Autor Tópico: O movimento anti-cobiça americano  (Lida 21232 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #100 Online: 12 de Outubro de 2011, 21:22:18 »
Será a cobiça e a avidez por dominação e poder algo inerente ao ser humano do ponto de vista biológico/evolutivo estritamente ou trata-se somente de uma questão cultural, que com campanhas de conscientização massiva possa-se controlar?
Não coloque a biologia no meio disso. Acho que conscientização pode resolver em partes mas a psicologia humana é bem complexa...
Ou é coisa pra psicologia ou é uma questão ainda mais intrínseca de natureza biológica mesmo pois seria inerente à arquitetura do cérebro, Fabi. Queremos saber amiúde? Só botando a mão literalmente na "massa"!

Será que o clima frio e pouca incidência solar influem na psiquê humana a ponto de as nações mais setentrionais ou meridionais desenvolverem um senso de "comunidade" ou no mínimo auto-controle preponderantes para que surjam paíse com maior "senso"comunitário e de preservação do meio ambiente, ou é exatamente essa pouca insolação e frio intenso que inibem a cobiça e a agressividade dominadora mais "tropicais"( até ao ponto em que degringolam para a indolência, é claro)? Ou é só uma tremenda viagem maionésica???
Que nações que desenvolveram senso de comunidade?
As nações mais ao norte ou ao sul  tem historicamente determinados os seus hábitos alimentares assim como seu cotidiano baseados na realidade de seu clima. É possível que o clima ajude a desenvolver uma unidade cultural que faça a sociedade destes povos "olhar" mais prudentemente seus recursos e mesmo a manutenção da qualidade de vida de suas sociedades como um bem "útil" do qual depende seu próprio sucesso. Parece ser um aprendizado que paises por exemplo do bloco escandinavo ou mesmo o Canadá se propõem.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #101 Online: 12 de Outubro de 2011, 21:27:33 »
Será a cobiça e a avidez por dominação e poder algo inerente ao ser humano do ponto de vista biológico/evolutivo estritamente ou trata-se somente de uma questão cultural, que com campanhas de conscientização massiva possa-se controlar?
A teoria do fenótipo estendido, pelo menos da maneira que eu a entendo, ilustra bem a questão da  produção tecnológica humana, pois está nos nossos genes (a produção científica) esta transformação da natureza em civilização. Somos a espécie dominante mas com uma proposta de ampliação do antropocentrismo em direção ao genecentrismo.

Será que o clima frio e pouca incidência solar influem na psiquê humana a ponto de as nações mais setentrionais ou meridionais desenvolverem um senso de "comunidade" ou no mínimo auto-controle preponderantes para que surjam paíse com maior "senso"comunitário e de preservação do meio ambiente, ou é exatamente essa pouca insolação e frio intenso que inibem a cobiça e a agressividade dominadora mais "tropicais"( até ao ponto em que degringolam para a indolência, é claro)?
A questão do egoísmo e do altruísmo é fonte de controvérsia na biologia, principalmente em relação as unidades de evolução. Porém a questão territorial (estados nacionais) é de fundamental importância para o entendimento do desenvolvimento econômico.
Então, Adriano, como você vê a evolução dos estados nacionais com relação a natureza de seus climas?


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Offline Adriano

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #102 Online: 12 de Outubro de 2011, 22:18:20 »
Será a cobiça e a avidez por dominação e poder algo inerente ao ser humano do ponto de vista biológico/evolutivo estritamente ou trata-se somente de uma questão cultural, que com campanhas de conscientização massiva possa-se controlar?
A teoria do fenótipo estendido, pelo menos da maneira que eu a entendo, ilustra bem a questão da  produção tecnológica humana, pois está nos nossos genes (a produção científica) esta transformação da natureza em civilização. Somos a espécie dominante mas com uma proposta de ampliação do antropocentrismo em direção ao genecentrismo.

