. Portanto continuaremos a ter muitos carros importados por essas bandas. O que vai ocorrer é que de agora em diante, a estratégia das montadoras terá que mudar, e os investimentos diretos em solo nacional terão que ser levados em conta, e não mais somente a importação de fábrica ociosas mundo afora. Se a medida realmente vai proteger empregos ou cartelizar a indústria, só vamos saber mesmo daqui a algum tempo.



« Última modificação: 21 de Setembro de 2011, 22:50:12 por _Juca_ »

Offline Derfel

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #104 Online: 21 de Setembro de 2011, 22:52:04 »
Acho que a montadora não está livre para importar, não. O que ocorre é que os carros com pelo menos 65% de nacionalização não terão o IPI aumentado.

Offline -Huxley-

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #105 Online: 22 de Setembro de 2011, 11:21:21 »
A parte III do artigo cujas partes I e II estão, respectivamente, nas páginas 1 e 4 deste tópico...

O ataque dos geiselistas III: Discutindo alternativas

Acordamos um dia e descobrimos que durante um período de crédito fácil, baixo desemprego, e crescimento puxado pela demanda doméstica, a importação de carros da Coréia do Sul e da China aumentou vertiginosamente. Em 2009, 36 mil carros foram importados da Coréia do Sul e menos que 500 vieram da China; em 2010, 87 mil carros vieram da Coréia do Sul e 11 mil vieram da China; os números ainda não estão disponíveis para 2011, mas a tendência aparentemente continuou.

Cria-se um dilema então para o formulador de políticas: o que fazer?

Bem, a primeira pergunta é qual deve ser a função-objetivo do formulador de políticas. Afinal, se o objetivo é maximizar a renda do sindicato de metalúrgicos ou os lucros das multinacionais, as políticas desejáveis tenderão a ser diferentes daquelas que maximizam a produção doméstica ou as receitas para o erário. Minha premissa é que o objetivo é tornar o Brasil um país desenvolvido, isto é, reduzir o abismo de renda, condições de vida, expectativa de vida, mortalidade infantil, educação, segurança pública, acesso a oportunidades e outras benesses e benfeitorias que separam o típico brasileiro do típico cidadão de um país desenvolvido, digamos, os Estados Unidos, o Japão ou a França.

E agora, companheiro?

Minha primeira reação é que a entrada de mais importados é salutar e esperada, dado o aquecimento da economia. Sem as importações certamente a demanda em excesso da produção doméstica causaria uma combinação de aumento de preços domésticos e redução de nossas exportações de carros. Diga-se de passagem, tanto o aumento dos preços domésticos e a redução das exportações de carros são fenômenos que devem ocorrer como conseqüência do IPI seletivo que aumenta o poder de monopólio das montadoras no mercado brasileiro.

Tendo dito isso, vale a pena discutir alguns casos:

1) E se os preços baixos cobrados pelos chineses são um fenômeno permanente, gerado por um aumento sustentado da produtividade chinesa?

Um gajo me diz que as importações asiáticas (chinesas em particular) são predatórias porque o governo chinês subsidia suas montadoras. Este é um argumento que tem alguma tração. A idéia é que um país estrangeiro teria interesse em vender abaixo do custo com o objetivo de aumentar sua participação no mercado, presumivelmente porque depois da competição doméstica ser aniquilada, poderia aumentar seus preços e recuperar as perdas acumuladas durante os anos de preço abaixo do custo.

De fato, sabemos de histórias onde a concorrência asiática aniquilou firmas incumbentes. Basta lembrar o exemplo da indústria fotográfica, outrora dominada por firmas alemãs, mas hoje dominada pelos japoneses. Entretanto, a segunda etapa da narrativa do gajo não guarda muita relação com a realidade: depois que a indústria fotográfica alemã foi aniquilada, os preços das câmaras fotográficas continuaram a cair, o efeito no bem-estar alemão em geral foi nulo, e a indústria alemã, sem o peso morto de um setor que havia perdido sua competitividade, continuou a ser líder mundial em vários setores.

2) Mas e se os preços baixos dos chineses são um fenômeno temporário e insustentável?

Pode muito bem ser o caso que os carros chineses são baratos agora, mas porque os salários chineses são comprimidos devido ao caráter autoritário daquele país. Tal premissa é possivelmente falsa - os salários nas áreas costeiras da China têm subido rapidamente – mas vale a pena elaborar o raciocínio sob a premissa que existe algum tipo de dumping salarial temporário nas exportações chinesas, que geraria algum excesso de competitividade artificial, injusto e insustentável.

