A escola Keynesiana ou Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money) [1] e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
A escola keynesiana se fundamenta no princípio de que o ciclo econômico não é auto-regulado como pensam os neoclássicos, uma vez que é determinado pelo "espírito animal" (animal spirit no original em inglês) dos empresários. É por esse motivo, e pela incapacidade do sistema capitalista conseguir empregar todos os que querem trabalhar, que Keynes defende a intervenção do Estado na economia.
A teoria atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário mínimo, do seguro-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e a assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de bem-estar social", ou "Estado Escandinavo".
Trudeau, peço-lhe sinceras desculpas por ter que dizer isso mas... a parte em negrito da wikipédia brazuca está errada.
O autor confunde keynesianismo com "social-democracia" ou "welfare state". São coisas diferentes, embora parecidas. A política econômica dos EUA no pós-guerra foi completamente keynesiana, mas os EUA nunca foram um "welfare state".
O keynesianismo defende a intervenção do estado na economia por motivos puramente
econômicos: ele entende que a eficiência na alocação dos recursos e a prosperidade será maior assim. O keynesianismo não defende intervenção estatal para buscar "justiça social", bem-estar, igualdade ou coisas do tipo (bandeiras da esquerda), ele defende intervenção para que a economia de mercado funcione de forma mais "smoothly", com menos crises cíclicas, com períodos recessivos mais curtos e menos desastrosos e com um nível de emprego maior.
Consegue sacar a diferença?
É claro que muitas políticas social-democratas são também defendidas pelos keynesianos, mas por motivos diferentes. Vou citar um exemplo: desigualdade de renda.
Para um esquerdista, a desigualdade de renda é algo ruim, injusto e nocivo por si mesma, devendo ser ativamente combatida pelo estado. Para um keynesiano, a desigualdade
exagerada de renda é ruim apenas porque tem impacto negativo na demanda efetiva global (em outras palavras: os muito ricos tendem a poupar uma percentagem considerável de sua riqueza, enquanto os menos ricos tendem a gastar mais. Logo, quanto mais "espalhada" a riqueza estiver na sociedade, maior será a fração destinada a consumo, o que é melhor para a atividade econômica e o nível de emprego).
O autor desse trecho incorreu no mesmo engano, que é muito comum aliás.
Paises como Suécia, Noruega, Canada, por exemplo, adotam uma administraçao nesse estilo e "guess what?" estão entre os paises com IDH mais alto no mundo.
Devido (aí sim) ao welfare state.
Eu não sou social-democrata, sou liberal-social (um meio termo entre "neoliberais" e social-democratas). Ao contrário dos liberais clássicos e dos ultraliberais modernos, os liberais sociais defendem que políticas estatais PODEM aumentar o grau de liberdade dos indivíduos (perceba que o foco central de todos os liberais é a liberdade do indivíduo).
Gostaria de ver a opinião dos foristas sobre o "Estado de bem-estar-social" proposto por Keynes.
Não foi proposto por Keynes, mas combinam-se muito bem.
Talvez o DDV possa nos esclarecer mehor as idéias do mestre Keynes.
../forum/topic=16907.0.html../forum/topic=19052.100.html#msg417249