Será que o clima frio e pouca incidência solar influem na psiquê humana a ponto de as nações mais setentrionais ou meridionais desenvolverem um senso de "comunidade" ou no mínimo auto-controle preponderantes para que surjam paíse com maior "senso"comunitário e de preservação do meio ambiente, ou é exatamente essa pouca insolação e frio intenso que inibem a cobiça e a agressividade dominadora mais "tropicais"( até ao ponto em que degringolam para a indolência, é claro)?
A questão do egoísmo e do altruísmo é fonte de controvérsia na biologia, principalmente em relação as unidades de evolução. Porém a questão territorial (estados nacionais) é de fundamental importância para o entendimento do desenvolvimento econômico.
Então, Adriano, como você vê a evolução dos estados nacionais com relação a natureza de seus climas?



Acho que é mais uma ideologia do que uma necessária relação. Uma forma de justificar o atraso dos das nações "indolentes" por cauda de seu clima. Principalmente pelo fator de exploração colonial e/ou imperialista.
« Última modificação: 12 de Outubro de 2011, 22:21:09 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Geotecton

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #103 Online: 12 de Outubro de 2011, 22:57:03 »
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Após a falência do Lehman Brothers , governos e bancos centrais dos países desenvolvidos passaram a realizara elevados volumes de injeções de capital público na forma de assistência de liquidez às grandes instituições financeiras , além de lançar mão de vastos recursos para reanimar suas economias.Essas imensas e coordenadas intervenções públicas suscitaram a esperança de que os governos procurariam evitar a repetição dos erros de política econômica da grande depressão de 1929-1933 que tinham então contribuído para o aprofundamento e a extensão da depressão econômica. [...]
Dessa forma , o resultado dos maciços aportes públicos foi a transferência da imensa alavancagem do sistema financeiro para o setor público.
No ápice da crise financeira , bancos e economistas clamavam em alto e bom som pela injeção de trilhões de dólares no "salvamento" de Wall Street e demais praças financeiras dos países desenvolvidos. Pode-se afirmar que a criação da nova dívida e a elevaçãi dos déficits públicos foram , inicialmente , aplaudidas por eles. Entretanto , tão logo a recuperação dos preços dos ativos , a partir do segundo trimestre de 2009 , fomentou a percepção dos participantes dos mercados financeiros do retorno ao business as atual , as atenções dos agentes dos mercados financeiros se voltaram para os desequilíbrios fiscais e estoques da dívida pública , numa dinâmica perversa em que as expectativas privadas e supremacia dos mercados transformaram uma crise financeira privada em uma crise financeira pública

Desculpe mas há muita asneira escrito no texto supra.

A maioria dos estados que hoje possuem uma elevada dívida pública, já estava nesta condição antes da crise de 2008. Exemplos: Espanha, Irlanda, Itália e Grécia. O único caso em que a dívida aumentou enormemente foi a do EUA pela injeção de alguns trilhões de dólares por parte do Tesouro Nacional.

Mas mesmo no caso do EUA, a crise de 2008 foi apenas a "gota que entornou o caldo", pois os déficits fiscais estadunidenses vinham ocorrendo desde o começo da década de 2000, com a gestão criminosa e irresponsável de Bush.

Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.
« Última modificação: 12 de Outubro de 2011, 23:32:08 por Geotecton »
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Offline Adriano

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #104 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:12:14 »
Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.
O que não existe é dinheiro privado, ainda mais com o monopólio estatal da produção monetária. Por esse lado é até interessante a idéia de desestatização do dinheiro de Haeyk, mas é um contra senso em relação aos acontecimentos, como a criação da moeda única para toda a União Européia.
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Offline Geotecton

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #105 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:13:53 »
Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.
O que não existe é dinheiro privado, ainda mais com o monopólio estatal da produção monetária. Por esse lado é até interessante a idéia de desestatização do dinheiro de Haeyk, mas é um contra senso em relação aos acontecimentos, como a criação da moeda única para toda a União Européia.