Neste caso, é claro que estamos tratando de uma situação em que o trabalhador chinês (sujeito a salários artificialmente baixos) está subsidiando o consumidor brasileiro (o argumento tambem vale para o caso do governo chinês subsidiando insumos industriais). Do ponto de vista chinês, isso pode ser justificado pela possibilidade teórica de externalidades de aprendizado nas exportações (quanto mais os chineses exportam carros, melhor produtores de carros eles se tornam).


A resposta para este problema não é a proteção à indústria, mas sim o incentivo à nossa exportação, via políticas macroeconômicas favoráveis, melhoria no ambiente de negócios ou subsidios a exportacao (na medida que dentro da legalidade).

3) Mas e se a indústria automobilística brasileira se encontrar frente a frente a um dilúvio de importações?

Se os carros chineses estão entrando no mercado a um preço muito barato, isso representa um ganho de renda para as famílias brasileiras, que podem poupar (reduzindo taxas de juros domésticas, aumentando a riqueza nacional) ou consumir (na margem, aumentando o consumo de outros bens e serviços domésticos, assim como as importações). Como grande parte da cesta de consumo do brasileiro é doméstica (temos minúscula penetração de importados), a fração leonina dos ganhos devido à importação vai se tornar demanda por bens e serviços domésticos.

Mas note: a queda no preço dos carros no Brasil também aumentaria a atratividade das atividades exportadoras – portanto, um aumento das importações não necessariamente significa uma redução da produção doméstica na mesma proporção. Pode ser que essa ‘substituição de exportações’ signifique menores margens de lucro ou menores rendas a ser capturadas pelos sindicatos, mas parece-me bem improvável que os ganhos do consumidor não sejam significativamente maiores do que as perdas da indústria automobilística – ainda mais se considerarmos que estamos tratando de empresas multinacionais cujos acionistas em sua vasta maioria moram na Italia, Alemanha, EUA, Japão...

Resumindo:

Estranho e preocupante seria se importações não estivessem crescendo rapidamente, dado o cenário macroeconômico corrente.

Se há externalidades de aprendizado na exportação, deveríamos melhorar os incentivos para exportar, não proteger o mercado doméstico, porque proteger o mercado doméstico tem o efeito colateral de taxar a exportação.

Incentivos para exportar podem ser melhorados (e a lista não é exaustiva):

- abrindo a economia para importações;
- dizendo não aos pedidos de proteção;
- resistindo ao tesão enrustido da esquerda brasileira por taxar o consumidor brasileiro para redistribuir para os aposentados de Stuttgart;
- criando condições macroeconômicas benignas (no caso do Brasil, política fiscal conservadora é o exemplo mais óbvio);
- criando condições microeconômicas favoráveis (redução do custo de fazer negócios no Brasil);
- liberalizando o mercado cambial (reduzindo assim os custos de transação).

Do ponto de vista do bem-estar dos residentes no Brasil, a melhor resposta à entrada de um competidor estrangeiro de menor custo no mercado é aproveitar os preços baixos. Em geral, mas principalmente se os donos do capital dos produtores domésticos não são nacionais.

Postado por "O" Anonimo

http://maovisivel.blogspot.com/

Offline Gutislo, o godo

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #106 Online: 27 de Setembro de 2011, 11:50:17 »
Estava observando ontem preços ditos promocionais em uma revenda da Volkswagen e tive a impressão de os mesmo s já terem subido - destaco um Voyage 1.0 por mais de R$ 37.000!! Isto é um "desabsurdo"! E o pior é que tem louco que paga isso tudo num carro sem motor, sem air bag e tampouco ABS!  :(  Não nos preocupemos, pois somente ficará pior...  :(

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, assisti a um interessante discurso da Míriam Leitão, criticando esta medida; está escrito no site da Globo:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/miriam-leitao-proteger-industria-automobilistica-nao-faz-sentido-algum.html


Citação de: Míriam Leitão
O que protege a indústria é menos burocracia, menos carga tributária e um mercado livre, com regras claras. Existem duas formas de fazer política industrial. Uma é proteger o setor, ou seja, escolher o setor para proteger, como o governo fez. A outra é melhorar as condições gerais de competitividade da economia para que todo mundo que todo mundo que for bom, se estabeleça no negócio.

O que levou o governo a pensar nisso? Houve uma diferenciação muito grande entre vendas de varejo e produção industrial. Quer dizer, o governo olhou e viu que o comércio está muito intenso, as pessoas estão comprando muito, mas a produção industrial brasileira está crescendo muito menos. E isso precisa ser enfrentado como? Protegendo a indústria.