Acho que voce tem grau suficiente para entender que dinheiro significa, neste caso, uma representação de equivalência de riqueza.
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Offline Luiz Souto

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #106 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:19:50 »
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Após a falência do Lehman Brothers , governos e bancos centrais dos países desenvolvidos passaram a realizara elevados volumes de injeções de capital público na forma de assistência de liquidez às grandes instituições financeiras , além de lançar mão de vastos recursos para reanimar suas economias.Essas imensas e coordenadas intervenções públicas suscitaram a esperança de que os governos procurariam evitar a repetição dos erros de política econômica da grande depressão de 1929-1933 que tinham então contribuído para o aprofundamento e a extensão da depressão econômica. [...]
Dessa forma , o resultado dos maciços aportes públicos foi a transferência da imensa alavancagem do sistema financeiro para o setor público.
No ápice da crise financeira , bancos e economistas clamavam em alto e bom som pela injeção de trilhões de dólares no "salvamento" de Wall Street e demais praças financeiras dos países desenvolvidos. Pode-se afirmar que a criação da nova dívida e a elevaçãi dos déficits públicos foram , inicialmente , aplaudidas por eles. Entretanto , tão logo a recuperação dos preços dos ativos , a partir do segundo trimestre de 2009 , fomentou a percepção dos participantes dos mercados financeiros do retorno ao business as atual , as atenções dos agentes dos mercados financeiros se voltaram para os desequilíbrios fiscais e estoques da dívida pública , numa dinâmica perversa em que as expectativas privadas e supremacia dos mercados transformaram uma crise financeira privada em uma crise financeira pública

Desculpe mas há muita asneira escrito no texto supra.

A maioria dos estados que hoje possuem uma elevada dívida pública, já estava nesta condição antes da crisa de 2008. Exemplos: Espanha, Irlanda, Itália e Grécia. O único caso em que a dívida aumentou enormemente foi a do EUA pela injeção de alguns trilhões de dólares por parte do Tesouro Nacional.

Mas mesmo no caso do EUA, a crise de 2008 foi apenas a "gota que entornou o caldo", pois os déficits fiscais estadunidenses vinham ocorrendo desde o começo da década de 2000, com a gestão criminosa e irresponsável de Bush.

Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.

Como não posso postar o texto inteiro , por questões de direitos autorais ,  tive que colocar apenas parte do parágrafo que fala do impacto da ajuda às instituições financeiras. Logo após esta parte a autora se refere especificamente à situação européia atual ( que é o assunto do artigo) e coloca que os quatro países acima já enfrentavam problemas fiscais antes , ressaltando porém que as medidas adotadas pela UE , focadas no ajuste fiscal  , levarão `recessão e à piora do desequilibrio fiscal.
É claro que a gestão Bush , com seu imperialismo míope e ideológicamente engessado , foi quem deu impulso ao endividamento americano porém a desregulamentação do sistema financeiro americanolevou à crise de 2008 com sua extensão global  e a recusa (nos EUA e na UE) em impor regulação independente sobre o mercado financeiro fez a continuidade da crise , agora atingindo a Europa.
E é claro que "dinheiro público" é o dinheiro dos contribuintes que está sob gestão do Estado e dinheiro privado é o dos que o depositaram nas entidades financeiras privadas , não vejo em que há viés ideológico nisso , até porque tanto Estados e bancos/financeiras têm em comum o fato de que gerirem o dinheiro dos outros ( é claro que os Estados podem emitir moeda , mas o lastro dela é independente da sua decisão autônoma )
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Adriano

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #107 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:24:07 »
Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.
O que não existe é dinheiro privado, ainda mais com o monopólio estatal da produção monetária. Por esse lado é até interessante a idéia de desestatização do dinheiro de Haeyk, mas é um contra senso em relação aos acontecimentos, como a criação da moeda única para toda a União Européia.

Acho que voce tem grau suficiente para entender que dinheiro significa, neste caso, uma representação de equivalência de riqueza.
Quem administra a riqueza nacional é o estado através da política econômica. E precisa ter algum grau suficiente para entender que temos posições totalmente contrárias em relação ao entendimento do funcionamento da economia? Se é que me permite discordar da sua defesa intransigente do mercado doméstico como produtor de riqueza independente dos estados nacionais, da economia internacional.
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Offline Adriano

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #108 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:30:43 »
Desculpe mas há muita asneira escrito no texto supra.

A maioria dos estados que hoje possuem uma elevada dívida pública, já estava nesta condição antes da crisa de 2008. Exemplos: Espanha, Irlanda, Itália e Grécia. O único caso em que a dívida aumentou enormemente foi a do EUA pela injeção de alguns trilhões de dólares por parte do Tesouro Nacional.

Mas mesmo no caso do EUA, a crise de 2008 foi apenas a "gota que entornou o caldo", pois os déficits fiscais estadunidenses vinham ocorrendo desde o começo da década de 2000, com a gestão criminosa e irresponsável de Bush.