Ou seja, o governo escolheu proteger a indústria automobilística. Isso não faz sentido algum. Quer dizer, o diagnóstico de que há um problema e que é preciso que a produção industrial aumente é importante, mas o remédio usado pelo governo foi errado.

O remédio pode levar a outro problema, que são as previsões de inflação feitas pelo mercado. O Banco Central, uma vez por semana, consulta cem instituições financeiras e consultorias sobre o que elas estão prevendo. Pela primeira vez, na segunda-feira (26), foi divulgado que estão prevendo 6,52%, que é acima do teto da meta da inflação, de 4,5% – 6,5% são o máximo que se pode chegar, mas já está se prevendo acima. Em 2012, o mercado já está prevendo a inflação cada vez mais alta.

Esse é o remédio para melhorar a competição na economia, melhorar a eficiência econômica? Ou um remédio que vai levar a mais inflação? É um remédio que pesa contra a qualidade dos carros produzidos no Brasil, porque essa competição força a indústria brasileira a melhorar seu produto.

Aumento de IPI sobre carros importados: o que é favorável?

A gente já viu no passado como a falta de competição levou a um produto nacional de má qualidade e alto preço. Para se ter uma ideia, a importação de carros é feita, principalmente, por quem já está aqui e não vai pagar o IPI a mais. Quem vai pagar é quem não tem fábrica no Brasil, e isso representa apenas 7% de todo o comércio de automóveis. É pequeno, mas ajuda a competição. Agora o governo vai eliminar essa competição.

Que prós e contras isso tem para a indústria brasileira? Principalmente, o governo devia pensar no que favorece ao consumidor. É a competição. O que favorece a indústria é melhorar as condições de competitividade. O Brasil não tem boa logística, tem carga tributária e paga imposto demais sobre trabalho, que é a grande questão hoje.

Na segunda-feira (26), a OIT divulgou a informação de que o G-20 vai perder 20 milhões de empregos. Isso é que é o importante: o que realmente cria empregos? Não é protegendo uma indústria de um setor que sempre foi muito protegido.
"Todas as verdades estão contra nós. Mas continuamos vivendo porque as aceitamos em si mesmas, porque nos recusamos a tirar as conseqüências. Onde existe alguém que tenha traduzido uma só conclusão do ensino da astronomia, da biologia e tenha decidido não levantar-se mais por revolta ou por humildade face às distâncias siderais ou aos fenômenos naturais? Houve alguma vez um orgulho vencido pela evidência de nossa irrealidade?... As ciências provam nosso nada. Mas quem tirou disso a última lição?" E. Cioran

Offline Sergiomgbr

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #107 Online: 27 de Setembro de 2011, 14:23:10 »
Estava observando ontem preços ditos promocionais em uma revenda da Volkswagen e tive a impressão de os mesmo s já terem subido - destaco um Voyage 1.0 por mais de R$ 37.000!! Isto é um "desabsurdo"! E o pior é que tem louco que paga isso tudo num carro sem motor, sem air bag e tampouco ABS!  :(  Não nos preocupemos, pois somente ficará pior...  :(

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, assisti a um interessante discurso da Míriam Leitão, criticando esta medida; está escrito no site da Globo:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/miriam-leitao-proteger-industria-automobilistica-nao-faz-sentido-algum.html


Citação de: Míriam Leitão
O que protege a indústria é menos burocracia, menos carga tributária e um mercado livre, com regras claras. Existem duas formas de fazer política industrial. Uma é proteger o setor, ou seja, escolher o setor para proteger, como o governo fez. A outra é melhorar as condições gerais de competitividade da economia para que todo mundo que todo mundo que for bom, se estabeleça no negócio.

O que levou o governo a pensar nisso? Houve uma diferenciação muito grande entre vendas de varejo e produção industrial. Quer dizer, o governo olhou e viu que o comércio está muito intenso, as pessoas estão comprando muito, mas a produção industrial brasileira está crescendo muito menos. E isso precisa ser enfrentado como? Protegendo a indústria.

Ou seja, o governo escolheu proteger a indústria automobilística. Isso não faz sentido algum. Quer dizer, o diagnóstico de que há um problema e que é preciso que a produção industrial aumente é importante, mas o remédio usado pelo governo foi errado.

O remédio pode levar a outro problema, que são as previsões de inflação feitas pelo mercado. O Banco Central, uma vez por semana, consulta cem instituições financeiras e consultorias sobre o que elas estão prevendo. Pela primeira vez, na segunda-feira (26), foi divulgado que estão prevendo 6,52%, que é acima do teto da meta da inflação, de 4,5% – 6,5% são o máximo que se pode chegar, mas já está se prevendo acima. Em 2012, o mercado já está prevendo a inflação cada vez mais alta.

Esse é o remédio para melhorar a competição na economia, melhorar a eficiência econômica? Ou um remédio que vai levar a mais inflação? É um remédio que pesa contra a qualidade dos carros produzidos no Brasil, porque essa competição força a indústria brasileira a melhorar seu produto.

Aumento de IPI sobre carros importados: o que é favorável?

A gente já viu no passado como a falta de competição levou a um produto nacional de má qualidade e alto preço. Para se ter uma ideia, a importação de carros é feita, principalmente, por quem já está aqui e não vai pagar o IPI a mais. Quem vai pagar é quem não tem fábrica no Brasil, e isso representa apenas 7% de todo o comércio de automóveis. É pequeno, mas ajuda a competição. Agora o governo vai eliminar essa competição.

Que prós e contras isso tem para a indústria brasileira? Principalmente, o governo devia pensar no que favorece ao consumidor. É a competição. O que favorece a indústria é melhorar as condições de competitividade. O Brasil não tem boa logística, tem carga tributária e paga imposto demais sobre trabalho, que é a grande questão hoje.

Na segunda-feira (26), a OIT divulgou a informação de que o G-20 vai perder 20 milhões de empregos. Isso é que é o importante: o que realmente cria empregos? Não é protegendo uma indústria de um setor que sempre foi muito protegido.
Ainda que pareça um comentário isento e intuitivamente coerente, a desconfiança dele ser vinculado a um programa da Globo é que acaba pesando mais. Sempre fica aquele ranço de reportagem vinculada a interesses políticos e lobbyes econômicos da qual a emissora poderia estar se pautando. Teoria da conspiração?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Barata Tenno

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #108 Online: 27 de Setembro de 2011, 14:26:10 »
Estava observando ontem preços ditos promocionais em uma revenda da Volkswagen e tive a impressão de os mesmo s já terem subido - destaco um Voyage 1.0 por mais de R$ 37.000!! Isto é um "desabsurdo"! E o pior é que tem louco que paga isso tudo num carro sem motor, sem air bag e tampouco ABS!  :(  Não nos preocupemos, pois somente ficará pior...  :(

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, assisti a um interessante discurso da Míriam Leitão, criticando esta medida; está escrito no site da Globo:

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Citação de: Míriam Leitão
O que protege a indústria é menos burocracia, menos carga tributária e um mercado livre, com regras claras. Existem duas formas de fazer política industrial. Uma é proteger o setor, ou seja, escolher o setor para proteger, como o governo fez. A outra é melhorar as condições gerais de competitividade da economia para que todo mundo que todo mundo que for bom, se estabeleça no negócio.

O que levou o governo a pensar nisso? Houve uma diferenciação muito grande entre vendas de varejo e produção industrial. Quer dizer, o governo olhou e viu que o comércio está muito intenso, as pessoas estão comprando muito, mas a produção industrial brasileira está crescendo muito menos. E isso precisa ser enfrentado como? Protegendo a indústria.

Ou seja, o governo escolheu proteger a indústria automobilística. Isso não faz sentido algum. Quer dizer, o diagnóstico de que há um problema e que é preciso que a produção industrial aumente é importante, mas o remédio usado pelo governo foi errado.

O remédio pode levar a outro problema, que são as previsões de inflação feitas pelo mercado. O Banco Central, uma vez por semana, consulta cem instituições financeiras e consultorias sobre o que elas estão prevendo. Pela primeira vez, na segunda-feira (26), foi divulgado que estão prevendo 6,52%, que é acima do teto da meta da inflação, de 4,5% – 6,5% são o máximo que se pode chegar, mas já está se prevendo acima. Em 2012, o mercado já está prevendo a inflação cada vez mais alta.

Esse é o remédio para melhorar a competição na economia, melhorar a eficiência econômica? Ou um remédio que vai levar a mais inflação? É um remédio que pesa contra a qualidade dos carros produzidos no Brasil, porque essa competição força a indústria brasileira a melhorar seu produto.

Aumento de IPI sobre carros importados: o que é favorável?

A gente já viu no passado como a falta de competição levou a um produto nacional de má qualidade e alto preço. Para se ter uma ideia, a importação de carros é feita, principalmente, por quem já está aqui e não vai pagar o IPI a mais. Quem vai pagar é quem não tem fábrica no Brasil, e isso representa apenas 7% de todo o comércio de automóveis. É pequeno, mas ajuda a competição. Agora o governo vai eliminar essa competição.