Outro aspecto é que não existe dinheiro "público" e sim dinheiro da população sob controle do Estado, não passando, portanto, de mistificação ideológica, uma lorota mesmo, de que o dinheiro é "público", no sentido de que o Estado foi lesado.

Como não posso postar o texto inteiro , por questões de direitos autorais ,  tive que colocar apenas parte do parágrafo que fala do impacto da ajuda às instituições financeiras.
Tem a tese dela disponível neste endereço: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000133247

É relacionada a reportagem e ela teve grande experiência atuando no mercado financeiro antes de iniciar sua atividade acadêmica. É no último capítulo que ela faz uma relação dos derivativos financeiro com a economia.

É claro que a gestão Bush , com seu imperialismo míope e ideológicamente engessado , foi quem deu impulso ao endividamento americano porém a desregulamentação do sistema financeiro americanolevou à crise de 2008 com sua extensão global  e a recusa (nos EUA e na UE) em impor regulação independente sobre o mercado financeiro fez a continuidade da crise , agora atingindo a Europa.
Esse é um entendimento mais crítico em relação ao capitalismo e ao seu descontrole devido ao tripé capital, trabalho e estado, que tanto Mészaros enfoca como fator de reprodução sociometabólica do capital.
« Última modificação: 12 de Outubro de 2011, 23:39:05 por Adriano »
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Offline Geotecton

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #109 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:41:37 »
Quem administra a riqueza nacional é o estado através da política econômica.

Não. O Estado administra a moeda que é a representação monetária da riqueza e regulamenta a política econômica e fiscal.


E precisa ter algum grau suficiente para entender que temos posições totalmente contrárias em relação ao entendimento do funcionamento da economia?

Não importa as nossas posições antagônicas sobre economia meu caro Adriano, e sim se voce concorda comigo (ou não) que o uso da palavra "dinheiro" naquele contexto significa "riqueza".


Se é que me permite discordar da sua defesa intransigente do mercado doméstico como produtor de riqueza independente dos estados nacionais, da economia internacional.

Caro Adriano.

A riqueza é produzida por pessoas. Ela já existia muito antes da formação dos estados nacionais ou de qualquer outro conceito similar de organização.
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Offline Adriano

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #110 Online: 12 de Outubro de 2011, 23:54:06 »
Quem administra a riqueza nacional é o estado através da política econômica.

Não. O Estado administra a moeda que é a representação monetária da riqueza e regulamenta a política econômica e fiscal.
 
Apesar do grande papel da politica monetária no desenvolvimento econômico, como muito bem demonstrou o keynesianismo, existem ainda muitos outras políticas econômicas possíveis de utilização para o desenvolvimento. Que o diga a China :lol: 

E precisa ter algum grau suficiente para entender que temos posições totalmente contrárias em relação ao entendimento do funcionamento da economia?

Não importa as nossas posições antagônicas sobre economia meu caro Adriano, e sim se voce concorda comigo (ou não) que o uso da palavra "dinheiro" naquele contexto significa "riqueza".
São palavras polissêmicas que no contexto ideológico possuem valor ampliado. Considerando ideologia aqui como as nossas posições antagônicas sobre economia. A gestão da política monetária tem um alto valor econômico, principalmente para economia americana.

Citação de: Keynes
A mais importante Agenda do Estado não está relacionada às atividades que os indivíduos particularmente já realizam, mas às funções que estão fora do âmbito individual, àquelas decisões que ninguém adota se o Estado não o faz.
Para o governo, o mais importante não é fazer coisas que os indivíduos já estão fazendo, e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas fazer aquelas coisas que atualmente deixam de ser feitas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana#O_papel_do_Estado_na_economia.2C_segundo_Keynes

http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Teoria_Geral_do_Emprego,_do_Juro_e_da_Moeda
« Última modificação: 12 de Outubro de 2011, 23:58:47 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Cientista

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #111 Online: 13 de Outubro de 2011, 01:24:11 »
Esse tópico é dos comunistas inveterados?
Começou! Eu sabia que a gang anti-comunista, sem capacidade de debater um assunto sério como esse iria apelar logo!