Que prós e contras isso tem para a indústria brasileira? Principalmente, o governo devia pensar no que favorece ao consumidor. É a competição. O que favorece a indústria é melhorar as condições de competitividade. O Brasil não tem boa logística, tem carga tributária e paga imposto demais sobre trabalho, que é a grande questão hoje.

Na segunda-feira (26), a OIT divulgou a informação de que o G-20 vai perder 20 milhões de empregos. Isso é que é o importante: o que realmente cria empregos? Não é protegendo uma indústria de um setor que sempre foi muito protegido.
Ainda que pareça um comentário isento e intuitivamente coerente, a desconfiança dele ser vinculado a um programa da Globo é que acaba pesando mais. Sempre fica aquele ranço de reportagem vinculada a interesses políticos e lobbyes econômicos da qual a emissora poderia estar se pautando. Teoria da conspiração?
Cuidado pra não cair no Ad Hominem.
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Offline Sergiomgbr

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #109 Online: 27 de Setembro de 2011, 14:55:55 »
Estava observando ontem preços ditos promocionais em uma revenda da Volkswagen e tive a impressão de os mesmo s já terem subido - destaco um Voyage 1.0 por mais de R$ 37.000!! Isto é um "desabsurdo"! E o pior é que tem louco que paga isso tudo num carro sem motor, sem air bag e tampouco ABS!  :(  Não nos preocupemos, pois somente ficará pior...  :(

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil, assisti a um interessante discurso da Míriam Leitão, criticando esta medida; está escrito no site da Globo:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/miriam-leitao-proteger-industria-automobilistica-nao-faz-sentido-algum.html


Citação de: Míriam Leitão
O que protege a indústria é menos burocracia, menos carga tributária e um mercado livre, com regras claras. Existem duas formas de fazer política industrial. Uma é proteger o setor, ou seja, escolher o setor para proteger, como o governo fez. A outra é melhorar as condições gerais de competitividade da economia para que todo mundo que todo mundo que for bom, se estabeleça no negócio.

O que levou o governo a pensar nisso? Houve uma diferenciação muito grande entre vendas de varejo e produção industrial. Quer dizer, o governo olhou e viu que o comércio está muito intenso, as pessoas estão comprando muito, mas a produção industrial brasileira está crescendo muito menos. E isso precisa ser enfrentado como? Protegendo a indústria.

Ou seja, o governo escolheu proteger a indústria automobilística. Isso não faz sentido algum. Quer dizer, o diagnóstico de que há um problema e que é preciso que a produção industrial aumente é importante, mas o remédio usado pelo governo foi errado.

O remédio pode levar a outro problema, que são as previsões de inflação feitas pelo mercado. O Banco Central, uma vez por semana, consulta cem instituições financeiras e consultorias sobre o que elas estão prevendo. Pela primeira vez, na segunda-feira (26), foi divulgado que estão prevendo 6,52%, que é acima do teto da meta da inflação, de 4,5% – 6,5% são o máximo que se pode chegar, mas já está se prevendo acima. Em 2012, o mercado já está prevendo a inflação cada vez mais alta.

Esse é o remédio para melhorar a competição na economia, melhorar a eficiência econômica? Ou um remédio que vai levar a mais inflação? É um remédio que pesa contra a qualidade dos carros produzidos no Brasil, porque essa competição força a indústria brasileira a melhorar seu produto.

Aumento de IPI sobre carros importados: o que é favorável?

A gente já viu no passado como a falta de competição levou a um produto nacional de má qualidade e alto preço. Para se ter uma ideia, a importação de carros é feita, principalmente, por quem já está aqui e não vai pagar o IPI a mais. Quem vai pagar é quem não tem fábrica no Brasil, e isso representa apenas 7% de todo o comércio de automóveis. É pequeno, mas ajuda a competição. Agora o governo vai eliminar essa competição.

Que prós e contras isso tem para a indústria brasileira? Principalmente, o governo devia pensar no que favorece ao consumidor. É a competição. O que favorece a indústria é melhorar as condições de competitividade. O Brasil não tem boa logística, tem carga tributária e paga imposto demais sobre trabalho, que é a grande questão hoje.