Pois é, tem sempre os "bitolados do livre mercado" para chamar de comunista todo mundo que não concorde com eles.
Nossa mãe de Gisuis!!!! (homenagenzinha básica pra "padroeira", ...aliás, num Estado laico, é cabível uma santa/santificada padroeira justificar um feriado nacional?)

Eu devo ser o superbitolado dos bitolados então, porque entendo o comportamento comunista humano como algo fundamental que ultrapassa a questão econômica/de mercado e abrange todos os domínios das atividades das organizações humanas como uma verdadeira "praga" evolutiva. Arrisco a hipótese de que talvez seja um compensatório do drástico desenvolvimento tecnológico humano que, como alguns utópicos entendem e sugerem, "livraria a espécie da sina evolutiva". Mas... como nenhum sistema biológico ou mesmo nada escapa dos processos seletivos da evolução, em prosseguimento à seleção, surge...       o (comportamento/pensamento do) comunismo.

Neste sentido, eu sou mais "anticomunista" que os tradicionais 'anticomunistas de mercado/economia' porque entendo o surgimento de Estados como os que aí estão como inevitáveis 'estados dinâmicos' de sistemas organizacionais sociais extensos como os de humanos nesse planeta. O resto são só flutuações de equilíbrio dinâmico.

Eu chamo de comunista qualquer um que não aceite realidades individualizadoras e tente lutar contra elas. Sempre em vão, é claro.

Offline Cientista

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #112 Online: 13 de Outubro de 2011, 01:31:46 »
Parece que de 1791 ate hoje isso nao aconteceu. A cobiça dos bancos nada mais é do que a cobiça do povo. Quem compra títulos malucos dos bancos, os bancos mesmo? Quem joga com as ações são apenas os bancos ou milhões de pessoas (pequenos, médios e grandes) ?
Quando alguém reconhece uma realidade patente, não há o que contestar.

Quando criança, certa vez, fiquei intrigado pensando em assuntos como o desse tópico, que, hoje, não significam nada mais para mim. Perguntei ao meu pai para que os bancos serviam, afinal. Ele respondeu lá do jeito e do desconhecimento dele e não me serviu de nada porque esclareceu coisa alguma para mim. Com algum tempo mais, finalmente entendi: não servem para nada, mas são essenciais! São as facetas das "loucuras" humanas, "eternamente" criticando, acusando, culpando o próprio reflexo no espelho. E a realidade, se concebível fosse, na forma, como muitos desses a concebem, riria de rolar assistindo a tudo isso. Será que eu sou a realidade?... Claro, tudo é! Até mesmo a ilusão!

Offline Cientista

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #113 Online: 13 de Outubro de 2011, 01:40:26 »
Esse tópico é dos comunistas inveterados?
Começou! Eu sabia que a gang anti-comunista, sem capacidade de debater um assunto sério como esse iria apelar logo!

Pois é, tem sempre os "bitolados do livre mercado" para chamar de comunista todo mundo que não concorde com eles.

Ok, entendo que as pessoas que queiram esquerdizar o mundo achem que os banqueiros são estes inescrupulosos bilionários que ganham muito dinheiro na ciranda financeira, sem que seu dinheiro tenha produzido um único bem sequer. Mas o que eu não consigo entender é por que as pessoas não entendem que têm que correr atrás do seu próprio sucesso? Absolutamente, há lugar nesse mundo para aqueles que entenderam que não devem contar com a ajuda do papai, da mamãe, do padrinho, do maninho e de quem quer que seja, incluindo do Estado. Por favor, sejam individualistas. Nesse mundo, é cada um por si!!!
Assino embaixo disso, famado. Eu até (e já postei isso em algum tópico por aqui) modifiquei aquela frase do Kennedy. Transformei em: "não pergunte o que seu país pode fazer por você nem o que você pode fazer por seu país; pergunte o que você pode fazer por si mesmo".

Bom, o indivíduo que acha que o que ele pode fazer por si mesmo é reclamar e cobrar eternamente que o Estado/sistema/sejaláoquefor o ajude...

Offline Bolsonaro neles

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #114 Online: 13 de Outubro de 2011, 12:54:03 »

Porque não precisa. Agora, se vc acha que o Estado intervir para impedir conluios é intervir na economia, então tá.

Há tb os casos dos bancos brasileiros dos anos 80 e 90, em que os donos arrombavam os próprios cofres, pegando o dinheiro e colocando em paraísos fiscais e depois vinham pro governo e diziam "Quebrei, é melhor vc colocar dinheiro público no meu banco ou então todo o sistema bancário brasileiro vai quebrar". Esse filho de uma égua tem que ir pra cadeia. Cabe ao Estado agir com inteligência policial.

Sobre o estado policial nem discuto, o que me deixa curioso na sua posição é saber por que não precisa?
Ué, já falei. Não precisa a não ser que seja para combater falcatruas. Por que o Estado teria que intervir na economia por outros motivos? Só vejo intervencionismo esquerdista como justificativa.

Offline Bolsonaro neles

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #115 Online: 13 de Outubro de 2011, 12:57:06 »
Famado, presumo que você seja contra uma carga tributária alta também. Se sim, responda-me: quais as vantagens de um Estado não-intervencionista com baixa carga tributária sobre um Estado intervencionista com alta carga tributária?
Carga tributária sobre renda vc quer dizer? Mas por que vai tributar mais a renda do cara? Justificativas "sociais"? Balela.

Offline Luiz Otávio

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #116 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:01:35 »
Porque balela? Enfim, você não me respondeu, quais são as vantagens?

Offline Bolsonaro neles

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #117 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:03:33 »
Esse filho de uma égua tem que ir pra cadeia. Cabe ao Estado agir com inteligência policial.
É que essa nomenclatura de estado policial é mais específica e dirigida a URSS, principalmente durante o período stalinista. E com relação a intervencionismo econômico (planejamento central) e a liberdade de mercado, o exemplo Chinês é mais notório, onde a mescla dos dois foi feita com sucesso.


Eu não tô falando de Estado Policial nesses moldes não. Só quis enfatizar que policia é função do Estado. Mas apenas no sentido de combater crimes. Não neste sentido mais amplo pregado pelos comunistas e praticado por ditaduras como as de Saddam Hussein e Hosni Mubarak.

Offline Bolsonaro neles

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #118 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:09:40 »
Porque balela? Enfim, você não me respondeu, quais são as vantagens?

Desde que não haja crimes como evasão de divisas pra depois o Governo ter que colocar dinheiro pra salvar o sistema bancário, conluios em geral, enfim, nada que seja desonesto, as coisas meio que andam sozinhas. Logo, o Estado não precisa intervir

Carga tributária sobre renda é justa, agora, excessivamente alta, como sugerem alguns aqui, é um absurdo. Logo, alta carga tributária não se justifica.

Um estado intervencionista é aquele que nunca deu certo e todos os exemplos estão aí para serem vistos e lembrados

Offline Luiz Otávio

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #119 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:34:58 »
Desde que não haja crimes como evasão de divisas pra depois o Governo ter que colocar dinheiro pra salvar o sistema bancário, conluios em geral, enfim, nada que seja desonesto, as coisas meio que andam sozinhas. Logo, o Estado não precisa intervir

Carga tributária sobre renda é justa, agora, excessivamente alta, como sugerem alguns aqui, é um absurdo. Logo, alta carga tributária não se justifica.

Um estado intervencionista é aquele que nunca deu certo e todos os exemplos estão aí para serem vistos e lembrados
Bem utópica sua primeira afirmação, não?

O que seria, para você, um imposto de renda justo e o que seria excessivo?

Estado intervencionista nos moldes do marxismo (economia planificada) eu concordo com você, porém um Estado intervencionista nos moldes sociais-democratas (welfare state) dá certo, sim, vide escandinávia.

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #120 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:43:28 »
Ué, já falei. Não precisa a não ser que seja para combater falcatruas. Por que o Estado teria que intervir na economia por outros motivos? Só vejo intervencionismo esquerdista como justificativa.

Caso não seja apenas uma pergunta retórica e você queira realmente saber o porquê, leia sobre o keynesianismo.

Caso ainda reste tempo e vontade de saber, leia também sobre o liberalismo social.
 

Sinopse: o estado deve intervir na economia porque o mercado sozinho não consegue se autoregular de uma forma que evite a depressão ou que dela saia sozinho, e que evite desemprego involuntário não-friccional (keynesianismo). O estado também pode intervir em algumas situações para aumentar o grau de liberdade individual das pessoas (liberalismo social).