Na segunda-feira (26), a OIT divulgou a informação de que o G-20 vai perder 20 milhões de empregos. Isso é que é o importante: o que realmente cria empregos? Não é protegendo uma indústria de um setor que sempre foi muito protegido.
Ainda que pareça um comentário isento e intuitivamente coerente, a desconfiança dele ser vinculado a um programa da Globo é que acaba pesando mais. Sempre fica aquele ranço de reportagem vinculada a interesses políticos e lobbyes econômicos da qual a emissora poderia estar se pautando. Teoria da conspiração?
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Não poderia sê-lo onde não há a intenção. Mas aproveitando o gancho, e quanto ao Ad Hominem não falacioso??? O que dizem as regras do forum?
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Offline -Huxley-

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #110 Online: 27 de Setembro de 2011, 22:19:34 »
Colocando um trecho da Parte I do artigo "O ataque dos geiselistas":

"Pois não posso dizer qual foi o objetivo do aumento seletivo do IPI para veículos.

Mas qualquer economista não-babão pode dizer o que este aumento acarreta:

[...]

(2) permite que as montadoras aumentem seus preços (e não adianta o jumento mugir, que é isso que vai acontecer);"

E como prova da realização da previsão...

Concessionárias fazem a festa com “o aumento de IPI”:
http://www.noticiasautomotivas.com.br/concessionarias-fazem-a-festa-com-o-aumento-de-ipi/



Substituam "Estado" por "Governo Dilma" e a figura acima fica perfeita...

Offline Unknown

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Re: IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #111 Online: 28 de Setembro de 2011, 01:15:11 »
Análise: Pendências em torno do IPI encurralam governo

Será difícil para o governo brasileiro solucionar todos os problemas que surgiram a partir do aumento do IPI para automóveis sem correr riscos. Desde que o decreto 7567, que elevou a alíquota do imposto em 30 pontos percentuais para veículos com índice de peças regionais abaixo de 65%, foi publicado, no dia 16, começaram a pipocar questões decorrentes da súbita mudança de regras.

Encontrar uma solução para todas se torna uma tarefa complexa à medida que as divergências entre os dois ministérios envolvidos com a medida, da Fazenda e da Indústria e Comércio, se arrastam desde que o governo decidiu tomar essa atitude na tentativa de organizar a importação de veículos no país.

A pressão que vem dos importadores que querem fazer valer a regra antiga para os veículos em trânsito se justifica à medida que esses grupos basearam suas encomendas na tributação anterior. Ou seja, como a elevação do IPI representa um aumento de preços em torno de 28%, é fácil concluir que as vendas vão cair. Alguns importadores se preveniram e encomendaram mais do que o normal ao perceber a movimentação da indústria instalada no Brasil para negociar incentivos com o governo. Seja como for, o governo concedeu a licença de importação para a maior parte desses veículos.

O governo pode optar por manter a regra antiga do IPI para veículos que já receberam licença de importação. Seria uma forma de resolver essa pendência sem atritos com os importadores que, aliás, desistiram de acionar a Justiça, temendo que o governo recorresse. O mais difícil, no entanto, será agradar as empresas seriamente interessadas em investir em fábricas no Brasil. O decreto estabelece que só está livre do aumento do IPI em 30 pontos percentuais, a empresa que conseguir produzir veículos com o mínimo de 65% de peças regionais (Brasil e Mercosul).

Investimentos

Essa mudança pegou investimentos em andamento. Algumas empresas já procuraram o governo para dizer que precisam de um período de adaptação e que, por isso, só conseguem investir se a nacionalização até 65% for gradativa. E pediram, portanto, uma regra diferenciada. O problema é que o governo não acredita em todos os projetos anunciados. Fontes revelam que a equipe econômica tem dúvidas em relação, principalmente, aos planos de marcas chinesas.

A Hyundai, uma coreana que há anos vem testando o mercado brasileiro por meio da importação, está erguendo uma fábrica em Piracicaba (SP) e, segundo a assessoria, a empresa está disposta a já ter os 65% de conteúdo local quando começar a produzir em novembro de 2012. Mas a Chery, marca chinesa, que já lançou a pedra fundamental em Jacareí (SP), tinha planos de começar a produção com índice menor, de 35%.

No caso de criar uma exceção para quem pretende investir em fábricas, o grande desafio para o governo é, entretanto, criar um mecanismo seguro. Existe o risco de conceder um benefício fiscal hoje e a empresa desistir do empreendimento mais tarde. Isso já aconteceu durante o regime automotivo criado no governo de Fernando Henrique Cardoso, que isentava do Imposto de Importação empresas que se comprometiam a investir e exportar. O grupo coreano Asia Motors beneficiou-se e passou meses vendendo os modelos comerciais Towner e Topic. Mas não cumpriu a promessa de erguer uma fábrica na Bahia e deixou uma dívida com o governo brasileiro.

Uruguai

Outra pendência que começa a ser resolvida é o Uruguai. Três empresas  - Kia, Lifan e Chery – estão produzindo naquele país, onde não há exigência de conteúdo local. Esses projetos visam atender, sobretudo, o mercado brasileiro. Dependem das vendas no Brasil. Originalmente, o  decreto do IPI permitia que as empresas importassem de qualquer país do Mercosul sem ter de pagar o IPI adicional desde que tivessem operação também no Brasil. Não é o caso de nenhuma das três, que se instalaram no Uruguai com investimentos de grupos de empresários do Brasil e Argentina. O governo agiu depois que autoridades uruguaias entraram em contato. Há 22 mil veículos produzidos no Uruguai, aguardando a solução.

A ideia de elevar a alíquota do IPI, decisão do Ministério da Fazenda, não agradou a equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que defendia a proposta de reduzir o tributo para carros produzidos no Brasil com limite de nacionalização. No caso, justificavam os técnicos da Indústria e Comércio, seria mais fácil controlar investimentos futuros, já que as empresas comprometidas com futuras fábricas receberiam o incentivo em forma de créditos.

De qualquer maneira, a indústria já instalada se beneficiou. Os carros produzidos no Brasil estão protegidos dos concorrentes importados. E como o cálculo do conteúdo local é por empresa e não por veículo, essas empresas também podem continuar trazendo veículos de outras regiões, como Europa, Estados Unidos e Japão, como já faziam.  A exceção da importação sem IPI adicional, prevista para Mercosul e também México, contempla as mesmas empresas, que têm fábricas no Brasil e em algum desses dois países.

O grupo mais beneficiado é Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen, empresas há mais tempo na região. As outras produtoras -  Honda, Nissan, Peugeot, Citroën, Renault e Toyota - também ganham porque estão nessas regiões, mas terão que fazer algum esforço para elevar níveis de nacionalização em alguns produtos.

Representantes das montadoras que já produzem no Brasil participaram ativamente das  discussões do governo em torno da criação de uma proteção à produção local. Resta saber como o governo vai se virar para acertar as pendências.

http://www.valor.com.br/empresas/1021948/analise-pendencias-em-torno-do-ipi-encurralam-governo

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Offline _tiago

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #112 Online: 05 de Outubro de 2011, 11:10:46 »
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MPF coloca lucro das montadoras sob suspeita
Procuradores pediram para que o Ministério da Fazenda investigue irregularidades nos preços cobrados pelas empresas que atuam no Brasil.

Fonte: Carsale UOL

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #113 Online: 05 de Outubro de 2011, 12:24:38 »
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MPF coloca lucro das montadoras sob suspeita
Procuradores pediram para que o Ministério da Fazenda investigue irregularidades nos preços cobrados pelas empresas que atuam no Brasil.


Fonte: Carsale UOL

E as montadoras tb deveriam divulgar a porcentagem de impostos embutidos no produto desde o fornecedor de matéria prima.

Offline Derfel

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #114 Online: 05 de Outubro de 2011, 12:34:24 »
Se não me engano, isso já é divulgado.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #115 Online: 05 de Outubro de 2011, 12:45:30 »
Se não me engano, isso já é divulgado.

Não como deveria ser, lembro que certa vez uma rede de supermercados colocou junto aos preços dos produtos uma etiqueta com as porcentagens de impostos embutidos e o quanto custariam sem eles.

Não sei o que aconteceu depois.


Offline Geotecton

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #116 Online: 05 de Outubro de 2011, 13:38:19 »
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MPF coloca lucro das montadoras sob suspeita
Procuradores pediram para que o Ministério da Fazenda investigue irregularidades nos preços cobrados pelas empresas que atuam no Brasil.

Fonte: Carsale UOL

Se a questão for uma cartelização, onde as montadoras combinam a prática de um preço, pode sim haver intervenção estatal.

Mas se a questão é o valor final do carro per si os procuradores estão procurando "pelo em ovo" porque não há regulamentação quanto a isto. As montadoras podem praticar o preço que quiserem e cabe aos consumidores darem um basta na exploração.

Ou seja, os procuradores estão querendo "holofotes" sobre eles.


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Offline Adriano

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #117 Online: 05 de Outubro de 2011, 13:50:09 »
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MPF coloca lucro das montadoras sob suspeita
Procuradores pediram para que o Ministério da Fazenda investigue irregularidades nos preços cobrados pelas empresas que atuam no Brasil.

Fonte: Carsale UOL

Se a questão for uma cartelização, onde as montadoras combinam a prática de um preço, pode sim haver intervenção estatal.