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #121 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:48:05 »
Citação de: famado
Carga tributária sobre renda é justa, agora, excessivamente alta, como sugerem alguns aqui, é um absurdo. Logo, alta carga tributária não se justifica.

Eu concordo contigo (também sou contra a alta carga tributária), mas aqui nesse trecho você comete petição de princípio ("a alta carga tributária é um absurdo. Logo, a alta carga tributária não se justifica").

A última vez que vi petições de princípios assim foi na época em que eu debatia religião. Você é teólogo?

 

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Offline Luiz Otávio

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #122 Online: 13 de Outubro de 2011, 13:50:48 »
DDV, qual a diferença entra a social-democracia e o liberalismo social*?

*economicamente falando.

Offline DDV

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #123 Online: 13 de Outubro de 2011, 14:02:40 »
Citação de: famado
Há tb os casos dos bancos brasileiros dos anos 80 e 90, em que os donos arrombavam os próprios cofres, pegando o dinheiro e colocando em paraísos fiscais e depois vinham pro governo e diziam "Quebrei, é melhor vc colocar dinheiro público no meu banco ou então todo o sistema bancário brasileiro vai quebrar". Esse filho de uma égua tem que ir pra cadeia. Cabe ao Estado agir com inteligência policial

Isso é absurdo. A maior fonte de lucro dos bancos são as operações que eles fazem com o dinheiro depositado. Quanto mais depósitos receberem, maiores serão os seus lucros. Para que um banco funcione, a relação entre o dinheiro sacado e depositado não ultrapasse uma velocidade mínima. Deve haver uma confiança das pessoas na solidez do banco (qualquer desconfiança mínima provoca uma corrida aos bancos para sacar o dinheiro, quebrando-os).

É um absurdo completo você sugerir que os bancos alegariam de propósito estarem quebrados (seria como um segurança alegar que não consegue impedir nenhum assalto ou invasão, ou uma seguradora dizer que seus clientes estão sem cobertura). Os bancos só alegam se realmente estiverem quebrados, e a ajuda do governo é justamente para evitar a corrida aos bancos.

A quebradeira dos bancos brasileiros nos anos 90 foi devido ao Plano Real. A estabilização da economia liquidou com os altíssimos lucros que os bancos auferiaam especulando. Antes do Plano Real, era raro um banco que cobrasse alguma taxa ou serviço, tamanho os lucros que tinham.



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Offline DDV

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Re:O movimento anti-cobiça americano
« Resposta #124 Online: 13 de Outubro de 2011, 14:20:46 »
DDV, qual a diferença entra a social-democracia e o liberalismo social*?

*economicamente falando.

Social-democracia é herdeira de idéias socialistas. Consideram a igualdade algo a ser sempre buscado, porém dentro da economia de mercado e da democracia. Ao invés de pregarem a destruição da economia de mercado (como o socialismo), eles pregam uma economia de mercado "pastoreada" pelo estado em direção ao socialismo (alguns), à igualdade (grande parte) ou ao bem-estar social (a grande maioria).

Liberalismo social é apenas uma variação do liberalismo. Como todo liberal, ele coloca a liberdade individual como o bem supremo, sendo todas as demais coisas (felicidade, bem-estar, etc) condicionadas a isso e da alçada de cada indivíduo. A diferença para o liberalismo clássico e o ultraliberalismo está no que se entende por "liberdade": para o liberal clássico e o "neoliberal", apenas as liberdades negativas* devem ser garantidas pelo estado (ou seja, a não-coação). Já o liberal social reconhece a existência de liberdades positivas (Ex: um seguro-desemprego pode aumentar o grau de liberdade individual do beneficiado, já que ele ficará menos vulnerável ao negociar outros empregos).

*Liberdades negativas: coisas que o estado não faz ou impede que outros façam (coagir, oprimir, censurar, matar, perseguir, discriminar, etc)

 Liberdades positivas: coisas que o estado faz (seguro-desemprego, regulamentações, programas sociais, serviços públicos, etc).



« Última modificação: 13 de Outubro de 2011, 14:24:03 por DDV »
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