Mas se a questão é o valor final do carro per si os procuradores estão procurando "pelo em ovo" porque não há regulamentação quanto a isto. As montadoras podem praticar o preço que quiserem e cabe aos consumidores darem um basta na exploração.

Ou seja, os procuradores estão querendo "holofotes" sobre eles.
Melhor os holofotes neles do que nessa suposta liberdade irrestrita dos consumidores. Principalmente pelo que venho acompanhando sobre psicologia econômica que abrange em sua proposta a psicologia do consumidor. E já foi debatido por aqui sobre o preço abusivo no mercado interno quando comparado ao mercado internacional. Acho que foi neste tópico mesmo.  :?
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Offline Irracionalista

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #118 Online: 05 de Outubro de 2011, 17:09:46 »
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Se a questão for uma cartelização, onde as montadoras combinam a prática de um preço, pode sim haver intervenção estatal.

Espere um segundo, mais uma intervenção estatal (investigação de cartel) para resolver o problema causado por outra intervenção estatal (aumento do IPI das competidoras estrangeiras desse cartel)? Parece-me que o problema não está nas montadoras, mas sim na instituição que tem poderes de fazer essas lambanças, vulgo, "Estado".

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Melhor os holofotes neles do que nessa suposta liberdade irrestrita dos consumidores. Principalmente pelo que venho acompanhando sobre psicologia econômica que abrange em sua proposta a psicologia do consumidor.

E você confia justamente no Estado para isso? Ho, como eu gostaria de ter essa capacidade de crença que você tem.  :)
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #119 Online: 05 de Outubro de 2011, 20:44:31 »
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E você confia justamente no Estado para isso? Ho, como eu gostaria de ter essa capacidade de crença que você tem. 

O Estado brasileiro é famoso por sua eficiência, veja por exemplo os serviços públicos e as empresas estatais como funcionam bem, não existe superfaturamento, não existem obras inúteis de véspera de eleição, o  Apedeuta disse até que "A saudi púbrica bera a perfeissão!"... :lol:


Offline Geotecton

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #120 Online: 05 de Outubro de 2011, 20:51:56 »
Melhor os holofotes neles do que nessa suposta liberdade irrestrita dos consumidores. Principalmente pelo que venho acompanhando sobre psicologia econômica que abrange em sua proposta a psicologia do consumidor. E já foi debatido por aqui sobre o preço abusivo no mercado interno quando comparado ao mercado internacional. Acho que foi neste tópico mesmo.  :?

Lembre-se de que o imposto corresponde a mais de 40% do valor final do carro. Então se é para culpar alguém, deve-se olhar para as montadoras e para o Estado.
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Offline Geotecton

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #121 Online: 05 de Outubro de 2011, 20:57:12 »
Citação de: Geotecton
Se a questão for uma cartelização, onde as montadoras combinam a prática de um preço, pode sim haver intervenção estatal.
Espere um segundo, mais uma intervenção estatal (investigação de cartel) para resolver o problema causado por outra intervenção estatal (aumento do IPI das competidoras estrangeiras desse cartel)? Parece-me que o problema não está nas montadoras, mas sim na instituição que tem poderes de fazer essas lambanças, vulgo, "Estado".

Então voce acha que as montadoras são "vítimas"?

Não, certamente que não. Elas apenas espelham a sem-vergonhice empresarial quando esta fica aliada à sem-vergonhice do Estado, ávido por impostos para locupletar a caterva que deles se refestela.

E os lucros das montadoras sempre foram e ainda são exorbitantes quando comparados com os das suas matrizes.
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Offline -Huxley-

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #122 Online: 06 de Outubro de 2011, 08:48:24 »
Parte do problema está no Estado, parte do problema está no típico camarada que paga R$ 30.000 numa carroça defasada que nem airbag de série oferece. Esse mesmo camarada é o que costuma votar no PT, que mantém tarifas de importação elevadas que garante reserva de mercado para os seus compadres (as montadoras que mais exercem influência política no governo).
« Última modificação: 06 de Outubro de 2011, 08:54:30 por -Huxley- »

Offline Gaúcho

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #123 Online: 06 de Outubro de 2011, 09:18:14 »
PTistas são os principais consumidores de carros "populares"? Mas veja só...
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline _Juca_

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Re:IPI de Carros Importados Irá Aumentar 28 %
« Resposta #124 Online: 06 de Outubro de 2011, 09:37:28 »
PTistas são os principais consumidores de carros "populares"? Mas veja só...

 :susto: Vixe!!! Eu não devia ter votado no PT então...  :'(

 :biglol:

 

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